Sulfadiazina De Prata Para Que Serve? - CLT Livre

Sulfadiazina De Prata Para Que Serve?

Sulfadiazina De Prata Para Que Serve

Qual é a função da pomada sulfadiazina de prata?

A sulfadiazina de prata trata de feridas principalmente aquelas com grande potencial de infecção e risco de evolução para infecção generalizada : queimaduras, úlceras de perna, escaras de decúbito e feridas cirúrgicas.

Para que tipo de ferida serve a sulfadiazina de prata?

Sulfadiazina de Prata Prati-Donaduzzi, 10mg/g, de 50g, é utilizado para tratar infecções por bactérias e fungos em feridas como em queimaduras, úlceras varicosas, escaras de decúbito e feridas cirúrgicas infectadas. Seu efeito cicatrizante e antimicrobiano é imediato.

Onde não usar sulfadiazina de prata?

Quais cuidados devo ter ao usar o Sulfadiazina de Prata? – Quando do uso em áreas muito extensas de superfície corporal, a monitoração dos níveis séricos da Sulfa e da função renal tornam-se relevantes, apesar da pouca absorção do produto. Enquanto a sulfadiazina de prata está exercendo seu efeito por sobre a superfície lesada, alguma proliferação fúngica dentro ou abaixo da escara pode ocorrer, no entanto a incidência de superinfecções fúngicas clinicamente notificadas é bastante rara 21,

Quando a sulfadiazina de prata é contra indicada?

A sulfadiazina de pra- ta está contraindicada em casos de gravidez a termo. Em crianças prematuras e recém-nascidos no primeiro mês de vida, quando a área a ser tratada for superior a 25 % da superfície corporal queimada, não devem utilizar a sulfadiazina de prata.

Por que não se usa mais sulfadiazina de prata?

Existem limitações ao uso da sulfadiazina de prata ? – Infelizmente, sim,

Não se pode utilizá-la em regiões queimadas próximas aos olhos. Não se pode utilizá-la durante gravidez e amamentação (a medicação vai para o leite e pode causar sintomas descritos abaixo nos lactantes). Seu uso também é contra-indicado em pacientes com menos de 2 meses de vida e prematuros (risco de hiperbilirrubinemia e kernicterus). Não usar em pacientes alérgicos à sulfonamida, sulfonilureia e inibidores da anidrase carbônica.

O uso da sulfadiazina de prata, apesar de muito benéfico, também pode trazer alguns efeitos colaterais. É possível afetar o fígado (hepatite) e e há chance de se acometer os rins por nefrite intersticial. A hipersensibilidade da pele é um desses efeitos, além de eritema multiforme, prurido, descoloração da pele e rash cutâneo.

Como age a sulfadiazina de prata na pele?

Características Farmacológicas – A sulfadiazina de prata possui uma atividade antimicrobiana bastante ampla. É bactericida para uma grande variedade de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, bem como algumas espécies de fungos ( Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, algumas espécies de Proteus, Klebsiella, Enterobacter e Candida albicans ) 1-4,15,16,

  • Há dados bibliográficos suficientes para demonstrar que a sulfadiazina de prata possui ação sobre bactérias comumente resistentes a outros agentes antimicrobianos tópicos e que o composto é superior à sulfadiazina pura 4,15, bem como ao nitrato de prata 4,
  • A atividade antimicrobiana da sulfadiazina de prata é mediada pela reação do íon prata com o DNA microbiano, o que impede a replicação bacteriana.

Além disto, age sobre a membrana e parede celulares, promovendo o enfraquecimento destas, com consequente rompimento da célula por efeito da pressão osmótica 2,3,4, Estudos de farmacocinética demonstram que os níveis séricos de Prata e de Sulfadiazina estão relacionados com a extensão e espessura da ferida, e a quantidade de material aplicado, sendo que estes níveis se encontram muito abaixo dos considerados tóxicos 4,

Estudos experimentais indicam que a absorção da sulfadiazina de prata na pele normal ou com lesões de queimaduras superficiais ou profundas é ínfima. Bult e Plug 17 destacam que na aplicação tópica de sulfadiazina de prata, a Prata é liberada lentamente ao redor da ferida, sendo que mais de 99% dos íons Prata permanecem nesta região.

A sulfadiazina de prata parece estar presente somente na porção superficial da escara e em torno de alguns apêndices epidérmicos, com muito pouco nas camadas mais profundas 4, Tais observações têm sido atribuídas à formação de um albuminato de prata a partir da albumina presente na área queimada ou pela formação de complexos de prata com grupos sulfidrila das fibras elásticas abundantes na área cicatricial 4,18,

  1. Como a absorção através do tecido queimado é muito baixa, a distribuição tecidual foi mensurada após injeção subcutânea de suspensão de sulfadiazina de prata, observando-se maior concentração no fígado e baço e níveis relativamente baixos no cérebro.
  2. Como sugerido pelo padrão de distribuição da sulfadiazina de prata, o componente Prata é excretado pela via hepatobiliar e a Sulfadiazina por eliminação renal.

Isto tem sido confirmado por estudos em ratos que receberam doses subcutâneas de suspensão de sulfadiazina de prata. A Prata é excretada principalmente nas fezes e a Sulfadiazina predominantemente na urina, sendo que a eliminação da Prata acontece numa taxa bem mais lenta do que a do componente Sulfadiazina 4,

Quanto tempo a sulfadiazina de prata pode ficar na ferida?

O uso da medicação deve continuar até a cicatrização da área queimada ou até que a região esteja em condições de receber um enxerto. Usar prolongadamente a medicação – por mais que dois meses – pode causar infecção fúngica e bacteriana, sendo comum a infecção por C. difficile associada a colite pseudomembranosa.

Quanto tempo para sulfadiazina fazer efeito?

Resultados de Eficácia – Desde 1968, através dos estudos de Fox e colaboradores foi demonstrado que a sulfadiazina de prata reduziu a mortalidade entre 5% e 20% em oito dias após queimaduras. Adicionalmente a destruição pós-queimaduras da pele e músculo por infecção foi reduzida com a aplicação deste medicamento 1,

Em 1992, Bishop e colaboradores 8 realizaram um estudo prospectivo em pacientes com úlceras venosas com níveis bacterianos comparáveis e demonstraram que a sulfadiazina de prata a 1% reduziu de forma estatisticamente significativa o tamanho das úlceras (44%, em relação a 22,5% dos que utilizaram placebo).

Tais autores associaram a eficácia desta droga a um favorecimento da replicação de queratinócitos e a propriedades anti-inflamatórias da substância. Posteriormente, Lansdown e colaboradores 13 observaram cicatrização acelerada e liberação mais rápida de crostas e debris em animais em que foi utilizada a sulfadiazina de prata.

Estes autores correlacionam seus achados a uma redução das fases inflamatória e de formação de tecido de granulação, além de maior velocidade de reparação epidérmica. Kjolseth e colaboradores 14 compararam os efeitos in vivo de seis agentes tópicos frequentemente utilizados em úlceras e demonstraram que a sulfadiazina de prata foi responsável pela taxa de reepitelização mais rápida, além de ter sido um dos principais agentes promotores de neovascularização.

Numa revisão sistemática sobre agentes antimicrobianos utilizados no tratamento de feridas crônicas, a sulfadiazina de prata foi uma das poucas substâncias citadas como comprovadamente úteis no tratamento de lesões ulceradas de difícil resolução 9, Referências bibliográficas 1.

Fox C.L. Silver Sulfadiazine: A New Topical Therapy of Pseudomonas Infection. Arch Surg 1968; v.96: p.184-188.2. Fox C.L. Rappole B.W., Stanford W. Control of Pseudomonas Infection in Burns by Silver Sulfadiazine. Surg. Gynecol. Obstetr.1969; p.1021-26.3. Monafo W.W., West MA. Current Treatment Recommendations Topical Burn Therapy.

Drugs 1990; v.40, n.3: p.364-373.4. Nangia A.K., Hung C.T., and Lim J.K.C. Silver Sulfadiazine in the Management of Burns – an update. Drugs of today 1987; v.23, n.1: p.21-30.5. Klasen H.J. A Historical Review of the Use of Silver in the Treatment of Burns.

II. Renewed Interest for Silver. Burns 2000; v.26, n.2: p.131-138.6. Degreef H., Michiels J.L.1% Silver Sulfadiazine Cream Aids Treatment for Infected Leg Ulcer. Curr Ther. Res.1984; v.36; n.6: p.1190-94.7. Melotte P. et al. Efficacy of 1% Silver Sulfadiazine Cream in Treating The Bacteriological Infection of Leg Ulcers.

Curr. Ther. Res.1985; v.37, n.2: p.197-201.8. Bishop J.B. et al. A Prospective Randomized Evaluator-Blinded trial of two Potential Wound Healing Agents for the Treatment of Venous Stasis Ulcers. Journal Vascular Surgery 1992; v.16; n.2: p.251- 257.9. O`Meara S.M.

  • Et al. A Systematic Review of Antimicrobial Agents Used for Chronic Wounds. Br.J.
  • Surg.2001; v.88: p.4-21.10.
  • Ucan J.O. et al.
  • Comparison of Silver Sulfadiazine, Povidone-Iodine and Physiologic Saline in the Treatment of Chronic Pressure Ulcers.
  • Journal of the American Geriatrics Society 1981; v.29: p.232- 235.11.

Hindryckx P.H. et al. The Treatment of Infected Decubitus Ulcers With 1% Silver Sulfadiazine Cream. Current Therapeutic Research 1990; v.48, n.3: p.535-539.12. Lloyd J.R. Improved Management of Skin Graft Donor Sites. Arch. Surg.1974; v.108: p.561-565.13. Lansdown A.B.G.

  1. Et al. Silver Aids Healing in the Sterile Skin Wound: Experimental Studies in the Laboratory Rat.
  2. British Journal of Dermatology.1997; v.137: p.728-735.14.
  3. Jolseth D. et al.
  4. Comparison of the Effects of Commonly Used Wound Agents on Epithelialization and Neovascularization.
  5. Journal of the American College of Surgeons 1994; v.179: p.305-312.15.

Carr H., Wlodkowski T.J. and Rosenkranz H.S. Silver Sulfadiazine: In Vitro Antibacterial Activity. Antimicrobial Agents & Chemother 1973; v.4, n.5: p.585-587.16. Hamilton Miller J.M.T., Shah S. and Smith C. Silver Sulphadiazine: A Comprehensive in vitro Reassement.

  • Chemotherapy 1993; v.39: p.405-409.17. Bult A.
  • And Plug CM.
  • Silver sulfadiazine: Analytical Profile of drug substances.K.
  • Florey (Ed.) Academic: New York 1984; 13:553.18.
  • Wang XW et al.
  • Tissue deposition of silver following topical use of silver sulfadiazine in extensive burns.
  • Burns 1985; 11:197.19.
  • Heather F.

Silvadene Toxicity. Plastic and Reconstructive Surgery.1991; 88(4):735.20. Caffee HH, Bingham HG. Leukopenia and silver sulfadiazine. J Trauma.1982 Jul;22(7):586-7 21. Martindale. The Complete Drug Reference. Thirty-fourth edition. Pharmaceutical Press.P.259.22.

Eldad A., Neuman A., Weinsberg A., Benmeier P., Rotem M., Wexler MR. Silver-sulphadiazineinduced haemolytic anaemia in a glucose-6-phosphate dehydrogenase-deficiente burn patient.23. Fisher NM, Marsh E, Lazova R. Scar-localized argyria secondary to silver sulfadiazine cream. J Am Acad Dermatol 2003; 49(4): 730-732.24.

Griffiths MR, Milne JT, Porter WM. Penile argyria. Br.J. Dermatol.2006; 154: 1074-1108.25. Thomas K, Sproston ARM, Kingsland CR. A case of vaginal argyrosis: all that glistens isn’t gold. BJOG 2001; 108: 890-91.26. Payne CMER et al. Argyria from excessive use of topical silver sulphadiazine.

  1. Lancet.1992; 340:126.27.
  2. Tan CB, Rajan D, Shah M, Ahmed S, Freedman L, Rizvon K, Mustacchia P.
  3. Toxic megacolon from fulminante Clostridium difficile infection induced by topical silver sulphadiazine”.
  4. BMJ Case Rep.2012 Aug 8;2012.28.
  5. Willis MS, Cairns BA, Purdy A, Bortsov AV, Jones SW, Ortiz-Pujols SM, Willis TM, Joyner BL Jr.

“Persistent lactic acidosis after chronic topical application of silver sulfadiazine in a pediatric burn patient: a review of the literature”. Int J Burns Trauma.2013;3(1):1-8.29. García AA, Rodríguez Martín AM, Serra Baldrich E, Manubens Mercade E, Puig Sanz L “Allergic contact dermatitis to silver in a patient treated with silver sulphadiazine after a burn”.

Pode usar sulfadiazina de prata nas partes íntimas?

É indicado também como cicatrizante em feridas vulvares após cauterização do colo e do útero, biópsia do colo e da vulva e no pós-operatório de cirurgias vaginais, aplicado junto a tampões vaginais, ou diretamente na vagina com auxílio do aplicador.

Qual a indicação da sulfadiazina?

A sulfadiazina de prata é indicada em casos de infecções por bactérias, fungos e úlceras dérmicas em quadros de queimadura. Ainda é empregada na prevenção e tratamento de feridas com grande potencial de sepse: queimaduras, úlceras varicosas, escaras de decúbito e feridas cirúrgicas infectadas.

Qual a pomada que substitui a sulfadiazina de prata?

RESUMO OBJETIVO: Este artigo tem por objetivo relatar as possíveis vantagens de curativos na forma de lâminas impregnadas com prata iônica (Atrauman ®, Mepilex border Ag ®, Mepilex-Ag ® e Silvercel nao aderente ® ) como agentes tópicos substitutos do creme de sulfadiazina de prata 1% nas queimaduras profundas.

RELATO DOS CASOS: Foram tratados 31 pacientes. O Atrauman-Ag ® foi empregado em 15 pacientes, o Mepilex border Ag ® em três, Mepilex-Ag ® em quatro e o Silvercel nao aderente ® em nove pacientes. Do total, relatamos a utilizaçao destes novos curativos em dois pacientes do estudo com diagnóstico inicial de queimadura profunda.

