O Que Significa Mãe Atípica - CLT Livre

O Que Significa Mãe Atípica

O Que Significa Mãe Atípica

O que é ser mãe atípica?

Conheça Valéria e sua história como mãe atípica Texto por Adriana Camilo No mês das mães, o Núcleo de Inclusão, Acessibilidade e Sustentabilidade (NUICS) conversou com a colega Valéria Menezes, uma mãe atípica. Para quem não está familiarizado com a expressão, mãe atípica é aquela que lida com a criação de uma pessoa com deficiência.

  1. Valéria, 51 anos, é Oficial de Justiça do TJDFT e mãe de Marcel, 23 anos.
  2. Carinhosamente, ela nos enviou um relato de sua experiência como mãe, de como tem crescido e daquilo que tem a nos ensinar.
  3. Aspas para Valéria: “O meu filho além de cego, é autista nível 3 de suporte (severo) e tem epilepsia.
  4. Ele não fala e é totalmente dependente, mas antes de tudo é um jovem de 23 anos, tem um lindo sorriso, é carinhoso, gosta de música, ama tomar banho de mar e de piscina.

Quando encontrar uma pessoa com deficiência, convido você a procurar ver o ser humano que existe ali. O autismo não é doença, não é contagioso, não é falta de educação. Caso você se depare com alguma mãe cujo filho esteja desregulado, ofereça ajuda, não julgue.

Pode ser um autista, pode não ser birra. Nós, mães atípicas, passamos a pesquisar, estudar e entender de assuntos inimagináveis. Mas precisamos de solidariedade, de atenção e da compreensão dos colegas e das chefias no ambiente de trabalho. Nós precisamos ver nossos filhos sendo abraçados, tendo amigos, sendo chamados para aniversários, sendo aceitos nas escolas que escolhermos.

Parece tão simples, não é? Mas não acontece naturalmente. E eles crescem, sabia? Precisam de políticas públicas que os apoiem durante a vida. Meu maior medo é quando eu não estiver mais aqui, porque o natural é que isso ocorra. Eles têm capacidade de aprender, não os queremos segregados ou internados.

Precisamos de políticas públicas que realmente contemplem nossos filhos, de tratamentos humanizados e acessíveis, de professores comprometidos e especializados e de uma rede de apoio e suporte psicológico porque, muitas vezes, não podemos sequer tomar um banho mais demorado. A maioria dos tratamentos existem apenas até a adolescência, quando muito.

Nós precisamos de centros de referência multidisciplinar ao longo de suas vidas em um único lugar.

Meu filho me trouxe mudanças, desafios, mas me fez quem sou hoje.” O TJDFT agradece o depoimento de Valéria e acredita na inclusão e no respeito à diversidade como pilares de uma Justiça acessível para todas as pessoas.

: Conheça Valéria e sua história como mãe atípica

O que é ter um filho atípico?

Esse conceito é usado para falar de pessoas que apresentam alguma alteração no funcionamento cognitivo, neurológico ou comportamental. Ou seja, podemos usar para nos referirmos a pessoas com TEA, TDAH, Síndrome de Tourette, Dislexia, Depressão, entre outros.

O que é mãe típica e mãe atípica?

Mãe autista, maternidade atípica, mãe atípica, mãe típica. Afinal, o que significa tanta nomenclatura diferente? A mãe típica é aquela que se enquadra no senso comum de normalidade. Assim, se tiver filho típico, exercerá a maternidade típica. Mas se o filho for atípico, fora do senso comum da normalidade? Então, a mãe típica exercerá uma maternidade atípica.

O que é ser uma pessoa atípica?

Significado de Atípico expressão Pessoa atípica ou neurodivergente. Pessoa cujo desenvolvimento neurológico ou intelectual são atípicos, porque se diferem do que é considerado padrão.

O que são pais atípicos?

Mônica Pitanga – na foto com o marido e os três filhos, estudou as ferramentas da parentalidade e disciplina positivas para ajudar outras famílias de crianças com doenças raras | Foto: arquivo pessoal É com muita alegria que a partir de hoje, integro o time de colunistas da Canguru News.

  1. Abordaremos aqui neste espaço, o tema da Parentalidade Positiva para crianças com deficiência.
  2. Mas antes, deixa eu me apresentar: Eu sou a Mônica Pitanga, estou casada há 20 anos com o Bruno e tivemos cinco filhos.
  3. A nossa filha mais velha foi diagnosticada com uma doença genética rara e por isso a nossa parentalidade é chamada de atípica.

Parentalidade atípica diz respeito aos pais cujos filhos têm um desenvolvimento que que foge do esperado, do típico, do padrão considerado normal. Além da Luísa também temos o Thor e a Laila que são crianças com desenvolvimento típico. E dois anjinhos que tiveram uma breve passagem por aqui e cumpriram a sua missão.

Quem é pai e mãe, sabe que a chegada de um bebê representa um marco na vida do casal. Os filhos trazem muitas mudanças, nos tiram da zona de conforto e nos fazem repensar a vida. Mas e quando esse filho ou filha tem uma deficiência? Não podemos negar que os desafios se tornam ainda maiores. Além dos cuidados básicos que qualquer recém-nascido exige, como alimentação, higiene e sono, temos que nos deparar com outras realidades decorrentes do diagnóstico.

Existem questões extras que precisamos aprender a lidar quando temos filhos atípicos: abrir mão do filho ideal e aceitar o filho real, conciliar a carreira com uma rotina que exige muitos cuidados, terapias, médicos, exames e cirurgias, Equilibrar os contas e bancar financeiramente as despesas decorrentes do tratamento.

  1. Lidar com a culpa, com o medo, com a insegurança e com o cansaço.
  2. Conviver com os olhares curiosos e comentários capacitistas das pessoas.
  3. Construir uma rede de apoio, já que muitos nessa hora se afastam.
  4. Conseguir escolas que não negam as vagas e praticam de fato a inclusão,
  5. Além disso, são muitas as questões que nos preocupam acerca do futuro dos nossos filhos como indivíduos.

No que se refere, por exemplo, à autonomia e maturidade emocional, autoestima, independência financeira e realização pessoal. Sabemos que cada família vive isso de uma forma, e em um tempo diferente. No meu caso, nada do que eu tinha vivido até ali no nascimento da Luísa, havia me preparado para maternar um corpo tão diferente do meu.

Eu vivia dentro da bolha das pessoas consideradas “normais” e nunca tinha estudado, namorado ou convivido com alguém com deficiência, Para entender e me conectar com a minha filha, eu tive que estudar, ler, rever algumas crenças e conhecer outras histórias. Fiz cursos, mergulhei no universo da educação e do autoconhecimento, e entendi que eu precisava de ferramentas para ajudar e encorajar a minha filha a viver no seu potencial máximo.

Fiz algumas certificações na área da parentalidade, educação e disciplina positivas e inteligência emocional e hoje trabalho ajudando outras famílias a desenvolverem suas competências parentais para que consigam estabelecer relações com maior prazer e significado e promovam a saúde emocional das suas crianças e adolescentes.

  1. Por causa do incômodo de ver a minha filha sofrendo com o preconceito e com a falta de acessibilidade, fundei em 2019 a ONG “Mova-se”, que luta pela inclusão das pessoas com deficiência.
  2. Lá, eu sou voluntária e desenvolvo um trabalho com as famílias atípicas.
  3. Nesse caminho, aprendi que o afeto e a empatia são ferramentas potentes de transformação.

Meu propósito é mostrar que as crianças com deficiência têm as mesmas necessidades de todas as outras: se sentirem aceitas e importantes. E que as ferramentas da Parentalidade Positiva utilizadas em crianças de desenvolvimento típico, podem ser adaptadas para as crianças com deficiência.

O que é situação atípica?

Conceito.de O adjetivo atípico qualifica aquilo que, por suas propriedades ou características, é diferente dos tipos ou modelos comuns que representam os elementos de sua classe. O conceito de atípico pode estar ligado a ideias como estranho, incomum, irregular ou extravagante.

Por exemplo: “Eu não entendo porque o cão reagiu dessa maneira: é algo atípico”, “Será um torneio atípico, pois, pela primeira vez na história, trinta times participarão”, “É um verão atípico, com temperaturas que se mantêm abaixo de 20 ºC”. O atípico, em suma, é o que escapa do comum. Vamos supor que um homem, ao deixar seu local de trabalho, tem por hábito ir diretamente para sua casa, chegando geralmente entre as 18 e as 19 horas.

Se um dia às 21:00 ainda não tiver voltado para casa, será uma situação atípica. É, por isso, que é provável que, se o homem não alertou sobre uma mudança de planos antes, sua família comece a se preocupar com o atraso excessivo. A noção de atípico também aparece em várias ciências e disciplinas.

  • No campo da estatística, falamos de valor atípico com referência a uma observação que, em comparação com os outros dados coletados, é muito distante numericamente.
  • Se em uma amostra de 100 pessoas, 99 indivíduos medem entre 1,50 e 1,85 metros e um sujeito mede 2,20 metros, esse valor (2,20 metros) pode ser indicado como atípico.

