O Que É Radiação?
Contents
- 1 O que e radiação explicação?
- 2 Quanto tempo a radiação fica no ambiente?
- 3 O que é radiação do celular?
- 4 Qual é o material mais radioativo do mundo?
- 5 Qual iPhone tem radiação?
- 6 Onde tem radiação em casa?
O que e radiação explicação?
Radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com uma determinada velocidade. Contêm energia, carga eléctrica e magnética.
O que e radiação e o que ela pode causar?
Os benefícios e os perigos da radioatividade Da Redação | 25/09/2012, 00h00 Joseana Paganine De acordo com o Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste, a radiação é uma forma de energia que se propaga no espaço, a partir de uma fonte emissora.
Ela pode interagir com o corpo humano e alterar as estruturas celulares. A luz do sol é a forma mais comum de radiação. A radioatividade é a emissão espontânea de radiação por determinados elementos químicos. Foi descoberta em 1896, pelo físico francês Henri Becquerel. Ele esqueceu uma rocha de urânio sobre um filme fotográfico virgem e constatou no dia seguinte um fato diferente: o filme foi marcado por raios emitidos pela rocha.
A descoberta passou a ser estudada e utilizada para beneficiar o homem. Mas, se mal utilizada, pode ter efeitos irreversíveis. A exposição descontrolada à radioatividade é prejudicial ao homem. Segundo relatório da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados sobre segurança nuclear, as consequências para os seres humanos são muitas e variáveis, dependendo dos órgãos e sistemas corporais atingidos.
Conforme o caso, pode haver consequências também para os descendentes diretos. A gravidade dependerá da dose absorvida, do tempo de exposição e da forma de exposição, se no corpo inteiro ou se localizada. Quando a dose de radiação é alta, muitos tecidos e órgãos do corpo são atingidos. Entre os sintomas, estão náuseas e vômitos, queda de cabelo, distúrbios do comportamento, alterações no sangue e lesões na pele.
Quanto menor for o intervalo de tempo entre a exposição e o início dos sintomas, mais grave é o quadro. É o que se chama de síndrome aguda das radiações (SAR). O câncer está entre os efeitos tardios. As manifestações hereditárias ou genéticas podem surgir como resultado de danos em células reprodutoras da pessoa que sofreu a radiação.
No caso dos acidentados de Goiânia, algumas pessoas já apresentavam náuseas e vômitos no mesmo dia do contato com o césio 137, em quadro típico de SAR. Além das quatro mortes, diversas pessoas sofreram amputações, falência de medula óssea e lesões cutâneas em consequência da radiação. Usos mais comuns Agricultura: A tecnologia de irradiação de alimentos melhora a qualidade de produtos alimentícios.
Utilizado em frutas frescas, grãos e vegetais, o processo previne o brotamento, retarda a maturação e aumenta o tempo de conservação dos alimentos, facilitando o armazenamento e evitando transmissão de doenças. Indústria: A técnica nuclear mais conhecida nessa área é a gamagrafia, uma radiografia de peças metálicas ou de estruturas de concreto, com a qual é possível verificar se há defeitos ou rachaduras que possam causar vazamentos.
Foi utilizada, por exemplo, na construção do gasoduto Brasil–Bolívia. Medicina: A irradiação possui várias aplicações na medicina. Uma delas é a radioterapia, empregada no tratamento de tumores. Também existem os radiofármacos, usados em avaliações neurológicas e cardiológicas, e os radioisótopos, cujo elemento mais comum é o iodo 131, que auxilia no diagnóstico de doenças da tireoide.
A radioesterilização é outra tecnologia importante, aplicada no sangue e seus derivados e em tecidos humanos destinados a transplantes. Meio Ambiente: Técnicas nucleares são empregadas em pesquisas nas áreas de monitoração e recuperação ambiental. Com elas, é possível avaliar os recursos hídricos, a física e a química de solos, datar superfícies, sedimentos marinhos, árvores e sítios arqueológicos.
O que a radiação faz ao ser humano?
Lesões provocadas pela radiação são danos a tecidos causados por exposição à radiação ionizante.
Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda reduzindo a produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo. Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o coração e os vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele. As lesões provocadas por radiação devido a doses grandes e muito grandes são designadas reação do tecido. A dose necessária para causar lesão visível do tecido varia com o tipo de tecido. A radiação ionizante pode aumentar o risco de câncer. A exposição de espermatozoides e óvulos à radiação traz um pequeno aumento do risco de defeitos genéticos nos descendentes. Os médicos retiram a maior quantidade possível de material radioativo externo e interno (que foi inalado ou ingerido) e tratam os sintomas e as complicações da lesão por radiação.
Geralmente, o termo radiação ionizante refere-se a ondas eletromagnéticas de energia elevada (raios-X e raios gama) e partículas (partículas alfa, beta e nêutrons) que são capazes de capturar elétrons de átomos (ionização). A ionização altera as propriedades químicas dos átomos afetados e de quaisquer moléculas que contenham esses átomos.
- Ao alterar as moléculas no ambiente altamente organizado da célula, a radiação ionizante pode afetar e danificar células.
- Dependendo da magnitude da dose, órgãos expostos e tipos de radiação, o dano celular causado por radiação ionizante pode causar doença aguda, aumentar o risco de desenvolver câncer ou ambos.
A radiação ionizante é emitida por substâncias radioativas (radioisótopos), como o urânio, o rádio e o plutônio, mas pode ser igualmente produzida por dispositivos, como aparelhos de raios-X e de radioterapia. As ondas de rádio, como de celulares e transmissores de rádio AM e FM, e a luz visível também são formas de radiação eletromagnética.
- Contudo, devido a sua energia mais baixa, estas formas de radiação não são ionizantes e, assim, a exposição pública a estas fontes comuns não danifica as células.
- Nesta discussão, o termo “radiação” refere-se exclusivamente à radiação ionizante.
- A quantidade de radiação é medida em várias unidades diferentes.
O roentgen (R) é uma medida da capacidade ionizante da radiação e é comumente usada para expressar a intensidade da exposição à radiação. O nível de radiação ao qual as pessoas são expostas e quanto se deposita em seu corpo pode ser diferente. O gray (Gy) e o sievert (Sv) são medidas da dose de radiação, que é a quantidade de radiação depositada na matéria, e são as unidades usadas para medir a dose em humanos após a exposição à radiação.
- O Gy e o Sv são semelhantes, à exceção de o Sv considerar a eficácia dos diferentes tipos de radiação em causar danos e a sensibilidade dos diferentes tecidos no corpo à radiação.
- Níveis de dose baixos são medidos em miligrays (1 mGy = 1 / 1.000 Gy) e milisieverts (1 mSv = 1 / 1.000 Sv).
- A dose de radiação de uma pessoa pode ser aumentada de duas formas, contaminação e irradiação.
Muitos dos acidentes por radiação mais significativos expuseram as pessoas a ambos. Contaminação é o contato e a retenção de um material radioativo, geralmente como um pó ou líquido. A contaminação externa é a que está na pele ou roupa, da qual pode cair ou ser raspada, contaminando outras pessoas e objetos.
- A contaminação interna consiste em material radioativo depositado no corpo, que podem entrar por ingestão, inalação ou através de cortes na pele.
- Uma vez no corpo, o material radioativo pode ser transportado para vários locais, tais como a medula óssea, onde continua a emitir radiação, aumentando a exposição da pessoa à radiação, até ser removido ou emitir toda sua energia (desintegração).
A contaminação interna é mais difícil de remover que a contaminação externa. A irradiação consiste na exposição à radiação, mas não a material radioativo, ou seja, não há contaminação. Um exemplo comum é a radiografia diagnóstica usada, por exemplo, para avaliar um osso fraturado.
- A exposição à radiação pode ocorrer sem contato direto entre as pessoas e a fonte de radiação (como material radioativo ou um aparelho de raios-X).
- Quando a fonte de radiação é removida ou desligada, a irradiação termina.
- As pessoas que são irradiadas, mas não contaminadas, não são radioativas, ou seja, elas não emitem radiação e sua dose dessa fonte de radiação não continua aumentando.
As pessoas são constantemente expostas a baixos níveis de radiação e de radiação de ocorrência natural (de fundo) e, intermitentemente, à radiação de fontes fabricadas. A radiação natural de fundo varia enormemente no mundo todo bem como dentro dos países.
Nos Estados Unidos, as pessoas recebem, em média, cerca de 3 mSv/ano de fontes naturais e a faixa de exposições varia de cerca de 0,5 a 20 mSv/ano, dependendo da região, da elevação acima do nível do mar e da geologia local. Em média, mais 3 mSv/ano são recebidos de fontes fabricadas (principalmente médicas), totalizando a média total de dose efetiva per capita de cerca de 6 mSv/ano.
As fontes de radiação de fundo incluem
Radiação solar e cósmica do espaço Elementos radioativos de ocorrência natural
A radiação cósmica e solar é significativamente bloqueada pela atmosfera da Terra, mas é concentrada nos polos norte e sul pelo campo magnético da Terra. Logo, a exposição à radiação cósmica é maior para pessoas que vivam perto dos polos, a grandes altitudes e durante voos de avião.
- Os elementos radioativos, particularmente o urânio e os produtos radioativos nos quais de desintegra naturalmente (como gás radônio), estão presentes em muitas rochas e minerais.
- Estes elementos acabam em várias substâncias, incluindo alimentos, água e materiais de construção.
- A exposição a radônio geralmente explica cerca de dois terços da exposição das pessoas à radiação de ocorrência natural.
Mesmo no total, as doses de radiação natural de fundo são baixas demais para causar lesões provocadas por radiação. Até a presente data, não houve efeitos demonstrados na saúde devido a diferenças no nível de radiação de fundo, pois os riscos de efeitos na saúde induzidos pela radiação nesses níveis de exposição reduzidos são inexistentes ou pequenos demais para serem observados.
A exposição também ocorre de outras fontes fabricadas, como acidentes por radiação e precipitação radioativa de testes prévios com armas nucleares. Contudo, estas exposições representam uma pequena parte da exposição anual da maioria das pessoas. Normalmente, os acidentes por radiação envolvem pessoas que trabalham com materiais radioativos e com fontes de raios-X, como irradiadores de alimentos, fontes de radiografia industrial e aparelhos de raios-X.
Esses trabalhadores podem receber doses significativas de radiação. Esses acidentes são raros e resultam tipicamente do não cumprimento de procedimentos de segurança. A exposição à radiação também ocorreu de fontes industriais ou médicas perdidas ou roubadas, contendo grandes quantidades de material radioativo.
Também ocorreram lesões provocadas por radiação em pacientes que receberam radioterapia e certos procedimentos médicos guiados por feixe de raios-X pulsado que mostra uma imagem radiográfica em movimento em uma tela (fluoroscopia). Algumas dessas lesões em pacientes resultam de acidentes ou uso impróprio, porém, às vezes, em casos mais complexos, o uso adequado desses procedimentos pode causar complicações e reações de tecidos inevitáveis induzidas por radiação.
Em raras ocasiões, quantidades substanciais de material radioativo foram liberadas de centrais de energia nuclear, incluindo a central de Three Mile Island na Pensilvânia em 1979, a central de Chernobyl na Ucrânia em 1986 e a central de Fukushima Daiichi no Japão em 2011.
O acidente de Three Mile Island não resultou em grande exposição à radiação. Na verdade, as pessoas que viviam em um raio de 1,6 quilômetro da central receberam somente uma dose adicional de cerca de 0,08 mSv. Já a dose média para as quase 115 mil pessoas que foram evacuadas da área próxima à central de Chernobyl foi de cerca de 30 mSv.
A título de comparação, a dose normal de um único exame de TC situa-se entre 4 e 8 mSv. As pessoas que trabalhavam na central de Chernobyl receberam expressivamente mais. Mais de trinta trabalhadores e socorristas morreram em poucos meses depois do acidente, e muitos mais desenvolveram doença aguda por radiação.
Houve um baixo nível contaminação proveniente de Chernobyl em locais tão distantes como a Europa, a Ásia e até mesmo (em menor extensão) a América do Norte. A dose média de radiação cumulativa para as populações habitantes de áreas com baixo nível de contaminação (várias regiões da Bielorrússia, Rússia e Ucrânia) em um período de vinte anos após o acidente foi estimada como sendo de cerca de 9 mSv.
Cabe salientar que a dose extra anual média (0,5 a 1,5 mSv por ano) recebida pelos residentes dos territórios contaminados pela precipitação radioativa de Chernobyl é geralmente mais baixa que a radiação de fundo típica nos Estados Unidos (3 mSv por ano).
- Alguns trabalhadores na central de Fukushima Daiichi foram expostos a doses significativas de radiação; no entanto, não houve mortes ou reações permanentes de tecidos induzidas por radiação.
- As pessoas que viviam no raio de 20 quilômetros da central de Fukushima Daiichi foram evacuadas devido a preocupações sobre exposição à radiação.
Todavia, as estimativas são de que quase nenhum morador no entorno recebeu mais do que cerca de 5 mSv. A Organização Mundial de Saúde prevê que a taxa de mortes por câncer relacionadas a este acidente será muito baixa. As armas nucleares liberam quantidades maciças de energia e radiação.
- Estas armas não foram usadas contra pessoas desde 1945.
- Contudo, atualmente, várias nações têm armas nucleares e os grupos terroristas também tentaram obtê-las ou construir as suas, aumentando a possibilidade de uso dessas armas.
- A grande maioria das mortes devido à detonação de uma arma nuclear resulta da explosão e das queimaduras térmicas.
Uma menor fração das mortes (embora ainda sendo um número elevado) resulta de doença relacionada à radiação. Os efeitos prejudiciais da radiação (ou seja, a gravidade da reação dos tecidos) dependem de vários fatores:
A quantidade (dose) Rapidez de recepção da dose Duração da exposição do corpo A sensibilidade de tecidos específicos à radiação A idade da pessoa na época da exposição O estado geral de saúde da pessoa antes da exposição
Uma única dose rápida de radiação por todo o corpo pode ser mortal, mas a mesma dose no seu total, aplicada num prazo de semanas ou meses, pode provocar efeitos muito menores. Os efeitos da radiação podem igualmente depender da porcentagem exposta do corpo.
- Por exemplo, mais de 6 Gy podem ser fatais quando a dose de radiação é para todo o corpo.
- Contudo, quando concentrada em uma área pequena e estendendo-se por um período de semanas ou meses, como em radioterapia para câncer, pode-se administrar dez ou mais vezes esta quantidade sem lesões sérias.
- Algumas partes do corpo são mais sensíveis à radiação.
Os órgãos e os tecidos onde as células se multiplicam rapidamente, como o intestino e a medula óssea, ficam mais danificados pela radiação do que os tecidos cujas células se multiplicam com maior lentidão, como os músculos e as células do cérebro. A glândula tireoide é suscetível a câncer após ser exposta a iodo radioativo, pois o iodo radioativo concentra-se na mesma.
Outros fatores podem aumentar a sensibilidade a danos por radiação. As pessoas que têm dois genes para ataxia-telangiectasia Ataxia-Telangiectasia A ataxia-telangiectasia é uma doença hereditária caracterizada por descoordenação motora, dilatação capilar e uma imunodeficiência que causa uma suscetibilidade aumentada às infecções.
Em crianças. leia mais (um de cada progenitor) são muito mais sensíveis a lesões por radiação. Distúrbios, tais como doenças do tecido conjuntivo Considerações gerais sobre doenças autoimunes do tecido conjuntivo Em uma doença autoimune, os anticorpos ou células produzidas pelo corpo atacam os próprios tecidos do corpo.
Muitas doenças autoimunes afetam o tecido conjuntivo e uma variedade de órgãos.O. leia mais e diabetes Diabetes mellitus (DM) O diabetes mellitus é uma doença na qual o organismo não produz uma quantidade suficiente de insulina ou não responde normalmente à insulina, fazendo com que o nível de açúcar (glicose) no sangue.
leia mais, podem aumentar a sensibilidade a lesões por radiação. Alguns medicamentos e agentes quimioterápicos (por exemplo, actinomicina D, doxorrubicina, bleomicina, 5‑fluoruracila, metotrexato) também podem aumentar a sensibilidade a danos por radiação.
Alguns agentes quimioterápicos (por exemplo, doxorrubicina, etoposídeo, paclitaxel, epirrubicina), antibióticos (por exemplo, cefotetana), estatinas (por exemplo, sinvastatina) e preparações à base de ervas podem produzir uma reação cutânea inflamatória no local de irradiação prévia (hipersensibilidade à radiação) de semanas a anos após a exposição no mesmo local.
Em crianças, alguns órgãos e tecidos, como o cérebro, o cristalino do olho e a glândula tireoide, são mais sensíveis à radiação do que em adultos. No entanto, alguns tecidos em crianças não são mais sensíveis à radiação do que em adultos e alguns, como os ovários, são na verdade menos sensíveis.