Em nenhum caso foram observados sinais de infecçao nas feridas, apesar das trocas de curativos terem sido realizadas entre 4 a 7 dias, mesmo nas queimaduras de espessura total. O conforto propiciado por estes curativos foi evidente, minimizando o estresse e dor e as feridas de espessura parcial se apresentaram com sinais evidentes de rápida epitelizaçao.

CONCLUSAO: Neste estudo preliminar, notamos que todos pacientes se beneficiaram de modo significativo do uso de curativos modernos com lâminas impregnadas por prata iônica quando comparados ao curativo convencional de sulfadiazina. Além da proteçao contra infecçao, mesmo nas queimaduras de espessura total, eles oferecem a enorme vantagem de as trocas serem espaçadas entre 4 a 7 dias, quando comparados à sulfadiazina, que exige a troca diária dos curativos, minimizando dor e desconforto aos pacientes e também o estresse da equipe de saúde envolvida nos Centros de Tratamento de Queimados.

Palavras-chave: Queimaduras. Terapêutica. Administração Tópica. Sulfadiazina de Prata. ABSTRACT OBJECTIVES: This article aims to evaluate the efficacy, and possible advantages of dressings in the form of ionic silver impregnated sheets (Atrauman Ag ®, Mepilex Border Ag ®, Mepilex – Ag ® and Silvercel non – adherent ® ) as a local substitute agents for the cream of silver sulfadiazine-1% on deep burns.

CASE REPORTS: 31 patients were treated. Atrauman-Ag ® was used in 15 patients, Mepilex Border Ag ® in three, Mepilex-Ag ® in four and Silvercel non-adherent ® in nine patients. Of the total, we report the use of these new dressings in two patients. In no case were signs of wound infection, even though dressing changes were performed between 4 and 7 days, also in total thickness burns.

The comfort provided by these dressings was evident, minimizing stress and pain and partial thickness wounds presented with clear signs of rapid epithelization. CONCLUSION: In this preliminary study, we noticed that all patients benefited significantly from the use of new dressings with ionic silver impregnated sheets when compared to the conventional dressing of sulfadiazine cream.

  1. In addition to protection against infection, even in full-thickness burns, they offer the significant advantage that the changes of dressings are spaced between 4 and 7 days.
  2. Compared to sulfadiazine, which requires the daily exchange of dressings, they minimize pain and discomfort to patients, and also the stress to the health team involved in the treatment of the Burn Treatment Centers.

Keywords: Burns. Therapeutics. Administration, Topical. Silver Sulfadiazine. INTRODUÇAO Há quase meio século, o creme de sulfadiazina de prata tem sido o agente tópico mais utilizado mundialmente contra a infecçao das queimaduras 1, A sua capacidade de atuaçao de amplo espectro contra bactérias gram positivas e negativas, incluindo a Pseudomonas aeruginosa 2, revolucionou o tratamento tópico dos pacientes queimados, limitando a instalaçao de infecçoes em funçao da perda da barreira protetora da pele.

  1. Os pacientes sao tratados topicamente até a sua reepitelizaçao nos casos de queimaduras mais superficiais ou a aposiçao de enxertos e retalhos para a cobertura das feridas de espessura mais profunda (2º grau profundo e 3º grau).
  2. Apesar da sua indiscutível relevância como terapêutica tópica, a sulfadiazina de prata apresenta a desvantagem da sua necessidade de troca diária 3,4, o que torna os curativos dolorosos e estressantes para os pacientes e também para a equipe multiprofissional dos centros de queimaduras 5-7,

Atualmente, a indústria tem desenvolvido diferentes curativos na busca de transpor a necessidade de sua troca diária, além de manter a eficácia bactericida apresentada pela sulfadiazina como agente tópico para as queimaduras. Os curativos apresentados na forma de lâminas revestidas de prata iônica têm sido mais recentemente estudados no mundo e também no nosso meio para que se avalie a sua capacidade real de proteçao contra os micro-organismos patogênicos da pele parcialmente queimada, sem a necessidade de troca diária (3 a 7 dias), oferecendo maior conforto aos pacientes e equipe multiprofissional.

Os curativos Atrauman ®, Mepilex border Ag ®, Mepilex-Ag ® e o Silvercel nao aderente ® sao alguns exemplos de curativos com prata iônica existentes no nosso meio. O Atrauman ® é composto por poliamida (tule) em forma de malha hidrófoba, íons de prata e ácidos graxos. O Mepilex border Ag ® é composto de uma película de silicone fenestrada, espuma de poliuretano e silicone associado a sulfato de prata e carvao ativado, além de algodao e poliacrilato.

O Mepilex Ag ® é composto de espuma de poliuretano e silicone com íons de prata. O Silvercel nao aderente ® é composto de hidroalginato de cálcio, fibras de carboximetilcelulose (CMC) e fibras de nylon revestidas com prata; bilaminada por camadas nao aderentes (EMA- acrilato de metil etileno).

  1. Alguns estudos têm direcionado a indicaçao destes novos curativos para as queimaduras de espessura parcial, no entanto, pouco se sabe sobre a sua utilizaçao em queimaduras profundas, incluindo as de 3º grau.
  2. Este artigo tem por objetivo relatar as possíveis vantagens de curativos na forma de lâminas impregnadas com prata iônica (Atrauman ®, Mepilex border Ag ®, Mepilex-Ag ® e Silvercel nao aderente ® ) como agentes tópicos substitutos do creme de sulfadiazina de prata 1% nas queimaduras profundas.

RELATO DE CASO Foram tratados 31 pacientes com queimaduras profundas. O Atrauman-Ag ® foi empregado em 15 pacientes, o Mepilex border Ag ® em três, Mepilex-Ag ® em quatro e o Silvercel nao aderente ® em nove pacientes. Todos estes curativos apresentavam registro na ANVISA quando testados neste estudo.

Apresentamos os relatos documentados de dois pacientes do estudo. Caso 1 – Silvercel nao aderente ® Criança de 1 ano apresentando queimadura por cera quente na regiao palmar da mao esquerda. Foi submetida a uma primeira aplicaçao de Silvercel nao aderente ® no ambulatório. Após 3 dias, foi submetida a desbridamento cirúrgico sob anestesia e uma segunda aplicaçao do curativo.

Após 1 mês e 3 aplicaçoes do curativo (troca 3/3 dias), a cicatrizaçao se mostrou muito satisfatória, sem necessidade de enxertia (Figura 1A-D). Figura 1 – Caso 1 – Criança de 1 ano apresentando queimadura por cera quente na regiao palmar (A). Primeira aplicaçao de Silvercel nao aderente ® (B). Após 3 dias, desbridamento e uma segunda aplicaçao do curativo (C). Após 1 mês e 3 trocas, 3/3 dias (D).

  1. Caso 2 – Mepilex border Ag ® e Mepilex-Ag ® Mulher de 23 anos sofreu queimadura profunda, incluindo 3º grau, por chama (combustao de álcool líquido) atingindo tronco e membro superior esquerdo.
  2. Foi tratada inicialmente com sulfadiazina de prata diariamente e, no 5o dia após a queimadura, o curativo foi substituído por Mepilex border Ag ® no membro superior esquerdo (predomínio de 2º grau profundo) e trocado após 5 dias.

A evoluçao das feridas foi muito satisfatória, sem odor significativo e sem sinais de infecçao nas áreas queimadas. Paciente referiu mínimo desconforto durante a remoçao do curativo. A reepitelizaçao foi praticamente completa após este período e o curativo passou a ser aberto sem a necessidade de enxertias (Figura 2A-D). Figura 2 – Caso 2 – Mulher de 23 anos com queimadura por chama no membro superior esquerdo, quando do 1º dia de aplicaçao do Mepilex border Ag ® (A e B). Após 5 dias, o curativo foi removido. Ferida sem sinais de infecçao e com reepitelizaçao quase completa (C e D).

A mesma paciente do caso 2 foi tratada com uso de Mepilex- Ag ® no tronco anterior (incluindo 3º grau nas mamas). A troca do curativo foi igualmente realizada após 5 dias da sua instalaçao. As feridas apresentaram boa evoluçao, com mínimo odor, sem sinais de infecçao local, e com a maioria das áreas já reepitelizadas no tronco superior, sem a presença de esfacelos (Figura 3A-D).