Para a medicina, por outro lado, uma pneumonia atípica é um tipo de pneumonia (uma doença que afeta o sistema respiratório) que não tem origem nos patógenos usuais. Citação Equipe editorial de Conceito.de. (3 de Abril de 2019). Atípico – O que é, conceito e definição,

Quais são os sintomas de autismo leve?

O que é Autismo nível 1? Conheça sinais e saiba qual a importância de buscar ajuda Contato visual não consistente, dificuldades na flexibilização de regras e na interação social e estereotipias são alguns dos sinais do Autismo de nível de suporte 1. Foto: Pixabay/Endho Considerado ‘grau mais leve’, o chamado Autismo de suporte nível 1 tem algumas características específicas como: contato visual não consistente; dificuldades na flexibilização de regras, preferindo a manutenção de padrões; problemas na interação com as pessoas, entender piadas, ironias ou sarcasmo; e podem ter estereotipias, ou seja, comportamentos ou verbais repetitivos.

  • Luciana começou a identificar os primeiros sinais de no filho aos dois anos de idade.
  • Especialmente a dificuldade em lidar com barulhos altos e cheiros que só ele sentia.
  • Além de uma dificuldade em lidar com mudanças na rotina e em outras situações”, lembra.
  • Hoje, Erick está com 10 anos.
  • Ele tem altas habilidades também, então, apresentava hiperfoco em Ciências e a escola me chamava para dizer que ele incomodava os colegas com suas contribuições e vontade de saber informações que não eram compatíveis com a turma”, diz.

Com o retorno das aulas presenciais, Erick está enfrentando desafios na socialização. “Ele não reconhece ironias, sinais sociais de que os colegas estão cansados do assunto científico. Também sente necessidade de tamborilar os dedos para se regular, mas os professores e colegas reclamam do barulho.

  • Então, é uma fase em que precisamos estar mais presentes na escola e dando suporte diário para lidar com tantas questões sociais”, enfatiza.
  • Luciana afirma que muitas pessoas não acreditam que o filho tem : “Muita gente espera sinais clássicos do autismo e não entendem como uma criança que fala pelos cotovelos pode estar no espectro.

Costumam achar que estou justificando questões comportamentais com um laudo que o vitimiza. E não é nada disso. O laudo só me ajuda a compreender o que acontece na cabeça dele, do que precisa para se regular e ajuda a encontrarmos soluções juntos”. A jornalista conta que comprou um fidget toy para que Erick consiga se regular nas aulas, sem batucar nas mesas.

  1. E assim fazemos com todas as situações.
  2. No carro, ele diz sentir cheiros que o fazem vomitar, então, passamos a andar com as janelas abertas.
  3. Não deixamos de fazer as coisas, mas não podemos permitir que opressionem a deixar de sentir o que ele sente.
  4. Por isso, encontramos soluções juntos que o façam se sentir melhor e ter sua vida em sociedade, vivendo a diversidade”, ressalta.

A neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto, explica que o diagnóstico é essencial para dar qualidade de vida. “Já ouvi de vários pacientes adultos com TEA nível 1 que os colegas próximos e até parentes não acreditam que eles tenham autismo.

Mas o diagnóstico é fundamental não só para encontrar respostas, mas especialmente para buscar e oferecer soluções para o dia a dia”, destaca. Conversar na escola, por exemplo, sobre práticas que possam ajudar no desenvolvimento da criança ou adolescente com, oferecer apoio em situações de quebra de rotina, buscar suporte integrado com especialistas, como neuropsicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas comportamentais e psicomotricistas são dicas importantes.

“Na fase da adolescência e adulta, a pessoa com TEA é mais exposta e cobrada sobre as relações sociais mais sutis como, por exemplo, uma gíria usada pelos amigos, uma piada, uma brincadeira onde um tira sarro com outro. Normalmente, também tem dificuldade com sinais sociais na conversação como perceber que sua conversa sobre fatos históricos está chata e as pessoas estão olhando o celular, diminuindo o contato visual”, esclarece Bárbara.

O que quer dizer a palavra atípico?

atípico a·tí·pi·co adj 1 Que se afasta do que é típico, comum; anômalo, incomum, inusitado.2 Med Relativo a atipia.3 Med Que não apresenta a série de sintomas comumente observados em determinado tipo de doença. ETIMOLOGIA voc comp do gr átypos + ico 2, como fr atypique,

Qual é o significado da palavra atípica?

Significado de atípico – Que não se adequa ao que é típico, nem característico e próprio; irregular, anômalo: o órgão apresentava um comportamento atípico. Cujo desenvolvimento neurológico se difere do considerado padrão; neurodivergente. Cujos sintomas voltam a aparecer em intervalos irregulares: doenças atípicas.

Quais são os comportamentos Atipicos?

A presença de alguns comportamentos é notória pela sua frequência, por serem persistentes no repertório comportamental e por, possivelmente, oferecerem prejuízo à saúde/integridade daqueles que os emitem ou da família e da comunidade. Os comportamentos atípicos, nomenclatura utilizada neste estudo, são comportamentos de autoagressão, heteroagressão, e outros comportamentos que podem ser considerados “estranhos” pela sociedade, causando a marginalização do emitente.

São comportamento frequentes em pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e/ou deficiência intelectual severa. Para intervenção, o profissional deve, além de entender de princípios básicos da Análise de comportamento (AC) e de Análise Funcional (AF), compreender reforçamentos diferenciais; como Reforçamento Diferencial de Comportamento Alternativo (Differential Reinforcement of Alternative Behavior – DRA ) e Reforçamento Diferencial de Comportamento Incompatível (Differential Reinforcement of Incompatible Behavior – DRI).

Assim, o profissional pode aumentar as oportunidades para que a criança se comporte adequadamente e usufrua do atendimento especializado. Este estudo pretendeu implementar um Programa de ensino sobre princípios da Análise do comportamento, Análise funcional e reforçamentos diferenciais para profissionais da saúde e da educação que trabalham com crianças que emitem comportamentos atípicos.

  • No Estudo 1, um material didático foi adaptado, implementado e avaliado, o qual consiste em um programa de ensino para profissionais da saúde e educação baseado em princípios da AC, AF, DRA e DRI.
  • Os profissionais realizaram as atividades propostas e foram avaliados antes e após a capacitação.
  • Houve melhoras após o contato com o material desenvolvido para este estudo, com média significativamente maior no pós-teste, o que sinaliza que a compreensão dos conceitos melhorou após o ensino realizado, principalmente para os profissionais da saúde.

No Estudo 2, os participantes responderam ao Aberrant Behavior Checklist (ABC) para descrever comportamentos atípicos de crianças com deficiência intelectual e/ou transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidos individual ou coletivamente. Os resultados apontaram que os comportamentos que compõem a classe Hiperatividade foram os mais frequentes para a amostra geral.

  1. No Estudo 3, descreveu-se e comparou-se os comportamentos atípicos das crianças, descritos por meio do ABC, antes e depois dos profissionais participarem de um programa de ensino em AC.
  2. Foi observada uma diminuição da frequência dos comportamentos atípicos, sendo o curso mais efetivo para os profissionais da educação do que para os da saúde.

O Estudo 4 pretendeu descrever e associar a frequência de comportamentos adequados e inadequados das crianças e o repertório comportamental adequado e inadequado, de profissionais da saúde e da educação, por meio de filmagens. Enquanto resultados, os comportamentos inadequados mais emitidos pelas crianças foram Chorar e Estereotipia, os adequados; Conversar adequadamente e Acatar orientação.

Quanto aos profissionais, os comportamentos adequados mais emitidos foram Conversar e Desenvolver atividades lúdicas e, inadequados; Ignorar qualquer comportamento da criança e Reforçar comportamento inadequado. No estudo 5, foram descritos e comparados a frequência dos comportamentos adequados e inadequados de profissionais e crianças e o repertório comportamental antes e depois de um programa de ensino.

MATERNIDADE ATÍPICA (Tea/Autismo) em: Mãe de Autista e Seus Medos

Foi possível observar diferenças significativas, aumentando o repertório dos comportamentos adequados. The presence of some Behaviors is notorious for its frequency, for being persistent and not having Behavioral repercussions and for possibly offering damage to the health / integrity of those who are issued or of the family and the community.

  • Atypical Behaviors, the nomenclature used in this study, are the performances of self-service, heteroaggression and Other Behaviors that can be considered “strange” by society, causing a marginalization of the issuer.
  • These are frequent Behaviors in people diagnosed with Autism Spectrum Disorder (ASD) and / or severe intellectual changes.

For intervention, the professional must, in addition to understanding the basic principles of Behavior Analysis and Functional Analysis, understand Differential reforms; as Differential Reinforcement of Alternative Behavior (Differential Reinforcement of Alternative Behavior – DRA) and Differential Reinforcement of Incompatible Behavior (Differential Reinforcement of Incompatible Behavior – DRI).