Os motivos para as diferenças são complicados e não são totalmente entendidos, mas os médicos acreditam que a sensibilidade mais elevada de alguns tecidos em crianças se deve, pelo menos em parte, ao fato de que as células das crianças crescem e amadurecem mais depressa e passarão por muito mais divisões celulares do que as de adultos.
O feto é sensível a danos provenientes de radiação porque as células fetais estão se dividindo muito rapidamente, além de estarem se diferenciando de células imaturas em maduras. No feto, a exposição superior a 300 mGy durante 8 a 25 semanas após a concepção pode causar redução de inteligência e fraco rendimento escolar.
Os defeitos congênitos podem ocorrer devido à exposição no útero a elevadas doses de radiação. Contudo, em doses inferiores a 100 mGy, particularmente nas doses ainda mais baixas usadas nos exames de diagnóstico por imagem a que uma mulher grávida pode ser normalmente submetida, não há aumento aparente que ultrapasse o risco normal de ter uma criança nascida com um defeito congênito.
Uma grande exposição à radiação aumenta o risco de câncer devido aos danos no material genético (DNA) nas células que sobrevivem à radiação. Contudo, a radiação é uma causa menos significativa de câncer do que as pessoas poderiam supor. Mesmo uma dose de corpo inteiro de 500 mGy (mais de 150 vezes acima da dose de radiação de fundo anual média) aumenta o risco de morte por câncer de uma pessoa típica de 22% para cerca de 24,5%, um aumento no risco absoluto de apenas 2,5%.
Em um feto ou criança, o risco de câncer induzido por radiação é várias vezes maior do que em um adulto. As crianças podem ser mais suscetíveis, pois suas células dividem-se mais vezes e têm um tempo de vida maior durante o qual o câncer se pode desenvolver. O risco permanente de morrer em decorrência de câncer para uma criança de 1 ano submetida a um exame de tomografia computadorizada (TC) do abdômen pode aumentar em cerca de 0,1%.
Recentemente, as preocupações sobre possíveis riscos devido a exames de TC resultaram em controvérsia sobre se os exames de TC estão sendo usados em excesso. Por causa dessas preocupações, as técnicas para exames de TC estão sendo otimizadas para reduzir a dose de radiação.
- Os médicos também procuram realizar um exame de TC somente quando ele for mais preciso do que outros exames que usam menos ou nenhuma radiação.
- Quando a TC for nitidamente o teste mais preciso, o risco resultante de não fazer o diagnóstico correto devido à utilização de um exame menos preciso é muito maior do que o risco do exame de TC.
Nos animais, foi demonstrado que altas doses de radiação dos ovários ou testículos resultam em uma prole deficiente (efeitos hereditários). Contudo, não foi observado nenhum aumento na porcentagem de defeitos congênitos nas crianças dos sobreviventes das explosões da bomba nuclear no Japão.
Pode dever-se ao fato de a exposição à radiação não ter sido suficientemente elevada para causar um aumento mensurável. Não foi encontrado nenhum aumento no risco de defeitos congênitos em crianças concebidas depois que seus pais receberam radioterapia para câncer na qual a dose média para os ovários foi de 0,5 Gy e para os testículos de cerca de 1,2 Gy (exposição típica a tecidos próximos, mas não diretamente na área de tratamento durante a radioterapia).
Os sintomas dependem do fato de a exposição à radiação incluir todo o corpo ou estar limitada a pequena parte do corpo. A doses elevadas, a exposição de todo o corpo causa doença aguda por radiação, enquanto uma exposição parcial do corpo causa lesões locais provocadas pela radiação.
Síndrome hematopoiética: Afeta tecidos que produzem células sanguíneas Síndrome gastrointestinal: Afeta o trato digestivo Síndrome vascular cerebral: Afeta o cérebro e o sistema nervoso
Geralmente, a doença aguda por radiação progride em três fases:
Sintomas precoces como enjoo, perda de apetite, vômito, cansaço e, quando são recebidas doses de radiação muito elevadas, diarreia (conjuntamente chamados pródromo) Um período sem sintomas (fase latente) Diversos padrões de sintomas (síndromes) em função da quantidade de radiação recebida
A síndrome que se desenvolve, sua gravidade e sua velocidade de progressão depende da dose de radiação. À medida que a dose aumenta, os sintomas desenvolvem mais cedo, progridem mais rapidamente (por exemplo, de sintomas prodrômicos para as várias síndromes de sistemas de órgão) e ficam mais graves.
A gravidade e a evolução temporal dos sintomas iniciais são bastante consistentes de pessoa a pessoa para determinada quantidade de exposição à radiação. Assim, muitas vezes os médicos podem estimar a exposição à radiação de uma pessoa com base no momento, na natureza e na gravidade dos sintomas precoces.
Contudo, a presença de lesões, queimaduras ou ansiedade grave podem complicar esta estimativa. A síndrome hematopoiética é causada pelos efeitos da radiação sobre a medula óssea, o baço e os gânglios linfáticos, que são os principais locais de produção de células sanguíneas (hematopoiese).
A perda de apetite (anorexia), a letargia, o enjoo e os vômitos começam entre 1 e 6 horas após a exposição a 1 ou 6 Gy de radiação. Esses sintomas desaparecem entre 24 e 48 horas depois da exposição e a pessoa sente-se bem durante uma semana ou mais. Durante esse período livre de sintomas, as células produtoras de sangue da medula óssea, do baço e dos gânglios linfáticos começam a se degradar e não são substituídas, dando lugar a uma grave insuficiência de leucócitos, seguida de uma escassez de plaquetas e, mais tarde, de eritrócitos.
A insuficiência de glóbulos brancos do sangue ( linfocitopenia Linfocitopenia A linfocitopenia é um número anormalmente baixo de linfócitos (um tipo de glóbulo branco) no sangue. Muitos distúrbios podem reduzir o número de linfócitos no sangue, porém, as infecções virais. ) pode causar infecções graves. A escassez de plaquetas ( trombocitopenia Considerações gerais sobre a trombocitopenia A trombocitopenia consiste em um número reduzido de plaquetas (trombócitos) no sangue, o que aumenta o risco de hemorragia. A trombocitopenia ocorre quando a medula óssea produz quantidades. leia mais ) pode ocasionar sangramento incontrolado. A insuficiência de glóbulos vermelhos ( anemia Considerações gerais sobre a anemia Anemia é um quadro clínico em que o número de glóbulos vermelhos é baixo. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina, uma proteína que lhes permite transportar oxigênio dos pulmões para todas.
leia mais ) provoca fadiga, fraqueza, palidez e dificuldade respiratória durante o esforço físico. Se as pessoas sobreviverem, depois de quatro a cinco semanas as células sanguíneas começam a ser novamente produzidas, mas as pessoas sentem-se debilitadas e cansadas durante meses e correm mais risco de câncer.
A síndrome gastrointestinal deve-se aos efeitos da radiação sobre as células que revestem o aparelho digestivo. Os enjoos graves, os vômitos e a diarreia podem começar em menos de 1 hora depois da exposição a 6 Gy ou mais de radiação. Os sintomas podem levar a uma desidratação grave, mas desaparecem ao fim de 2 dias.
- Durante os 4 ou 5 dias seguintes (fase latente), a pessoa se sente bem, mas as células que revestem o aparelho digestivo, que normalmente atuam como uma barreira protetora, morrem e são expulsas.
- Depois desse período, uma diarreia intensa reaparece, frequentemente sanguinolenta, provocando mais uma vez a desidratação.
As bactérias do aparelho digestivo podem invadir o organismo causando infecções graves. Quem recebe essa quantidade de radiação padece igualmente da síndrome hematopoiética, que resulta em sangramento e infecção e aumenta o risco de morte. Depois da exposição a 6 Gy ou mais de radiação, a morte é comum.
- Contudo, com cuidado médico avançado, é possível que cerca de 50% das pessoas possa sobreviver.
- A síndrome vascular cerebral ocorre quando a dose total de radiação excede 20 a 30 Gy.
- As pessoas manifestam rapidamente confusão, enjoos, vômitos, diarreia sanguinolenta, tremores e choque.
- A fase latente é breve ou inexistente.
Em apenas algumas horas, a pressão arterial diminui, acompanhada de convulsões e coma. A síndrome vascular cerebral é mortal num período que oscila entre horas a 1 ou 2 dias. A radioterapia para câncer é uma das causas mais comuns de lesões locais provocadas por radiação.
Os sintomas dependem da quantidade de radiação, da taxa em que foi recebida e da área do corpo tratada. Podem ocorrer enjoos, vômitos e perda de apetite durante (ou pouco após) uma irradiação no cérebro ou no abdômen. Grandes quantidades de radiação sobre uma zona limitada do corpo danificam frequentemente a pele que cobre essa área.
As alterações cutâneas incluem queda de cabelo, vermelhidão, descamação, úlceras e, possivelmente, eventual adelgaçamento da pele e dilatação dos vasos sanguíneos logo abaixo da superfície da pele (veias em forma de aranha). A radiação na boca e no maxilar inferior pode causar secura permanente na boca, o que tem como resultado um maior número de cáries dentárias e danos no maxilar inferior.
A radiação sobre os pulmões pode provocar inflamação neste órgão (pneumonite por radiação). e doses muito elevadas podem provocar cicatrizes graves (fibrose) no tecido pulmonar, o que pode causar falta de ar incapacitante e morte. O coração e sua camada protetora (pericárdio) podem ficar inflamados depois de uma radiação extensa sobre o tórax, causando sintomas como dor no peito e falta de ar.
Doses acumuladas elevadas de radiação na coluna vertebral podem provocar danos extremamente graves que podem levar à paralisia, incontinência e perda de sensibilidade. A radiação extensa no abdômen (para câncer dos linfonodos, testículos ou ovários) pode levar a úlceras crônicas, cicatrizes e estreitamento ou perfuração do intestino, causando sintomas como dor abdominal, vômito, vômitos de sangue e fezes de cor escura tipo alcatrão.
Os sintomas, a gravidade dos sintomas e o tempo até o surgimento dos sintomas após a exposição à radiação. Contagens de linfócitos (para determinar a gravidade da exposição)
A exposição à radiação pode ser evidente com base no histórico da pessoa. Suspeita-se de lesão provocada pela radiação quando as pessoas desenvolvem sintomas de doença ou vermelhidão na pele ou dores depois de receberem radioterapia ou serem expostas durante um acidente por radiação.
O tempo até os sintomas se desenvolverem pode ajudar os médicos a estimar a dose de radiação. Não existem testes específicos para diagnosticar a exposição à radiação, embora possam ser efetuados determinados exames para detectar infecções, uma diminuição no número de células sanguíneas ou um mau funcionamento de um órgão.
Para determinar a gravidade de uma exposição à radiação, mede-se o número de linfócitos Linfócitos Uma das linhas de defesa do corpo ( sistema imunológico) envolve glóbulos brancos (leucócitos) que se deslocam através da corrente sanguínea e penetram nos tecidos para detectar e atacar micro-organismos. (um tipo de glóbulo branco do sangue) no sangue. Geralmente, quanto menor for o número de linfócitos nas 48 horas após a exposição, pior terá sido a exposição à radiação. A contaminação radioativa, ao contrário da irradiação, muitas vezes pode ser determinada por meio de uma inspeção do corpo da pessoa com um contador Geiger-Muller, um aparelho que detecta radiação.
É igualmente efetuado um controle de sinais de radioatividade a partir da coleta de secreções do nariz, da garganta e de qualquer lesão. Os sintomas precoces de doença aguda por radiação – enjoo, vômito e tremores – também podem ser causados pela ansiedade. Como a ansiedade é comum após incidentes terroristas e nucleares, as pessoas não devem entrar em pânico quando esses sintomas se desenvolverem, particularmente se a quantidade de exposição à radiação for desconhecida e pode ter sido pequena.
Após uma contaminação ambiental de alto nível de disseminação de um acidente de uma central de energia nuclear ou a liberação intencional de material radioativo, as pessoas devem seguir o conselho dos funcionários de saúde pública. Essas informações são normalmente transmitidas na televisão e rádio.
O conselho pode ser para as pessoas evacuarem a área contaminada ou protegerem-se onde estiverem. A recomendação de evacuação ou abrigo depende de muitos fatores, incluindo o tempo decorrido desde a liberação inicial, se a liberação parou, condições climáticas, disponibilidade de abrigos adequados e condições rodoviárias e do tráfego.
Se for recomendado abrigo, um abrigo em concreto ou estrutura metálica, particularmente um abaixo do solo (como em uma cave), é a melhor opção. A meio caminho entre as partes superior e inferior de um edifício alto, perto do centro, afastado de janelas, é a melhor opção quando não estiver disponível um abrigo abaixo do solo.
- Uma detonação nuclear perto do chão produz uma bola de fogo que rapidamente se espalha para a atmosfera e traciona até milhares de toneladas de sujeira e resíduos.
- Isso cria a icônica nuvem em forma de cogumelo.
- A nuvem se estabiliza na parte superior da atmosfera, onde o material radioativo produzido na explosão se mistura com a sujeira e pequenas partículas dos resíduos da detonação.
Precipitação radioativa é o termo para quando essas partículas voltam à Terra, acumulam-se nas superfícies e emitem radiação perigosa. Uma precipitação radioativa significante pode se estender por 10 a 20 milhas da explosão. A melhor ação protetora é entrar em um edifício para se abrigar bem longe dessas partículas.
Você tem pelo menos 10 a 15 minutos após a detonação para se abrigar, antes que a precipitação radioativa comece. Procure um abrigo o mais rapidamente possível, conforme um abrigo eficaz puder ser encontrado nas primeiras horas após a detonação e, em seguida, siga o conselho dos responsáveis pela resposta de emergência local.
Consulte também FEMA (Federal Emergency Management Agency ): Esteja preparado para uma explosão nuclear,
O que e feita a radiação?
Radiação: o que é, tipos e uso na medicina Radiação é um processo físico de emissão e deslocamento de energia através de partículas ou por meio de ondas eletromagnéticas. A radiação pode acontecer no meio material ou no espaço. Isto é, ela pode ser gerada por fontes naturais ou por aparelhos construídos pelo homem.
- A radiação natural acontece espontaneamente e não tem origem por tecnologia humana.
- A radiação nuclear é um belo exemplo disso, pois parte do interior do núcleo de um instável.
- Esses elementos podem ser achados em rochas ou sedimentos.
- A radiação cósmica também é natural e se origina por conta das explosões do sol e de estrelas.
Alguns dos tipos de radiações mais comuns são:
- Alfa;
- Beta;
- Gama;
- Raio X;
- Ultravioleta;
- Luz visível;
- Ondas de rádio;
- Infravermelha;
- Micro-ondas.
Por que a radiação é perigosa?
Lesões provocadas pela radiação são danos a tecidos causados por exposição à radiação ionizante.
Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda reduzindo a produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo. Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o coração e os vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele. As lesões provocadas por radiação devido a doses grandes e muito grandes são designadas reação do tecido. A dose necessária para causar lesão visível do tecido varia com o tipo de tecido. A radiação ionizante pode aumentar o risco de câncer. A exposição de espermatozoides e óvulos à radiação traz um pequeno aumento do risco de defeitos genéticos nos descendentes. Os médicos retiram a maior quantidade possível de material radioativo externo e interno (que foi inalado ou ingerido) e tratam os sintomas e as complicações da lesão por radiação.
Geralmente, o termo radiação ionizante refere-se a ondas eletromagnéticas de energia elevada (raios-X e raios gama) e partículas (partículas alfa, beta e nêutrons) que são capazes de capturar elétrons de átomos (ionização). A ionização altera as propriedades químicas dos átomos afetados e de quaisquer moléculas que contenham esses átomos.
Ao alterar as moléculas no ambiente altamente organizado da célula, a radiação ionizante pode afetar e danificar células. Dependendo da magnitude da dose, órgãos expostos e tipos de radiação, o dano celular causado por radiação ionizante pode causar doença aguda, aumentar o risco de desenvolver câncer ou ambos.
A radiação ionizante é emitida por substâncias radioativas (radioisótopos), como o urânio, o rádio e o plutônio, mas pode ser igualmente produzida por dispositivos, como aparelhos de raios-X e de radioterapia. As ondas de rádio, como de celulares e transmissores de rádio AM e FM, e a luz visível também são formas de radiação eletromagnética.
- Contudo, devido a sua energia mais baixa, estas formas de radiação não são ionizantes e, assim, a exposição pública a estas fontes comuns não danifica as células.
- Nesta discussão, o termo “radiação” refere-se exclusivamente à radiação ionizante.
- A quantidade de radiação é medida em várias unidades diferentes.