A paciente referiu mínimo desconforto durante a remoçao do curativo, sem a necessidade de sedaçao. Houve maior delimitaçao das áreas de terceiro grau nas mamas, que foram enxertadas posteriormente. Figura 3 – Paciente do caso 2 com queimadura do tronco no 1º dia de aplicaçao de Mepilex-Ag ® (A e B). Após 5 dias, as lâminas se apresentavam com absorçao de secreçoes (C). As feridas reepitelizaram quase totalmente no tronco superior e sem sinais de infecçao (D). DISCUSSAO A infecçao está entre as principais causas de morte no paciente queimado e, portanto, deve ser prevenida e tratada precocemente. A sulfadiazina de prata na forma de creme tem sido utilizada mundialmente há quase meio século desde que Fox1 publicou seus primeiros estudos mostrando a sua eficácia no combate à infecçao das feridas nos pacientes queimados. O seu amplo espectro de atuaçao contra bactérias da flora cutânea revolucionou o tratamento das queimaduras, que passou a apresentar menores índices de infecçao local e sistêmica após queimaduras graves. No entanto, a sulfadiazina apresenta a desvantagem da necessidade de troca idealmente a cada 12 horas, o que torna na prática diária praticamente impossível devido à dor e desconforto, além das dificuldades de logística pela equipe multiprofissional envolvida. Consequentemente, a troca dos curativos com sulfadiazina passou a ser diária como rotina nos diversos centros de tratamento de queimadura 3,4, A rotina de curativos com sulfadiazina tende a ser muito estressante para as vítimas de queimadura, pois a manipulaçao diária da ferida causa dor intensa e trauma psicológico, principalmente nas crianças. Além da angústia causada aos pacientes devido aos curativos diários, também a equipe multiprofissional fica vulnerável aos sintomas de estresse devido à lida constante com o sofrimento das vítimas de queimadura 7, Diante deste desafio, novas opçoes de tratamento tópico vêm surgindo com o uso de curativos em forma de folhas impregnadas com prata iônica que permitem trocas mais esporádicas. Uma revisao sistemática mostrou evidências sobre o papel de novos curativos com prata iônica comparados à sulfadiazina no tratamento conservador de queimaduras de espessura parcial. Seus autores chegaram a uma contundente conclusao de que os curativos mais modernos com prata iônica apresentam vantagens que fazem com que o uso da sulfadiazina como tratamento conservador padrao para feridas de queimadura possa nao ser mais suportado por muito tempo 8, Na última década, a indústria tem procurado desenvolver curativos tao eficientes quanto a sulfadiazina de prata no combate à infecçao, além de baixa toxicidade, mas que possam permanecer mais tempo na ferida, com trocas menos frequentes em relaçao ao creme de sulfadiazina. Estes curativos têm sido confeccionados na forma de lâminas para a aplicaçao tópica e mantêm a prata como princípio ativo contra as bactérias patogênicas. Dentre estes, o Atrauman ®, o Mepilex-Ag ®, o Mepilex border Ag ® e o Silvercel nao aderente ® se propoem a cumprir proteçao contra infecçao com trocas de curativos mais espaçadas para oferecer mais conforto e qualidade de vida aos pacientes portadores de feridas. O Atrauman ® foi apresentado à comunidade científica em estudo de 2006. Sua atuaçao in vitro mostrou-se efetiva contra bactérias comensais e patogênicas da pele, com baixa toxicidade, o que permitiu sua aplicaçao em 86 pacientes com feridas de diferentes etiologias incluindo queimaduras. Como resultados, as feridas apresentaram reduçao na quantidade de crostas (de 59,2 para 35,8%), aumento da granulaçao (de 27 para 40%) e aumento da epitelizaçao (de 12,1 para 24%)9. No entanto, sua eficácia parece ter sido raramente testada em outros estudos em queimaduras 10, Estudos de custo e eficácia também têm sido realizados com estes novos curativos. O custo-benefício do uso de Mepilex-Ag ® parece ser superior ao da sulfadiazina de prata em queimaduras de espessura parcial 11, Um estudo multicêntrico, randomizado e comparativo entre a espuma de silicone impregnada com prata (Mepilex- Ag ® ) e a sulfadiazina de prata em queimaduras de espessura parcial até a total reepitelizaçao, ou até 21 dias, evidenciou que o custo total médio de tratamento com Mepilex-Ag ® foi significativamente menor quando comparado à sulfadiazina (US$ 309 vs. US$ 513). O número de trocas de curativos foi de 2,2 vs.12,4, respectivamente. Os pacientes relataram menos dor e os médicos observaram que os curativos com Mepilex-Ag ® foram de mais fácil execuçao 12, Em outro estudo com Mepilex-Ag ® comparado à sulfadiazina, pesquisadores evidenciaram que, em queimaduras profundas de espessura parcial, nao houve diferença significativa entre os dois grupos de tratamento no que diz respeito ao tempo para a cicatrizaçao num período de quatro semanas. No entanto, constataram que o número total médio de curativos utilizados foi significativamente maior no grupo da sulfadiazina (14,0) em comparaçao com o grupo Mepilex- Ag ® (3,06, p <0,0001)13. Nesta nossa avaliaçao preliminar, notamos que os 31 pacientes se beneficiaram de modo significativo do uso de curativos modernos com lâminas impregnadas por prata iônica quando comparados ao curativo convencional com sulfadiazina. A possibilidade de troca menos frequente torna o tratamento menos doloroso e estressante aos pacientes vítimas de queimaduras, o que também alivia a angústia dos profissionais da equipe envolvidos. O Silvercel nao aderente ® foi utilizado em nove pacientes. Este curativo apresenta a vantagem de aderir pouco ao leito da ferida e também aos curativos secundários, devido à sua dupla camada de uma película nao aderente (acrilato de metil etileno). Pode permanecer na ferida por até 7 dias. A secreçao da ferida é absorvida e transferida para os curativos secundários. Neste estudo preliminar, o curativo mostrou-se efetivo para o tratamento das queimaduras profundas, incluindo as de espessura total. O Atrauman-Ag ® foi utilizado em 15 dos 29 pacientes e, apesar da escassez de estudos de sua aplicaçao em queimaduras, mostrouse uma alternativa interessante como substituto do creme de sulfadiazina de prata, com trocas entre 4 a 7 dias, principalmente em crianças. A quantidade de esfacelo foi nitidamente menor nas áreas cobertas pelas lâminas quando se comparou com as áreas de sulfadiazina, o que parece ter influenciado na reepitelizaçao mais rápida das feridas de espessura parcial. Em nenhum caso houve suspeita de infecçao durante ou após a sua aplicaçao. O odor e o desconforto dos pacientes foram mínimos durante as trocas de curativo. A secreçao da ferida é transferida para os curativos secundários. As lâminas de curativo foram cobertas por ataduras de gaze cirúrgica, que eram trocadas em média a cada 3 dias. Assim, este estudo aponta para uma atuaçao realmente efetiva e vantajosa do Atrauman-Ag ® em queimaduras quando comparado à sulfadiazina de prata. Como desvantagem, notamos que as lâminas tendem a aderir no curativo secundário após 5 dias, causando desconforto em algumas situaçoes. O Mepilex-Ag ® foi utilizado em adultos e criança, todos com queimadura profunda. Apresentou boa qualidade de cobertura para queimaduras mais extensas de 2° e 3° graus (caso 2). Nao houve sinais de infecçao nas áreas tratadas, mesmo estando com o curativo fechado por até 7 dias. Uma vantagem do Mepilex-Ag ® é que a secreçao da ferida fica principalmente retida no interior da espuma e nao necessita de curativos secundários absorventes. Notamos que a secreçao das feridas foi bem absorvida pela espuma de silicone, com mínimo odor após este período. A sua remoçao foi minimamente traumática, sem a necessidade de sedaçao. Após a sua remoçao, chamou a atençao da equipe a ausência de esfacelos na ferida e que a maioria das áreas já se apresentava com reepitelizaçao, restando somente as áreas de 3° grau bem delimitadas para a enxertia de pele. Estas características tornam o produto muito promissor como substituto da sulfadiazina de prata em queimaduras. As lâminas de curativo foram cobertas por ataduras cirúrgicas que eram trocadas em média a cada 3 dias. Uma vantagem que chamou a atençao foi a nao aderência dos curativos no leito das feridas, bem como nos curativos secundários de faixa crepe, o que minimizou o estresse dos pacientes. Embora nossa experiência com este curativo seja pequena, acreditamos ser uma opçao muito vantajosa para o tratamento de pacientes que necessitem de curativos frequentes com sedaçao como ocorre na rotina do tratamento com sulfadiazina. Na utilizaçao do Mepilex-Ag ®, o mesmo pode permanecer junto à ferida por até 7 dias sem troca, mesmo nas queimaduras profundas, eliminando a necessidade de sedaçao, o que reduz o trauma, principalmente em crianças, além da reduçao de custos de internaçao quando comparado à sulfadiazina de prata. O Mepilex border Ag ® apresentou resultado igualmente positivo como substituto da sulfadiazina em queimadura, com a vantagem de ser autoadesivo e com boa capacidade de absorçao, nao necessitando de curativo secundário, o que pode ser interessante em relaçao ao custo e maior praticidade. Para melhor adaptaçao das placas, eventualmente recortamos alguns bordos adesivos para melhor aproveitamento das lâminas do Mepilex border Ag ® sobre feridas mais extensas. A paciente do caso 2 referiu conforto durante a sua aplicaçao e todo o período em que permaneceu sem a necessidade de troca. Também negou dor significativa no ato da sua remoçao. Praticamente toda a área coberta apresentou reepitelizaçao após 5 dias com ausência de esfacelos. Observamos uma tendência a reepitelizaçao mais rápida nas áreas de queimadura de espessura parcial quando comparados aos tratados com sulfadiazina de prata. Apesar das vantagens relatadas neste estudo com a aplicaçao de novos curativos de prata iônica, acreditamos que a sulfadiazina ainda tem aplicabilidade vantajosa em queimaduras na face, genitália e períneo. Em áreas como pavilhao auricular, por exemplo, é difícil a adaptaçao das folhas de prata iônica, diferentemente do creme de sulfadiazina, que é de fácil aplicaçao nas circunvoluçoes anatômicas destas regioes. CONSIDERAÇOES FINAIS Em suma, podemos concluir com esta avaliaçao preliminar que curativos de lâminas impregnadas por prata iônica (Atrauman-Ag ®, Mepilex-Ag ®, Mepilex border Ag ® e Silvercel nao aderente ® ) apresentam características que os tornam muito promissores como substitutos do creme de sulfadiazina de prata 1% no tratamento tópico de feridas de queimaduras, mesmo nas mais profundas de espessura total. Além da proteçao contra infecçao, eles oferecem a enorme vantagem de as trocas serem espaçadas entre 4 a 7 dias, quando comparados à sulfadiazina, que exige a troca diária dos curativos, minimizando dor e desconforto aos pacientes, mas também reduzindo o estresse da equipe de saúde envolvida na lida dos Centros de Tratamento de Queimados. Acreditamos que estes novos curativos de prata iônica estejam levando a uma mudança de paradigma no tratamento tópico em queimaduras. Entretanto, para queimaduras de face, genitália e períneo opinamos que a sulfadiazina de prata ainda apresenta vantagens de aplicaçao quando comparada a estes novos curativos de prata iônica. Apesar dos resultados claramente positivos encontrados neste estudo preliminar, entendemos que novas pesquisas devam ser realizadas de modo controlado e randomizado para que se confirme a eficácia dos curativos de lâminas impregnadas por prata como substitutos da sulfadiazina de prata no tratamento de pacientes com queimaduras profundas. REFERENCIAS 1. Fox CL Jr. Silver sulfadiazine-a new topical therapy for Pseudomonas in burns. Therapy of Pseudomonas infection in burns. Arch Surg.1968;96(2):184-8.2. Yabanoglu H, Basaran O, Aydogan C, Azap OK, Karakayali F, Moray G. Assessment of the effectiveness of silver-coated dressing, chlorhexidine acetate (0.5%), citric acid (3%), and silver sulfadiazine (1%) for topical antibacterial effects against the multi-drug resistant Pseudomonas aeruginosa infecting full-skin thickness burn wounds on rats. Int Surg.2013;98(4):416-23.3. Muangman P, Pundee C, Opasanon S, Muangman S. A prospective, randomized trial of silver containing hydrofiber dressing versus 1% silver sulfadiazine for the treatment of partial thickness burns. Int Wound J.2010;7(4):271-6.4. Genuino GA, Baluyut-Angeles KV, Espiritu AP, Lapitan MC, Buckley BS. Topical petrolatum gel alone versus topical silver sulfadiazine with standard gauze dressings for the treatment of superficial partial thickness burns in adults: a randomized controlled trial. Burns.2014;40(7):1267-73.5. Vloemans AF, Hermans MH, van der Wal MB, Liebregts J, Middelkoop E. Optimal treatment of partial thickness burns in children: a systematic review. Burns.2014;40(2):177- 90.6. Black JS, Drake DB. A prospective randomized trial comparing silver sulfadiazine cream with a water-soluble polyantimicrobial gel in partial-thickness burn wounds. Plast Surg Nurs.2015;35(1):46-9.7. Rossi LA, Camargo C, Santos CM, Barruffin R de C, de Carvalho EC. The pain of burns: terrible for him who feels it, stressful for those who care for him. Rev Lat Am Enfermagem.2000;8(3):18-26.8. Heyneman A, Hoeksema H, Vandekerckhove D, Pirayesh A, Monstrey S. The role of silver sulphadiazine in the conservative treatment of partial thickness burn wounds: A systematic review. Burns.2016;42(7):1377-1386.9. Ziegler K, Görl R, Effing J, Ellermann J, Mappes M, Otten S, et al. Reduced cellular toxicity of a new silver-containing antimicrobial dressing and clinical performance in nonhealing wounds. Skin Pharmacol Physiol.2006;19(3):140-6.10. Bukovcan P, Koller J, Hajská M, Záhorec P. Clinical Experience With the Use of Negative Pressure Wound Therapy Combined With a Silver-impregnated Dressing in Mixed Wounds: A Retrospective Study of 50 Cases. Wounds.2016;28(8):255-63.11. Sheckter CC, Van Vliet MM, Krishnan NM, Garner WL. Cost-effectiveness comparison between topical silver sulfadiazine and enclosed silver dressing for partial-thickness burn treatment. J Burn Care Res.2014;35(4):284-90.12. Silverstein P, Heimbach D, Meites H, Latenser B, Mozingo D, Mullins F, et al. An open, parallel, randomized, comparative, multicenter study to evaluate the cost-effectiveness, performance, tolerance, and safety of a silver-containing soft silicone foam dressing (intervention) vs silver sulfadiazine cream. J Burn Care Res.2011;32(6):617-26.13. Tang H, Lv G, Fu J, Niu X, Li Y, Zhang M, et al. An open, parallel, randomized, comparative, multicenter investigation evaluating the efficacy and tolerability of Mepilex Ag versus silver sulfadiazine in the treatment of deep partial-thickness burn injuries. J Trauma Acute Care Surg.2015;78(5):1000-7. Recebido em 18 de Março de 2017, Aceito em 30 de Março de 2017, Local de realização do trabalho: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Divisão de Cirurgia Plástica, Departamento de Cirurgia e Anatomia, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Conflito de interesses: Os autores declaram não haver.

You might be interested:  O Que É Diversidade?

Onde devo usar sulfadiazina de prata?

PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO? A sulfadiazina de prata trata de feridas principalmente aquelas com grande potencial de infecção e risco de evolução para infecção generalizada: queimaduras, úlceras de perna, escaras de decúbito e feridas cirúrgicas.

Precisa de receita para comprar a pomada sulfadiazina de prata?

Sulfadiazina de Prata União Química 10mg/g, caixa com 1 bisnaga com 30g de creme de uso dermatológico. Por este produto precisar ter apresentação de receita a sua venda é destinada a lojas próximas, devendo ser retirado presencialmente na farmácia.

Quais são os efeitos colaterais da sulfadiazina?

Pele – Prurido, rubor, reações de fotossensibilidade, dermatite esfoliativa, eritema nodoso, Em casos raros, podem ocorrer reações severas na pele, potencialmente fatal, incluindo necrose epidérmica tóxica e Síndrome de Stevens-Johnson. Dermatites podem ocorrer com o contato das sulfonamidas com a pele. Lúpus eritematoso sistêmico, particularmente e exacerbação da doença préexistente.

Qual a ação do curativo de prata na cicatrização das feridas?

Revista Brasileira de Queimaduras RESUMO Por muitos anos, as queimaduras vêm sendo tratadas com diferentes produtos a base de prata: inicialmente com a soluçao de nitrato de prata 0,5%, seguindo os cremes com sulfadiazina de prata, e, atualmente, os curativos com gaze, rayon ou membranas de celulose, entre outros, impregnados com prata nas suas mais diferentes formas, como ionizada, micronizada ou nanocristalina, que representam a evoluçao dessa modalidade terapêutica.

Palavras-chave: Queimaduras. Curativos. Sulfadiazina de Prata. ABSTRACT For many years burns have been treated with different products made of silver, initially with the solution of silver nitrate 0.5%, following the creams with silver sulfadiazine, and currently, the gauze dressings, rayon or membranes cellulose, among others, with silver impregnated in its different forms such as ionized or micronized nanocrystalline representing the evolution of this therapeutic modality.

Keywords: Burns. Dressings. Silver Sulfadiazine. As queimaduras se constituem em um dos maiores traumas a que um ser humano pode ser exposto, com uma resposta metabólica e inflamatória intensa que se perpetua e amplifica com o tecido queimado. Causadas por trauma, elas sao definidas como uma injúria frequente, comum e grave na pele ou em outro tecido orgânico, caracterizadas por uma condiçao aguda e crônica debilitante, que levam a importante morbidade e mortalidade.

  1. Sao acompanhadas de dor intensa e frequentemente prolongada, que gera sofrimento nao só para o paciente, como para toda sua família e comunidade em que vive 1-3,
  2. Os fatores que levam à ocorrência de queimaduras sao variados – algumas ou todas as células da pele ou de outros tecidos sao destruídas por substâncias quentes (líquidos ou sólidos), radiaçao, radioatividade, eletricidade, fricçao ou contato com produtos químicos 2,

A gravidade das queimaduras depende de vários fatores como temperatura do agente térmico, tempo de exposiçao, tipo de agente e seu calor específico que determinam graus variados de profundidade da lesao e a área de superfície corporal queimada. Assim, as queimaduras podem ser classificadas quanto ao seu mecanismo de lesao, grau, profundidade, área corporal acometida, regiao ou parte do corpo afetada e sua extensao.

  • Queimaduras de primeiro grau ou de espessura parcial superficial sao aquelas que acometem a epiderme e resultam em uma simples resposta inflamatória.
  • Sao tipicamente causadas pela exposiçao aos raios solares, ou por contato nao prolongado com substâncias quentes.
  • Sua cicatrizaçao se dá em uma semana sem mudanças na coloraçao, espessura ou textura da pele e normalmente nao tem repercussoes sistêmicas 2,4-7,

As lesoes de segundo grau ou de espessura parcial profunda sao decorrentes de uma lesao que ultrapassa a epiderme e atinge a derme. Entretanto, nao evoluem para destruiçao de todos os elementos da pele, sendo encontrados anexos dérmicos na profundidade da derme que garantem a reepitelizaçao pela proliferaçao e migraçao de queratinócitos a partir da membrana basal da junçao epiderme e derme que revestem também os anexos dérmicos na profundidade.

Suas principais características sao a manutençao da sensibilidade tátil, devido à preservaçao de nociceptores; a presença da umidade pelo aumento local da permeabilidade vascular desencadeada nao só pela lesao física da queimadura, mas pela ativaçao da cascata de mediadores imunes e inflamatórios, com liberaçao principalmente histamina, bradicina, derivados do ácido aracdônicos e interleucinas que promovem um aumento da permeabilidade capilar com saída de líquidos do espaço intravascular com a formaçao de edema e acúmulo de líquidos sob uma epiderme intacta, formando flictenas ou bolhas; retorno rápido do preenchimento capilar e coloraçao rósea, pela presença de plexo vascular dérmico que se localiza na profundidade da derme e que nao foi lesado, com permeabilidade aumentada.