Thus, the professional can increase the opportunities for the child to behave properly and enjoy specialized care. This study intended to implement a teaching program on the principles of Behavior Analysis, Functional Analysis and Differential reinforcements for health and education professionals who work with children who emit atypical Behaviors.

In Study 1, a didactic material was adapted, implemented and evaluated, which consists of a teaching program for health and education professionals based on the principles of AC, AF, DRA and DRI. The professionals performed the proposed activities and were evaluated before and after the training.

There were improvements after contact with the material developed for this study, with a significantly higher mean in the post-test, which indicates that the understanding of the concepts improved after the teaching was performed, mainly for health professionals. In Study 2, participants responded to the Aberrant Behavior Checklist (ABC) to describe atypical Behaviors of children with intellectual disabilities and / or Autistic Spectrum Disorder (ASD) attended individually or collectively.

The results showed that the Behaviors that make up the Hyperactivity class were the most frequent for the general sample. In Study 3, the atypical Behaviors of children, described by ABC, were described and compared before and after professionals participated in a teaching program in CA.

A decrease in the frequency of atypical Behaviors was observed, making the course more effective for education professionals than for health professionals. Study 4 intended to describe and associate the frequency of appropriate and inappropriate Behaviors of children and the appropriate and inappropriate Behavioral repertoire of health and education professionals, through filming.

As results, the most inappropriate Behaviors emitted by children were Chorar and Estereotipia, the appropriate ones; Talk properly and follow guidance. As for professionals, the most emitted appropriate Behaviors were Chatting and Developing playful and inappropriate activities; Ignore any child’s Behavior and Reinforce inappropriate Behavior.

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O que é desenvolvimento atípico?