O roentgen (R) é uma medida da capacidade ionizante da radiação e é comumente usada para expressar a intensidade da exposição à radiação. O nível de radiação ao qual as pessoas são expostas e quanto se deposita em seu corpo pode ser diferente. O gray (Gy) e o sievert (Sv) são medidas da dose de radiação, que é a quantidade de radiação depositada na matéria, e são as unidades usadas para medir a dose em humanos após a exposição à radiação.
O Gy e o Sv são semelhantes, à exceção de o Sv considerar a eficácia dos diferentes tipos de radiação em causar danos e a sensibilidade dos diferentes tecidos no corpo à radiação. Níveis de dose baixos são medidos em miligrays (1 mGy = 1 / 1.000 Gy) e milisieverts (1 mSv = 1 / 1.000 Sv). A dose de radiação de uma pessoa pode ser aumentada de duas formas, contaminação e irradiação.
Muitos dos acidentes por radiação mais significativos expuseram as pessoas a ambos. Contaminação é o contato e a retenção de um material radioativo, geralmente como um pó ou líquido. A contaminação externa é a que está na pele ou roupa, da qual pode cair ou ser raspada, contaminando outras pessoas e objetos.
- A contaminação interna consiste em material radioativo depositado no corpo, que podem entrar por ingestão, inalação ou através de cortes na pele.
- Uma vez no corpo, o material radioativo pode ser transportado para vários locais, tais como a medula óssea, onde continua a emitir radiação, aumentando a exposição da pessoa à radiação, até ser removido ou emitir toda sua energia (desintegração).
A contaminação interna é mais difícil de remover que a contaminação externa. A irradiação consiste na exposição à radiação, mas não a material radioativo, ou seja, não há contaminação. Um exemplo comum é a radiografia diagnóstica usada, por exemplo, para avaliar um osso fraturado.
- A exposição à radiação pode ocorrer sem contato direto entre as pessoas e a fonte de radiação (como material radioativo ou um aparelho de raios-X).
- Quando a fonte de radiação é removida ou desligada, a irradiação termina.
- As pessoas que são irradiadas, mas não contaminadas, não são radioativas, ou seja, elas não emitem radiação e sua dose dessa fonte de radiação não continua aumentando.
As pessoas são constantemente expostas a baixos níveis de radiação e de radiação de ocorrência natural (de fundo) e, intermitentemente, à radiação de fontes fabricadas. A radiação natural de fundo varia enormemente no mundo todo bem como dentro dos países.
- Nos Estados Unidos, as pessoas recebem, em média, cerca de 3 mSv/ano de fontes naturais e a faixa de exposições varia de cerca de 0,5 a 20 mSv/ano, dependendo da região, da elevação acima do nível do mar e da geologia local.
- Em média, mais 3 mSv/ano são recebidos de fontes fabricadas (principalmente médicas), totalizando a média total de dose efetiva per capita de cerca de 6 mSv/ano.
As fontes de radiação de fundo incluem
Radiação solar e cósmica do espaço Elementos radioativos de ocorrência natural
A radiação cósmica e solar é significativamente bloqueada pela atmosfera da Terra, mas é concentrada nos polos norte e sul pelo campo magnético da Terra. Logo, a exposição à radiação cósmica é maior para pessoas que vivam perto dos polos, a grandes altitudes e durante voos de avião.
- Os elementos radioativos, particularmente o urânio e os produtos radioativos nos quais de desintegra naturalmente (como gás radônio), estão presentes em muitas rochas e minerais.
- Estes elementos acabam em várias substâncias, incluindo alimentos, água e materiais de construção.
- A exposição a radônio geralmente explica cerca de dois terços da exposição das pessoas à radiação de ocorrência natural.
Mesmo no total, as doses de radiação natural de fundo são baixas demais para causar lesões provocadas por radiação. Até a presente data, não houve efeitos demonstrados na saúde devido a diferenças no nível de radiação de fundo, pois os riscos de efeitos na saúde induzidos pela radiação nesses níveis de exposição reduzidos são inexistentes ou pequenos demais para serem observados.
- A exposição também ocorre de outras fontes fabricadas, como acidentes por radiação e precipitação radioativa de testes prévios com armas nucleares.
- Contudo, estas exposições representam uma pequena parte da exposição anual da maioria das pessoas.
- Normalmente, os acidentes por radiação envolvem pessoas que trabalham com materiais radioativos e com fontes de raios-X, como irradiadores de alimentos, fontes de radiografia industrial e aparelhos de raios-X.
Esses trabalhadores podem receber doses significativas de radiação. Esses acidentes são raros e resultam tipicamente do não cumprimento de procedimentos de segurança. A exposição à radiação também ocorreu de fontes industriais ou médicas perdidas ou roubadas, contendo grandes quantidades de material radioativo.
Também ocorreram lesões provocadas por radiação em pacientes que receberam radioterapia e certos procedimentos médicos guiados por feixe de raios-X pulsado que mostra uma imagem radiográfica em movimento em uma tela (fluoroscopia). Algumas dessas lesões em pacientes resultam de acidentes ou uso impróprio, porém, às vezes, em casos mais complexos, o uso adequado desses procedimentos pode causar complicações e reações de tecidos inevitáveis induzidas por radiação.
Em raras ocasiões, quantidades substanciais de material radioativo foram liberadas de centrais de energia nuclear, incluindo a central de Three Mile Island na Pensilvânia em 1979, a central de Chernobyl na Ucrânia em 1986 e a central de Fukushima Daiichi no Japão em 2011.
O acidente de Three Mile Island não resultou em grande exposição à radiação. Na verdade, as pessoas que viviam em um raio de 1,6 quilômetro da central receberam somente uma dose adicional de cerca de 0,08 mSv. Já a dose média para as quase 115 mil pessoas que foram evacuadas da área próxima à central de Chernobyl foi de cerca de 30 mSv.
A título de comparação, a dose normal de um único exame de TC situa-se entre 4 e 8 mSv. As pessoas que trabalhavam na central de Chernobyl receberam expressivamente mais. Mais de trinta trabalhadores e socorristas morreram em poucos meses depois do acidente, e muitos mais desenvolveram doença aguda por radiação.
- Houve um baixo nível contaminação proveniente de Chernobyl em locais tão distantes como a Europa, a Ásia e até mesmo (em menor extensão) a América do Norte.
- A dose média de radiação cumulativa para as populações habitantes de áreas com baixo nível de contaminação (várias regiões da Bielorrússia, Rússia e Ucrânia) em um período de vinte anos após o acidente foi estimada como sendo de cerca de 9 mSv.
Cabe salientar que a dose extra anual média (0,5 a 1,5 mSv por ano) recebida pelos residentes dos territórios contaminados pela precipitação radioativa de Chernobyl é geralmente mais baixa que a radiação de fundo típica nos Estados Unidos (3 mSv por ano).
Alguns trabalhadores na central de Fukushima Daiichi foram expostos a doses significativas de radiação; no entanto, não houve mortes ou reações permanentes de tecidos induzidas por radiação. As pessoas que viviam no raio de 20 quilômetros da central de Fukushima Daiichi foram evacuadas devido a preocupações sobre exposição à radiação.
Todavia, as estimativas são de que quase nenhum morador no entorno recebeu mais do que cerca de 5 mSv. A Organização Mundial de Saúde prevê que a taxa de mortes por câncer relacionadas a este acidente será muito baixa. As armas nucleares liberam quantidades maciças de energia e radiação.
- Estas armas não foram usadas contra pessoas desde 1945.
- Contudo, atualmente, várias nações têm armas nucleares e os grupos terroristas também tentaram obtê-las ou construir as suas, aumentando a possibilidade de uso dessas armas.
- A grande maioria das mortes devido à detonação de uma arma nuclear resulta da explosão e das queimaduras térmicas.
Uma menor fração das mortes (embora ainda sendo um número elevado) resulta de doença relacionada à radiação. Os efeitos prejudiciais da radiação (ou seja, a gravidade da reação dos tecidos) dependem de vários fatores:
A quantidade (dose) Rapidez de recepção da dose Duração da exposição do corpo A sensibilidade de tecidos específicos à radiação A idade da pessoa na época da exposição O estado geral de saúde da pessoa antes da exposição
Uma única dose rápida de radiação por todo o corpo pode ser mortal, mas a mesma dose no seu total, aplicada num prazo de semanas ou meses, pode provocar efeitos muito menores. Os efeitos da radiação podem igualmente depender da porcentagem exposta do corpo.
Por exemplo, mais de 6 Gy podem ser fatais quando a dose de radiação é para todo o corpo. Contudo, quando concentrada em uma área pequena e estendendo-se por um período de semanas ou meses, como em radioterapia para câncer, pode-se administrar dez ou mais vezes esta quantidade sem lesões sérias. Algumas partes do corpo são mais sensíveis à radiação.
Os órgãos e os tecidos onde as células se multiplicam rapidamente, como o intestino e a medula óssea, ficam mais danificados pela radiação do que os tecidos cujas células se multiplicam com maior lentidão, como os músculos e as células do cérebro. A glândula tireoide é suscetível a câncer após ser exposta a iodo radioativo, pois o iodo radioativo concentra-se na mesma.
- Outros fatores podem aumentar a sensibilidade a danos por radiação.
- As pessoas que têm dois genes para ataxia-telangiectasia Ataxia-Telangiectasia A ataxia-telangiectasia é uma doença hereditária caracterizada por descoordenação motora, dilatação capilar e uma imunodeficiência que causa uma suscetibilidade aumentada às infecções.
Em crianças. leia mais (um de cada progenitor) são muito mais sensíveis a lesões por radiação. Distúrbios, tais como doenças do tecido conjuntivo Considerações gerais sobre doenças autoimunes do tecido conjuntivo Em uma doença autoimune, os anticorpos ou células produzidas pelo corpo atacam os próprios tecidos do corpo.
Muitas doenças autoimunes afetam o tecido conjuntivo e uma variedade de órgãos.O. leia mais e diabetes Diabetes mellitus (DM) O diabetes mellitus é uma doença na qual o organismo não produz uma quantidade suficiente de insulina ou não responde normalmente à insulina, fazendo com que o nível de açúcar (glicose) no sangue.
leia mais, podem aumentar a sensibilidade a lesões por radiação. Alguns medicamentos e agentes quimioterápicos (por exemplo, actinomicina D, doxorrubicina, bleomicina, 5‑fluoruracila, metotrexato) também podem aumentar a sensibilidade a danos por radiação.
Alguns agentes quimioterápicos (por exemplo, doxorrubicina, etoposídeo, paclitaxel, epirrubicina), antibióticos (por exemplo, cefotetana), estatinas (por exemplo, sinvastatina) e preparações à base de ervas podem produzir uma reação cutânea inflamatória no local de irradiação prévia (hipersensibilidade à radiação) de semanas a anos após a exposição no mesmo local.
Em crianças, alguns órgãos e tecidos, como o cérebro, o cristalino do olho e a glândula tireoide, são mais sensíveis à radiação do que em adultos. No entanto, alguns tecidos em crianças não são mais sensíveis à radiação do que em adultos e alguns, como os ovários, são na verdade menos sensíveis.
Os motivos para as diferenças são complicados e não são totalmente entendidos, mas os médicos acreditam que a sensibilidade mais elevada de alguns tecidos em crianças se deve, pelo menos em parte, ao fato de que as células das crianças crescem e amadurecem mais depressa e passarão por muito mais divisões celulares do que as de adultos.
O feto é sensível a danos provenientes de radiação porque as células fetais estão se dividindo muito rapidamente, além de estarem se diferenciando de células imaturas em maduras. No feto, a exposição superior a 300 mGy durante 8 a 25 semanas após a concepção pode causar redução de inteligência e fraco rendimento escolar.
Os defeitos congênitos podem ocorrer devido à exposição no útero a elevadas doses de radiação. Contudo, em doses inferiores a 100 mGy, particularmente nas doses ainda mais baixas usadas nos exames de diagnóstico por imagem a que uma mulher grávida pode ser normalmente submetida, não há aumento aparente que ultrapasse o risco normal de ter uma criança nascida com um defeito congênito.
Uma grande exposição à radiação aumenta o risco de câncer devido aos danos no material genético (DNA) nas células que sobrevivem à radiação. Contudo, a radiação é uma causa menos significativa de câncer do que as pessoas poderiam supor. Mesmo uma dose de corpo inteiro de 500 mGy (mais de 150 vezes acima da dose de radiação de fundo anual média) aumenta o risco de morte por câncer de uma pessoa típica de 22% para cerca de 24,5%, um aumento no risco absoluto de apenas 2,5%.
- Em um feto ou criança, o risco de câncer induzido por radiação é várias vezes maior do que em um adulto.
- As crianças podem ser mais suscetíveis, pois suas células dividem-se mais vezes e têm um tempo de vida maior durante o qual o câncer se pode desenvolver.
- O risco permanente de morrer em decorrência de câncer para uma criança de 1 ano submetida a um exame de tomografia computadorizada (TC) do abdômen pode aumentar em cerca de 0,1%.
Recentemente, as preocupações sobre possíveis riscos devido a exames de TC resultaram em controvérsia sobre se os exames de TC estão sendo usados em excesso. Por causa dessas preocupações, as técnicas para exames de TC estão sendo otimizadas para reduzir a dose de radiação.
- Os médicos também procuram realizar um exame de TC somente quando ele for mais preciso do que outros exames que usam menos ou nenhuma radiação.
- Quando a TC for nitidamente o teste mais preciso, o risco resultante de não fazer o diagnóstico correto devido à utilização de um exame menos preciso é muito maior do que o risco do exame de TC.
Nos animais, foi demonstrado que altas doses de radiação dos ovários ou testículos resultam em uma prole deficiente (efeitos hereditários). Contudo, não foi observado nenhum aumento na porcentagem de defeitos congênitos nas crianças dos sobreviventes das explosões da bomba nuclear no Japão.
- Pode dever-se ao fato de a exposição à radiação não ter sido suficientemente elevada para causar um aumento mensurável.
- Não foi encontrado nenhum aumento no risco de defeitos congênitos em crianças concebidas depois que seus pais receberam radioterapia para câncer na qual a dose média para os ovários foi de 0,5 Gy e para os testículos de cerca de 1,2 Gy (exposição típica a tecidos próximos, mas não diretamente na área de tratamento durante a radioterapia).
Os sintomas dependem do fato de a exposição à radiação incluir todo o corpo ou estar limitada a pequena parte do corpo. A doses elevadas, a exposição de todo o corpo causa doença aguda por radiação, enquanto uma exposição parcial do corpo causa lesões locais provocadas pela radiação.
Síndrome hematopoiética: Afeta tecidos que produzem células sanguíneas Síndrome gastrointestinal: Afeta o trato digestivo Síndrome vascular cerebral: Afeta o cérebro e o sistema nervoso
Geralmente, a doença aguda por radiação progride em três fases:
Sintomas precoces como enjoo, perda de apetite, vômito, cansaço e, quando são recebidas doses de radiação muito elevadas, diarreia (conjuntamente chamados pródromo) Um período sem sintomas (fase latente) Diversos padrões de sintomas (síndromes) em função da quantidade de radiação recebida
A síndrome que se desenvolve, sua gravidade e sua velocidade de progressão depende da dose de radiação. À medida que a dose aumenta, os sintomas desenvolvem mais cedo, progridem mais rapidamente (por exemplo, de sintomas prodrômicos para as várias síndromes de sistemas de órgão) e ficam mais graves.
- A gravidade e a evolução temporal dos sintomas iniciais são bastante consistentes de pessoa a pessoa para determinada quantidade de exposição à radiação.
- Assim, muitas vezes os médicos podem estimar a exposição à radiação de uma pessoa com base no momento, na natureza e na gravidade dos sintomas precoces.
Contudo, a presença de lesões, queimaduras ou ansiedade grave podem complicar esta estimativa. A síndrome hematopoiética é causada pelos efeitos da radiação sobre a medula óssea, o baço e os gânglios linfáticos, que são os principais locais de produção de células sanguíneas (hematopoiese).
- A perda de apetite (anorexia), a letargia, o enjoo e os vômitos começam entre 1 e 6 horas após a exposição a 1 ou 6 Gy de radiação.
- Esses sintomas desaparecem entre 24 e 48 horas depois da exposição e a pessoa sente-se bem durante uma semana ou mais.
- Durante esse período livre de sintomas, as células produtoras de sangue da medula óssea, do baço e dos gânglios linfáticos começam a se degradar e não são substituídas, dando lugar a uma grave insuficiência de leucócitos, seguida de uma escassez de plaquetas e, mais tarde, de eritrócitos.