Assim como as queimaduras superficiais, estas podem ter cicatrizaçao espontânea se nao houver complicaçoes pele pelo processo conhecido como reepitelizaçao e naquelas mais profundas pelo mecanismo de contraçao associado, a partir dos bordos da ferida, pela metaplasia de fibroblastos em miofibroblastos e a consequente retraçao dos bordos 2,4-7,

Já as queimaduras de terceiro grau ou de espessura total sao aquelas em que há lesao de todos os elementos da pele, incluindo epiderme, derme, tecido celular subcutâneo, com destruiçao de folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas receptores para dor e da coagulaçao do plexo vascular. Como resultado da destruiçao das camadas da pele, as feridas nao se regeneram, pois os anexos dérmicos e sua reserva epitelial estao destruídos e, portanto, necessitam de algum tipo de cobertura cutânea, usualmente enxerto cutâneo pele autólogo 2,4-7,

Dessa forma, diferentes tipos de queimaduras com diferentes profundidades requerem tratamentos específicos voltados para a fisiopatologia de cada caso para restauraçao do tecido de revestimento de forma a minimizar consequências funcionais e estéticas.

  • Esse tratamento das queimaduras vem evoluindo ao longo dos anos e tem se desenvolvido muito nas últimas décadas 2,8,
  • Em 1940, nos Estados Unidos, 50% das crianças com queimaduras envolvendo mais de 30% da superfície corporal total iam a óbito.
  • Em 2000, um estudo feito no mesmo país, identificou a reduçao de óbitos em crianças com queimaduras envolvendo até 59% da superfície corporal total 2,

Esta evoluçao no tratamento das queimaduras nos últimos anos se deve a diversos fatores como o aprimoramento de pesquisas na área; desenvolvimento de técnicas cirúrgicas para a fase aguda; o melhor conhecimento da fisiopatologia da queimadura e o uso de curativos biológicos e semibiológicos matrizes de regeneraçao dérmica, que mudaram positivamente o prognóstico dos pacientes 8,9,

EVOLUÇAO DA PRATA NO DAS QUEIMADURAS DE 2ºGRAU OU ESPESSURA PARCIAL Nas queimaduras de segundo grau ou de espessura parcial, os princípios do tratamento se baseiam na reepitelizaçao do tecido de revestimento a partir da reserva epitelial dos anexos dérmicos localizados no bulbo capilar onde estao presentes inclusive células tronco epiteliais.

O princípio básico é nao agredir mais a pele, ou seja, propiciar um ambiente adequado para a reepitelizaçao, preferencialmente estéril, úmido e protegido do contato com o meio externo para a restauraçao do epitélio estratificado de queratinócitos a partir da membrana basal 8,

Além da resposta fisiológica, o controle de micro-organismos no leito da ferida favorece a cicatrizaçao, uma vez que a presença e a proliferaçao de bactérias e fungos em feridas agudas podem rapidamente contaminar e retardar o processo de cicatrizaçao. Concentraçoes elevadas de bactérias competem com as células do hospedeiro por nutrientes e oxigênio, além de liberar toxinas que lesam as células.

Sistemicamente, a infecçao bacteriana eleva os níveis séricos de citoquinas e metaloproteases na matriz extracelular, diminuiçao de fatores de crescimento, de quimiotaxia e fagocitose, que tem efeitos adversos na cicatrizaçao de feridas. Como consequência da infecçao local, ocorre a morte tissular, aumento do tamanho da ferida, hipóxia, oclusao vascular, isquemia e gangrena e necrose tecidual 10,

Assim, após os cuidados gerais no atendimento inicial ao paciente queimado, a atençao deve ser voltada ao tratamento tópico da ferida, com escarotomias, se necessário, e limpeza da superfície queimada, debridamento e remoçao de flictenas rotas, se for o caso, e aplicaçao de curativos, cujo componente primário deve oferecer condiçoes ideais para a reepitelizaçao, que também deve permitir ser inspecionada a ferida a cada 48 horas para avaliar o processo de cicatrizaçao e aparecimento de infecçoes 8,

Atualmente, para as queimaduras de espessura parcial, a escolha dos curativos e a aplicaçao de antimicrobiano tópico variam entre os centros de queimados em todo mundo, dependendo da disponibilidade tecnológica e econômica de cada país 11,12, Nesse universo de curativos para tratamento de feridas em geral, o uso da prata no tratamento como agente antimicrobiano vem sendo utilizado para desinfecçao desde a idade antiga, com referências da civilizaçao grega utilizando moedas de prata associada à conservaçao de água e líquidos armazenados; a partir do século XVII, a prata passou a ser utilizada terapeuticamente para o tratamento de feridas e diversas doenças como conjuntives, úlceras e outras doenças infectocontagiosas.

A prata é biologicamente ativa na sua forma solúvel de Ag+ ou Ag0 clusters, que é a forma iônica da prata presente no nitrato de prata, sulfadiazina de prata e outros curativos com combinados com prata 13, Assim, por muitos anos as queimaduras vêm sendo tratadas com diferentes produtos a base de prata: inicialmente com a soluçao de nitrato de prata 0,5%, seguindo os cremes com sulfadiazina de prata, e, atualmente, os curativos com gaze, rayon ou membranas de celulose, entre outros, impregnados com prata nas suas mais diferentes formas, como ionizada, micronizada ou nanocristalina, que representam a evoluçao dessa modalidade terapêutica 11,14,

Dessa forma, ao longo do tempo, estas diversas formas de preparaçoes contendo prata vêm sendo utilizadas para o tratamento de queimaduras e mesmo com os antibióticos tendo tomado espaço durante a Segunda Guerra Mundial para tratamento de infecçoes e queimaduras, logo caíram em desuso devido à alta resistência bacteriana, e a prata passou a ser o tratamento de escolha para cicatrizaçao de feridas e tratamento de queimaduras em todo o mundo 15-17,

  • Inicialmente, a prata foi utilizada em sua forma elementar sólida (ex.
  • Fio de prata) para prevenir infecçoes, enquanto soluçoes de sais de prata (ex.
  • Nitrato de prata) foram utilizadas para limpar feridas.
  • Mais recentemente, surgiram cremes e pomadas combinando a prata com agentes antibióticos, como a sulfadiazina de prata descrita por Fox 18,

O primeiro agente a ser introduzido no manejo das queimaduras em 1960 foi nitrato de prata (AgNO 3 ) por Moyer e Monafo na forma de soluçao de nitrato de prata a 0,5%, seguido pela sulfadiazina de prata (Ag-SD), em 1968. O AgNO 3 é menos utilizado na atualidade, porém, a Ag-SD tem sido uma importante parte do manejo das queimaduras há muitos anos 18,19,

O AgNO 3 é a soluçao de sal de prata mais popular para o tratamento tópico de queimaduras. Porém, quando as suas concentraçoes excedem 1%, este pode ser tóxico para os tecidos e para a ferida. Além disso, a utilizaçao do nitrato de prata parece promover atraso na cicatrizaçao quando comparado com outros tipos de tratamento.

O AgNO 3 possui alta concentraçao de prata, mas nao tem atividade residual e por isso necessita de frequentes aplicaçoes – mais que 12 vezes por dia, o que pode levar a manifestaçoes sistêmicas decorrentes da sua absorçao 20, No final da década de 60, Fox introduziu o creme de sulfadiazina de prata (Ag-SD) para tratamento de queimaduras, que revolucionou essa conduta terapêutica com reduçao significativa da incidência de infecçao e sepse nesses pacientes 13,

  1. A Ag-SD é a combinaçao do AgNO 3 com sulfadiazina, um agente antibiótico que age na parede bacteriana, e é utilizada para o tratamento tópico de queimaduras e possui uma atividade antimicrobiana bastante ampla.
  2. É bactericida para uma grande variedade de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, bem como algumas espécies de fungos ( Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, algumas espécies de Proteus, Klebsiella, Enterobacter e Candida albicans ).

Sua atividade antimicrobiana é mediada pela reaçao do íon prata com o DNA microbiano, o que impede a replicaçao bacteriana. Além disso, age sobre a membrana e parede celulares, promovendo o enfraquecimento destas, com consequente rompimento da célula por efeito da pressao osmótica 15,17,20,21,

Atualmente, é comercializada na forma de 1% de creme ou suspensao aquosa, sendo um dos primeiros tratamentos mais utilizados nos centros de queimados em todo o mundo 15,17,21, Porém, a Ag-SD possui uma curta açao e requer reaplicaçao pelo menos diariamente 18, A atividade residual da Ag-SD também é menor, porém, tem vantagem sobre o nitrato de prata, já que pode ser aplicada apenas duas vezes ao dia 20,

A combinaçao de Ag-SD com nitrato de cério foi introduzida para aumentar a eficácia do tratamento, prevenindo ou retardando o crescimento de bactérias Gram negativas em pacientes com queimaduras que atingem mais de 50% da superfície corporal; a associaçao do cério à sulfadiazina tem sido descrita por apresentar, além dos efeitos antibacterianos, um efeito imunomodulador pelo bloqueio de complexos imunes produzidos pelo tecido queimados que induzem a diferentes graus de hipoperfusao tecidual 16,

Recentemente, entretanto, outras preparaçoes com prata vêm ganhando mais espaço no tratamento de queimaduras, visando principalmente uma atividade bactericida mais duradoura no leito da ferida e menor toxicidade para as células lesadas na queimadura, mas com capacidade de recuperaçao (zona de estase e zona de hipeemia).

Este novo tipo de tratamento se deve a diversos fatores, como a resistência aumentada de bactérias por antibióticos e desenvolvimento de tecnologia polimérica, resultando em um grande número de curativos contendo prata disponíveis no mercado 15, Os curativos sao tipicamente compostos de uma cadeia polimérica impregnada com sal ou metal de prata e apresentam grande espectro antimicrobiano contra bactérias Gram positivas e Gram negativas 17,22-24,

A grande inovaçao destes novos produtos para o tratamento de queimaduras é o simples fato de que a prata é incorporada no curativo ao invés de ser aplicada como um sal separado, composto ou soluçao 20, Ions de prata sao eficientes contra um grande espectro de bactérias, fungos e vírus, incluindo várias bactérias resistentes a antibióticos, como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e Enterococo resistente à vancomicina (VRE) 18,25,

Estudo realizado na Austrália mostrou que os curativos de prata proporcionam o melhor tratamento para prevenir infecçoes e, consequentemente, sao a melhor escolha para reduzir os riscos de sepse e síndrome do choque tóxico 11, Ao escolher um curativo contendo prata, devem-se levar em consideraçao as características do curativo e a liberaçao de prata pelo curativo 20,

  • CURATIVOS IMPREGNADOS COM PRATA
  • Acticoat r (Fabricante: Smith-Nephew) (Figura 1)

O Acticoat r, curativo de prata nanocristalina, foi desenvolvido com a proposta de superar as deficiências dos curativos de prata tradicionais 15,28, Foi introduzido no final da década de 1990 com o objetivo de ser um curativo de prata com barreira antimicrobiana, usado principalmente para o manejo de feridas causadas por queimaduras, úlceras e enxertos de doadores e receptores 15,

Este curativo consiste de duas camadas de rede de polietileno de alta densidade e uma camada de gaze de poliéster entre elas. O topo do curativo é de coloraçao azulada e sua base é de cor prata metálica. A camada externa de prata tem como objetivo oferecer proteçao antimicrobiana, enquanto a parte interna ajuda a manter um ambiente úmido.

A forma nao carregada da prata nanocristalina reage muito mais lentamente com o cloreto e, portanto, persiste por mais tempo nas lesoes. Estudos in vitro confirmam a liberaçao sustentada da prata, fazendo com que esta dure por alguns dias 14, Estudo realizado na Itália mostrou que apesar dos fabricantes sugerirem que o tempo máximo de aplicaçao do Acticoat r seja de 3 dias, o curativo continua a liberar prata por mais tempo, mesmo que seja em uma frequência menor.

You might be interested:  Doxiciclina Para Que Serve?

Após 3 dias, a maioria da prata ainda está presente e é eliminada quando o curativo é trocado 17, Diversos estudos comprovam que o curativo promove a cicatrizaçao da ferida, reduzindo a inflamaçao e facilitando a primeira fase de cicatrizaçao 11,29,30, O efeito antimicrobiano do Acticoat r, assim como o da sulfadiazina de prata, tem como parte influenciar a cadeia respiratória ao nível do citocromo e interromper o transporte de elétrons através dos íons de prata neles contidos.

O Acticoat r se mostra mais efetivo e com duraçao prolongada quando comparado aos curativos de prata tradicionais. É efetivo contra diversas bactérias, fungos e vírus 28,31, A prata nanocristalina apresenta diversas vantagens em relaçao a outros curativos de prata.

Entre elas, estao o maior clearance de bactérias, facilidade em sua utilizaçao, melhor cicatrizaçao e liberaçao prolongada da prata, permitindo trocas de curativos menos frequentes, menos dor para o paciente e efeito antimicrobiano mais potente e duradouro 11,15,17,28,30-33, Outra grande vantagem é a diminuiçao da frequência do principal efeito colateral associado ao uso da prata tópica: a descoloraçao azulada da pele.

Com o uso deste curativo, o desenvolvimento deste efeito colateral é raro e quando acontece é geralmente transitório 17,34,35, Isto, combinado com níveis baixos de toxicidade fazem do Acticoat r, apesar de seu alto custo, um possível curativo ideal e seguro para as feridas decorrentes de queimaduras 15,28,31,32,

Esse tipo de curativo tem sido rotineiramente utilizado na Unidade de Queimados do Hospital Infantil Joana de Gusmao com todas as vantagens descritas acima, entretanto, necessita de um curativo secundário para absorver secreçoes e exsudatos da ferida que, muitas vezes, necessita de trocas frequentes, embora sem necessidade de troca do curativo primário em contato com a ferida.