Beliefs and educational practices of mothers of children with atypical development – Maria de Fátima Minetto Suzane Schmidlin Löhr Sobre os autores O desenvolvimento humano atípico interfere no processo de aprendizado da criança que o apresenta, sendo que os pais têm importante papel no sentido de estimular o desenvolvimento dos filhos. Porém, o envolvimento paterno sofre influência das crenças que os pais têm sobre o desenvolvimento dos filhos. Para avaliá-las, Suizzo (2002) construiu a Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado (E-CPPC). Assim, na presente pesquisa foi realizada uma pesquisa descritiva e transversal, utilizando o E-CPPC com 75 mães de crianças com diagnóstico de deficiência intelectual, das quais 41 sem fenótipo (grupo que abrangeu, dentre outros, crianças com Transtorno do Espectro Autista), cuja deficiência intelectual foi percebida nos primeiros anos de vida, e 34 mães de crianças com Síndrome de Down, identificada quando do nascimento. Das crianças com Síndrome de Down, 94,11% frequentavam escola especial e este percentual baixou para 80,48% nas crianças sem fenótipo. As mães dos dois agrupamentos apontaram em primeiro lugar a dimensão Apresentação Apropriada do bebê, envolvendo aqui a valorização de cuidados básicos, vindo a seguir: Estimulação; Responsividade/vínculo; Disciplina. Na análise de pares de dimensões do E-CPPC foi percebido que somente no par de dimensões Apresentação-Responsividade/vínculo houve diferença entre os grupos, sendo positiva e com significância estatística nas crianças com Síndrome de Down e não apresentando relação significativa no outro grupo. Poder contar com rede de apoio o quanto antes surge como sugestão importante aos dois grupos. Palavras-chave: práticas de cuidado; práticas educativas; desenvolvimento atípico; crenças parentais Atypical human development interferes in the learning process of children who have it and parents have an important role to play in stimulating the development of their children. However, parental involvement suffers the influence of the beliefs they have regarding the development of their children. In order to assess such beliefs Suizzo (2002) created the Scale of Parental Beliefs and Care Practices (S-PBCP). A descriptive cross-sectional study was conducted using S-PBCP with 75 mothers of children diagnosed as having intellectual disability, 41 of whom had no phenotype (among other disabilities, this group included children with Autistic Spectrum Disorders) and whose intellectual disability was perceived in the first years of life, as well as 34 mothers of children with Down Syndrome identified as such at birth.94.11% of the children with Down Syndrome attended special schools, whilst this percentage fell to 80.48% in children with no phenotype. The first dimension indicated by the mothers in both groups was the Appropriate Presentation of the baby, involving the valuing of basic care, followed by: Stimulation; Responsiveness/bond; Discipline. When analysing pairs of S-PBCP dimensions it was found that there was only a difference between the groups in the Presentation-Responsiveness/bond dimensions, it being positive and statistically significant for the children with Down Syndrome, but having no significant relationship for the other group. Being able to count on a support network as soon as possible appears as an important suggestion in both groups. Keywords: care practices; educational practices; atypical development; parental beliefs. O termo desenvolvimento atípico vem sendo utilizado para sinalizar pessoas com necessidades educativas especiais que apresentam deficiência física ou intelectual, ou prejuízo no acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem por dificuldades e/ou deficiências que podem não estar vinculadas a uma causa orgânica, mas que requerem código de comunicação diferente do usado pela maioria dos estudantes. ( Callonere, Ferreira Rolim & Hübner, 2011 CALLONERE, A.; FERREIRA ROLIM, S.; HÜBNER, M.M. Relações familiares e escolares em práticas inclusivas. Comportamento em foco, São Paulo, v.1, p.87-102, 2011.). Em cada área do desenvolvimento humano existem padrões esperados que estão fundamentados na maturação biológica do indivíduo, mas sofrem influência da estimulação ambiental. O desenvolvimento não ocorrer segundo a norma caracteriza desenvolvimento atípico. Diversos fatores podem estar relacionados ao desenvolvimento atípico, sendo um deles os transtornos mentais na infância. Segundo Ebert, Lorenzini e Franco da Silva (2015 EBERT, M.; LORENZINI, E.; FRANCO DA SILVA, E. Mães de crianças com transtorno autístico: percepções e trajetórias. Revista Gaúcha de Enfermagem, v.36, n.1, p.49-55, 2015.), é estimado que, no Brasil, entre 10% e 20% de crianças e adolescentes apresentam transtornos mentais, dos quais, aproximadamente, de 3% a 4% necessitam de tratamentos intensivos. Dentre os quadros de transtornos mentais na infância, o autismo é um dos mais frequentes. Crianças que apresentam Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm desenvolvimento atípico na comunicação e interação social em múltiplos contextos, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, aspectos considerados pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) como condições para o estabelecimento do diagnóstico. ( American Psychiatric Association, 2014 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.). Muitos aspectos que crianças em geral dominam de forma espontânea, crianças com TEA precisam que lhes seja ensinado de forma sistemática, estruturada. O papel da família, especialmente dos pais, é central nesse processo, mas as expectativas que eles têm sobre o desenvolvimento da criança irão interferir no seu modo agir. Muitos estudos nos últimos 10 anos vêm investigando as expectativas do entorno das crianças com desenvolvimento atípico, tanto no convívio familiar quanto na inserção escolar: Matos et al. (2012 MATOS, H.S.; ANDRADE, T.S.; MELLO, I.T.; SALES, Z.N. Concepções de mães em relação a filhos portadores de síndrome de down. Revista Saúde e Comportamento, v.2, n.1, p.59-68, 2012.) identificaram expectativas das mães sobre os filhos com Síndrome de Down; Leal (2006 LEAL, E, N. A criança com Síndrome de Down: expectativa da mãe sobre o processo de inclusão escolar.2006. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006.) teve como objetivo conhecer as expectativas das mães sobre a escolarização de seus filhos com Síndrome de Down; Gau et al. (2008 GAU, S.S.; CHIU, Y.; SOONG, W.; LEE, M. Parental Characteristics, Parenting Style, and Behavioral Problems Among Chinese Children with Down Syndrome, Their Siblings and Controls in Taiwan. Journal of the Formosan Medical Association, v.107, n.9, p.693-703, 2008.) relacionaram características e estilos parentais a problemas de comportamento em crianças com Síndrome de Down e seus irmãos; Silva e Aiello (2009 SILVA, N.C.B.; AIELLO, A.L.R. Análise descritiva do pai da criança com deficiência mental. Estudos de Psicologia, v.26, n.4, p.493-503, 2009.) descreveram características apenas dos pais de filhos com deficiência intelectual; Marques e Dixe (2011 MARQUES, M.H.; DIXE, M.A.R. Crianças e jovens autistas: impacto na dinâmica familiar e pessoal de seus pais. Revista de Psiquiatria Clínica, v.38, n.2, p.66-70, 2011.) analisaram o impacto na dinâmica familiar e pessoal de crianças e jovens com autismo; Minetto et al. (2012 MINETTO, M.F.; CREPALDI, M.A.; BRIGAS, M.; MOREIRA, L.C. Práticas Educativas, estresse parental de pais de crianças pequenas com desenvolvimento atípico. Educar em Revista, Curitiba, n.43, p.117-132, jan./mar.2012.) relacionaram práticas educativas e estresse parental; Minetto, Crepaldi e Marins (2013 MINETTO, M.F.; CREPALDI, M.A.; MARTINS, M. Particularidades de Famílias que têm Filhos com Deficiência Intelectual. International Journal of Developmental and Educational Psychology, v.82, n.1, p.75-84, 2013.) destacaram características de famílias com filhos com deficiência intelectual; Zanon, Backes e Bosa (2014 ZANON, R.B.; BACKES, B.; BOSA, C.A. Identificação dos primeiros sintomas de autismo pelos pais. Psicologia: teoria e pesquisa, v.30, n.1, p.25-33, 2014.) apontaram os pais como os primeiros a identificarem pautas de autismo nos filhos; Correa et al. (2015 CORREA, W.; MINETTO, M. F; KOBREN, R.C.; CUNHA, J.M. Risk Factors for Development of Children with Down Syndrome in Brazil Creative Education, v.6, n.12, p.1285-1293, 2015.) descreveram fatores de risco ao desenvolvimento de crianças com Síndrome de Down. Também a busca de conhecimento sobre fatores de risco e de proteção ao desenvolvimento de crianças com deficiência ou transtornos globais vem aumentando o investimento em pesquisas nos últimos anos. ( Couto, Tachibana & Aiello-Vaisberg, 2007 COUTO, T.H.A.M.; TACHIBANA, M.; AIELLO-VAISBERG, T.M.J. A mãe, o filho e a Síndrome de Down. Paidéia, v.17, p.265-272, 2007. ; Pereira-Silva & Dessen, 2007 PEREIRA-SILVA, N.L.; DESSEN, M.A. Crianças com e sem síndrome de Down: valores e crenças de pais e professores. Revista Brasileira de Educação Especial, v.13, n.3, p.429-446, 2007. ; Prado, 2005 PRADO, A.F.A. Família e deficiência. In: CERVENY, C.M.O. (Org.). Família e. São Paulo: Ed. Casa do Psicólogo, 2005. ; Sunelaitis, Arruda & Marcon, 2007 SUNELAITIS, R.C.; ARRUDA, D.C.; MARCON, S.S. A repercussão de um diagnóstico de SD no cotidiano familiar: perspectiva da mãe. Acta Paul. Enferm., São Paulo, v.20, n.3, p.264-271, 2007.). A família, como o principal microssistema responsável pelo desenvolvimento da criança, na grande maioria das vezes, é o foco das investigações, uma vez que a chegada de um filho com alguma deficiência modifica planos, aumenta a responsabilidade e necessidades de investimentos, causa maior estresse e leva a questionamentos sobre as práticas educativas que os pais acreditavam ser ideais para sua prole. Os pais, além de prestadores de cuidados, modelos, disciplinadores e promotores da socialização dos filhos, assumem posição central no que se refere à estimulação inicial para o desenvolvimento dos filhos. ( Bronfenbrenner & Morris, 2006 BRONFENBRENNER, U.A.; MORRIS, P.A. Ecologia do desenvolvimento humano. Tradução de M.A.V. Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 2006. ; Pérez-López et al., 2012 PÉREZ-LÓPEZ, J.; MARTÍNEZ-FUENTES, M.T.; DÍAZ-HERRERO, Á.; NUEZ, A.G.B. Prevención, promoción del desarrollo y atención temprana en la Escuela Infantil. Educar em Revista, Curitiba, n.43, p.17-32, 2012. ; Franco, 2015 FRANCO, V. Introdução à intervenção precoce no desenvolvimento da criança: com a família, com a comunidade, em equipe. Évora: Edições Aloendro, 2015.). Quando a criança apresenta alguma vulnerabilidade e encontra-se em risco de desenvolvimento atípico, modelos de intervenção centrados na família, focados no seu empoderamento, tornam-se alternativas produtivas e podem envolver preparo dos pais para apoio dos filhos por toda a vida. As famílias, além de informação, precisam aumentar sua competência para acessar os recursos da comunidade e também oportunizar atividades voltadas para a satisfação de necessidades físicas, habilidades sociais e culturais da criança. ( Coutinho, 2004 COUTINHO, M.T.B. Apoio à família e formação parental. Análise psicológica, v.1, n.22, p.55-64, 2004. ; Vieira & Prado, 2004 VIEIRA, M.L.; PRADO, A.B. Abordagem evolucionista sobre a relação entre filogênese e ontogênese no desenvolvimento infantil. In: SEIDL-DE-MOURA, M.L. O bebê do século XXI e a psicologia do desenvolvimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.). Coutinho (2004 COUTINHO, M.T.B. Apoio à família e formação parental. Análise psicológica, v.1, n.22, p.55-64, 2004.) relata que em Portugal este tem sido um caminho lento e só recentemente os pais passaram a ser incluídos no atendimento profissional visando cuidado de seus filhos. Para avaliar os efeitos do empoderamento de mães de crianças com Síndrome de Down com idades entre seis meses e cinco anos, a autora desenvolveu estudo com 39 mães de crianças com Síndrome de Down, das quais 22 foram incluídas em um Programa de Formação de Pais de 12 semanas visando formar, informar e fornecer apoio social e as 17 mães restantes foram incluídas em grupo controle. Aconteceram importantes ganhos no que tange à percepção materna de competência – as mães descreveram ao final do programa que se sentirem mais aptas a estimular o desenvolvimento dos filhos desde que orientadas. Houve também ganho nos escores de autoeficácia materna. Ebert, Lorenzini e Franco da Silva (2015 EBERT, M.; LORENZINI, E.; FRANCO DA SILVA, E. Mães