A insuficiência de glóbulos brancos do sangue ( linfocitopenia Linfocitopenia A linfocitopenia é um número anormalmente baixo de linfócitos (um tipo de glóbulo branco) no sangue. Muitos distúrbios podem reduzir o número de linfócitos no sangue, porém, as infecções virais. ) pode causar infecções graves. A escassez de plaquetas ( trombocitopenia Considerações gerais sobre a trombocitopenia A trombocitopenia consiste em um número reduzido de plaquetas (trombócitos) no sangue, o que aumenta o risco de hemorragia. A trombocitopenia ocorre quando a medula óssea produz quantidades. leia mais ) pode ocasionar sangramento incontrolado. A insuficiência de glóbulos vermelhos ( anemia Considerações gerais sobre a anemia Anemia é um quadro clínico em que o número de glóbulos vermelhos é baixo. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina, uma proteína que lhes permite transportar oxigênio dos pulmões para todas.
- Leia mais ) provoca fadiga, fraqueza, palidez e dificuldade respiratória durante o esforço físico.
- Se as pessoas sobreviverem, depois de quatro a cinco semanas as células sanguíneas começam a ser novamente produzidas, mas as pessoas sentem-se debilitadas e cansadas durante meses e correm mais risco de câncer.
A síndrome gastrointestinal deve-se aos efeitos da radiação sobre as células que revestem o aparelho digestivo. Os enjoos graves, os vômitos e a diarreia podem começar em menos de 1 hora depois da exposição a 6 Gy ou mais de radiação. Os sintomas podem levar a uma desidratação grave, mas desaparecem ao fim de 2 dias.
- Durante os 4 ou 5 dias seguintes (fase latente), a pessoa se sente bem, mas as células que revestem o aparelho digestivo, que normalmente atuam como uma barreira protetora, morrem e são expulsas.
- Depois desse período, uma diarreia intensa reaparece, frequentemente sanguinolenta, provocando mais uma vez a desidratação.
As bactérias do aparelho digestivo podem invadir o organismo causando infecções graves. Quem recebe essa quantidade de radiação padece igualmente da síndrome hematopoiética, que resulta em sangramento e infecção e aumenta o risco de morte. Depois da exposição a 6 Gy ou mais de radiação, a morte é comum.
Contudo, com cuidado médico avançado, é possível que cerca de 50% das pessoas possa sobreviver. A síndrome vascular cerebral ocorre quando a dose total de radiação excede 20 a 30 Gy. As pessoas manifestam rapidamente confusão, enjoos, vômitos, diarreia sanguinolenta, tremores e choque. A fase latente é breve ou inexistente.
Em apenas algumas horas, a pressão arterial diminui, acompanhada de convulsões e coma. A síndrome vascular cerebral é mortal num período que oscila entre horas a 1 ou 2 dias. A radioterapia para câncer é uma das causas mais comuns de lesões locais provocadas por radiação.
Os sintomas dependem da quantidade de radiação, da taxa em que foi recebida e da área do corpo tratada. Podem ocorrer enjoos, vômitos e perda de apetite durante (ou pouco após) uma irradiação no cérebro ou no abdômen. Grandes quantidades de radiação sobre uma zona limitada do corpo danificam frequentemente a pele que cobre essa área.
As alterações cutâneas incluem queda de cabelo, vermelhidão, descamação, úlceras e, possivelmente, eventual adelgaçamento da pele e dilatação dos vasos sanguíneos logo abaixo da superfície da pele (veias em forma de aranha). A radiação na boca e no maxilar inferior pode causar secura permanente na boca, o que tem como resultado um maior número de cáries dentárias e danos no maxilar inferior.
A radiação sobre os pulmões pode provocar inflamação neste órgão (pneumonite por radiação). e doses muito elevadas podem provocar cicatrizes graves (fibrose) no tecido pulmonar, o que pode causar falta de ar incapacitante e morte. O coração e sua camada protetora (pericárdio) podem ficar inflamados depois de uma radiação extensa sobre o tórax, causando sintomas como dor no peito e falta de ar.
Doses acumuladas elevadas de radiação na coluna vertebral podem provocar danos extremamente graves que podem levar à paralisia, incontinência e perda de sensibilidade. A radiação extensa no abdômen (para câncer dos linfonodos, testículos ou ovários) pode levar a úlceras crônicas, cicatrizes e estreitamento ou perfuração do intestino, causando sintomas como dor abdominal, vômito, vômitos de sangue e fezes de cor escura tipo alcatrão.
Os sintomas, a gravidade dos sintomas e o tempo até o surgimento dos sintomas após a exposição à radiação. Contagens de linfócitos (para determinar a gravidade da exposição)
A exposição à radiação pode ser evidente com base no histórico da pessoa. Suspeita-se de lesão provocada pela radiação quando as pessoas desenvolvem sintomas de doença ou vermelhidão na pele ou dores depois de receberem radioterapia ou serem expostas durante um acidente por radiação.
- O tempo até os sintomas se desenvolverem pode ajudar os médicos a estimar a dose de radiação.
- Não existem testes específicos para diagnosticar a exposição à radiação, embora possam ser efetuados determinados exames para detectar infecções, uma diminuição no número de células sanguíneas ou um mau funcionamento de um órgão.
Para determinar a gravidade de uma exposição à radiação, mede-se o número de linfócitos Linfócitos Uma das linhas de defesa do corpo ( sistema imunológico) envolve glóbulos brancos (leucócitos) que se deslocam através da corrente sanguínea e penetram nos tecidos para detectar e atacar micro-organismos. (um tipo de glóbulo branco do sangue) no sangue. Geralmente, quanto menor for o número de linfócitos nas 48 horas após a exposição, pior terá sido a exposição à radiação. A contaminação radioativa, ao contrário da irradiação, muitas vezes pode ser determinada por meio de uma inspeção do corpo da pessoa com um contador Geiger-Muller, um aparelho que detecta radiação.
- É igualmente efetuado um controle de sinais de radioatividade a partir da coleta de secreções do nariz, da garganta e de qualquer lesão.
- Os sintomas precoces de doença aguda por radiação – enjoo, vômito e tremores – também podem ser causados pela ansiedade.
- Como a ansiedade é comum após incidentes terroristas e nucleares, as pessoas não devem entrar em pânico quando esses sintomas se desenvolverem, particularmente se a quantidade de exposição à radiação for desconhecida e pode ter sido pequena.
Após uma contaminação ambiental de alto nível de disseminação de um acidente de uma central de energia nuclear ou a liberação intencional de material radioativo, as pessoas devem seguir o conselho dos funcionários de saúde pública. Essas informações são normalmente transmitidas na televisão e rádio.
- O conselho pode ser para as pessoas evacuarem a área contaminada ou protegerem-se onde estiverem.
- A recomendação de evacuação ou abrigo depende de muitos fatores, incluindo o tempo decorrido desde a liberação inicial, se a liberação parou, condições climáticas, disponibilidade de abrigos adequados e condições rodoviárias e do tráfego.
Se for recomendado abrigo, um abrigo em concreto ou estrutura metálica, particularmente um abaixo do solo (como em uma cave), é a melhor opção. A meio caminho entre as partes superior e inferior de um edifício alto, perto do centro, afastado de janelas, é a melhor opção quando não estiver disponível um abrigo abaixo do solo.
- Uma detonação nuclear perto do chão produz uma bola de fogo que rapidamente se espalha para a atmosfera e traciona até milhares de toneladas de sujeira e resíduos.
- Isso cria a icônica nuvem em forma de cogumelo.
- A nuvem se estabiliza na parte superior da atmosfera, onde o material radioativo produzido na explosão se mistura com a sujeira e pequenas partículas dos resíduos da detonação.
Precipitação radioativa é o termo para quando essas partículas voltam à Terra, acumulam-se nas superfícies e emitem radiação perigosa. Uma precipitação radioativa significante pode se estender por 10 a 20 milhas da explosão. A melhor ação protetora é entrar em um edifício para se abrigar bem longe dessas partículas.
Você tem pelo menos 10 a 15 minutos após a detonação para se abrigar, antes que a precipitação radioativa comece. Procure um abrigo o mais rapidamente possível, conforme um abrigo eficaz puder ser encontrado nas primeiras horas após a detonação e, em seguida, siga o conselho dos responsáveis pela resposta de emergência local.
Consulte também FEMA (Federal Emergency Management Agency ): Esteja preparado para uma explosão nuclear,
Qual e o tipo de radiação mais perigosa?
Os raios gama são os mais perigosos. Atravessam o corpo e deformam as células, podendo levar a vários tipos de câncer. Este é o grande temor de quem vivia perto das usinas nucleares no Japão.
Por que a radiação mata?
Lesões provocadas pela radiação são danos a tecidos causados por exposição à radiação ionizante.
Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda reduzindo a produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo. Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o coração e os vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele. As lesões provocadas por radiação devido a doses grandes e muito grandes são designadas reação do tecido. A dose necessária para causar lesão visível do tecido varia com o tipo de tecido. A radiação ionizante pode aumentar o risco de câncer. A exposição de espermatozoides e óvulos à radiação traz um pequeno aumento do risco de defeitos genéticos nos descendentes. Os médicos retiram a maior quantidade possível de material radioativo externo e interno (que foi inalado ou ingerido) e tratam os sintomas e as complicações da lesão por radiação.
Geralmente, o termo radiação ionizante refere-se a ondas eletromagnéticas de energia elevada (raios-X e raios gama) e partículas (partículas alfa, beta e nêutrons) que são capazes de capturar elétrons de átomos (ionização). A ionização altera as propriedades químicas dos átomos afetados e de quaisquer moléculas que contenham esses átomos.
Ao alterar as moléculas no ambiente altamente organizado da célula, a radiação ionizante pode afetar e danificar células. Dependendo da magnitude da dose, órgãos expostos e tipos de radiação, o dano celular causado por radiação ionizante pode causar doença aguda, aumentar o risco de desenvolver câncer ou ambos.
A radiação ionizante é emitida por substâncias radioativas (radioisótopos), como o urânio, o rádio e o plutônio, mas pode ser igualmente produzida por dispositivos, como aparelhos de raios-X e de radioterapia. As ondas de rádio, como de celulares e transmissores de rádio AM e FM, e a luz visível também são formas de radiação eletromagnética.
Contudo, devido a sua energia mais baixa, estas formas de radiação não são ionizantes e, assim, a exposição pública a estas fontes comuns não danifica as células. Nesta discussão, o termo “radiação” refere-se exclusivamente à radiação ionizante. A quantidade de radiação é medida em várias unidades diferentes.
O roentgen (R) é uma medida da capacidade ionizante da radiação e é comumente usada para expressar a intensidade da exposição à radiação. O nível de radiação ao qual as pessoas são expostas e quanto se deposita em seu corpo pode ser diferente. O gray (Gy) e o sievert (Sv) são medidas da dose de radiação, que é a quantidade de radiação depositada na matéria, e são as unidades usadas para medir a dose em humanos após a exposição à radiação.
O Gy e o Sv são semelhantes, à exceção de o Sv considerar a eficácia dos diferentes tipos de radiação em causar danos e a sensibilidade dos diferentes tecidos no corpo à radiação. Níveis de dose baixos são medidos em miligrays (1 mGy = 1 / 1.000 Gy) e milisieverts (1 mSv = 1 / 1.000 Sv). A dose de radiação de uma pessoa pode ser aumentada de duas formas, contaminação e irradiação.
Muitos dos acidentes por radiação mais significativos expuseram as pessoas a ambos. Contaminação é o contato e a retenção de um material radioativo, geralmente como um pó ou líquido. A contaminação externa é a que está na pele ou roupa, da qual pode cair ou ser raspada, contaminando outras pessoas e objetos.
A contaminação interna consiste em material radioativo depositado no corpo, que podem entrar por ingestão, inalação ou através de cortes na pele. Uma vez no corpo, o material radioativo pode ser transportado para vários locais, tais como a medula óssea, onde continua a emitir radiação, aumentando a exposição da pessoa à radiação, até ser removido ou emitir toda sua energia (desintegração).
A contaminação interna é mais difícil de remover que a contaminação externa. A irradiação consiste na exposição à radiação, mas não a material radioativo, ou seja, não há contaminação. Um exemplo comum é a radiografia diagnóstica usada, por exemplo, para avaliar um osso fraturado.
- A exposição à radiação pode ocorrer sem contato direto entre as pessoas e a fonte de radiação (como material radioativo ou um aparelho de raios-X).
- Quando a fonte de radiação é removida ou desligada, a irradiação termina.
- As pessoas que são irradiadas, mas não contaminadas, não são radioativas, ou seja, elas não emitem radiação e sua dose dessa fonte de radiação não continua aumentando.
As pessoas são constantemente expostas a baixos níveis de radiação e de radiação de ocorrência natural (de fundo) e, intermitentemente, à radiação de fontes fabricadas. A radiação natural de fundo varia enormemente no mundo todo bem como dentro dos países.
Nos Estados Unidos, as pessoas recebem, em média, cerca de 3 mSv/ano de fontes naturais e a faixa de exposições varia de cerca de 0,5 a 20 mSv/ano, dependendo da região, da elevação acima do nível do mar e da geologia local. Em média, mais 3 mSv/ano são recebidos de fontes fabricadas (principalmente médicas), totalizando a média total de dose efetiva per capita de cerca de 6 mSv/ano.
As fontes de radiação de fundo incluem
Radiação solar e cósmica do espaço Elementos radioativos de ocorrência natural
A radiação cósmica e solar é significativamente bloqueada pela atmosfera da Terra, mas é concentrada nos polos norte e sul pelo campo magnético da Terra. Logo, a exposição à radiação cósmica é maior para pessoas que vivam perto dos polos, a grandes altitudes e durante voos de avião.
- Os elementos radioativos, particularmente o urânio e os produtos radioativos nos quais de desintegra naturalmente (como gás radônio), estão presentes em muitas rochas e minerais.
- Estes elementos acabam em várias substâncias, incluindo alimentos, água e materiais de construção.
- A exposição a radônio geralmente explica cerca de dois terços da exposição das pessoas à radiação de ocorrência natural.
Mesmo no total, as doses de radiação natural de fundo são baixas demais para causar lesões provocadas por radiação. Até a presente data, não houve efeitos demonstrados na saúde devido a diferenças no nível de radiação de fundo, pois os riscos de efeitos na saúde induzidos pela radiação nesses níveis de exposição reduzidos são inexistentes ou pequenos demais para serem observados.
A exposição também ocorre de outras fontes fabricadas, como acidentes por radiação e precipitação radioativa de testes prévios com armas nucleares. Contudo, estas exposições representam uma pequena parte da exposição anual da maioria das pessoas. Normalmente, os acidentes por radiação envolvem pessoas que trabalham com materiais radioativos e com fontes de raios-X, como irradiadores de alimentos, fontes de radiografia industrial e aparelhos de raios-X.
Esses trabalhadores podem receber doses significativas de radiação. Esses acidentes são raros e resultam tipicamente do não cumprimento de procedimentos de segurança. A exposição à radiação também ocorreu de fontes industriais ou médicas perdidas ou roubadas, contendo grandes quantidades de material radioativo.
- Também ocorreram lesões provocadas por radiação em pacientes que receberam radioterapia e certos procedimentos médicos guiados por feixe de raios-X pulsado que mostra uma imagem radiográfica em movimento em uma tela (fluoroscopia).
- Algumas dessas lesões em pacientes resultam de acidentes ou uso impróprio, porém, às vezes, em casos mais complexos, o uso adequado desses procedimentos pode causar complicações e reações de tecidos inevitáveis induzidas por radiação.
Em raras ocasiões, quantidades substanciais de material radioativo foram liberadas de centrais de energia nuclear, incluindo a central de Three Mile Island na Pensilvânia em 1979, a central de Chernobyl na Ucrânia em 1986 e a central de Fukushima Daiichi no Japão em 2011.
- O acidente de Three Mile Island não resultou em grande exposição à radiação.
- Na verdade, as pessoas que viviam em um raio de 1,6 quilômetro da central receberam somente uma dose adicional de cerca de 0,08 mSv.
- Já a dose média para as quase 115 mil pessoas que foram evacuadas da área próxima à central de Chernobyl foi de cerca de 30 mSv.
A título de comparação, a dose normal de um único exame de TC situa-se entre 4 e 8 mSv. As pessoas que trabalhavam na central de Chernobyl receberam expressivamente mais. Mais de trinta trabalhadores e socorristas morreram em poucos meses depois do acidente, e muitos mais desenvolveram doença aguda por radiação.
Houve um baixo nível contaminação proveniente de Chernobyl em locais tão distantes como a Europa, a Ásia e até mesmo (em menor extensão) a América do Norte. A dose média de radiação cumulativa para as populações habitantes de áreas com baixo nível de contaminação (várias regiões da Bielorrússia, Rússia e Ucrânia) em um período de vinte anos após o acidente foi estimada como sendo de cerca de 9 mSv.
Cabe salientar que a dose extra anual média (0,5 a 1,5 mSv por ano) recebida pelos residentes dos territórios contaminados pela precipitação radioativa de Chernobyl é geralmente mais baixa que a radiação de fundo típica nos Estados Unidos (3 mSv por ano).