Mepilex Ag r (Fabricante: Mölnlycke Health Care) (Figura2) Outro curativo atualmente utilizado para o tratamento de queimaduras de 2ºgrau é o Mepilex r, Esse curativo além do íon de prata apresenta uma nova tecnologia, chamada de Safetac, que confere ao curativo uma fina camada de silicone adesiva, nao aderente, que tende a manter o ferimento hidratado, sem lesar os tecidos em regeneraçao.

  • A hidrataçao do ferimento facilita o manuseio do paciente, principalmente nas trocas, além de manter um ambiente úmido, que sabidamente é ideal para o processo de cicatrizaçao 36,37,
  • Além disso, o Mepilex r tem açao antimicrobiana rápida e duradoura de íons de prata.
  • A combinaçao destas características permite o controle da dor e da infecçao simultaneamente 37,

Uma revisao de evidências clínicas relacionadas à tecnologia Safetac demonstra que ela apresenta diversos benefícios quando incorporada ao curativo Mepilex r, Esta tecnologia pode ser utilizada para prevenir traumas relacionados ao curativo, minimizar a dor e controlar o exsudato quando utilizado em variados tipos de feridas e lesoes de pele 37,

  1. O efeito de vedaçao inibe o movimento do exsudato da ferida para a área ao redor, ajudando a prevenir a maceraçao.
  2. O fato do curativo nao aderir ao leito da ferida faz com que a remoçao do curativo seja atraumática e, portanto, evita a dor nas trocas de curativos e também prejuízos no processo de cicatrizaçao.

A reduçao da dor pode diminuir a necessidade do uso de analgésicos ou antidepressivos no momento das trocas de curativos 37, O componente de prata do Mepilex Ag r demonstra um efeito antimicrobiano em um grande espectro de agentes patogênicos, incluindo cepas resistentes a antibióticos.

A rapidez com que o efeito antimicrobiano é atingido e o fato de que este efeito é mantido ajuda a minimizar o risco de resistência bacteriana e permite maior tempo entre as trocas de curativos 37, Um estudo realizado no Brasil, na cidade de Sao Paulo, comparou o Mepilex r com um curativo tradicional de rayon e sugeriu que o Mepilex r é um curativo benéfico, especialmente na faixa etária pediátrica.

Entre as explicaçoes para este fato estao a diminuiçao do desconforto nas trocas, a diminuiçao da dor e a epitelizaçao em um prazo de 7 dias 36, Outros estudos indicam que o Mepilex Ag r é um curativo seguro e eficaz para ser utilizado em diferentes tipos de ferimentos decorrentes de queimaduras 37,

Também temos utilizado esse curativo na Unidade de Queimados do Hospital Infantil Joana de Gusmao em Florianópolis e a experiência inicial tem revelado este tipo de curativo como uma interface delicada e nao traumática ao tecido queimado, além de permitir a absorçao de exsudatos e secreçoes na esponja de poliuretano já incorporada ao curativo que dispensa o uso de curativos secundários ou outros apósitos para absorçao de líquidos.

Aquacel Ag r (Fabricante: ConvaTec) (Figura 3) Aquacel r Ag também é um curativo tópico retentor de umidade, que pode liberar prata por até 14 dias. Tem em sua composiçao hidrofibra com 1,2% de prata que também dispensa o uso de curativos secundários para a absorçao de exsudatos e outras secreçoes.

  • Muitos estudos demonstraram uma importante atividade antimicrobiana deste curativo contra patógenos, incluindo microrganismos aeróbios e anaeróbios, fungos e bactérias resistentes a antibióticos 26,38,39,
  • Curativos de retençao de umidade provam ser eficazes no manejo de queimaduras de espessura parcial, já que promovem um ambiente propício para a cicatrizaçao da ferida, reduzem a perda de água e ajudam a reduzir a dor 38,40,

O fechamento da ferida é adquirido rapidamente com o uso de Aquacel Ag r, reduzindo, assim, nao só o custo de possíveis cirurgias, como também os efeitos adversos de anestesias 38, Uma das desvantagens deste curativo é a dificuldade em observar a condiçao da ferida.

Porém, o Aquacel Ag r nao é um curativo completamente oclusivo. Estudo realizado em Taiwan sugere que a aplicaçao de Aquacel Ag r na ferida limpa em condiçoes estéreis e a frequente observaçao das condiçoes da ferida sao os fatores mais importantes para o declínio das taxas de infecçoes. O mesmo estudo sugere também que o tratamento precoce com curativo de Aquacel Ag r melhora o prognóstico do paciente e leva a melhores resultados.

O curativo apresenta vantagens como disponibilidade, boa aderência, conforto do paciente e facilidade na aplicaçao 38, Um estudo realizado no Egito comparou a eficácia de um curativo úmido aberto (MEBO) e do Aquacel r Ag, curativo úmido fechado, em pacientes com queimaduras de espessura parcial.

  1. Foi relatado que os pacientes que utilizaram o Aquacel r Ag tiveram melhor eficácia no controle da infecçao, melhor aderência à ferida, aceleraçao da cicatrizaçao e maior conforto 41,
  2. Outro estudo nacional realizado no Hospital Sao Camilo / Santa Casa na cidade de Itu, no Estado de Sao Paulo, no ambulatório de curativos de queimados, durante o período de julho 2009 a setembro 2010, comparou o uso de Aquacel r com sulfadiazina de prata analisando o tempo necessário para a reepitelizaçao (tempo de cura) e a análise de custos dos materiais ao final do tratamento.

Os resultados obtidos mostraram que nao há diferenças significativas entre o tempo necessário para que ocorra a reepitelizaçao (cicatrizaçao) quando os dois procedimentos curativos foram utilizados. No entanto, apesar dos procedimentos apresentarem um mesmo resultado final em relaçao ao tempo de resoluçao da queimadura, a análise dos custos finais dos mesmos apresentou uma significativa diferença, mesmo considerando que o custo inicial seja maior com o Aquacel Ag r13,

  1. Actisorb r (Fabricante: Systagenix)(Figura 4) O Actisorb r é uma cobertura antimicrobiana que combina o uso de carvao ativado com prata, constituído por um invólucro de nylon de tecido nao poroso com uma camada de carvao ativado impregnado com prata a uma concentraçao de 33 mg/cm 2,
  2. O uso de carvao ativado tem a propriedade de aumentar a capacidade absortiva do curativo secundário e a sua associaçao com íons de prata um efeito bactericida que aprisiona as bactérias e as destrói no curativo e nao por liberaçao no leito da ferida, o que, teoricamente, pode minimizar os efeitos citotóxicos sobre células normais.

Esse tipo de curativo apresenta como característica diferencial, além do controle da infecçao pela liberaçao de íons de prata e a absorçao de exsudatos, a combinaçao com carvao ativado que absorve bioprodutos bacterianos como sulfeto de hidrogênio, responsável pelo odor desse tipo de feridas 42,43,

  1. Biatain AG (Fabricante Coloplast) (Figura 5)
  2. Por ser um curativo novo no mercado, nao dispoe ainda de literatura baseada em evidências sendo a maioria das publicaçoes de apresentaçoes em congressos e relatos de casos, que necessita, portanto, de mais avaliaçoes para incorporaçao na prática clínica diária 43,44,
  3. CONCLUSAO
  4. CONFLITO DE INTERESSES
  5. REFERENCIAS

Os curativos da linha Biatain com prata e com ibuprofeno incorporam, além do agente antimicrobiano incorporado com prata, analgésico com ibuprofeno, que sao liberados de forma contínua, na medida em que o exsudato é absorvido, devido a uma tecnologia de absorçao do curativo secundário que permite a absorçao vertical do exsudato, evitando a saturaçao da espuma.

Essas espumas ou almofadas sao compostas por três camadas sobrepostas, sendo uma central de hidropolímero, que se expande delicadamente à medida que absorve o exsudato, e duas outras, formadas por tecido nao aderente, o que evita agressao aos tecidos na remoçao. Tem a sua principal indicaçao em feridas muito exudativas, pois, além da capacidade absortiva, mantém um ambiente úmido que favorece o processo de cicatrizaçao e nao requer cobertura secundária.

Os curativos que incorporam a prata como modalidade terapêutica nas suas diversas apresentaçoes se constituem na nova geraçao de tratamento de queimaduras de 2º grau, um novo paradigma. Além dos curativos citados nesse artigo, novas marcas e produtos têm chegado ao mercado brasileiro, com incorporaçoes tecnológicas com soluçoes engenhosas e criativas para o tratamento do paciente queimado.

Esses curativos, ao manter um efeito bactericida prolongado, permitem que as feridas se mantenham estéreis, úmidas e, principalmente, sem necessidade de trocas frequentes, que, sabidamente, retardam o processo de cicatrizaçao pela remoçao de queratinócitos que migraram a partir da membrana basal da epiderme junto com o curativo.

Os componentes assessórios desses curativos, como interfaces delicadas, nao traumáticas e nao aderentes ao leito da ferida e esponjas absorventes de exsudato dispensam o uso de curativos secundários e também incorporam novas tecnologias que tendem a se tornar o padrao para o tratamento dessas feridas, como a sulfadiazina de prata foi durante décadas.

  • Além disso, a popularizaçao do seu uso associado a poucas trocas de curativos durante o processo de cicatrizaçao que se estende por 21 a 28 dias tornam economicamente viáveis estas novas modalidades terapêuticas.
  • Os autores declaram nao ter relaçoes econômicas, patrocínios ou consultorias na elaboraçao desse artigo com as marcas comerciais citadas.1.

De Young AC, Kenardy JA, Cobham VE, Kimble R. Prevalence, comorbidity and course of trauma reactions in young burn-injured children. J Child Psychol Psychiatry.2012;53(1):56-63.2. Peden M, Oyegbite K, Ozanne-Smith J, Hyder AA, Branche C, Rahman AKMF, et al.

  • Burn. In: World Report on Child Injury Prevention.
  • Geneve: World Health Organization; 2008.p.79-94.3.
  • Bartosch I, Bartosch C, Egipto P, Silva A.
  • Factors associated with mortality and length of stay in the Oporto burn unit (2006-2009).
  • Burns.2013;39(3):477-82.4.
  • Garcia AP, Pollo V, Souza JA, Araujo EJ, Feijó R, Pereima MJL.

Análise do método clínico no diagnóstico diferencial entre queimaduras de espessura parcial e total. Rev Bras Queimaduras.2011;10(2):42-9.5. Aziz Z, Abu SF, Chong NJ. A systematic review of silver-containing dressings and topical silver agents (used with dressings) for burn wounds.

Burns.2012;38(3):307-18.6. Chen J, Han CM, Lin XW, Tang ZJ, Su SJ. Effect of silver nanoparticle dressing on second degree burn wound. Zhonghua Wai Ke Za Zhi.2006;44(1):50-2.7. Forjuoh SN. Burns in low-and middle-income countries: a review of available literature on descriptive epidemiology, risk factors, treatment, and prevention.

Burns.2006;32(5):529-37.8. Pereima MJL. Particularidades das queimaduras em crianças. Disponível em, Acesso em: 16/04/2013 9. Wunderlich BL, Marcolla B, Souza JA, Araujo EJ, Feijó R, Pereima MJL. Curativo com pressao negativa e matriz de regeneraçao dérmica: uma nova opçao de tratamento para feridas extensas.

Rev Bras Queimaduras.2011;10(3):78-84.10. McDougall RJ. Paediatric emergencies. Anaesthesia.2013;68 Suppl 1:61-71.11. Wang XQ, Kravchuk O, Kimble RM. A retrospective review of burn dressings on a porcine burn model. Burns.2010;36(5):680-7.12. Al-Benna S, Collin TW, Spalding L, Jeffery S. National variations in dressings and antibiotic prophylaxis for paediatric scalds.

Burns.2007;33(6):798-9.13, Fong J, Wood F. Nanocrystalline silver dressings in wound management: a review. Int J Nanomedicine.2006;1(4):441-9.14. Hermans MH. Results of an internet survey on the treatment of partial thickness burns, full thickness burns, and donor sites.

J Burn Care Res.2007;28(6):835-47.15. Khundkar R, Malic C, Burge T. Use of Acticoat dressings in burns: what is the evidence? Burns.2010;36(6):751-8.16. Klasen HJ. A historical review of the use of silver in the treatment of burns. II. Renewed interest for silver. Burns.2000;26(2):131-8.17. Rigo C, Roman M, Munivrana I, Vindigni V, Azzena B, Barbante C, et al.

Characterization and evaluation of silver release from four different dressings used in burns care. Burns.2012;38(8):1131-42.18. International consensus. Appropriate use of silver dressings in wounds. An expert working group consensus. London: Wounds International; 2012.19.

White RJ, Cooper R. Silver sulphadiazine: a review of the evidence. Wounds UK.2005;1:51-61.20. Atiyeh BS, Costagliola M, Hayek SN, Dibo SA. Effect of silver on burn wound infection control and healing: review of the literature. Burns.2007;33(2):139-48.21. Hussain S, Ferguson C. Best evidence topic report. Silver sulphadiazine cream in burns.

Emerg Med J.2006;23(12):929-32.22. Castellano JJ, Shafii SM, Ko F, Donate G, Wright TE, Mannari RJ, et al. Comparative evaluation of silver-containing antimicrobial dressings and drugs. Int Wound J.2007;4(2):114-22.23. Ip M, Lui SL, Poon VK, Lung I, Burd A.

  1. Antimicrobial activities of silver dressings: an in vitro comparison.
  2. J Med Microbiol.2006;55(Pt 1):59-63.24.
  3. Aramwit P, Muangman P, Namviriyachote N, Srichana T.
  4. In vitro evaluation of the antimicrobial effectiveness and moisture binding properties of wound dressings.
  5. Int J Mol Sci.2010;11(8):2864-74.25.

Parsons D, Bowler PG, Myles V, Jones S. Silver antimicrobial dressings in wound management: a comparison of antimicrobial, physical, and chemical characteristics. Wounds.2005;17(8):222-32.26. Jones SA, Bowler PG, Walker M, Parsons D. Controlling wound bioburden with a novel silver-containing Hydrofiber dressing.