de crianças com transtorno autístico: percepções e trajetórias. Revista Gaúcha de Enfermagem, v.36, n.1, p.49-55, 2015.), ao estudarem a percepção de mães de crianças com autismo, destacam que a presença de uma criança com tal diagnóstico em uma família interfere no funcionamento de todo o grupo familiar, o qual precisa ” ajustar seus planos e expectativas futuras às limitações, necessitando adaptar-se e realizar constantes mudanças na sua rotina de vida para atender às necessidades da criança”. ( Ebert, Lorenzini & Franco da Silva, 2015 EBERT, M.; LORENZINI, E.; FRANCO DA SILVA, E. Mães de crianças com transtorno autístico: percepções e trajetórias. Revista Gaúcha de Enfermagem, v.36, n.1, p.49-55, 2015., p.50). Pais de crianças com TEA passam a lidar com uma realidade diferente da idealizada, necessitando desenvolver novas habilidades, a começar pela obtenção de informações sobre o transtorno, conhecimento de recursos e técnicas que possam ajudar a criança no seu desenvolvimento, assim como precisam ser orientadas e receber suporte para se tornarem facilitadores importantes do aprendizado dos filhos. Marques e Dixe (2011 MARQUES, M.H.; DIXE, M.A.R. Crianças e jovens autistas: impacto na dinâmica familiar e pessoal de seus pais. Revista de Psiquiatria Clínica, v.38, n.2, p.66-70, 2011.) aplicaram diversos instrumentos para avaliar necessidades da família, adaptação e coesão familiar, ansiedade, depressão e estresse em 50 pais de crianças com autismo e assim levantar as necessidades elencadas por eles. Os resultados indicaram predomínio de organização familiar equilibrada, flexível, porém, as famílias que denotaram menor grau de equilíbrio foram as que mencionaram maiores necessidades, solicitando principalmente informação sobre serviços de apoio (médicos, profissionais especializados) e ajuda para discutir problemas e encontrar soluções. As crenças dos pais sobre o que consideram importante para o desenvolvimento dos filhos, comparando com o que de fato fazem, foi alvo de um estudo de Bandeira e Seidl-de-Moura (2012 BANDEIRA, T.; SEIDL-DE-MOURA, M.L. Crenças de pais e mães sobre investimento parental. Paidéia, v.22, n.53, p.355-363, 2012.). No estudo, 50 homens e 50 mulheres, tendo ao menos um filho, foram entrevistados. As respostas foram categorizadas em agrupamentos referentes ao tipo de investimento: financeiro, emocional, de cuidados básicos, intelectual, social-espiritual, familiar-pessoal. Ao destacar o investimento idealizado, tanto pais quanto mães valorizaram o emocional, seguido do intelectual. É interessante verificar que, no estudo, os homens, ao descreverem a prática, a atuação direcionada ao âmbito emocional continuou em destaque, corroborando com o que eles mencionaram julgar importante no início da pesquisa. Já as mulheres, que enalteceram o âmbito emocional como o ideal, ao serem questionadas sobre o seu fazer, apontaram para maior engajamento relacionado ao âmbito de cuidados básicos, que tinha ocupado uma das últimas posições na hierarquia materna de prioridades. Kobarg e Vieira (2008 KOBARG, A.P.R.; VIEIRA, M.L. Crenças e Práticas de Mães sobre o Desenvolvimento Infantil nos Contextos Rural e Urbano. Psicologia Reflexão e Crítica, v.21, n.3, p.401-408, 2008.) destacam as crenças como parte da psicologia dos cuidadores, com potencial de interferência no cuidado. Apontam para uma relação dialética entre as crenças e o ambiente físico, ao defender que elas sofrem transformação e transformam o ambiente físico, influenciando o desenvolvimento infantil. Ao avaliar o que as mães valorizavam na educação dos filhos, os autores perceberam que mães da zona urbana, com escolaridade superior, valorizavam mais a estimulação do que as mães da mesma região com baixa escolaridade, as quais destacavam a disciplina. Mães com maior grau de escolaridade, ao valorizarem a estimulação dos filhos, aumentam a probabilidade de engajar-se em ações neste sentido, o que é benéfico para o desenvolvimento da criança. No que se refere às crenças dos pais sobre o desenvolvimento de seus filhos com deficiências, as pesquisas também são relevantes. Pereira-Silva e Dessen (2007 PEREIRA-SILVA, N.L.; DESSEN, M.A. Crianças com e sem síndrome de Down: valores e crenças de pais e professores. Revista Brasileira de Educação Especial, v.13, n.3, p.429-446, 2007.) identificaram as crenças de pais e professores quanto ao desenvolvimento motor, escolarização, profissionalização, relações íntimas e expectativas quanto ao futuro das crianças com Síndrome de Down, comparando com as crenças relativas aos mesmos aspectos em famílias com crianças sem deficiência; Stoneman (2007 STONEMAN, Z. Examining the down syndrome advantage: Mothers and fathers of young children with disabilities. Journal of Intellectual Disability Research, v.51, n.12, p.1006-1017, 2007.) apresentou algumas diferenças entre pais e mães de criança com Síndrome de Down e deficiência intelectual com etiologia desconhecida, principalmente quanto às crenças parentais; Aguiar (2010 AGUIAR, A. Crenças e conhecimento de pais e profissionais de saúde sobre o desenvolvimento de crianças com síndrome de Down até dois anos de idade2010. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.) compara crenças de pais e profissionais sobre o desenvolvimento de crianças com Síndrome de Down; Amparo Amparo Sobrinho (2010 AMPARO SOBRINHO, L. O cuidado a crianças com síndrome de Down sob a perspectiva evolucionista.2010. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal da Bahia, UFBA, Salvador, 2010.) investiga crenças de pais e influência do contexto; Minetto (2010 MINETTO, M.F. Práticas educativas parentais, crenças parentais, estresse parental e funcionamento familiar de pais de crianças com desenvolvimento típico e atípico.2010. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.) analisa a relação entre estresse parental, crenças sobre práticas educativas e funcionamento familiar; Portes (2013 PORTES, J.M. Crenças sobre práticas de cuidado e metas de socialização de pais e mães com filhos com Síndrome de Down.2013. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.) estuda crenças sobre práticas de cuidado e metas de socialização em crianças com Síndrome de Down. Para Martins et al. (2010 MARTINS, G.D.F.; MACARINI, S.M.; VIEIRA, M.L.; SEIDL-DE-MOURA, M.L.; BUSSAB, V.L.R.; CRUZ, R.M. Construção e validação do Inventário de Crenças Parentais sobre Práticas de Cuidado (CPPC) na primeira infância. Psico-USF, v.15, p.23-34, 2010., p.23) ” o conjunto de relações estabelecidas entre pais e filhos é permeado por necessidades distintas, porém complementares, como o cuidado, a educação e a promoção do desenvolvimento infantil”. Keller (2007 KELLER, H. Cultures of infancy. Mahwah, NJ: Erlbaum, 2007.) cita seis classes comportamentais (fatores) envolvidas nas práticas de cuidado: cuidado primário; contato corporal; estimulação corporal; estimulação por objetos; contato face a face; envelope narrativo (investimento na linguagem enquanto ação discursiva). Para avaliar as crenças e práticas de cuidados dos pais de filhos com deficiência intelectual, Suizzo (2002 SUIZZO, M.A. French parents’ cultural models and childrearing beliefs. International Journal of Behavioral Development, v.26, p.297-307, 2002.) criou a Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado (E-CPPC), direcionada para a primeira infância, que toma por base os fatores descritos por Keller. A E-CPPC permite identificar como os pais acreditam que estão agindo e cuidando das necessidades da criança e orientar os profissionais e os próprios cuidadores em relação ao cuidado da criança. Sobrinho (2010 SOBRINHO, L.A. O cuidado parental de crianças com síndrome de Down sob a perspectiva evolucionista.2010. Dissertação (Mestrado) – UFBA, Salvador, 2010.), a partir da E-CPPC, identificou a presença materna significativa, com maior investimento nos cuidados primários que na estimulação. A autora interpreta os achados destacando que os cuidados primários, que estão associados aos cuidados físicos, são tidos como mais cruciais para a sobrevivência do que a estimulação. Portes (2013 PORTES, J.M. Crenças sobre práticas de cuidado e metas de socialização de pais e mães com filhos com Síndrome de Down.2013. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.), utilizando a E-CPPC, constatou diferenças nas crenças entre pais e mães de crianças com Síndrome de Down. As mães tiveram maior tendência a crer na necessidade de prover cuidados primários do que os pais. A autora explicou o resultado considerando o fato de todos os homens pesquisados trabalharem fora e terem como função principal a garantia dos recursos para a prole, enquanto muitas das mães optaram por se dedicar em tempo integral ao cuidado do seu filho com Síndrome de Down. Porém, no que tange às práticas de cuidados primários, os resultados dos pais e mães foi equivalente, ambos atuando no sentido do filho alcançar certa autonomia e independência no futuro. Será descrito a seguir um estudo que teve por objetivo levantar as crenças e práticas de mães de crianças, na primeira infância, com desenvolvimento atípico, no cuidado de seus filhos. Trata-se de pesquisa descritiva e transversal, que seguiu os procedimentos éticos recomendados. Participaram do estudo 75 mães de crianças com deficiência intelectual, indicadas por escolas regulares de educação infantil e por escolas especiais de uma capital na região sul do país. As mães foram selecionadas a partir do dignóstico das crianças, tendo como referência a Classificação Internacional de Doenças – CID-10 ( Organização Mundial da Saúde, 2007 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde – CID-10. São Paulo, 2008.), especificamente nos fatores: F70.1 (Retardo mental leve); F71.1 ( Retardo mental moderado ); e Q90 (Síndrome de Down). Do total de 75 mães, 41 tinham filhos com diagnóstico de deficiência intelectual (CID-10: F71.1 e F70.1), sem fenótipo (características físicas específicas evidentes), ou seja, com atraso no desenvolvimento, em alguns casos com alterações de comportamento ou características de espectro autista, no entanto, o diagnóstico principal era a deficiência intelectual percebida ao longo dos primeiros anos de vida e não identificada logo quando do nascimento. As outras 34 mães tinham filhos com diagnóstico de Síndrome de Down (CID-10: F71.1; F70.1 e Q90), tendo fenótipo evidente, e com laudo logo quando do nascimento ou nos primeiros dias de vida. As mães responderam a questionário sociodemográfico, formulado para o presente estudo, com questões referentes à idade, escolaridade, composição familiar, renda familiar, dentre outros aspectos, e à Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado (E-CPPC) na primeira infância, de Suizzo (2002 SUIZZO, M.A. French parents’ cultural models and childrearing beliefs. International Journal of Behavioral Development, v.26, p.297-307, 2002.), na versão adaptada e validada para a população brasileira por Seidl-de-Moura et al SEIDL-DE-MOURA, M.L.; RIBAS, A.F.P.; SEABRA, K. DA C.; PESSÔA, L.; NOGUEIRA, S.E.; MENDES, D.M.L.F.; ROCHA, S.B.; VICENTE, C.C. Interações mãe-bebê de um e cinco meses de díades urbanas: aspectos afetivos, comportamentos, complexidade e sistemas parentais predominantes. Psicologia Reflexão e Crítica, v.21, n.1, p.66-73, 2008., (2008). O E-CPPC é composto por 50 itens distribuídos em quatro dimensões: Estimulação (chamar a atenção e expor a criança a diferentes estímulos cognitivos e motores); Apresentação apropriada do bebê em público (garantir a apresentação apropriada da criança – social); Responsividade e vínculo ( responder ao filho e criar vínculo com ele e emocional); e Disciplina (educação dos filhos no sentido maior de ensinar regras). A idade média das mães foi 38,08 anos (DP = 7,93), sendo que as mães de crianças com Síndrome de Down (M = 40,94 anos, DP = 6,98) eram significativamente mais velhas que as mães de crianças com Deficiência Intelectual sem fenótipo (M = 35,71 anos, DP = 7,96, p < 0,005). Quanto à escolaridade materna, houve certa correspondência entre os dois grupos de mães, com distribuição desde o Ensino Fundamental incompleto até o Ensino Superior completo, porém, com maior concentração de mães com Ensino Médio completo. O número médio de filhos das famílias participantes foi de 2,03 (DP = 1,18), sendo que as famílias das crianças com Síndrome de Down tinham em média 2,09 filhos (DP = 1,26) e as famílias de crianças com Deficiência Intelectual sem fenótipo tinham em média 1,98 (DP = 1,13) filhos. No que se refere à média salarial, a distribuição dos familiares de acordo com a renda