- Alguns trabalhadores na central de Fukushima Daiichi foram expostos a doses significativas de radiação; no entanto, não houve mortes ou reações permanentes de tecidos induzidas por radiação.
- As pessoas que viviam no raio de 20 quilômetros da central de Fukushima Daiichi foram evacuadas devido a preocupações sobre exposição à radiação.
Todavia, as estimativas são de que quase nenhum morador no entorno recebeu mais do que cerca de 5 mSv. A Organização Mundial de Saúde prevê que a taxa de mortes por câncer relacionadas a este acidente será muito baixa. As armas nucleares liberam quantidades maciças de energia e radiação.
- Estas armas não foram usadas contra pessoas desde 1945.
- Contudo, atualmente, várias nações têm armas nucleares e os grupos terroristas também tentaram obtê-las ou construir as suas, aumentando a possibilidade de uso dessas armas.
- A grande maioria das mortes devido à detonação de uma arma nuclear resulta da explosão e das queimaduras térmicas.
Uma menor fração das mortes (embora ainda sendo um número elevado) resulta de doença relacionada à radiação. Os efeitos prejudiciais da radiação (ou seja, a gravidade da reação dos tecidos) dependem de vários fatores:
A quantidade (dose) Rapidez de recepção da dose Duração da exposição do corpo A sensibilidade de tecidos específicos à radiação A idade da pessoa na época da exposição O estado geral de saúde da pessoa antes da exposição
Uma única dose rápida de radiação por todo o corpo pode ser mortal, mas a mesma dose no seu total, aplicada num prazo de semanas ou meses, pode provocar efeitos muito menores. Os efeitos da radiação podem igualmente depender da porcentagem exposta do corpo.
- Por exemplo, mais de 6 Gy podem ser fatais quando a dose de radiação é para todo o corpo.
- Contudo, quando concentrada em uma área pequena e estendendo-se por um período de semanas ou meses, como em radioterapia para câncer, pode-se administrar dez ou mais vezes esta quantidade sem lesões sérias.
- Algumas partes do corpo são mais sensíveis à radiação.
Os órgãos e os tecidos onde as células se multiplicam rapidamente, como o intestino e a medula óssea, ficam mais danificados pela radiação do que os tecidos cujas células se multiplicam com maior lentidão, como os músculos e as células do cérebro. A glândula tireoide é suscetível a câncer após ser exposta a iodo radioativo, pois o iodo radioativo concentra-se na mesma.
- Outros fatores podem aumentar a sensibilidade a danos por radiação.
- As pessoas que têm dois genes para ataxia-telangiectasia Ataxia-Telangiectasia A ataxia-telangiectasia é uma doença hereditária caracterizada por descoordenação motora, dilatação capilar e uma imunodeficiência que causa uma suscetibilidade aumentada às infecções.
Em crianças. leia mais (um de cada progenitor) são muito mais sensíveis a lesões por radiação. Distúrbios, tais como doenças do tecido conjuntivo Considerações gerais sobre doenças autoimunes do tecido conjuntivo Em uma doença autoimune, os anticorpos ou células produzidas pelo corpo atacam os próprios tecidos do corpo.
- Muitas doenças autoimunes afetam o tecido conjuntivo e uma variedade de órgãos.O.
- Leia mais e diabetes Diabetes mellitus (DM) O diabetes mellitus é uma doença na qual o organismo não produz uma quantidade suficiente de insulina ou não responde normalmente à insulina, fazendo com que o nível de açúcar (glicose) no sangue.
leia mais, podem aumentar a sensibilidade a lesões por radiação. Alguns medicamentos e agentes quimioterápicos (por exemplo, actinomicina D, doxorrubicina, bleomicina, 5‑fluoruracila, metotrexato) também podem aumentar a sensibilidade a danos por radiação.
Alguns agentes quimioterápicos (por exemplo, doxorrubicina, etoposídeo, paclitaxel, epirrubicina), antibióticos (por exemplo, cefotetana), estatinas (por exemplo, sinvastatina) e preparações à base de ervas podem produzir uma reação cutânea inflamatória no local de irradiação prévia (hipersensibilidade à radiação) de semanas a anos após a exposição no mesmo local.
Em crianças, alguns órgãos e tecidos, como o cérebro, o cristalino do olho e a glândula tireoide, são mais sensíveis à radiação do que em adultos. No entanto, alguns tecidos em crianças não são mais sensíveis à radiação do que em adultos e alguns, como os ovários, são na verdade menos sensíveis.
Os motivos para as diferenças são complicados e não são totalmente entendidos, mas os médicos acreditam que a sensibilidade mais elevada de alguns tecidos em crianças se deve, pelo menos em parte, ao fato de que as células das crianças crescem e amadurecem mais depressa e passarão por muito mais divisões celulares do que as de adultos.
O feto é sensível a danos provenientes de radiação porque as células fetais estão se dividindo muito rapidamente, além de estarem se diferenciando de células imaturas em maduras. No feto, a exposição superior a 300 mGy durante 8 a 25 semanas após a concepção pode causar redução de inteligência e fraco rendimento escolar.
Os defeitos congênitos podem ocorrer devido à exposição no útero a elevadas doses de radiação. Contudo, em doses inferiores a 100 mGy, particularmente nas doses ainda mais baixas usadas nos exames de diagnóstico por imagem a que uma mulher grávida pode ser normalmente submetida, não há aumento aparente que ultrapasse o risco normal de ter uma criança nascida com um defeito congênito.
Uma grande exposição à radiação aumenta o risco de câncer devido aos danos no material genético (DNA) nas células que sobrevivem à radiação. Contudo, a radiação é uma causa menos significativa de câncer do que as pessoas poderiam supor. Mesmo uma dose de corpo inteiro de 500 mGy (mais de 150 vezes acima da dose de radiação de fundo anual média) aumenta o risco de morte por câncer de uma pessoa típica de 22% para cerca de 24,5%, um aumento no risco absoluto de apenas 2,5%.
- Em um feto ou criança, o risco de câncer induzido por radiação é várias vezes maior do que em um adulto.
- As crianças podem ser mais suscetíveis, pois suas células dividem-se mais vezes e têm um tempo de vida maior durante o qual o câncer se pode desenvolver.
- O risco permanente de morrer em decorrência de câncer para uma criança de 1 ano submetida a um exame de tomografia computadorizada (TC) do abdômen pode aumentar em cerca de 0,1%.
Recentemente, as preocupações sobre possíveis riscos devido a exames de TC resultaram em controvérsia sobre se os exames de TC estão sendo usados em excesso. Por causa dessas preocupações, as técnicas para exames de TC estão sendo otimizadas para reduzir a dose de radiação.
Os médicos também procuram realizar um exame de TC somente quando ele for mais preciso do que outros exames que usam menos ou nenhuma radiação. Quando a TC for nitidamente o teste mais preciso, o risco resultante de não fazer o diagnóstico correto devido à utilização de um exame menos preciso é muito maior do que o risco do exame de TC.
Nos animais, foi demonstrado que altas doses de radiação dos ovários ou testículos resultam em uma prole deficiente (efeitos hereditários). Contudo, não foi observado nenhum aumento na porcentagem de defeitos congênitos nas crianças dos sobreviventes das explosões da bomba nuclear no Japão.
- Pode dever-se ao fato de a exposição à radiação não ter sido suficientemente elevada para causar um aumento mensurável.
- Não foi encontrado nenhum aumento no risco de defeitos congênitos em crianças concebidas depois que seus pais receberam radioterapia para câncer na qual a dose média para os ovários foi de 0,5 Gy e para os testículos de cerca de 1,2 Gy (exposição típica a tecidos próximos, mas não diretamente na área de tratamento durante a radioterapia).
Os sintomas dependem do fato de a exposição à radiação incluir todo o corpo ou estar limitada a pequena parte do corpo. A doses elevadas, a exposição de todo o corpo causa doença aguda por radiação, enquanto uma exposição parcial do corpo causa lesões locais provocadas pela radiação.
Síndrome hematopoiética: Afeta tecidos que produzem células sanguíneas Síndrome gastrointestinal: Afeta o trato digestivo Síndrome vascular cerebral: Afeta o cérebro e o sistema nervoso
Geralmente, a doença aguda por radiação progride em três fases:
Sintomas precoces como enjoo, perda de apetite, vômito, cansaço e, quando são recebidas doses de radiação muito elevadas, diarreia (conjuntamente chamados pródromo) Um período sem sintomas (fase latente) Diversos padrões de sintomas (síndromes) em função da quantidade de radiação recebida
A síndrome que se desenvolve, sua gravidade e sua velocidade de progressão depende da dose de radiação. À medida que a dose aumenta, os sintomas desenvolvem mais cedo, progridem mais rapidamente (por exemplo, de sintomas prodrômicos para as várias síndromes de sistemas de órgão) e ficam mais graves.
A gravidade e a evolução temporal dos sintomas iniciais são bastante consistentes de pessoa a pessoa para determinada quantidade de exposição à radiação. Assim, muitas vezes os médicos podem estimar a exposição à radiação de uma pessoa com base no momento, na natureza e na gravidade dos sintomas precoces.
Contudo, a presença de lesões, queimaduras ou ansiedade grave podem complicar esta estimativa. A síndrome hematopoiética é causada pelos efeitos da radiação sobre a medula óssea, o baço e os gânglios linfáticos, que são os principais locais de produção de células sanguíneas (hematopoiese).
A perda de apetite (anorexia), a letargia, o enjoo e os vômitos começam entre 1 e 6 horas após a exposição a 1 ou 6 Gy de radiação. Esses sintomas desaparecem entre 24 e 48 horas depois da exposição e a pessoa sente-se bem durante uma semana ou mais. Durante esse período livre de sintomas, as células produtoras de sangue da medula óssea, do baço e dos gânglios linfáticos começam a se degradar e não são substituídas, dando lugar a uma grave insuficiência de leucócitos, seguida de uma escassez de plaquetas e, mais tarde, de eritrócitos.
A insuficiência de glóbulos brancos do sangue ( linfocitopenia Linfocitopenia A linfocitopenia é um número anormalmente baixo de linfócitos (um tipo de glóbulo branco) no sangue. Muitos distúrbios podem reduzir o número de linfócitos no sangue, porém, as infecções virais. ) pode causar infecções graves. A escassez de plaquetas ( trombocitopenia Considerações gerais sobre a trombocitopenia A trombocitopenia consiste em um número reduzido de plaquetas (trombócitos) no sangue, o que aumenta o risco de hemorragia. A trombocitopenia ocorre quando a medula óssea produz quantidades. leia mais ) pode ocasionar sangramento incontrolado. A insuficiência de glóbulos vermelhos ( anemia Considerações gerais sobre a anemia Anemia é um quadro clínico em que o número de glóbulos vermelhos é baixo. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina, uma proteína que lhes permite transportar oxigênio dos pulmões para todas.
- Leia mais ) provoca fadiga, fraqueza, palidez e dificuldade respiratória durante o esforço físico.
- Se as pessoas sobreviverem, depois de quatro a cinco semanas as células sanguíneas começam a ser novamente produzidas, mas as pessoas sentem-se debilitadas e cansadas durante meses e correm mais risco de câncer.
A síndrome gastrointestinal deve-se aos efeitos da radiação sobre as células que revestem o aparelho digestivo. Os enjoos graves, os vômitos e a diarreia podem começar em menos de 1 hora depois da exposição a 6 Gy ou mais de radiação. Os sintomas podem levar a uma desidratação grave, mas desaparecem ao fim de 2 dias.
Durante os 4 ou 5 dias seguintes (fase latente), a pessoa se sente bem, mas as células que revestem o aparelho digestivo, que normalmente atuam como uma barreira protetora, morrem e são expulsas. Depois desse período, uma diarreia intensa reaparece, frequentemente sanguinolenta, provocando mais uma vez a desidratação.
As bactérias do aparelho digestivo podem invadir o organismo causando infecções graves. Quem recebe essa quantidade de radiação padece igualmente da síndrome hematopoiética, que resulta em sangramento e infecção e aumenta o risco de morte. Depois da exposição a 6 Gy ou mais de radiação, a morte é comum.
- Contudo, com cuidado médico avançado, é possível que cerca de 50% das pessoas possa sobreviver.
- A síndrome vascular cerebral ocorre quando a dose total de radiação excede 20 a 30 Gy.
- As pessoas manifestam rapidamente confusão, enjoos, vômitos, diarreia sanguinolenta, tremores e choque.
- A fase latente é breve ou inexistente.
Em apenas algumas horas, a pressão arterial diminui, acompanhada de convulsões e coma. A síndrome vascular cerebral é mortal num período que oscila entre horas a 1 ou 2 dias. A radioterapia para câncer é uma das causas mais comuns de lesões locais provocadas por radiação.
Os sintomas dependem da quantidade de radiação, da taxa em que foi recebida e da área do corpo tratada. Podem ocorrer enjoos, vômitos e perda de apetite durante (ou pouco após) uma irradiação no cérebro ou no abdômen. Grandes quantidades de radiação sobre uma zona limitada do corpo danificam frequentemente a pele que cobre essa área.
As alterações cutâneas incluem queda de cabelo, vermelhidão, descamação, úlceras e, possivelmente, eventual adelgaçamento da pele e dilatação dos vasos sanguíneos logo abaixo da superfície da pele (veias em forma de aranha). A radiação na boca e no maxilar inferior pode causar secura permanente na boca, o que tem como resultado um maior número de cáries dentárias e danos no maxilar inferior.
- A radiação sobre os pulmões pode provocar inflamação neste órgão (pneumonite por radiação).
- E doses muito elevadas podem provocar cicatrizes graves (fibrose) no tecido pulmonar, o que pode causar falta de ar incapacitante e morte.
- O coração e sua camada protetora (pericárdio) podem ficar inflamados depois de uma radiação extensa sobre o tórax, causando sintomas como dor no peito e falta de ar.
Doses acumuladas elevadas de radiação na coluna vertebral podem provocar danos extremamente graves que podem levar à paralisia, incontinência e perda de sensibilidade. A radiação extensa no abdômen (para câncer dos linfonodos, testículos ou ovários) pode levar a úlceras crônicas, cicatrizes e estreitamento ou perfuração do intestino, causando sintomas como dor abdominal, vômito, vômitos de sangue e fezes de cor escura tipo alcatrão.
Os sintomas, a gravidade dos sintomas e o tempo até o surgimento dos sintomas após a exposição à radiação. Contagens de linfócitos (para determinar a gravidade da exposição)
A exposição à radiação pode ser evidente com base no histórico da pessoa. Suspeita-se de lesão provocada pela radiação quando as pessoas desenvolvem sintomas de doença ou vermelhidão na pele ou dores depois de receberem radioterapia ou serem expostas durante um acidente por radiação.
- O tempo até os sintomas se desenvolverem pode ajudar os médicos a estimar a dose de radiação.
- Não existem testes específicos para diagnosticar a exposição à radiação, embora possam ser efetuados determinados exames para detectar infecções, uma diminuição no número de células sanguíneas ou um mau funcionamento de um órgão.
Para determinar a gravidade de uma exposição à radiação, mede-se o número de linfócitos Linfócitos Uma das linhas de defesa do corpo ( sistema imunológico) envolve glóbulos brancos (leucócitos) que se deslocam através da corrente sanguínea e penetram nos tecidos para detectar e atacar micro-organismos. (um tipo de glóbulo branco do sangue) no sangue. Geralmente, quanto menor for o número de linfócitos nas 48 horas após a exposição, pior terá sido a exposição à radiação. A contaminação radioativa, ao contrário da irradiação, muitas vezes pode ser determinada por meio de uma inspeção do corpo da pessoa com um contador Geiger-Muller, um aparelho que detecta radiação.
É igualmente efetuado um controle de sinais de radioatividade a partir da coleta de secreções do nariz, da garganta e de qualquer lesão. Os sintomas precoces de doença aguda por radiação – enjoo, vômito e tremores – também podem ser causados pela ansiedade. Como a ansiedade é comum após incidentes terroristas e nucleares, as pessoas não devem entrar em pânico quando esses sintomas se desenvolverem, particularmente se a quantidade de exposição à radiação for desconhecida e pode ter sido pequena.
Após uma contaminação ambiental de alto nível de disseminação de um acidente de uma central de energia nuclear ou a liberação intencional de material radioativo, as pessoas devem seguir o conselho dos funcionários de saúde pública. Essas informações são normalmente transmitidas na televisão e rádio.
O conselho pode ser para as pessoas evacuarem a área contaminada ou protegerem-se onde estiverem. A recomendação de evacuação ou abrigo depende de muitos fatores, incluindo o tempo decorrido desde a liberação inicial, se a liberação parou, condições climáticas, disponibilidade de abrigos adequados e condições rodoviárias e do tráfego.