  1. Wound Repair Regen.2004;12(3):288-94.27.
  2. Field FK, Kerstein MD.
  3. Overview of wound healing in a moist environment.
  4. Am J Surg.1994;167(1A):2S-6S.28.
  5. Selçuk CT, Durgun M, Ozalp B, Tekin A, Tekin R, Akçay C, et al.
  6. Comparison of the antibacterial effect of silver sulfadiazine 1%, mupirocin 2%, Acticoat and octenidine dihydrochloride in a full-thickness rat burn model contaminated with multi drug resistant Acinetobacter baumannii.

Burns.2012;38(8):1204-9.29. Fong J, Wood F. Nanocrystalline silver dressings in wound management: a review. Int J Nanomedicine.2006;1(4):441-9.30. Dunn K, Edwards-Jones V. The role of Acticoat with nanocrystalline silver in the management of burns. Burns.2004;30 Suppl 1:S1-9.31.

Ulkür E, Oncul O, Karagoz H, Yeniz E, Celiköz B. Comparison of silver-coated dressing (Acticoat), chlorhexidine acetate 0.5% (Bactigrass), and fusidic acid 2% (Fucidin) for topical antibacterial effect in methicillin-resistant Staphylococci-contaminated, full-skin thickness rat burn wounds. Burns.2005;31(7):874-7.32.

Moiemen NS, Shale E, Drysdale KJ, Smith G, Wilson YT, Papini R. Acticoat dressings and major burns: systemic silver absorption. Burns.2011;37(1):27-35.33. Thomas SS, Lawrence JC, Thomas A. Evaluation of hydrocolloids and topical medication in minor burns.

  • J Wound Care.1995;4(5):218-20.34.
  • Okan D, Woo K, Sibbald RG.
  • So what if you are blue? Oral colloidal silver and argyria are out: safe dressings are in.
  • Adv Skin Wound Care.2007;20(6):326-30.35.
  • Vlachou E, Chipp E, Shale E, Wilson YT, Papini R, Moiemen NS.
  • The safety of nanocrystalline silver dressings on burns: a study of systemic silver absorption.

Burns.2007;33(8):979-85.36. Rocha FS, Simao TS, Pinheiro RR, Moscon FB, Barbosa FEAS, Almeida PCC, et al. Utilizaçao de curativo de espuma de poliuretano e silicone (Mepilex Transfer r ) em áreas doadoras de enxerto de pele parcial. Rev Bras Queimaduras.2012;11(2):97-99.37.

  • Barrett S.
  • Mepilex Ag: an antimicrobial, absorbent foam dressing with Safetac technology.
  • Br J Nurs.2009;18(20):S28, S30-6.38.
  • Huang SH, Wu SH, Sun IF, Lee SS, Lai CS, Lin SD, et al.
  • AQUACEL Ag in the treatment of toxic epidermal necrolysis (TEN).
  • Burns.2008;34(1):63-6.39.
  • Bowler PG, Jones SA, Walker M, Parsons D.

Microbicidal properties of a silver-containing hydrofiber dressing against a variety of burn wound pathogens. J Burn Care Rehabil.2004;25(2):192-6.40. Caruso DM, Foster KN, Blome-Eberwein SA, Twomey JA, Herndon DN, Luterman A, et al. Randomized clinical study of Hydrofiber dressing with silver or silver sulfadiazine in the management of partial-thickness burns.

  • J Burn Care Res.2006;27(3):298-309.41.
  • Mabrouk A, Boughdadi NS, Helal HA, Zaki BM, Maher A.
  • Moist occlusive dressing (Aquacel( r ) Ag) versus moist open dressing (MEBO( r )) in the management of partial-thickness facial burns: a comparative study in Ain Shams University.
  • Burns.2012;38(3):396-403.42.
  • Rigo C, Roman M, Munivrana I, Vindigni V, Azzena B, Barbante C, et al.

Characterization and evaluation of silver release from four different dressings used in burns care. Burns.2012;38(8):1131-42.43. Leaper D, Münter C, Meaume S, Scalise A, Blanes Mompó. Meta-analysis: use of a silver-releasing foam dressing* in treatment of venous leg ulcers.

  1. In: 23rd Conference of the European Wound Management Association EWMA; 2013 Copenhagen.
  2. European Wound Management Association; 2013.p.186.44.
  3. Lang F, Süβ-Burghart A.
  4. Impact of foam dressings with small pores and narrow pore wound dressing – a multi-centre study.
  5. In: 23rd Conference of the European Wound Management Association EWMA; 2013 Copenhagen.

European Wound Management Association; 2013.p.186.1. Acadêmica do Curso de Graduaçao em Medicina da Universidade do Sul Catarinense, Florianópolis, SC2. Médico da Unidade de Pronto Atendimento da Prefeitura Municipal de Biguaçú, SC3. Cirurgiao Pediatra e Chefe da Unidade de Queimados do Hospital Infantil Joana de Gusmao, Florianópolis, SC.

Professor Associado III do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de Santa CatarinaCorrespondência: Maurício José Lopes Pereima Rua Rui Barbosa, 152 – Agronômica Florianópolis – SC -Brasil – CEP: 88025-301 E-mail: Artigo recebido: 30/1/2013Artigo aceito: 20/4/2013 Trabalho realizado no Hospital Infantil Joana de Gusmao, Florianópolis, SC, Brasil.

: Revista Brasileira de Queimaduras

Qual a melhor pomada para queimadura de pele?

Nebacetin – Muito conhecida, essa pomada previne o desenvolvimento de bactérias e ajuda na cicatrização da queimadura. É indicada para quando aparecem pequenos sinais de infecção, como o pus ou inchaço. Aplique de 2 a 5 vezes ao dia com o auxílio de uma gaze e com as mãos limpas.

Qual o melhor antiinflamatório para queimadura?

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Apesar dos avanços, ainda é observado manejo analgésico inadequado dos pacientes com queimaduras. O objetivo desta revisão foi coletar dados sobre tratamento da dor em queimados. CONTEÚDO: Foi feita revisão sobre os mecanismos de dor, avaliação do paciente com queimadura e o tratamento farmacológico e não farmacológico.

  • CONCLUSÕES: O manejo da dor em pacientes vítimas de queimaduras ainda é um desafio por parte da equipe multiprofissional.
  • A avaliação frequente e contínua da resposta apresentada pelo paciente é muito importante, tendo em vista os vários momentos por que passa o paciente internado em decorrência de uma queimadura, além de uma terapêutica combinada com medicações analgésicas e medidas não farmacológicas.

Entender a complexidade de alterações fisiopatológicas, psicológicas e bioquímicas apresentadas por um paciente em tratamento de queimadura é o primeiro passo para alcançar o sucesso no seu manejo analgésico. ANALGESIA; ANALGÉSICOS; CIRURGIA, Queimados; DOR, Aguda, Crônica BACKGROUND AND OBJECTIVES: Despite advances, inappropriate analgesic treatment for burn patients is still seen.

  • The objective of this review was to collect data on pain management in burn patients.
  • CONTENT: We reviewed the mechanisms of pain, burn patient assessment, as well as pharmacological and non-pharmacological treatment.
  • CONCLUSION: Pain management in burn patients is still a challenge for the multidisciplinary team.

Frequent and continuous evaluation of the patient’s response is very important due to the various stages that the hospitalized burn patient goes through, as well as a combination therapy with analgesic and non-pharmacological measures. Understanding the complexity of the pathophysiological, psychological, and biochemical changes a burn patient presents is the first step to achieve success in analgesic management.

  1. Acute Pain; Analgesia; Burns; Chronic Pain JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Pese a los progresos alcanzados, todavía se observa un manejo analgésico inadecuado de los pacientes con quemaduras.
  2. El objetivo de esta revisión, fue la recolección de datos sobre el tratamiento del dolor en pacientes quemados.
  3. CONTENIDO: Se efectuó una revisión sobre los mecanismos de dolor, evaluación del paciente con quemadura, y el tratamiento farmacológico y no farmacológico.

CONCLUSIONES: El manejo del dolor en los pacientes víctimas de quemaduras todavía es un reto por parte del equipo multiprofesional. La evaluación frecuente y continua de la respuesta presentada por el paciente es muy importante, teniendo en cuenta los diversos momentos por los que pasa el paciente ingresado en razón de una quemadura, además de una terapéutica combinada con medicaciones analgésicas y con medidas no farmacológicas.

  • Entender la complejidad de las alteraciones fisiopatológicas, psicológicas y bioquímicas presentadas por un paciente en tratamiento de quemadura es el primer paso para alcanzar el éxito en su manejo analgésico.
  • ANALGESIA; ANALGÉSICOS; CIRUGÍA, Quemados; DOLOR, Aguda, Crónica ARTIGO DE REVISÃO Tratamento da dor em queimados Rodrigo José Alencar de Castro I ; Plínio Cunha Leal II ; Rioko Kimiko Sakata III I Aluno de especialização em Anestesiologia, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brasil II Aluno de Pós-Graduação, Unifesp III TSA; Médica; Doutorado; Professora Associada, Unifesp Correspondência para Correspondência para: Rioko Kimiko Sakata Rua Três de Maio, 61/51 Vila Clementino 04044-020 – São Paulo, SP, Brasil E-mail: [email protected] RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Apesar dos avanços, ainda é observado manejo analgésico inadequado dos pacientes com queimaduras.

O objetivo desta revisão foi coletar dados sobre tratamento da dor em queimados. CONTEÚDO: Foi feita revisão sobre os mecanismos de dor, avaliação do paciente com queimadura e o tratamento farmacológico e não farmacológico. CONCLUSÕES: O manejo da dor em pacientes vítimas de queimaduras ainda é um desafio por parte da equipe multiprofissional.

  • A avaliação frequente e contínua da resposta apresentada pelo paciente é muito importante, tendo em vista os vários momentos por que passa o paciente internado em decorrência de uma queimadura, além de uma terapêutica combinada com medicações analgésicas e medidas não farmacológicas.
  • Entender a complexidade de alterações fisiopatológicas, psicológicas e bioquímicas apresentadas por um paciente em tratamento de queimadura é o primeiro passo para alcançar o sucesso no seu manejo analgésico.

Unitermos: ANALGESIA; ANALGÉSICOS; CIRURGIA, Queimados; DOR, Aguda, Crônica. Introdução Apesar dos avanços importantes que ocorreram nos últimos anos em relação ao tratamento de pacientes vítimas de queimaduras, ainda é observado manejo analgésico inadequado 1,

Isso ocorre tanto pelo caráter complexo da dor que esses pacientes apresentam quanto por treinamento insuficiente dos profissionais envolvidos 2-4, O controle insuficiente da dor pode levar à quebra da confiança na equipe médica, o que poderá influenciar negativamente no desfecho do tratamento 5, Além disso, pode contribuir para o desenvolvimento de dor crônica, parestesia e disestesia 6-11,

Existe associação entre o alívio insuficiente da dor e o aparecimento de algumas desordens psiquiátricas, como a depressão e o transtorno do estresse pós-traumático 12, O sucesso no tratamento requer uma avaliação cuidadosa de sua natureza, o entendimento dos diferentes tipos e padrões de dor e o conhecimento do melhor tratamento.

Uma boa avaliação inicial serve como linha de base para avaliar os resultados de intervenções subsequentes 13, A abordagem multidisciplinar desses pacientes é fundamental, por causa da complexidade de fatores envolvidos na dor. Durante a internação há variação nas necessidades de analgésicos, em virtude dos inúmeros procedimentos a que os pacientes são submetidos e à própria evolução do quadro.

Isso dificulta predizer a quantidade de analgésico que deverá ser administrada em determinado momento. Esta revisão busca apresentar as principais formas de tratamento farmacológico e não farmacológico da dor disponíveis na literatura. Mecanismos de dor A dor presente logo após a queimadura é devida à estimulação direta e à lesão de nociceptores presentes na epiderme e na derme, o que leva à transmissão de impulsos nervosos pelas fibras C e A-delta até o corno dorsal da medula espinal.

A magnitude do impulso é modulada tanto pelos estímulos periféricos quanto pelas influências descendentes a partir do encéfalo 14, A resposta inflamatória inicia-se minutos após a lesão e leva à liberação de inúmeros irritantes químicos que sensibilizam e estimulam os nociceptores no local por vários dias.

O local permanece doloroso e sensível a estímulos mecânicos e térmicos, com hiperalgesia primária. A alteração de sensibilidade a estímulos mecânicos observada em tecidos adjacentes à lesão é denominada de hiperalgesia secundária. À medida que a resposta inflamatória cessa, a qualidade da dor sofre alterações.

  • A intensidade da dor varia, mas é tipicamente máxima em locais de perda cutânea, assim como em áreas doadoras de tecido.
  • Em caso de queimaduras profundas, a destruição inicial das terminações nervosas leva a uma insensibilidade local.
  • Nessas áreas pode haver uma regeneração desordenada de tecido nervoso, o que irá predispor ao aparecimento de dor neuropática.

Estima-se que até 52% dos pacientes vítimas de queimaduras apresentem cronificação da dor 15, Avaliação É de suma importância que o paciente vítima de queimadura seja avaliado constantemente a respeito de sua dor, a fim de guiar a conduta analgésica e a resposta ao medicamento 7,

Características como o local da dor, fatores de melhoria ou pioria, tipo e intensidade também são essenciais ao manejo. Para avaliar a intensidade da dor, a escala mais comumente usada nesse grupo de pacientes é a numérica (0-10). Entretanto, a visual analógica, descritiva verbal, de faces e de cores também são usadas 16 Há ainda escalas comportamentais observacionais validadas para uso em pacientes que não sejam capazes de se expressar de forma confiável.

You might be interested:  Rpa O Que É?

A escala de Abbey (para idosos e com distúrbios cognitivos) 17 e o escore FLACC (para crianças pequenas) 18 são descritos. São observados quatro padrões de dor em pacientes queimados. Pode haver dor constantemente presente em repouso e nos movimentos ( background pain ), agravada por episódios de dor intensa e inesperada ( breakthrough pain ), assim como de dor durante os procedimentos 16,

O último padrão seria a dor presente no período pós-operatório. Tratamento farmacológico O uso de fármacos é a principal e mais efetiva forma de tratamento da dor em pacientes queimados, por causa da sua própria natureza e intensidade 19, Como já mencionado, o inadequado manejo analgésico ainda é muito frequente e é extremamente importante a reavaliação contínua da efetividade da terapia, assim como a implementação de métodos mais agressivos 20-23,

Algumas alterações na farmacocinética dos medicamentos são observadas em pacientes queimados. Durante a fase inicial, em que se desenvolve uma resposta inflamatória sistêmica, há diminuição do fluxo sanguíneo para os órgãos, com consequente diminuição da depuração dos fármacos.