familiar, se convertida em valores percentuais, é bastante próxima nos dois grupos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Síntese de Indicadores Sociais confirma as desigualdades da sociedade brasileira2002. Disponível em:, Acesso em: 30 dez.2015. http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/.), a renda familiar da população depende da região do país, mas, em 2001, o rendimento mensal per capita brasileiro era de até 1/4 do salário mínimo para 22,9% das famílias, percentual próximo do encontrado na amostra estudada, já que 15 dos 74 participantes tinham renda mensal familiar de no máximo um salário mínimo. A idade média das crianças foi de 6,80 anos (DP = 2,21). Quarenta e oito crianças eram do sexo masculino e 27 do sexo feminino, sendo que, destes, 18 meninos e 16 meninas tinham Síndrome de Down. O predomínio do sexo masculino nas crianças sem fenótipo pode estar associado à incidência ligada ao sexo de vários quadros, como nos Transtornos do Espectro Autista, em que há uma proporção de 4,2 nascimentos do sexo masculino para cada criança do sexo feminino nascida. ( Fombonne, 2009 FOMBONNE, E. Epidemiology of pervasive developmental disorders. Pediatic Research, v.65, n.6, p.591-598, 2009.). Das crianças com Síndrome de Down, 94,11% estavam matriculadas em escola especial, enquanto que, nas crianças com Deficiência Intelectual sem fenótipo, este percentual cai para 80,48%, índice alto, porém, menor do que o das crianças com Síndrome de Down. O fenótipo pode ser um fator que influencia na inclusão, fazendo com que as crianças que possuem um marcador físico (como a Síndrome de Down) encontrem maiores barreiras para serem incluídas em escolas regulares. Este é um achado que merece estudos futuros, delineados para identificar especificamente tal fator. As respostas das mães ao questionário sobre Crenças e Práticas Maternas foram sintetizadas na Tabela 1, considerando os fatores Estimulação, Apresentação Apropriada do bebê em público, Responsividade/vínculo e Disciplina. As médias apresentadas foram separadas por família de criança com Síndrome de Down e famílias de crianças com Deficiência Intelectual sem fenótipo. Tabela 1: Média e desvios de padrões para as dimensões do instrumento de crenças e práticas Observando a Tabela 1, nota-se que nos dois grupos estudados a dimensão mais valorizada foi a de Apresentação Apropriada do bebê em público, seguida das dimensões Estimulação, Responsividade/vínculo e Disciplina. Considerando que a dimensão Apresentação Apropriada do bebê foi a mais valorizada nos dois agrupamentos, optou-se por estabelecer pares de dimensões, tendo a Apresentação como a variável central, analisando a significância estatística nos dois agrupamentos (crianças com e sem fenótipo). Os resultados podem ser observados na Tabela 2, Tabela 2: Comparação em pares da média de apresentação apropriada do bebê e das médias das outras dimensões do instrumento de crenças e práticas, resultado do Teste t pareado e significância dessa diferença Verifica-se, na Tabela 2, que a média da dimensão Apresentação Apropriada do bebê é maior que as demais e a análise apontou que tal dado tem significância estatística. Isto indica que os pais valorizam mais a dimensão Apresentação do que as demais dimensões. A importância dada à dimensão Apresentação Apropriada do bebê também foi encontrada em outros estudos com crianças sem deficiência, bem como a tendência à menor valorização da dimensão Disciplina. ( Kobarg & Vieira, 2008 KOBARG, A.P.R.; VIEIRA, M.L. Crenças e Práticas de Mães sobre o Desenvolvimento Infantil nos Contextos Rural e Urbano. Psicologia Reflexão e Crítica, v.21, n.3, p.401-408, 2008. ; Silva & Magalhães, 2011 SILVA, R.A.M.; MAGALHÃES, C.M.C. Crenças sobre práticas: um estudo sobre mães primíparas de contexto urbano e não-urbano. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, v.21, n.1, p.39-50, 2011.). Ao mesmo tempo os resultados corroboram com os estudos relacionados a famílias com filhos com deficiência, em que o destaque ficou para os cuidados primários. ( Sobrinho, 2010 SOBRINHO, L.A. O cuidado parental de crianças com síndrome de Down sob a perspectiva evolucionista.2010. Dissertação (Mestrado) - UFBA, Salvador, 2010. ; Portes, 2013 PORTES, J.M. Crenças sobre práticas de cuidado e metas de socialização de pais e mães com filhos com Síndrome de Down.2013. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.). Apesar de alguns estudos com o E-CPPC ( Kobarg & Vieira, 2008 KOBARG, A.P.R.; VIEIRA, M.L. Crenças e Práticas de Mães sobre o Desenvolvimento Infantil nos Contextos Rural e Urbano. Psicologia Reflexão e Crítica, v.21, n.3, p.401-408, 2008. ; Martins et al., 2010 MARTINS, G.D.F.; MACARINI, S.M.; VIEIRA, M.L.; SEIDL-DE-MOURA, M.L.; BUSSAB, V.L.R.; CRUZ, R.M. Construção e validação do Inventário de Crenças Parentais sobre Práticas de Cuidado (CPPC) na primeira infância. Psico-USF, v.15, p.23-34, 2010. ; Silva & Magalhães, 2011 SILVA, R.A.M.; MAGALHÃES, C.M.C. Crenças sobre práticas: um estudo sobre mães primíparas de contexto urbano e não-urbano. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, v.21, n.1, p.39-50, 2011. ; Lordelo, Roethle & Mochizuki, 2012 LORDELO, E.R.; ROETHLE, M.; MOCHIZUKI, A.B. Metas de Socialização em diferentes contextos. Paidéia, v.22, n.51, p.33-42, 2012.) indicarem correlações com a escolaridade ou renda dos pais com algumas dimensões do instrumento, especialmente a dimensão Disciplina, essa relação não foi encontrada no presente estudo. As correlações encontradas entre as dimensões do instrumento de crenças e práticas são apresentadas na Tabela 3, Tabela 3: Correlação entre as dimensões do instrumento de crenças e práticas Na comparação das médias das dimensões entre os dois grupos estudados, não houve diferença estatisticamente significativa entre as respostas dadas (p>0,05). Nos dois grupos não houve correlação entre as dimensões Responsividade/vínculo e Disciplina, ao passo que quanto mais as mães valorizavam a dimensão Estimulação, mais importância davam às dimensões de Apresentação Apropriada do bebê, Responsividade/vínculo e Disciplina, podendo sinalizar que há relação entre a valorização da estimulação de seus filhos com as respostas maternas que indicam valorização da apresentação do bebê, o estabelecimento de vínculo produtivo e a colocação de limites no filho. A dimensão Apresentação do bebê também apresentou correlação positiva com a dimensão Disciplina, apontando que quanto mais valor as mães davam à Apresentação, mais valorizavam a Disciplina. Nas respostas das mães de crianças com Síndrome de Down é possível perceber que a Apresentação Apropriada do bebê foi relacionada positivamente, e com significância estatística, com as dimensões Responsividade/vínculo e Disciplina. Considerando que a dimensão Apresentação Apropriada do bebê foi a mais frequente dentre as dimensões avaliadas pelo instrumento, então, pode-se dizer que este é um aspecto bastante enfatizado por mães de crianças com Síndrome de Down. Porém, é importante retomar Keller (2007 KELLER, H. Cultures of infancy. Mahwah, NJ: Erlbaum, 2007.), ao afirmar que nenhuma dimensão é mais importante que a outra, mas cada uma delas possui uma função específica no desenvolvimento da criança. Já nas respostas de mães de crianças com deficiência intelectual sem fenótipo, não foi encontrada correlação estatística entre as dimensões Apresentação Apropriada do bebê e Responsividade/vínculo. Considerando que no grupo de crianças com deficiência intelectual sem fenótipo encontram-se casos de crianças com Transtorno do Espectro Autista, ou outras que apresentam problemas comportamentais intensos, mas muitas vezes fisicamente não apresentam estereótipo que as diferencie das crianças ditas normais, parece que a dimensão Apresentação Apropriada do bebê não fortalece a Responsividade e Vinculação da mãe com a criança, estando a atenção dela possivelmente mais focada na questão comportamental deficitária do filho. Aguiar (2010 AGUIAR, A. Crenças e conhecimento de pais e profissionais de saúde sobre o desenvolvimento de crianças com síndrome de Down até dois anos de idade2010. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.) indica que as crenças dos pais sobre a Síndrome de Down estão associadas a afetos que terão por seus filhos (sejam eles positivos ou negativos) e valorização do cuidado, do trabalho e da dedicação despendida a eles. Além disso, para esse autor, tanto os pais como os profissionais atribuem maior valor à aprendizagem e à interação com a criança com Síndrome de Down, do que à maturação biológica, como propulsores do desenvolvimento destas crianças. Com base em tal constatação, é possível hipotetizar que as mães, ao valorizarem a dimensão Apresentação Apropriada da criança com Síndrome de Down, acabam por fortalecer o vínculo e os afetos positivos direcionados aos filhos, o que não pode ser verificado nas respostas das mães de crianças sem fenótipo. Sobrinho (2010 SOBRINHO, L.A. O cuidado parental de crianças com síndrome de Down sob a perspectiva evolucionista.2010. Dissertação (Mestrado) – UFBA, Salvador, 2010.) reforça a importância da rede social de apoio às mães de crianças com Síndrome de Down para o cuidado dos filhos. Para a autora, o fato de grande parte das mães estar ligada a instituições contribui para que elas forneçam cuidados apropriados às suas crianças com Síndrome de Down. Este não foi um aspecto diretamente analisado na pesquisa apresentada, porém, a proximidade dos resultados nos dois grupos de mães pode indicar que ambos seriam beneficiados se contassem com rede de apoio. A rede de apoio e o diagnóstico precoce podem ser determinantes nos cuidados oferecidos pelos pais. ( Minetto, 2010 MINETTO, M.F. Práticas educativas parentais, crenças parentais, estresse parental e funcionamento familiar de pais de crianças com desenvolvimento típico e atípico.2010. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.). Para Buscáglia (2006 BUSCAGLIA, L. Os deficientes e seus pais. Rio de Janeiro: Record, 2006.), o aumento do conhecimento sobre a deficiência, a situação atual e futura dos filhos, traz algum conforto aos pais, o que vai refletir em suas crenças, influenciando, consequentemente, nos cuidados oferecidos. Dificuldades podem surgir devido à ideia de que já são crianças limitadas e restritas em muitos aspectos. Para o autor, os pais não as educam como os outros filhos, mas mesmo dentro das limitações, essas crianças precisam de conceitos e limites básicos para a convivência em família e sociedade. Somente o conhecimento promove ações eficientes. A busca constante de informações pode subsidiar profissionais e pais na tarefa de educar. Ter acesso e utilizar informações permite o empoderamento das famílias, propiciando práticas mais efetivas. A pesquisa desenvolvida mostrou que mães de filhos com deficiência intelectual privilegiam cuidados primários, ou seja, preocupam-se inicialmente com a apresentação apropriada da criança, o que está relacionado a cuidados de higiene, vestimenta, alimentação, dentre outros. Observou-se pequena diferença entre as respostas das mães com filhos com Síndrome de Down em relação às mães de crianças com deficiência intelectual, mas sem fenótipo identificado. Embora a estimulação do desenvolvimento seja essencial para tais crianças, houve uma tendência em aparecer em segundo plano, especialmente nas respostas do grupo de mães de crianças com déficit intelectual e sem fenótipo. O estudo mostrou que as mães de crianças com Síndrome de Down valorizavam mais a dimensão Estimulação, investiam na Apresentação Apropriada do bebê e tinham diferente índice de Responsividade/vínculo e também de Disciplina, indicando que tais aspectos podem estar relacionados ao fenótipo e à rede de apoio, como associações de pais, sites especializados em informações sobre a síndrome. A criança com déficit cognitivo sem fenótipo tende a demorar mais tempo para ser diagnosticada e por não ter marcadores biológicos reconhecidos quando do nascimento, os pais podem ter mais dificuldade em aceitar o diagnóstico. Esta demora pode atrasar a responsividade em relação aos filhos e, consequentemente, o estabelecimento de vínculo, contando somente mais tarde com redes efetivas de apoio, protelando o início de intervenções visando à estimulação apropriada do desenvolvimento. Por fim, os limites deste estudo incluem o tamanho e perfil da amostra. Novas pesquisas podem ser conduzidas, sendo direcionadas a populações com características socioculturais diferentes, ou ainda, procurando ouvir os pais e as mães e não apenas as mães.