Se for recomendado abrigo, um abrigo em concreto ou estrutura metálica, particularmente um abaixo do solo (como em uma cave), é a melhor opção. A meio caminho entre as partes superior e inferior de um edifício alto, perto do centro, afastado de janelas, é a melhor opção quando não estiver disponível um abrigo abaixo do solo.
Uma detonação nuclear perto do chão produz uma bola de fogo que rapidamente se espalha para a atmosfera e traciona até milhares de toneladas de sujeira e resíduos. Isso cria a icônica nuvem em forma de cogumelo. A nuvem se estabiliza na parte superior da atmosfera, onde o material radioativo produzido na explosão se mistura com a sujeira e pequenas partículas dos resíduos da detonação.
Precipitação radioativa é o termo para quando essas partículas voltam à Terra, acumulam-se nas superfícies e emitem radiação perigosa. Uma precipitação radioativa significante pode se estender por 10 a 20 milhas da explosão. A melhor ação protetora é entrar em um edifício para se abrigar bem longe dessas partículas.
- Você tem pelo menos 10 a 15 minutos após a detonação para se abrigar, antes que a precipitação radioativa comece.
- Procure um abrigo o mais rapidamente possível, conforme um abrigo eficaz puder ser encontrado nas primeiras horas após a detonação e, em seguida, siga o conselho dos responsáveis pela resposta de emergência local.
Consulte também FEMA (Federal Emergency Management Agency ): Esteja preparado para uma explosão nuclear,
O que fazer para eliminar a radiação do corpo humano?
O iodeto de potássio é um sal que é usado clinicamente para auxiliar no tratamento de radiação e também tem uso no campo da fotografia. É comumente conhecido como “pílula de iodo” ou “pílula anti-radiação”. A fórmula química do iodeto de potássio é KI. Receba, em primeira mão, as principais notícias da CNN Brasil no seu WhatsApp! Inscrever-se “Indivíduos devem tomar KI apenas por recomendação de autoridades de saúde pública ou de gerenciamento de emergências. Existem riscos para a saúde associados ao uso de KI”, afirma em seu site.
Como saber se tenho radiação no corpo?
Lesões provocadas pela radiação são danos a tecidos causados por exposição à radiação ionizante.
Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda reduzindo a produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo. Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o coração e os vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele. As lesões provocadas por radiação devido a doses grandes e muito grandes são designadas reação do tecido. A dose necessária para causar lesão visível do tecido varia com o tipo de tecido. A radiação ionizante pode aumentar o risco de câncer. A exposição de espermatozoides e óvulos à radiação traz um pequeno aumento do risco de defeitos genéticos nos descendentes. Os médicos retiram a maior quantidade possível de material radioativo externo e interno (que foi inalado ou ingerido) e tratam os sintomas e as complicações da lesão por radiação.
Geralmente, o termo radiação ionizante refere-se a ondas eletromagnéticas de energia elevada (raios-X e raios gama) e partículas (partículas alfa, beta e nêutrons) que são capazes de capturar elétrons de átomos (ionização). A ionização altera as propriedades químicas dos átomos afetados e de quaisquer moléculas que contenham esses átomos.
- Ao alterar as moléculas no ambiente altamente organizado da célula, a radiação ionizante pode afetar e danificar células.
- Dependendo da magnitude da dose, órgãos expostos e tipos de radiação, o dano celular causado por radiação ionizante pode causar doença aguda, aumentar o risco de desenvolver câncer ou ambos.
A radiação ionizante é emitida por substâncias radioativas (radioisótopos), como o urânio, o rádio e o plutônio, mas pode ser igualmente produzida por dispositivos, como aparelhos de raios-X e de radioterapia. As ondas de rádio, como de celulares e transmissores de rádio AM e FM, e a luz visível também são formas de radiação eletromagnética.
- Contudo, devido a sua energia mais baixa, estas formas de radiação não são ionizantes e, assim, a exposição pública a estas fontes comuns não danifica as células.
- Nesta discussão, o termo “radiação” refere-se exclusivamente à radiação ionizante.
- A quantidade de radiação é medida em várias unidades diferentes.
O roentgen (R) é uma medida da capacidade ionizante da radiação e é comumente usada para expressar a intensidade da exposição à radiação. O nível de radiação ao qual as pessoas são expostas e quanto se deposita em seu corpo pode ser diferente. O gray (Gy) e o sievert (Sv) são medidas da dose de radiação, que é a quantidade de radiação depositada na matéria, e são as unidades usadas para medir a dose em humanos após a exposição à radiação.
- O Gy e o Sv são semelhantes, à exceção de o Sv considerar a eficácia dos diferentes tipos de radiação em causar danos e a sensibilidade dos diferentes tecidos no corpo à radiação.
- Níveis de dose baixos são medidos em miligrays (1 mGy = 1 / 1.000 Gy) e milisieverts (1 mSv = 1 / 1.000 Sv).
- A dose de radiação de uma pessoa pode ser aumentada de duas formas, contaminação e irradiação.
Muitos dos acidentes por radiação mais significativos expuseram as pessoas a ambos. Contaminação é o contato e a retenção de um material radioativo, geralmente como um pó ou líquido. A contaminação externa é a que está na pele ou roupa, da qual pode cair ou ser raspada, contaminando outras pessoas e objetos.
A contaminação interna consiste em material radioativo depositado no corpo, que podem entrar por ingestão, inalação ou através de cortes na pele. Uma vez no corpo, o material radioativo pode ser transportado para vários locais, tais como a medula óssea, onde continua a emitir radiação, aumentando a exposição da pessoa à radiação, até ser removido ou emitir toda sua energia (desintegração).
A contaminação interna é mais difícil de remover que a contaminação externa. A irradiação consiste na exposição à radiação, mas não a material radioativo, ou seja, não há contaminação. Um exemplo comum é a radiografia diagnóstica usada, por exemplo, para avaliar um osso fraturado.
- A exposição à radiação pode ocorrer sem contato direto entre as pessoas e a fonte de radiação (como material radioativo ou um aparelho de raios-X).
- Quando a fonte de radiação é removida ou desligada, a irradiação termina.
- As pessoas que são irradiadas, mas não contaminadas, não são radioativas, ou seja, elas não emitem radiação e sua dose dessa fonte de radiação não continua aumentando.
As pessoas são constantemente expostas a baixos níveis de radiação e de radiação de ocorrência natural (de fundo) e, intermitentemente, à radiação de fontes fabricadas. A radiação natural de fundo varia enormemente no mundo todo bem como dentro dos países.
- Nos Estados Unidos, as pessoas recebem, em média, cerca de 3 mSv/ano de fontes naturais e a faixa de exposições varia de cerca de 0,5 a 20 mSv/ano, dependendo da região, da elevação acima do nível do mar e da geologia local.
- Em média, mais 3 mSv/ano são recebidos de fontes fabricadas (principalmente médicas), totalizando a média total de dose efetiva per capita de cerca de 6 mSv/ano.
As fontes de radiação de fundo incluem
Radiação solar e cósmica do espaço Elementos radioativos de ocorrência natural
A radiação cósmica e solar é significativamente bloqueada pela atmosfera da Terra, mas é concentrada nos polos norte e sul pelo campo magnético da Terra. Logo, a exposição à radiação cósmica é maior para pessoas que vivam perto dos polos, a grandes altitudes e durante voos de avião.
Os elementos radioativos, particularmente o urânio e os produtos radioativos nos quais de desintegra naturalmente (como gás radônio), estão presentes em muitas rochas e minerais. Estes elementos acabam em várias substâncias, incluindo alimentos, água e materiais de construção. A exposição a radônio geralmente explica cerca de dois terços da exposição das pessoas à radiação de ocorrência natural.
Mesmo no total, as doses de radiação natural de fundo são baixas demais para causar lesões provocadas por radiação. Até a presente data, não houve efeitos demonstrados na saúde devido a diferenças no nível de radiação de fundo, pois os riscos de efeitos na saúde induzidos pela radiação nesses níveis de exposição reduzidos são inexistentes ou pequenos demais para serem observados.
A exposição também ocorre de outras fontes fabricadas, como acidentes por radiação e precipitação radioativa de testes prévios com armas nucleares. Contudo, estas exposições representam uma pequena parte da exposição anual da maioria das pessoas. Normalmente, os acidentes por radiação envolvem pessoas que trabalham com materiais radioativos e com fontes de raios-X, como irradiadores de alimentos, fontes de radiografia industrial e aparelhos de raios-X.
Esses trabalhadores podem receber doses significativas de radiação. Esses acidentes são raros e resultam tipicamente do não cumprimento de procedimentos de segurança. A exposição à radiação também ocorreu de fontes industriais ou médicas perdidas ou roubadas, contendo grandes quantidades de material radioativo.
- Também ocorreram lesões provocadas por radiação em pacientes que receberam radioterapia e certos procedimentos médicos guiados por feixe de raios-X pulsado que mostra uma imagem radiográfica em movimento em uma tela (fluoroscopia).
- Algumas dessas lesões em pacientes resultam de acidentes ou uso impróprio, porém, às vezes, em casos mais complexos, o uso adequado desses procedimentos pode causar complicações e reações de tecidos inevitáveis induzidas por radiação.
Em raras ocasiões, quantidades substanciais de material radioativo foram liberadas de centrais de energia nuclear, incluindo a central de Three Mile Island na Pensilvânia em 1979, a central de Chernobyl na Ucrânia em 1986 e a central de Fukushima Daiichi no Japão em 2011.
- O acidente de Three Mile Island não resultou em grande exposição à radiação.
- Na verdade, as pessoas que viviam em um raio de 1,6 quilômetro da central receberam somente uma dose adicional de cerca de 0,08 mSv.
- Já a dose média para as quase 115 mil pessoas que foram evacuadas da área próxima à central de Chernobyl foi de cerca de 30 mSv.
A título de comparação, a dose normal de um único exame de TC situa-se entre 4 e 8 mSv. As pessoas que trabalhavam na central de Chernobyl receberam expressivamente mais. Mais de trinta trabalhadores e socorristas morreram em poucos meses depois do acidente, e muitos mais desenvolveram doença aguda por radiação.
Houve um baixo nível contaminação proveniente de Chernobyl em locais tão distantes como a Europa, a Ásia e até mesmo (em menor extensão) a América do Norte. A dose média de radiação cumulativa para as populações habitantes de áreas com baixo nível de contaminação (várias regiões da Bielorrússia, Rússia e Ucrânia) em um período de vinte anos após o acidente foi estimada como sendo de cerca de 9 mSv.
Cabe salientar que a dose extra anual média (0,5 a 1,5 mSv por ano) recebida pelos residentes dos territórios contaminados pela precipitação radioativa de Chernobyl é geralmente mais baixa que a radiação de fundo típica nos Estados Unidos (3 mSv por ano).
- Alguns trabalhadores na central de Fukushima Daiichi foram expostos a doses significativas de radiação; no entanto, não houve mortes ou reações permanentes de tecidos induzidas por radiação.
- As pessoas que viviam no raio de 20 quilômetros da central de Fukushima Daiichi foram evacuadas devido a preocupações sobre exposição à radiação.
Todavia, as estimativas são de que quase nenhum morador no entorno recebeu mais do que cerca de 5 mSv. A Organização Mundial de Saúde prevê que a taxa de mortes por câncer relacionadas a este acidente será muito baixa. As armas nucleares liberam quantidades maciças de energia e radiação.
- Estas armas não foram usadas contra pessoas desde 1945.
- Contudo, atualmente, várias nações têm armas nucleares e os grupos terroristas também tentaram obtê-las ou construir as suas, aumentando a possibilidade de uso dessas armas.
- A grande maioria das mortes devido à detonação de uma arma nuclear resulta da explosão e das queimaduras térmicas.
Uma menor fração das mortes (embora ainda sendo um número elevado) resulta de doença relacionada à radiação. Os efeitos prejudiciais da radiação (ou seja, a gravidade da reação dos tecidos) dependem de vários fatores:
A quantidade (dose) Rapidez de recepção da dose Duração da exposição do corpo A sensibilidade de tecidos específicos à radiação A idade da pessoa na época da exposição O estado geral de saúde da pessoa antes da exposição
Uma única dose rápida de radiação por todo o corpo pode ser mortal, mas a mesma dose no seu total, aplicada num prazo de semanas ou meses, pode provocar efeitos muito menores. Os efeitos da radiação podem igualmente depender da porcentagem exposta do corpo.
- Por exemplo, mais de 6 Gy podem ser fatais quando a dose de radiação é para todo o corpo.
- Contudo, quando concentrada em uma área pequena e estendendo-se por um período de semanas ou meses, como em radioterapia para câncer, pode-se administrar dez ou mais vezes esta quantidade sem lesões sérias.
- Algumas partes do corpo são mais sensíveis à radiação.
Os órgãos e os tecidos onde as células se multiplicam rapidamente, como o intestino e a medula óssea, ficam mais danificados pela radiação do que os tecidos cujas células se multiplicam com maior lentidão, como os músculos e as células do cérebro. A glândula tireoide é suscetível a câncer após ser exposta a iodo radioativo, pois o iodo radioativo concentra-se na mesma.
Outros fatores podem aumentar a sensibilidade a danos por radiação. As pessoas que têm dois genes para ataxia-telangiectasia Ataxia-Telangiectasia A ataxia-telangiectasia é uma doença hereditária caracterizada por descoordenação motora, dilatação capilar e uma imunodeficiência que causa uma suscetibilidade aumentada às infecções.
Em crianças. leia mais (um de cada progenitor) são muito mais sensíveis a lesões por radiação. Distúrbios, tais como doenças do tecido conjuntivo Considerações gerais sobre doenças autoimunes do tecido conjuntivo Em uma doença autoimune, os anticorpos ou células produzidas pelo corpo atacam os próprios tecidos do corpo.
- Muitas doenças autoimunes afetam o tecido conjuntivo e uma variedade de órgãos.O.
- Leia mais e diabetes Diabetes mellitus (DM) O diabetes mellitus é uma doença na qual o organismo não produz uma quantidade suficiente de insulina ou não responde normalmente à insulina, fazendo com que o nível de açúcar (glicose) no sangue.
leia mais, podem aumentar a sensibilidade a lesões por radiação. Alguns medicamentos e agentes quimioterápicos (por exemplo, actinomicina D, doxorrubicina, bleomicina, 5‑fluoruracila, metotrexato) também podem aumentar a sensibilidade a danos por radiação.
Alguns agentes quimioterápicos (por exemplo, doxorrubicina, etoposídeo, paclitaxel, epirrubicina), antibióticos (por exemplo, cefotetana), estatinas (por exemplo, sinvastatina) e preparações à base de ervas podem produzir uma reação cutânea inflamatória no local de irradiação prévia (hipersensibilidade à radiação) de semanas a anos após a exposição no mesmo local.
Em crianças, alguns órgãos e tecidos, como o cérebro, o cristalino do olho e a glândula tireoide, são mais sensíveis à radiação do que em adultos. No entanto, alguns tecidos em crianças não são mais sensíveis à radiação do que em adultos e alguns, como os ovários, são na verdade menos sensíveis.
Os motivos para as diferenças são complicados e não são totalmente entendidos, mas os médicos acreditam que a sensibilidade mais elevada de alguns tecidos em crianças se deve, pelo menos em parte, ao fato de que as células das crianças crescem e amadurecem mais depressa e passarão por muito mais divisões celulares do que as de adultos.
O feto é sensível a danos provenientes de radiação porque as células fetais estão se dividindo muito rapidamente, além de estarem se diferenciando de células imaturas em maduras. No feto, a exposição superior a 300 mGy durante 8 a 25 semanas após a concepção pode causar redução de inteligência e fraco rendimento escolar.
Os defeitos congênitos podem ocorrer devido à exposição no útero a elevadas doses de radiação. Contudo, em doses inferiores a 100 mGy, particularmente nas doses ainda mais baixas usadas nos exames de diagnóstico por imagem a que uma mulher grávida pode ser normalmente submetida, não há aumento aparente que ultrapasse o risco normal de ter uma criança nascida com um defeito congênito.
Uma grande exposição à radiação aumenta o risco de câncer devido aos danos no material genético (DNA) nas células que sobrevivem à radiação. Contudo, a radiação é uma causa menos significativa de câncer do que as pessoas poderiam supor. Mesmo uma dose de corpo inteiro de 500 mGy (mais de 150 vezes acima da dose de radiação de fundo anual média) aumenta o risco de morte por câncer de uma pessoa típica de 22% para cerca de 24,5%, um aumento no risco absoluto de apenas 2,5%.
- Em um feto ou criança, o risco de câncer induzido por radiação é várias vezes maior do que em um adulto.
- As crianças podem ser mais suscetíveis, pois suas células dividem-se mais vezes e têm um tempo de vida maior durante o qual o câncer se pode desenvolver.