  1. Após essa fase observa-se aumento geral do metabolismo, com aumento subsequente da depuração.
  2. Em queimaduras com área maior do que 20% da superfície corporal há extravasamento capilar generalizado, com perda de proteínas para o interstício.
  3. Consequentemente, o efeito de fármacos com alta ligação proteica torna-se de difícil controle 24,

Deve-se ainda ter cautela com o aumento da água corporal total comumente observado durante o tratamento. Opioides Dentre os fármacos mais usados, os opioides assumem o papel principal na terapia da dor em pacientes queimados. A variedade de opções disponíveis no mercado permite boa maleabilidade quanto à potência, forma de administração e duração de ação adequada a cada paciente.

  1. Seus efeitos adversos são bem conhecidos e os que mais se destacam são o prurido, a depressão respiratória e a náusea.
  2. Devido ao risco de tolerância ou de hiperalgesia induzida por opioides, o seu uso deve ser sempre incorporado a uma abordagem de tratamento multimodal 25,
  3. A dor presente em pacientes queimados durante o repouso ( background pain ) é de moderada intensidade e é tratada de forma mais adequada com medicamentos de potência moderada e cuja concentração plasmática permaneça relativamente constante ao longo do dia.

Citam-se como exemplos a infusão de opioides por via venosa, com ou sem analgesia controlada pelo paciente, e a administração oral de opioides de longa duração (metadona) ou com absorção enteral prolongada (morfina ou oxicodona de liberação controlada).

Os opioides e o tramadol também promovem efeito benéfico em dor neuropática 26,27, Na literatura não há evidência para a superioridade de um opioide em particular no tratamento da dor neuropática 24, O remifentanil, um opioide de ação ultrarrápida e com metabolização plasmática, é uma importante opção para analgesia durante os procedimentos, desde que usado em infusão contínua.

O fentanil e o alfentanil também podem ser usados, com a vantagem de promover analgesia residual. Anti-inflamatórios, dipirona e paracetamol Esses medicamentos podem reduzir a quantidade de opioides necessária em até 20-30%. Anti-inflamatórios não esteroides (AINE) podem também reduzir os efeitos adversos dos opioides de forma significativa 28,

  1. Os mais apropriados para pacientes com queimadura são o paracetamol, a dipirona e os inibidores seletivos da cicloxigenase-2.
  2. Esses medicamentos, apesar de ser analgésicos fracos quando usados separadamente, atuam de forma sinérgica com os opioides 29,
  3. Devido à inibição da agregação plaquetária, o uso de AINE deverá ser evitado em situações nas quais o risco de sangramento é preocupante (como em grandes queimados) 30,

O seu uso também requer cautela em pacientes com doenças cardiovasculares e gastrintestinais 31, Anticonvulsivantes A gabapentina e a pregabalina são usadas frequentemente no tratamento da dor neuropática em queimados. Elas, diretamente, diminuem a sensibilização central à dor por meio de ligação a canais de cálcio pré-sinápticos e, indiretamente, inibem receptores N-metil-D-aspartato (NMDA) 32,

Em um pequeno estudo em pacientes queimados foram significativamente reduzidos a intensidade da dor e o consumo de opioides nos pacientes em uso da gabapentina. Os pacientes receberam entre três e 24 dias após o acidente doses de 2.400 mg, divididas em três tomadas 33, Em outro estudo, a pregabalina foi avaliada e bem tolerada e reduziu, de forma significativa, vários componentes de dor neuropática em pacientes queimados.

Além disso, durante os procedimentos, as queixas álgicas foram reduzidas 34, Antidepressivos São medicamentos eficazes e têm, portanto, um papel importante no conceito de tratamento multimodal da dor associada a queimaduras 35, A amitriptilina, usada em baixas doses, tem um papel estabelecido no manejo da dor neuropática e atua por meio da ativação das vias inibitórias descendentes na medula espinal.

  1. Sua dose necessária geralmente não é superior a 75 mg por dia.
  2. Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina também podem ser usados em caso de intolerância aos efeitos colaterais dos tricíclicos.
  3. O efeito analgésico dos antidepressivos geralmente ocorre após dias a semanas.
  4. Não existem estudos com relação ao efeito analgésico e ao momento do início da terapia analgésica em pacientes vítimas de queimaduras 24,

Cetamina A cetamina é um antagonista não competitivo de receptores NMDA e pode ser usada para sedação consciente durante as trocas de curativo em pacientes queimados 36, Induz um estado de anestesia dissociativa em doses de 1 mg.kg -1 por via venosa.

  • Como vantagem, preserva os reflexos de vias aéreas e mantém a pressão arterial e a frequência cardíaca por liberação indireta de noradrenalina.
  • A ocorrência de alucinações, um importante efeito adverso, pode ser atenuada pela administração concomitante de benzodiazepínicos ou propofol 37,38,
  • Em uma metanálise sobre uso da cetamina em baixas doses e o consumo de opioides pós-operatório, os autores concluíram que há redução de até um terço na dose total administrada.

Além disso, a cetamina foi eficaz como medicação de resgate em caso de dor pouco responsiva a opioides 39, A cetamina parece promover alguma ação na redução da hiperalgesia 59, Benzodiazepínicos Tendo em vista o conhecimento de que os distúrbios de ansiedade podem exacerbar as queixas álgicas, o uso de ansiolíticos associados a medicamentos analgésicos é prática comum em muitos centros 40,41,

  1. O medo e a tensão causam diminuição da tolerância à dor 42,
  2. Os pacientes queimados que mais se beneficiaram da terapia com benzodiazepínicos foram aqueles extremamente ansiosos e com dor intensa 43,
  3. Quando há necessidade de rápido início de ação, pode ser usado o midazolam.
  4. O lorazepam é mais adequado nesses pacientes do que o diazepam, por causa da diminuição do metabolismo hepático muitas vezes presente, que pode levar ao prolongamento da meia-vida desse último 44,

Lidocaína A terapia com lidocaína por via venosa foi eficaz em reduzir os escores de dor neuropática, principalmente com lesão nervosa associada 45, Um estudo clínico, entretanto, evidenciou apenas pequena diferença nos escores de dor, com manutenção das doses necessárias de opioides durante trocas de curativo em pacientes queimados 46,

Agonistas alfa-2 Os agonistas alfa-2 apresentam propriedades interessantes que possibilitam seu uso no manejo analgésico de pacientes queimados. Além de estimular as vias inibitórias descendentes da dor, apresentam efeito sedativo e anti-hipertensivo. A clonidina pode ser usada com segurança no manejo analgésico em crianças vítimas de queimaduras 47,48,

Em alguns centros de queimaduras é usada de rotina na prescrição de crianças e adultos. A duração de ação da dexmedetomidina é mais curta do que a da clonidina e sua ação é mais seletiva para receptores alfa-2. Em estudo, houve benefício na associação entre cetamina e dexmedetomidina em relação ao uso da cetamina isolada ou em associação com midazolam durante a troca de curativos em queimados 49,

  1. Tratamento não farmacológico A terapia não farmacológica é uma medida importante e complementar ao tratamento medicamentoso no controle da dor e da ansiedade nos pacientes queimados.
  2. O seu começo deve ser o mais precoce possível, visando a prevenir o desenvolvimento de ansiedade e a perpetuação do ciclo ansiedade-dor 16,

O trabalho deve ser multidisciplinar, com a participação de psicólogos, psicoterapeutas, fisioterapeutas e especialistas em dor. Técnicas de psicologia, como relaxamento, distração e terapia cognitivo-comportamental, são benéficas no alívio da ansiedade e da dor durante a fase de reabilitação 50-52,

A hipnose é uma alteração do estado de consciência caracterizado por aumento da receptividade a uma sugestão, habilidade de alterar percepções e sensações e aumento da capacidade de dissociação 53, Tem sido usada no manejo da dor em queimados durante procedimentos e no controle da ansiedade. Estudos neurofisiológicos dão suporte a essa terapia 54,

Outra medida que tem sido usada com sucesso é a realidade virtual. Consiste em uma tecnologia que isola o paciente do mundo real e deixa sua visão apenas em contato com um ambiente virtual tridimensional. No contexto dos pacientes queimados, esse mundo virtual é chamado de “mundo de neve” ( snowworld ), especialmente criado para se opor às sensações mais usualmente provocadas por uma ferida de queimadura.

  1. Em alguns estudos, a realidade virtual, como técnica de distração durante procedimentos, foi eficaz em reduzir a intensidade da dor nos pacientes queimados 55-58,
  2. Conclusão O manejo da dor em pacientes vítimas de queimaduras ainda consiste em um desafio por parte da equipe multiprofissional.
  3. A avaliação frequente e contínua da resposta apresentada pelo paciente é muito importante, tendo em vista os vários momentos por que passa o paciente internado em decorrência de uma queimadura, além de uma terapêutica combinada com medicações analgésicas e medidas não farmacológicas.

Entender a complexidade de alterações fisiopatológicas, psicológicas e bioquímicas apresentadas por um paciente em tratamento de queimadura é o primeiro passo para alcançar o sucesso no seu manejo analgésico. Submetido em 16 de janeiro de 2012. Aprovado para publicação em 13 de fevereiro de 2012.