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AGUIAR, A. Crenças e conhecimento de pais e profissionais de saúde sobre o desenvolvimento de crianças com síndrome de Down até dois anos de idade2010. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. AMPARO SOBRINHO, L. O cuidado a crianças com síndrome de Down sob a perspectiva evolucionista.2010. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal da Bahia, UFBA, Salvador, 2010. BANDEIRA, T.; SEIDL-DE-MOURA, M.L. Crenças de pais e mães sobre investimento parental. Paidéia, v.22, n.53, p.355-363, 2012. BRONFENBRENNER, U.A.; MORRIS, P.A. Ecologia do desenvolvimento humano Tradução de M.A.V. Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 2006. BUSCAGLIA, L. Os deficientes e seus pais Rio de Janeiro: Record, 2006. CALLONERE, A.; FERREIRA ROLIM, S.; HÜBNER, M.M. 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Publicação nesta coleção Jan-Mar 2016

Recebido 21 Jan 2016 Aceito 22 Jan 2016

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Como se referir a uma pessoa que tem autismo?

pessoa autista X pessoa com autismo Este é outro exemplo de como a sintaxe e a semântica interferem fortemente no discurso das minorias. Apesar de essas duas formas de referência ao autista parecerem substituir perfeitamente uma à outra, uma análise mais cuidadosa, que leve em consideração a carga semântica por traz das duas construções, revela que cada uma dessas duas formas podem, e estão, em dois lados opostos nas discussões dos grupos envolvidos nesta questão.

Na forma “pessoa autista”, ou simplesmente “autista”, a ênfase é dada à identidade (de autista) das pessoas. Esta é a forma usualmente preferida pelos próprios autistas. Já na forma “pessoa com autismo”, a ênfase é dada à pessoa, ao indivíduo, e sua condição de autista vem como um apêndice. Esta forma é muito empregada por familiares de autistas e por profissionais que lidam com o autismo.

Nos Estados Unidos, as duas formas são “autistic person” e “person with autism”. Devido à construção sintática do inglês, a palavra à qual a ênfase é dada também vem primeiro na expressão, por isso é comum nos grupos de autistas que a primeira construção seja chamada de “identity-first language” (linguagem com a indentidade primeiro) e a segunda de “person-first language” (linguagem com a pessoa primeiro”).

  1. Como esta mudança na posição das palavras não ocorre na língua portuguesa, eu as chamarei de “linguagem centrada na identidade” e “linguagem centrada na pessoa”.
  2. Dito tudo isto, será importante notar que todas as vezes que as duas expressões, “pessoa autista” (ou “autista”) e “pessoa com autismo”, aparecerem nas traduções, a escolha de uma ou de outra jamais terá sido aleatória.

É bom notar também que discussões semelhantes ocorrem não só nos discursos de outras deficiências, mas também nos discursos de outras minorias em geral. : pessoa autista X pessoa com autismo

O que é atípico sinônimo?

13 sinnimos de atpica para 2 sentidos da palavra atpica : No plural – Fora do comum: 1 daquela, anormal, diferente, invulgar, singular, incomum, inusitada, inslita, Use a nossa Inteligncia Artificial Escreva textos incrveis em segundos com nossa nova ferramenta de Inteligncia Artificial.

O que é atípico na medicina?

Significado de Atípico Atípico é um adjetivo masculino que serve para indicar algo que não tem característica das mais comuns ou mesmo normais. Atípico tem como significado também algo que é particular ou mesmo próprio daquilo que é irregular, anômalo ou incomum,

  1. Na medicina, é bastante comum utilizar o termo atípico para indicar sintomas que vão e voltam a aparecer em intervalos distintos e irregulares.
  2. Normalmente é denominada como uma doença atípica ou de sintomas atípicos.
  3. É o caso da expressão “pneumonia atípica”, uma infecção pulmonar gerada por diversos agentes, casos do Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila ou Chlamydophila pneumoniae,

Trata-se de uma doença contagiosa por meio do contato com a saliva do paciente. Por isso, é bastante comum em pessoas confinadas, como presos e militares. Uma suspeita bastante comum é quando toda a família está com os mesmos sintomas. Nesse caso, é bem possível que todos estejam com esse tipo de pneumonia.

  1. O tratamento é feito em casa, por meio de repouso e a ingestão de antibióticos receitados pelo médico clínico ou pneumologista.
  2. Ainda dentro da questão da medicina, tem o muco atípico, quando a secreção ou o muco vaginal está fora do normal.
  3. A variação pode indicar se a mulher está ovulando, ficando mais próxima da gravidez.

Atípico e típico, portanto, são palavras de sentidos totalmente opostos. Mas o que significa típico? Típico é algo que distingue uma pessoa ou objeto, que indica algo comum da maioria das pessoas ou coisas, enquanto atípico é o contrário de típico, sendo aquilo que é incomum.

Anormal; Estranho; Insólito.

Já o antônimo de atípico é conhecido pelos seguintes termos:

Comum; Habitual; Inerente; Normal; Peculiar; Próprio; Regular; Típico; Usual.

Atípico em inglês deve ser traduzido como atypical, Há no direito um uso para esse termo que se trata do atípico penal, quando um fato fora do comum, isto é, atípico, ganha avaliação judicial. Por exemplo, fato atípico em uma delegacia é quando as pessoas procuram o local para registrar boletim de ocorrência por situações que, em tese, não caracterizariam infrações penais.

Como se escreve a palavra atípica?

A forma é.

Qual é o significado da palavra atípica?