- O risco permanente de morrer em decorrência de câncer para uma criança de 1 ano submetida a um exame de tomografia computadorizada (TC) do abdômen pode aumentar em cerca de 0,1%.
Recentemente, as preocupações sobre possíveis riscos devido a exames de TC resultaram em controvérsia sobre se os exames de TC estão sendo usados em excesso. Por causa dessas preocupações, as técnicas para exames de TC estão sendo otimizadas para reduzir a dose de radiação.
Os médicos também procuram realizar um exame de TC somente quando ele for mais preciso do que outros exames que usam menos ou nenhuma radiação. Quando a TC for nitidamente o teste mais preciso, o risco resultante de não fazer o diagnóstico correto devido à utilização de um exame menos preciso é muito maior do que o risco do exame de TC.
Nos animais, foi demonstrado que altas doses de radiação dos ovários ou testículos resultam em uma prole deficiente (efeitos hereditários). Contudo, não foi observado nenhum aumento na porcentagem de defeitos congênitos nas crianças dos sobreviventes das explosões da bomba nuclear no Japão.
- Pode dever-se ao fato de a exposição à radiação não ter sido suficientemente elevada para causar um aumento mensurável.
- Não foi encontrado nenhum aumento no risco de defeitos congênitos em crianças concebidas depois que seus pais receberam radioterapia para câncer na qual a dose média para os ovários foi de 0,5 Gy e para os testículos de cerca de 1,2 Gy (exposição típica a tecidos próximos, mas não diretamente na área de tratamento durante a radioterapia).
Os sintomas dependem do fato de a exposição à radiação incluir todo o corpo ou estar limitada a pequena parte do corpo. A doses elevadas, a exposição de todo o corpo causa doença aguda por radiação, enquanto uma exposição parcial do corpo causa lesões locais provocadas pela radiação.
Síndrome hematopoiética: Afeta tecidos que produzem células sanguíneas Síndrome gastrointestinal: Afeta o trato digestivo Síndrome vascular cerebral: Afeta o cérebro e o sistema nervoso
Geralmente, a doença aguda por radiação progride em três fases:
Sintomas precoces como enjoo, perda de apetite, vômito, cansaço e, quando são recebidas doses de radiação muito elevadas, diarreia (conjuntamente chamados pródromo) Um período sem sintomas (fase latente) Diversos padrões de sintomas (síndromes) em função da quantidade de radiação recebida
A síndrome que se desenvolve, sua gravidade e sua velocidade de progressão depende da dose de radiação. À medida que a dose aumenta, os sintomas desenvolvem mais cedo, progridem mais rapidamente (por exemplo, de sintomas prodrômicos para as várias síndromes de sistemas de órgão) e ficam mais graves.
A gravidade e a evolução temporal dos sintomas iniciais são bastante consistentes de pessoa a pessoa para determinada quantidade de exposição à radiação. Assim, muitas vezes os médicos podem estimar a exposição à radiação de uma pessoa com base no momento, na natureza e na gravidade dos sintomas precoces.
Contudo, a presença de lesões, queimaduras ou ansiedade grave podem complicar esta estimativa. A síndrome hematopoiética é causada pelos efeitos da radiação sobre a medula óssea, o baço e os gânglios linfáticos, que são os principais locais de produção de células sanguíneas (hematopoiese).
- A perda de apetite (anorexia), a letargia, o enjoo e os vômitos começam entre 1 e 6 horas após a exposição a 1 ou 6 Gy de radiação.
- Esses sintomas desaparecem entre 24 e 48 horas depois da exposição e a pessoa sente-se bem durante uma semana ou mais.
- Durante esse período livre de sintomas, as células produtoras de sangue da medula óssea, do baço e dos gânglios linfáticos começam a se degradar e não são substituídas, dando lugar a uma grave insuficiência de leucócitos, seguida de uma escassez de plaquetas e, mais tarde, de eritrócitos.
A insuficiência de glóbulos brancos do sangue ( linfocitopenia Linfocitopenia A linfocitopenia é um número anormalmente baixo de linfócitos (um tipo de glóbulo branco) no sangue. Muitos distúrbios podem reduzir o número de linfócitos no sangue, porém, as infecções virais. ) pode causar infecções graves. A escassez de plaquetas ( trombocitopenia Considerações gerais sobre a trombocitopenia A trombocitopenia consiste em um número reduzido de plaquetas (trombócitos) no sangue, o que aumenta o risco de hemorragia. A trombocitopenia ocorre quando a medula óssea produz quantidades. leia mais ) pode ocasionar sangramento incontrolado. A insuficiência de glóbulos vermelhos ( anemia Considerações gerais sobre a anemia Anemia é um quadro clínico em que o número de glóbulos vermelhos é baixo. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina, uma proteína que lhes permite transportar oxigênio dos pulmões para todas.
leia mais ) provoca fadiga, fraqueza, palidez e dificuldade respiratória durante o esforço físico. Se as pessoas sobreviverem, depois de quatro a cinco semanas as células sanguíneas começam a ser novamente produzidas, mas as pessoas sentem-se debilitadas e cansadas durante meses e correm mais risco de câncer.
A síndrome gastrointestinal deve-se aos efeitos da radiação sobre as células que revestem o aparelho digestivo. Os enjoos graves, os vômitos e a diarreia podem começar em menos de 1 hora depois da exposição a 6 Gy ou mais de radiação. Os sintomas podem levar a uma desidratação grave, mas desaparecem ao fim de 2 dias.
- Durante os 4 ou 5 dias seguintes (fase latente), a pessoa se sente bem, mas as células que revestem o aparelho digestivo, que normalmente atuam como uma barreira protetora, morrem e são expulsas.
- Depois desse período, uma diarreia intensa reaparece, frequentemente sanguinolenta, provocando mais uma vez a desidratação.
As bactérias do aparelho digestivo podem invadir o organismo causando infecções graves. Quem recebe essa quantidade de radiação padece igualmente da síndrome hematopoiética, que resulta em sangramento e infecção e aumenta o risco de morte. Depois da exposição a 6 Gy ou mais de radiação, a morte é comum.
Contudo, com cuidado médico avançado, é possível que cerca de 50% das pessoas possa sobreviver. A síndrome vascular cerebral ocorre quando a dose total de radiação excede 20 a 30 Gy. As pessoas manifestam rapidamente confusão, enjoos, vômitos, diarreia sanguinolenta, tremores e choque. A fase latente é breve ou inexistente.
Em apenas algumas horas, a pressão arterial diminui, acompanhada de convulsões e coma. A síndrome vascular cerebral é mortal num período que oscila entre horas a 1 ou 2 dias. A radioterapia para câncer é uma das causas mais comuns de lesões locais provocadas por radiação.
- Os sintomas dependem da quantidade de radiação, da taxa em que foi recebida e da área do corpo tratada.
- Podem ocorrer enjoos, vômitos e perda de apetite durante (ou pouco após) uma irradiação no cérebro ou no abdômen.
- Grandes quantidades de radiação sobre uma zona limitada do corpo danificam frequentemente a pele que cobre essa área.
As alterações cutâneas incluem queda de cabelo, vermelhidão, descamação, úlceras e, possivelmente, eventual adelgaçamento da pele e dilatação dos vasos sanguíneos logo abaixo da superfície da pele (veias em forma de aranha). A radiação na boca e no maxilar inferior pode causar secura permanente na boca, o que tem como resultado um maior número de cáries dentárias e danos no maxilar inferior.
A radiação sobre os pulmões pode provocar inflamação neste órgão (pneumonite por radiação). e doses muito elevadas podem provocar cicatrizes graves (fibrose) no tecido pulmonar, o que pode causar falta de ar incapacitante e morte. O coração e sua camada protetora (pericárdio) podem ficar inflamados depois de uma radiação extensa sobre o tórax, causando sintomas como dor no peito e falta de ar.
Doses acumuladas elevadas de radiação na coluna vertebral podem provocar danos extremamente graves que podem levar à paralisia, incontinência e perda de sensibilidade. A radiação extensa no abdômen (para câncer dos linfonodos, testículos ou ovários) pode levar a úlceras crônicas, cicatrizes e estreitamento ou perfuração do intestino, causando sintomas como dor abdominal, vômito, vômitos de sangue e fezes de cor escura tipo alcatrão.
Os sintomas, a gravidade dos sintomas e o tempo até o surgimento dos sintomas após a exposição à radiação. Contagens de linfócitos (para determinar a gravidade da exposição)
A exposição à radiação pode ser evidente com base no histórico da pessoa. Suspeita-se de lesão provocada pela radiação quando as pessoas desenvolvem sintomas de doença ou vermelhidão na pele ou dores depois de receberem radioterapia ou serem expostas durante um acidente por radiação.
O tempo até os sintomas se desenvolverem pode ajudar os médicos a estimar a dose de radiação. Não existem testes específicos para diagnosticar a exposição à radiação, embora possam ser efetuados determinados exames para detectar infecções, uma diminuição no número de células sanguíneas ou um mau funcionamento de um órgão.
Para determinar a gravidade de uma exposição à radiação, mede-se o número de linfócitos Linfócitos Uma das linhas de defesa do corpo ( sistema imunológico) envolve glóbulos brancos (leucócitos) que se deslocam através da corrente sanguínea e penetram nos tecidos para detectar e atacar micro-organismos. (um tipo de glóbulo branco do sangue) no sangue. Geralmente, quanto menor for o número de linfócitos nas 48 horas após a exposição, pior terá sido a exposição à radiação. A contaminação radioativa, ao contrário da irradiação, muitas vezes pode ser determinada por meio de uma inspeção do corpo da pessoa com um contador Geiger-Muller, um aparelho que detecta radiação.
É igualmente efetuado um controle de sinais de radioatividade a partir da coleta de secreções do nariz, da garganta e de qualquer lesão. Os sintomas precoces de doença aguda por radiação – enjoo, vômito e tremores – também podem ser causados pela ansiedade. Como a ansiedade é comum após incidentes terroristas e nucleares, as pessoas não devem entrar em pânico quando esses sintomas se desenvolverem, particularmente se a quantidade de exposição à radiação for desconhecida e pode ter sido pequena.
Após uma contaminação ambiental de alto nível de disseminação de um acidente de uma central de energia nuclear ou a liberação intencional de material radioativo, as pessoas devem seguir o conselho dos funcionários de saúde pública. Essas informações são normalmente transmitidas na televisão e rádio.
- O conselho pode ser para as pessoas evacuarem a área contaminada ou protegerem-se onde estiverem.
- A recomendação de evacuação ou abrigo depende de muitos fatores, incluindo o tempo decorrido desde a liberação inicial, se a liberação parou, condições climáticas, disponibilidade de abrigos adequados e condições rodoviárias e do tráfego.
Se for recomendado abrigo, um abrigo em concreto ou estrutura metálica, particularmente um abaixo do solo (como em uma cave), é a melhor opção. A meio caminho entre as partes superior e inferior de um edifício alto, perto do centro, afastado de janelas, é a melhor opção quando não estiver disponível um abrigo abaixo do solo.
Uma detonação nuclear perto do chão produz uma bola de fogo que rapidamente se espalha para a atmosfera e traciona até milhares de toneladas de sujeira e resíduos. Isso cria a icônica nuvem em forma de cogumelo. A nuvem se estabiliza na parte superior da atmosfera, onde o material radioativo produzido na explosão se mistura com a sujeira e pequenas partículas dos resíduos da detonação.
Precipitação radioativa é o termo para quando essas partículas voltam à Terra, acumulam-se nas superfícies e emitem radiação perigosa. Uma precipitação radioativa significante pode se estender por 10 a 20 milhas da explosão. A melhor ação protetora é entrar em um edifício para se abrigar bem longe dessas partículas.
- Você tem pelo menos 10 a 15 minutos após a detonação para se abrigar, antes que a precipitação radioativa comece.
- Procure um abrigo o mais rapidamente possível, conforme um abrigo eficaz puder ser encontrado nas primeiras horas após a detonação e, em seguida, siga o conselho dos responsáveis pela resposta de emergência local.
Consulte também FEMA (Federal Emergency Management Agency ): Esteja preparado para uma explosão nuclear,
É possível se proteger da radiação?
Como o trabalhador deve proceder para se proteger dos efeitos da radiação ionizante é uma questão freqüente. As formas básicas de proteção contra a radiação ionizante são:
Tempo; Blindagem; e Distância.
Tempo : a dose apresenta relação linear com o tempo de exposição. Isto é: dobre o tempo e a dose também dobra, reduza o tempo de exposição e a dose reduzirá na mesma proporção. Como se reduz o tempo de exposição? É uma questão pertinente e relacionada com a otimização dos procedimentos de trabalho.
- Não significa fazer determinado trabalho com pressa, mas sim planejar para que o tempo de exposição seja o menor possível.
- Blindagem : Qualquer material que fique entre o trabalhador e a fonte de radiação funciona como proteção e a eficiência desta proteção dependerá do material e da espessura da blindagem.
Os locais de trabalho com radiação normalmente possuem um projeto de blindagem e, portanto, existe uma barreira calculada (e que deve ser usada) para que o trabalhador possa se proteger. Também o avental plumbífero (de chumbo) é uma forma de blindagem que só terá eficácia se utilizada.
De nada adianta deixar o avental plumbífero no suporte ou não se proteger atrás do biombo. Distância : Assim como a luz de uma lanterna (que também é uma onda eletromagnética) fica menos intensa com a distância, as radiações (tanto do tipo ionizante quanto não-ionizante) são atenuadas pela distância entre a fonte e o trabalhador.
A dose é reduzida pelo quadrado da distância (1/d²), o que torna a distância um fator bastante significativo. Não há sentido em se expor a um risco maior do que o necessário. Então, sempre que possível, dê um passo atrás. Esta é a forma de radioproteção mais simples de ser aplicada pelo trabalhador.
Quanto tempo a radiação fica no ambiente?
Com o bombardeio a Hiroshima e Nagasaki completando 77 anos, decidimos mostrar como as fontes artificiais de radiação, quando não manejadas da forma correta, afetam o meio natural e a saúde humana. No início dos anos cinquenta surgiu nos países desenvolvidos uma grande preocupação com os efeitos das radiações ionizantes.
- Esta preocupação teve sua origem na triste experiência das bombas de Hiroshima e Nagasaki como também na contaminação radioativa que ocorreu com o advento dos testes nucleares.
- O UNSCEAR (United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation) foi criado pela Assembléia Geral da ONU em 1955, com a finalidade de avaliar as doses, efeitos e riscos da radiação em escala mundial.
Um dos grandes problemas da contaminação nuclear, é que os níveis de radioatividade podem permanecer altos por décadas. Chama-se decaimento radioativo o processo pelo qual um isótopo radioativo, instável, perde energia espontaneamente e se transforma em átomo mais estável, não radioativo.
- Esse processo pode levar dias, como é o caso do iodo radioativo, ou décadas, no caso do césio radioativo.
- Apesar de ser eliminado em até 30 dias pelo corpo humano, o césio pode durar 60 anos no ambiente, até desaparecer completamente.
- O processo de contaminação do meio ambiente acontece em cadeia.
- A partir do momento em que o solo é contaminado, toda a vegetação que nele crescer também será contaminada.
Os animais que se alimentarem desta vegetação também sofrerão as consequências da radioatividade, muitas vezes desenvolvendo doenças e anomalias diversas. Trata-se, portanto, de uma forma de contaminação perversa e invisível. O solo não fica infértil, mas tudo o que nasce dele carrega consigo a radioatividade.
Se levarmos em conta que a contaminação pode durar décadas, é fácil imaginar o nível de impacto ambiental e as consequências para a vida nas regiões afetadas. Além do solo, a água contaminada também propaga a radioatividade por onde passa, afetando desde peixes até a vegetação de rios e mares, favorecendo uma série de desequilíbrios nos organismos que compõem estes ecossistemas.
EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIOATIVIDADE A radiação pode provocar basicamente dois tipos de danos ao corpo, um deles é a destruição das células com o calor, e o outro consiste numa ionização e fragmentação(divisão) das células. Os efeitos biológicos podem ocorrer após exposição do corpo inteiro ou de partes do corpo a doses de radiação não necessariamente muito altas.
Por isso, o cuidado que se deve ter mesmo com níveis baixos de radiação, como no caso do radiodiagnóstico. Esses efeitos podem ser divididos em efeitos somáticos e hereditários. A radiação ionizante é capaz de alterar o número de cargas de um átomo, mudando a forma como ele interage com outros átomos.
Pode causar queimaduras na pele e, dentro do corpo, dependendo da quantidade e intensidade da dose, causar mutações genéticas e danos irreversíveis às células. Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda reduzindo a produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo.
- Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o coração e os vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele.