1. McCaffrey M, Pasero C – Pain management: problems and progress. In: McCaffrey M, Pasero C (ed.). Pain: clinical manual.2nd ed., St. Louis: Mosby, 1999, pp.712-713. 2. Patterson D, Sharar S – Burn pain. Em: Loeser J (ed.). Bonica’s management of pain.3rd ed. Philadelphia: Lippincot, Williams & Wilkins, 2001, pp.780-787. 3. Schafheutle EI, Cantrill JA, Noyce PR – Why is pain management suboptimal on surgical wards? J Adv Nurs, 2001;33(6):728-737. 4. Twycross A – Educating nurses about pain management: the way forward. J Clin Nurs, 2002;11(6):705-714. 5. Weissman DE, Haddox JD – Opioid pseudo-addiction, an iatrogenic syndrome. Pain, 1989;36:363-366. 6. Brenner GJ, Ji RR, Shaffer S, Woolf CJ – Peripheral noxious stimulation induces phosphorylation of the NMDA receptor NR1 subunit at the PKC-dependent site, serine-896, in spinal cord dorsal horn neurons. Eur J Neurosci, 2004;20:375-384. 7. Dworkin RH – An overview of neuropathic pain: syndromes, symptoms, signs, and several mechanisms. Clin J Pain, 2002;18:343-349. 8. Ikeda H, Stark J, Fischer H et al. – Synaptic amplifier of inflammatory pain in the spinal dorsal horn. Science, 2006;312:1659-1662. 9. Kawasaki Y, Kohno T, Zhuang ZY et al. – Ionotropic and metabotropic receptors, protein kinase A, protein kinase C, and Src contribute to C-fiber-induced ERK activation and camp response element-binding protein phosphorylation in dorsal horn neurons, leading to central sensitization. J Neurosci, 2004;24:8310-8321. 10. Olgart L – Breakthrough in pain research. Charting of the synaptic network may lead to new analgesics. Nord Med, 1998;113:6-12. 11. Woolf CJ, Manion RJ – Pain: aetiology, symptoms, mechanisms, and management. Lancet, 1999;353:1959-1964. 12. Courtemanche DJ, Robinow O – Recognition and treatment of the post-traumatic stress disorder in the burn victim. Burn CareRehabil, 1989;10:247-250. 13. Sousa FAEF – Dor: o quinto sinal vital. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2002;10:446-447. 14. Richardson P, Mustard L – The management of pain in the burns unit. Burns, 2009;35(7):921-936 15. Dauber A, Osgood PF, Breslau AJ et al. – Chronic persistent pain after severe burns: a survey of 358 burn survivors. Pain Med, 2002;3:6-17. 16. Mahar PD, Wasiak J, O’Loughlin CJ et al. – Frequency and use of pain assessment tools implemented in randomized controlled trials in the adult burns population: a systematic review. Burn, 2012;38:147-154. 17. Abbey J, Piller N, De Bellis A et al. – The Abbey Pain Scale: a 1-minute numerical indicator for people with end-stage dementia. Int J Palliative Nurs, 2004;10(1):6-13. 18. Merkel SI, Voepel-Lewis T, Shayevitz JR et al. – The FLACC: a behavioral scale for scoring post-operative pain in young children. Paediatr Nurs, 1997;23(3):293-297. 19. Latarjet J, Choinère M – Pain in burn patients. Burns, 1995:21:344-48. 20. Atchison NE, Osgood PF, Carr DB – Pain during burn dressing changes in children: relationship to burn area, depth, and analgesis regimen. Pain, 1991;47:41-47. 21. Perry S, Heidrich G, Ramos E – Assessment of pain in burned patients. Burn Cure Rehabil, 1981;2:322-326. 22. Latarjet J – La douleur de l’enfant brûlé. Bilan des pratiques. In: Comm.16e Réunion Annuelle de la Societe Française de la Douleur, Paris, 26-28 Novembre 1992. 23. Textbook of pain. Edinburgh: Churchill Livingstone, 1988, pp.402-408. 24. Girtler R, Gustorff B – Pain management in burn injuries. Anaesthesist, 2011;60(3):243-250. 25. Wiechman SA, Sharar SR, Patterson DR – Burn pain. In: Waldman, SD. Pain management.2nd ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2011, pp.228-242. 26. Duhmke RM, Cornblath DD, Hollingshead JR – Tramadol for neuropathic pain. Cochrane Database Syst Rev, 2004(2):CD003726, 27. Gatti A, Sabato AF, Occhioni R et al – Control led-release oxycodone and pregabalin in the treat ment of neuropathic pain: results of a multicenter Italian study. Eur Neurol, 2009;61(3):129-137. 28. Malenfant A, Forget R, Papillon J et al. – Pre valence and characteristics of chronic sensory pro blems in burn patients. Pain, 1996;67(2-3):493-500. 29. Marret E, Kurdi O, Zufferey P et al. – Effects of nonsteroidal antiinflammatory drugs on patientcontrolled analgesia morphine side effects: meta-analysis of randomized controlled trials. Anesthesiology, 2005;102:1249-1260. 30. Giessler GA, Mayer T, Trupkovic T – Das Ver brennungstrauma. Anaesthesist, 2009;58:474-448. 31. Amer M, Bead VR, Bathon J et al. – Use of nonsteroidal antiinflammatory drugs in patients with cardiovascular disease: a cautionary tale. Cardiol Rev, 2010;18(4):204-212. 32. Simonnet G – Preemptive antihyperalgesia to improve preemptive analgesia. Anesthesiology, 2008;108:352-354. 33. Cuignet O, Pirson J, Soudon O et al. – Effects of gabapentin on morphine consumption and pain in severely burned patients. Burns, 2007;33(1):81-86 34. Gray P, Kirby J, Smith MT et al. – Pregabalin in severe burn injury pain: a double-blind, randomised placebo-controlled trial. Pain, 2011;152(6):1279-1288. 35. Pal SK, Cortiella J, Herndon D – Adjunctive methods of pain control in burns. Burns, 1997;23(5):404-412. 36. MacPherson RD, Woods D, Penfold J – Keta mine and midazolam delivered by patient-con trolled analgesia in relieving pain associated with burns dressings. Clin J Pain, 2008;24(7)568-571. 37. Lilburn J, Dundee J, Nair S et al. – Ketamine sequalae evaluation of the ability of various premedicants to attenuate its psychic actions. Anaesthesia, 1978;33:307-311. 38. Tosun Z, Esmaoglu A, Coruh A – Propofol-ketamine vs propofolfentanyl combinations for deep sedation and analgesia in pediatric patients undergoing burn dressing changes. Pediatr Anesth, 2008;18:43-47. 39. Visser E, Schug S – The role of ketamine in pain management. Biomed Pharmacother, 2006;60:341-348. 40. Perry S, Heidrich G – Management of pain during debribement: a survey of U.S. burn units. Pain, 1982;13:267. 41. Martin-Herz SP, Patterson DR, Honari S et al. – Pediatric pain control practices of North American Burn Centers. J Burn Care Rehabil, 2003;24:26. 42. Edwards RR, Smith MT, Klick B et al. – Symptoms of depression and anxiety as unique predictors of pain-related outcomes following burn injury. Ann Behav Med, 2007;34(3):313-322. 43. Patterson DR, Ptacek JT, Carrougher GJ et al. – Lorazepam as an adjunct to opioid analgesics in the treatment of burn pain. Pain, 1997;72:367. 44. Martyn JAJ, Greenblatt DS, Quinby WC – Diazepam pharmacokinetics following burns. Anesth Analg, 1983;62:293-297. 45. Kalso E, Tramer MR, Moore RA et al. – Systemic local anaesthetic type drugs in chronic pain: a qualitative systematic review. Eur J Pain, 1998;2:3-14. 46. Wasiak J, Spinks A, Costello V et al. – Adjuvant use of intravenous lidocaine for procedural burn pain relief: a randomized double-blind, placebo-controlled, cross-over trial. Burns, 2011;37(6):951-957. 47. Ambrose C, Sale S, Howells R et al. – Intravenous clonidine infusion in critically ill children: dose dependent sedative effects and cardiovascular stability. BJA, 2000;84:794-796. 48. Lyons B, Casey W, Doherty P et al. – Pain relief with low-dose intravenous clonidine in a child with severe burns. Intens Care Med, 1996;22:249-251. 49. Gündüz M, Sakalli S, Güneş Y et al. – Comparison of effects of ketamine, ketamine-dexmedetomidine, and ketaminemidazolam on dressing changes of burn patients. J Anaesthesiol Clin Pharmacol.2011;27(2):220-224. 50. Turk DC, Salavoy P – Managing chronic illness. In: Nicassio PM, Smith TW (ed.). Cognitive behavioural treatment of illness behaviour.1996, pp.245-285 51. Fernandez E, Turk DC – The utility of cognitive coping strategies for altering pain perception: a meta-analysis. Pain, 1989;38:123-135. 52. Eccleston C, Yorke L, Morley S et al. – Psychological therapies for the management of chronic and recurrent pain in children. Cochrane Database Syst Rev, 2009;(2):CD003968. 53. Patterson DR – Clinical hypnosis for pain control. Washington: American Psychological Association, 2010. 54. Crawford HJ, Knebel T, Vendemia JMC – The nature of hypnotic analgesia: neurophysiological foundation and evidence. Contemp Hypn, 1998;15(1):22-33. 55. Hoffman HG, Patterson DR, Carrougher GJ et al. – Effectiveness of virtual reality-based pain control with multiple treatments. Clin J Pain, 2001;17:229. 56. Hoffman HG, Patterson DR, Carrougher GJ – Use of virtual reality for adjunctive treatment of adult burn pain during physical therapy: a controlled study. Clin J Pain, 2000;16:244.

Quantas vezes por dia usar sulfadiazina de prata?

Aplicar uma vez ao dia. Pode ser aplicado duas vezes ao dia no caso de lesões muito exsudativas (úmidas) ou a critério médico. O excesso do produto pode ser retirado com uma compressa de gaze ou algodão. Utilizar sulfadiazina de prata até a cicatrização da ferida.

Quantas vezes passar a pomada sulfadiazina de prata?

Como usar o Sulfadiazina de Prata? – Após a limpeza da lesão, aplicar uma camada de Sulfadiazina de Prata creme uma vez ao dia. Fazer um curativo com gaze. Caso a lesão seja muito exsudativa, aplicar o creme uma segunda vez ao dia, posteriormente o excesso pode ser retirado com uma compressa de gaze ou algodão.

Como saber se a queimadura está sarando?

Não há formação de bolhas e a pele não se desprende. Após a cicatrização, a pele pode ficar um pouco escura, mas volta ao tom normal com o tempo. Não necessitam de atendimento médico e, geralmente, melhoram entre 3 e 6 dias.

Quanto tempo para sulfadiazina fazer efeito?

Resultados de Eficácia – Desde 1968, através dos estudos de Fox e colaboradores foi demonstrado que a sulfadiazina de prata reduziu a mortalidade entre 5% e 20% em oito dias após queimaduras. Adicionalmente a destruição pós-queimaduras da pele e músculo por infecção foi reduzida com a aplicação deste medicamento 1,

Em 1992, Bishop e colaboradores 8 realizaram um estudo prospectivo em pacientes com úlceras venosas com níveis bacterianos comparáveis e demonstraram que a sulfadiazina de prata a 1% reduziu de forma estatisticamente significativa o tamanho das úlceras (44%, em relação a 22,5% dos que utilizaram placebo).

Tais autores associaram a eficácia desta droga a um favorecimento da replicação de queratinócitos e a propriedades anti-inflamatórias da substância. Posteriormente, Lansdown e colaboradores 13 observaram cicatrização acelerada e liberação mais rápida de crostas e debris em animais em que foi utilizada a sulfadiazina de prata.

  • Estes autores correlacionam seus achados a uma redução das fases inflamatória e de formação de tecido de granulação, além de maior velocidade de reparação epidérmica.
  • Jolseth e colaboradores 14 compararam os efeitos in vivo de seis agentes tópicos frequentemente utilizados em úlceras e demonstraram que a sulfadiazina de prata foi responsável pela taxa de reepitelização mais rápida, além de ter sido um dos principais agentes promotores de neovascularização.

Numa revisão sistemática sobre agentes antimicrobianos utilizados no tratamento de feridas crônicas, a sulfadiazina de prata foi uma das poucas substâncias citadas como comprovadamente úteis no tratamento de lesões ulceradas de difícil resolução 9, Referências bibliográficas 1.

Fox C.L. Silver Sulfadiazine: A New Topical Therapy of Pseudomonas Infection. Arch Surg 1968; v.96: p.184-188.2. Fox C.L. Rappole B.W., Stanford W. Control of Pseudomonas Infection in Burns by Silver Sulfadiazine. Surg. Gynecol. Obstetr.1969; p.1021-26.3. Monafo W.W., West MA. Current Treatment Recommendations Topical Burn Therapy.

Drugs 1990; v.40, n.3: p.364-373.4. Nangia A.K., Hung C.T., and Lim J.K.C. Silver Sulfadiazine in the Management of Burns – an update. Drugs of today 1987; v.23, n.1: p.21-30.5. Klasen H.J. A Historical Review of the Use of Silver in the Treatment of Burns.

II. Renewed Interest for Silver. Burns 2000; v.26, n.2: p.131-138.6. Degreef H., Michiels J.L.1% Silver Sulfadiazine Cream Aids Treatment for Infected Leg Ulcer. Curr Ther. Res.1984; v.36; n.6: p.1190-94.7. Melotte P. et al. Efficacy of 1% Silver Sulfadiazine Cream in Treating The Bacteriological Infection of Leg Ulcers.

Curr. Ther. Res.1985; v.37, n.2: p.197-201.8. Bishop J.B. et al. A Prospective Randomized Evaluator-Blinded trial of two Potential Wound Healing Agents for the Treatment of Venous Stasis Ulcers. Journal Vascular Surgery 1992; v.16; n.2: p.251- 257.9. O`Meara S.M.

  1. Et al. A Systematic Review of Antimicrobial Agents Used for Chronic Wounds. Br.J.
  2. Surg.2001; v.88: p.4-21.10.
  3. Ucan J.O. et al.
  4. Comparison of Silver Sulfadiazine, Povidone-Iodine and Physiologic Saline in the Treatment of Chronic Pressure Ulcers.
  5. Journal of the American Geriatrics Society 1981; v.29: p.232- 235.11.

Hindryckx P.H. et al. The Treatment of Infected Decubitus Ulcers With 1% Silver Sulfadiazine Cream. Current Therapeutic Research 1990; v.48, n.3: p.535-539.12. Lloyd J.R. Improved Management of Skin Graft Donor Sites. Arch. Surg.1974; v.108: p.561-565.13. Lansdown A.B.G.

  • Et al. Silver Aids Healing in the Sterile Skin Wound: Experimental Studies in the Laboratory Rat.
  • British Journal of Dermatology.1997; v.137: p.728-735.14.
  • Jolseth D. et al.
  • Comparison of the Effects of Commonly Used Wound Agents on Epithelialization and Neovascularization.
  • Journal of the American College of Surgeons 1994; v.179: p.305-312.15.

Carr H., Wlodkowski T.J. and Rosenkranz H.S. Silver Sulfadiazine: In Vitro Antibacterial Activity. Antimicrobial Agents & Chemother 1973; v.4, n.5: p.585-587.16. Hamilton Miller J.M.T., Shah S. and Smith C. Silver Sulphadiazine: A Comprehensive in vitro Reassement.

Chemotherapy 1993; v.39: p.405-409.17. Bult A. and Plug CM. Silver sulfadiazine: Analytical Profile of drug substances.K. Florey (Ed.) Academic: New York 1984; 13:553.18. Wang XW et al. Tissue deposition of silver following topical use of silver sulfadiazine in extensive burns. Burns 1985; 11:197.19. Heather F.

Silvadene Toxicity. Plastic and Reconstructive Surgery.1991; 88(4):735.20. Caffee HH, Bingham HG. Leukopenia and silver sulfadiazine. J Trauma.1982 Jul;22(7):586-7 21. Martindale. The Complete Drug Reference. Thirty-fourth edition. Pharmaceutical Press.P.259.22.

Eldad A., Neuman A., Weinsberg A., Benmeier P., Rotem M., Wexler MR. Silver-sulphadiazineinduced haemolytic anaemia in a glucose-6-phosphate dehydrogenase-deficiente burn patient.23. Fisher NM, Marsh E, Lazova R. Scar-localized argyria secondary to silver sulfadiazine cream. J Am Acad Dermatol 2003; 49(4): 730-732.24.

Griffiths MR, Milne JT, Porter WM. Penile argyria. Br.J. Dermatol.2006; 154: 1074-1108.25. Thomas K, Sproston ARM, Kingsland CR. A case of vaginal argyrosis: all that glistens isn’t gold. BJOG 2001; 108: 890-91.26. Payne CMER et al. Argyria from excessive use of topical silver sulphadiazine.

  • Lancet.1992; 340:126.27.
  • Tan CB, Rajan D, Shah M, Ahmed S, Freedman L, Rizvon K, Mustacchia P.
  • Toxic megacolon from fulminante Clostridium difficile infection induced by topical silver sulphadiazine”.
  • BMJ Case Rep.2012 Aug 8;2012.28.
  • Willis MS, Cairns BA, Purdy A, Bortsov AV, Jones SW, Ortiz-Pujols SM, Willis TM, Joyner BL Jr.

“Persistent lactic acidosis after chronic topical application of silver sulfadiazine in a pediatric burn patient: a review of the literature”. Int J Burns Trauma.2013;3(1):1-8.29. García AA, Rodríguez Martín AM, Serra Baldrich E, Manubens Mercade E, Puig Sanz L “Allergic contact dermatitis to silver in a patient treated with silver sulphadiazine after a burn”.

Quantos dias pode usar a pomada sulfadiazina de prata?

O uso da medicação deve continuar até a cicatrização da área queimada ou até que a região esteja em condições de receber um enxerto. Usar prolongadamente a medicação – por mais que dois meses – pode causar infecção fúngica e bacteriana, sendo comum a infecção por C. difficile associada a colite pseudomembranosa.

Pode usar sulfadiazina de prata nas partes íntimas?

É indicado também como cicatrizante em feridas vulvares após cauterização do colo e do útero, biópsia do colo e da vulva e no pós-operatório de cirurgias vaginais, aplicado junto a tampões vaginais, ou diretamente na vagina com auxílio do aplicador.

Eu sou Julián Díaz Pinto, tenho 48 anos e sou o fundador e administrador do site cltlivre.com.br, um portal jurídico dedicado a descomplicar as complexidades da legislação trabalhista brasileira.