Significado de atípico – Que não se adequa ao que é típico, nem característico e próprio; irregular, anômalo: o órgão apresentava um comportamento atípico. Cujo desenvolvimento neurológico se difere do considerado padrão; neurodivergente. Cujos sintomas voltam a aparecer em intervalos irregulares: doenças atípicas.

O que a filha do Cássio tem?

Cássio e esposa encontram grupo de torcedores autistas após vitória do Corinthians – ESPN 26 de jan, 2023, 17:22 O goleiro Cássio, que revelou recentemente que sua filha tem autismo, deu mais um passo rumo à inclusão e conhecimento do assunto no âmbito do futebol.

  • Na última terça-feira, após a vitória do Corinthians sobre o Guarani, o jogador e sua esposa, Janara Sackl, recepcionaram membros do “Autistas Alvinegros”.
  • Sinto orgulho em apoiar e fazer parte do primeiro movimento inclusivo para Autistas no futebol brasileiro! Austistas Alvinegros, que trabalho maravilhoso e necessário vocês fazem!!! A cada dia que passa aumenta a minha certeza de ter escolhido o time certo pra amar e que nada acontece por acaso: Deus tem um propósito para tudo! Obrigada, meus amigos!!!”, escreveu Janara em seu Instagram.

O grupo é formado por torcedores do Timão que possuem o transtorno do espectro autista (TEA) e vão ao estádio lutar por mais visibilidade, além de apoiar o clube. No ano passado, o camisa 12 revelou que sua filha, Maria Luiza, de cinco anos, é autista na zona mista.

Segura a emoção, estagi! 🥹Levamos o João Miguel, pessoa com autismo, para conhecer de pertinho os seus ídolos!📹 Gabriel Yerisi e Evander Portilho / Corinthians TV — Corinthians (@Corinthians)

Em dezembro do ano passado, Cássio recebeu o troféu Mesa Redonda, da TV Gazeta, e teve como padrinhos na premiação Juliana Prado e Rafael Lopes, fundadores do grupo “Autistas Alvinegros”. Em entrevista à Gazeta Esportiva, Prado falou sobre a importância do goleiro para a expansão do assunto nos estádios.

“Eu senti que ele ficou bem feliz e surpreso com a nossa presença. Como fã, acompanhei a trajetória toda dele no clube, é um ídolo, foi algo muito mágico. O tamanho da importância que tem ele abraçar o nosso movimento, uma pessoa de muita visibilidade Só pelo fato de ele falar sobre a filha dele, não me lembro de outros jogadores que tenham feito isso, foi importante e corajoso ele abraçar a nossa causa”, disse ela na ocasião.

VEJA MAIS: Autismo e Corinthians: como dois amigos fundaram projeto e viram outro lado de Cássio O Corinthians volta a campo neste domingo para enfrentar o São Paulo, no estádio do Morumbi, às 18h30 (de Brasília). : Cássio e esposa encontram grupo de torcedores autistas após vitória do Corinthians – ESPN

O que é ser mãe solo?

Definição: Mãe que assume de forma exclusiva todas as responsabilidades pela criação do filho, tanto financeiras quanto afetivas, em uma família monoparental. Exemplos de uso: “O Senado aprovou nesta terça-feira (8) o projeto que cria a Lei dos Direitos da Mãe Solo, que, conforme definido na proposta, é aquela mulher chefe de família, provedora de família monoparental, e com dependentes de até 18 anos.” 1 “O texto também altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para determinar que a mãe solo terá direito a regime de tempo especial, a ser regulamentado por ato do Poder Executivo, com maior flexibilidade para redução da jornada, e uso de banco de horas, a fim de acomodar suas demandas pessoais.

  1. O texto proíbe a redução do salário-hora da mãe solo que aderir à flexibilização da jornada.” 2 “O número de mães solo no Brasil saltou de 10,5 milhões para 11,6 milhões no período de 2005 a 2015.
  2. Os dados são do mais recente censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
  3. Das famílias comandadas por mulheres, 56,9% vivem abaixo da linha da pobreza.

O número de crianças que sequer têm o registro do pai na certidão de nascimento já soma 5,5 milhões. Os números estratosféricos ficam ainda mais críticos ao pensar que cada uma dessas mães faz um malabarismo absurdo para conseguir cuidar dos filhos e da casa, fazendo, muitas vezes, tripla jornada de trabalho para compensar o rombo no orçamento familiar.

  1. Para piorar, muitas delas simplesmente não contam com a tão falada rede de apoio.” 3 “Entende-se por mãe solo a mulher que assume de forma exclusiva todas as responsabilidades pelo filho, sejam elas financeiras ou afetivas.
  2. Erroneamente chamadas de ‘mães solteiras’, pois parentalidade nada tem a ver com estado civil, tem crescido o número de mães que cuidam sozinhas de seus lares e filhos.

Segundo a pesquisa Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgada em março de 2017 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), em 2015, 83,5% das crianças brasileiras com menos de 4 anos tinham como primeira responsável uma mulher, seja mãe biológica, de criação ou madrasta.

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base no Censo Escolar de 2011, há 5,5 milhões de crianças brasileiras sem registro paterno na certidão de nascimento.” 4 “Muitas mulheres compartilham histórias semelhantes: criar, educar e participar da vida de um filho sozinha. O termo ‘ mãe solo ‘ hoje é amplamente utilizado para designar mulheres que são inteiramente responsáveis pela criação de seus pequenos, deixando o conceito de ‘mãe solteira’ em desuso, já que estar ou não em um relacionamento com um(a) parceiro(a) não quer dizer necessariamente compartilhar a difícil missão de ter um filho.” 5 “Um dos grandes desafios em criar um filho sozinha é o julgamento por parte da sociedade, já que o que é considerado ‘normal’ é uma mulher se casar e ter filhos.

Muita gente ainda aponta o dedo e tece comentários do tipo ‘mas você não se cuidou?’ ou ‘como pôde deixar isso acontecer?’, culpando a mulher por ter sido irresponsável e inconsequente, como se conceber um filho fosse tarefa para uma pessoa só. O machismo ainda perpetua essa visão, o que torna a batalha das mães solo ainda mais desafiadora.” 6 “Em 2020, as latino-americanas sofreram um retrocesso histórico em termos financeiros e profissionais por causa da pandemia global da covid-19.

No Brasil, o oitavo país mais desigual do mundo, os impactos foram ainda profundos: quase 8,5 milhões de mulheres saíram do mercado de trabalho no terceiro trimestre, e sua participação caiu a 45,8%, o nível mais baixo em três décadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dentro desse universo feminino, as mães solo, que somam mais de 11,5 milhões no Brasil, passaram não somente a enfrentar mais riscos e dificuldades financeiras em decorrência da pandemia como também sofrem uma sobrecarga mental e um maior acúmulo de tarefas devido ao fechamento de escolas e creches.” 7 “O blog foi um incrível canal de desabafo, mas não de troca de experiências nesse sentido.

  • Eu não conheci, na época, mães que tinham ficado viúvas grávidas.
  • O termo mãe solo sequer era usado.
  • Hoje sou uma referência junto a essas mães solo, principalmente entre as que perdem o marido durante a gravidez.
  • A minha solidão eu aplaquei escrevendo.
  • Mas hoje existem comunidades de todos os tipos e essa é a parte linda da internet.

Mas não posso negar que, mesmo não trocando experiências, o simples fato de ter leitores que me acompanhavam e torciam por mim fazia uma diferença absurda para eu seguir em frente.” 8 “Antes de tudo, é preciso contextualizar a condição da maternidade solo.

  1. Solo, etimologicamente falando, vem da palavra solidão.
  2. Mas a solidão da maternidade solo não vem do estado civil: é uma solidão que nos impõe a responsabilização de toda (ou quase toda) responsabilidade pela criação de um ser humano.
  3. A rotina de uma mãe solo é uma rotina exaustiva de uma sobrecarga absurda, não apenas sobre a criação do filho(a), mas também de corresponder às expectativas que a sociedade espera que seja a maternidade.

No entanto, ser a única fonte de renda que a criança conta para comer, ter saúde, vestimenta, um teto, etc. nos coloca no desespero de se mostrar produtiva, já que o mundo capitalista assim nos impõe. Levar meu filho ao trabalho presencial tem sido a única possibilidade de estar ativa no emprego.

  1. Isso determina risco para ele, me dificulta na produtividade e, mesmo sabendo que levá-lo ao trabalho é um ‘privilégio’ já que muitas mães solo não podem fazer isso, eu não sei por quanto tempo isso será tolerado pela chefia do meu emprego.
  2. O pai do meu filho nunca foi presente.” 9 2 Idem, ibidem,5 SONSIN, Juliana.

Mãe solteira? Não, mãe solo! Os desafios e o impacto psicológico de criar filhos sozinha. Saúde da Mulher, s.d. Gestação. Blog. Disponível em: https://www.telavita.com.br/blog/mae-solo/, Acesso em: 25 mar.2022.6 Idem, ibidem, Ver palavras anteriores