- BRASIL: CASO CÉSIO 137 O acidente no estado de Goiás em setembro de 1987 aconteceu pelo manuseio indevido de um aparelho abandonado por uma clínica de radioterapia, dois jovens catadores de papel encontraram-o e o desmontaram com a intenção de vendê-lo a um ferro velho.
Após a violação do equipamento, foram espalhados no meio ambiente fragmentos de Césio 137 na forma de pó azul brilhante, contaminando diversos locais. Oficialmente são apontadas apenas quatro mortes, mas a Associação de Vítimas do Césio 137 aponta 60 mortes e pelo menos 1,6 mil pessoas afetadas diretamente pela exposição ao material.
Onde fica a radiação?
Radiação: o que é, tipos e uso na medicina Radiação é um processo físico de emissão e deslocamento de energia através de partículas ou por meio de ondas eletromagnéticas. A radiação pode acontecer no meio material ou no espaço. Isto é, ela pode ser gerada por fontes naturais ou por aparelhos construídos pelo homem.
- A radiação natural acontece espontaneamente e não tem origem por tecnologia humana.
- A radiação nuclear é um belo exemplo disso, pois parte do interior do núcleo de um instável.
- Esses elementos podem ser achados em rochas ou sedimentos.
- A radiação cósmica também é natural e se origina por conta das explosões do sol e de estrelas.
Alguns dos tipos de radiações mais comuns são:
- Alfa;
- Beta;
- Gama;
- Raio X;
- Ultravioleta;
- Luz visível;
- Ondas de rádio;
- Infravermelha;
- Micro-ondas.
Onde se encontra a radiação?
As fontes naturais da radiação ionizante são os raios cósmicos e os radionuclídeos provenientes da crosta terrestre, encontrados em locais como no solo, nas rochas, nos materiais de construção, na água potável e no próprio corpo humano.
Quais são os órgãos mais sensíveis à radiação?
Câncer radioinduzido – As mudanças nas moléculas de DNA podem resultar no processo conhecido como neoplásica. A célula modificada, mantendo sua capacidade reprodutiva, pode gerar um câncer (Tauhata, 2003; Stabin, 2007; Nouailhetas, ). Ao interagir com o núcleo da célula a radiação pode produzir mutações radioinduzidas que não evoluem obrigatoriamente para câncer.
O que se observa é que a probabilidade de cancerização a partir de células irradiadas é superior à probabilidade de ocorrência deste processo a partir de células não irradiadas. As Mutações seriam o primeiro passo do processo de cancerização, esse processo é conhecido como neoplásica. Quanto maior a quantidade de dose absorvida por um indivíduo, maior a probabilidade de que venha a desenvolver alguma doença.
A tabela 3 exibe a relação entre os sintomas e as doses absorvidas por um indivíduo, onde a dose é apresentada em Gray (Gy) que é igual a 1 joule de energia depositada na matéria. Tabela 3- Relação entre a dose absorvida e os sintomas.
Dose absorvida (Gy) | Sintomas |
1,2 | Anorexia |
1,7 | Náusea |
2,1 | Vômitos |
2,4 | Diarreia |
A radiação no organismo humano produz efeitos, que representam danos diferentes para cada região afetada. As gônadas sexuais, os pulmões, o estômago e a medula óssea apresentam uma grande sensibilidade à radiação. A seguir, a Tabela 4 exibe a sensibilidade relativa dos órgãos à radiação, publicada em 1991 pelo ICRP ( International Commission on Radiological Protection ): Tabela 4- Sensibilidade dos órgãos.
Órgão | Sensibilidade (0-10) |
Gônadas sexuais | 10 |
Pulmão, estômago e medula óssea | 6 |
Bexiga, fígado, mama, glândula tireóide e esôfago | 2,5 |
Demais órgãos | 0,5 a 2,5 |
Doses de radiação acima de 2 Gy podem causar catarata, como mostra a Figura abaixo. Catarata Radioinduzida Doses acima de 20 Gy podem causar radiodermite e, que é manifestada por um eritema precoce, dor e exudação; o processo evolui para uma ulceração do tecido (Nouailhetas, ). A Figura ao lado exibe complicações causadas pela radiação ionizante. Radionecrose : Quais são os efeitos biológicos da radiação ionizante? | Safety Soluções em Radioproteção
É verdade que o celular tem radiação?
O uso dos celulares pode fazer mal à saúde ? Não, já que a radiação dos celulares é emitida em níveis seguros. Apesar disso, não conhecemos os efeitos da exposição à radiação emitida por esses aparelhos ao longo dos anos. Os celulares consolidaram-se na nossa sociedade como algo muito além de um meio de comunicação, pois eles são usados para a realização das mais diversas atividades e passamos uma boa parte dos nossos dias perto deles.
O sinal eletromagnético recebido e emitido por esses aparelhos é composto de ondas de rádio, parecidas com o sinal emitido pelas emissoras de rádio e televisão, Essa é a radiação menos energética de todo o espectro eletromagnético, sendo também considerada como uma radiação não ionizante, ou seja, ela não é capaz de produzir danos em níveis celulares.
Leia também: Ficar muito tempo sentado faz mal?
Qual é a radiação do telefone celular?
Efeitos das ondas de rádio sobre o corpo humano – O principal efeito da interação desse tipo de radiação com a matéria é o aumento da temperatura por meio de um processo chamado de aquecimento dielétrico, assim como fazem as micro-ondas, sendo essa última um tipo de radiação eletromagnética de frequência um pouco mais elevada e que, portanto, é capaz de transportar mais energia.
As frequências das ondas de rádio utilizadas pelos aparelhos celulares modernos estendem-se entre 450 e 2000 MHz (Mega Hertz – 10 6 Hz), que podem variar de acordo com as características da rede local de cada país. As frequências de operação mais comuns para a telefonia móvel encontram-se na faixa de 800 a 900 MHz,
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O que é radiação do celular?
‘Riscos Potenciais’ – As ondas de RF dos celulares são “uma forma de energia eletromagnética que está entre ondas de rádio FM e as microondas. E é uma forma de radiação não-ionizante”, explica em seu site a Sociedade Americana Contra o Câncer (ACS, na sigla em inglês).
De acordo com a organização, essas ondas “não são fortes o suficiente para causar câncer”, porque, ao contrário dos tipos mais potentes de radiação (ionizantes), não podem quebrar ligações químicas no DNA. Isso só aconteceria, eles explicam, em níveis “muito altos”, tais como em fornos de microondas.
No entanto, a questão está sendo revista. Emilie van Deventer – autora de cerca de 50 publicações científicas sobre radiações não-ionizantes – diz que a OMS está investigando o tema novamente. Embora faltem provas, é certo que há “potenciais riscos a longo prazo”, especialmente relacionados a tumores na cabeça e pescoço, diz a especialista. Crédito, Getty Images Legenda da foto, A torres de telefonia também emitem energía electromagnética. A ACS também aborda esta questão: “Quanto mais próximo estiver a antena (do celular) da cabeça, espera-se que maior seja a exposição da pessoa à energia de RF”, adverte.
Qual é o material mais radioativo do mundo?
Qual é o elemento mais radioativo?
Qual é o elemento mais radioativo?Essa pergunta foi enviada pelo Luís, de Bagé.
Fomos às ruas perguntar a opinião pública sobre o que é radioatividade. Após algumas entrevistas, foi percebido que o consenso geral é que tal conceito é energia e radiação proveniente da instabilidade. Para responder essa pergunta, o Professor Marcelo Leigui da Universidade Federal do ABC forneceu uma pequena aula sobre o assunto.
Radioatividade é a emissão de partículas ou ondas eletromagnéticas que ocorrem nos núcleos atômicos ou no átomo como um todo. Existem vários tipos de radiação, podendo ser classificados em onze tipos, sendo as mais famosas a alfa, a beta e a gama. A emissão da radiação alfa é, basicamente, a emissão do núcleo do átomo de hélio, ou seje, dois prótons e dois nêutrons.
Portanto, é uma radiação massiva, mais pesada e com carga positiva. A radiação beta é a emissão de elétrons ou pósitrons, que é a antipartícula do elétron, sendo que a primeira possui carga negativa e a segunda positiva. Essa é bem mais leve que a alfa, chegando a ser 1840 vezes menor.
- O último tipo, a radiação gama é a emissão de ondas eletromagnéticas sem massa e sem carga elétrica.
- Para fins de diferenciação entre esses três tipos de radiação, é possível posicionar um campo eletromagnético na saída da fonte de emissão dessas radiações, experimento que foi realizado pela primeira vez por Rutherford.
Em seu estudo, ele identificou os tipos alfa e beta, sendo que a primeira sofre uma pequena deflexão, graças a sua maior massa, na direção das cargas positivas, enquanto a outra, por ser muito mais leve, sofre uma deflexão maior. A radiação gama não sofre deflexão, ou seja, perpassa o campo eletromagnética em linha reta.
Com relação à penetração, a alfa é a menos penetrante, seguida pela beta e pela gama, sendo que essa última não é, a princípio, parada em qualquer circunstância, sofrendo apenas uma atenuação em seu feixe que será diretamente proporcional à espessura do que atravessa. As explosões nucleares que ocorreram no Japão na Segunda Guerra Mundial e a energia utilizada nas usinas termonucleares são provenientes de átomos que emitem muita radiação gama, radiação essa que é também utilizada para se obter radiografias e conservar alimentos.
Fazer uma escala de qual é o elemento mais radiativo é uma tarefa muito difícil, pois isso depende do tempo de meia-vida, da quantidade de material que se tem e pela quantidade de partículas que é emitida por esse material. Internacionalmente, os critérios são a quantidade de radiação emitida pelo material, a quantidade de radiação que pode ser absorvida por alguém ou algo próximo ao material radioativo e o risco de alguém sofrer danos à saúde pelo contato com o material.
O polônio, de massa atômica 210, como um elemento bastante radioativo, já que seu tempo de meia-vida é muito pequeno, ou seja, ele decai rapidamente, emitindo uma grande quantidade de partículas alfa, Um grama desse material pode matar 50 milhões de pessoas. O tempo de meia-vida está intimamente ligado à instabilidade do núcleo.
Um dos elementos mais instáveis tem o número atômico 118, elemento não natural que recentemente recebeu o nome de oganessônio (Og). Esse é, ao que tudo indica, um dos elementos mais instáveis e que, portanto, teria um menor tempo de meia-vida. Respondendo a pergunta, ficamos entre o polônio e o oganessônio, levando em conta os critérios internacionais já estabelecidos : Qual é o elemento mais radioativo?
Qual iPhone tem radiação?
iPhone 12: dispositivo continua banido em regies da Frana mesmo aps atualizao – 27 de outubro de 2023 97 Atualização (27/10/2023) – HA A Apple lançou uma atualização de software para usuários do iPhone 12 na França que faria a correção dos níveis de radiação do aparelho para cumprir as autoridades regulatórias. Ainda assim, de acordo com a ANFR, órgão governamental de regulamentação do país, o modelo 6.1 lançado em 2020 continua proibido em algumas regiões. A Apple planeja uma atualização futura nesses cinco territórios e espera-se que seja lançada até o final do ano. Nenhuma evidência prova que as ondas de rádio dos smartphones tenham um impacto adverso na saúde humana durante o uso prolongado, já que mesmo a investigação da OMS não revela efeitos secundários.
- Como o aviso foi emitido à Apple por volta do lançamento do iPhone 15, a empresa não teve escolha a não ser cumpri-lo, com o órgão regulador colocando um escrutínio extra sobre eles, trazendo mais problemas para a empresa.
- Atualização (11/10/2023) – RS O problema de excesso de radiação emitido pelo iPhone 12 parece finalmente ter se resolvido com a última atualização do aparelho, aprovada pela França,
Agora, a própria Apple resolveu dar algumas explicações sobre como conseguiu solucionar a situação envolvendo o seu celular. A seguir, você confere um resumo divulgado pela empresa sobre o assunto: O iOS 17.1 inclui uma atualização para o iPhone 12 para usuários na França para acomodar este protocolo de teste específico que requer energia reduzida quando estiver fora do corpo em uma superfície estática O iPhone 12 não aumentará mais a potência permitida quando o estado fora do corpo for detectado, como quando estiver sentado sobre uma mesa. Para relembrar, a França chegou a proibir a venda do iPhone 12 devido ao excesso de radiação. A situação chamou tanto a atenção que até mesmo a Bélgica ficou de analisar o cenário após esse problema vir a tona, o que poderia ter gerado até mesmo um recall dos aparelhos. Economia e mercado 29 Out Economia e mercado 11 Out Com a aprovação da França, o modelo pode continuar sendo vendido normalmente nas lojas.
A explicação completa pode ser acessada por meio deste link (em inglês).
Veja também: o teste do DxOMark que avaliou o iPhone 15 Pro Max como o melhor celular para selfies atualmente, Atualização (29/09/23) – JB Em comunicado oficial liberado nesta sexta-feira, as autoridades francesas aprovaram a atualização liberada para a Apple para o iPhone 12,
- Segundo testes realizados em laboratórios credenciados, o update foi capaz de limitar a emissão de radiação do aparelho, fazendo com que ele opere dentro dos limites estabelecidos pela legislação da União Europeia,
- Com isso, a Agência Nacional Francesa de Frequências (ANFR) disse que o iPhone 12 pode voltar a ser vendido nos canais oficiais e também em outros varejistas.
Além disso, também foi revogada a nota que previa um possível recall de todos os iPhone 12 vendidos na França, algo que certamente causaria um sério problema para a Apple. Contudo, ainda não está claro se a Apple liberará esse update para outros países fora da União Europeia, Segurana 03 Out Economia e mercado 29 Set Atualização (26/09/23) – JB
Onde tem radiação em casa?
Objetos do cotidiano – Outros itens que contenham radiação mas não são mais fabricados, e são do interesse de colecionadores, são relógios, vidro (de vaselina), azulejos e cerâmica, mantos de lampião a gás e lentes de câmera. Alguns relógios antigos têm mostradores que foram pintados com um composto emissor de radiação para torná-los visíveis na escuridão.
Vidro velho, telhas e cerâmicas que contêm radioatividade geralmente têm radionuclídeos naturais (como o urânio, tório ou potássio) incorporadas direito no vidro ou no esmalte. Um antigo tipo de manto de lampião a gás contém tório e é usado frequentemente por empresas de segurança de radiação como uma fonte para verificar o funcionamento de seus instrumentos de detecção de radiação.
Lentes de câmeras antigas também pode conter tório, que foi acrescentado para criar uma melhor imagem no filme. É importante saber que nem todos os tipos de um determinado produto, a exemplo dos citados, contêm radioatividade ou emitem radiação. Por exemplo, alguns detectores de fumaça e relógios antigos contêm radioatividade, mas outros não.
Onde se encontra a radiação?
As fontes naturais da radiação ionizante são os raios cósmicos e os radionuclídeos provenientes da crosta terrestre, encontrados em locais como no solo, nas rochas, nos materiais de construção, na água potável e no próprio corpo humano.
Quais são os 7 tipos de radiação?
Exercícios resolvidos sobre ondas eletromagnéticas – Questão 1) Assinale, entre as alternativas seguintes, aquela em que há, exclusivamente, ondas de natureza eletromagnética: a) raios x, raios gama, ultravioleta b) ondas de rádio, infravermelho, ultrassom c) luz visível, ultravioleta, som d) infravermelho, ondas de rádio, sonar e) ultravioleta, raios gama, infrassom Gabarito: Letra A Resolução: Ondas eletromagnéticas são formadas pela oscilação dos campos elétrico e magnético, são transversais, tridimensionais e propagam-se pelo vácuo.
São tipos de ondas eletromagnéticas: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios x e radiação gama. Portanto, a alternativa correta é a letra A. Questão 2) São características capazes de distinguir um tipo de onda eletromagnética de outro: a) intensidade, velocidade, área, comprimento, força b) amplitude, perturbação, propagação, direção, sentido c) amplitude, velocidade, frequência, comprimento de onda d) altura, intensidade, timbre, velocidade, polarização Gabarito: Letra C Resolução : As características mais gerais, inerentes às ondas eletromagnéticas, são a amplitude da onda, a velocidade de propagação, a frequência de oscilação, e o comprimento de onda.
Dessa maneira, a alternativa correta é a letra C.
Quais são os perigos da radiação?
Quando a dose de radiação é alta, muitos tecidos e órgãos do corpo são atingidos. Entre os sintomas, estão náuseas e vômitos, queda de cabelo, distúrbios do comportamento, alterações no sangue e lesões na pele. Quanto menor for o intervalo de tempo entre a exposição e o início dos sintomas, mais grave é o quadro.
Qual é a origem da radiação?
As radiações têm origem nos ajustes que ocorrem no núcleo atômico ou nas camadas eletrônicas do átomo, ou através da interação de outras radiações ou partículas com o núcleo ou átomo. As radiações alfa, beta e gama são originadas a partir de ‘ajustes’ que ocorrem no núcleo.