O Que É Herpes?
Contents
- 1 Como acabar com o vírus da herpes?
- 2 O que é bom para curar herpes?
- 3 É possível pegar herpes do nada?
- 4 Quando o herpes aparece?
- 5 Porque o vírus da herpes não tem cura?
- 6 Qual a melhor vitamina para quem tem herpes?
- 7 O que não pode comer quando se tem herpes?
- 8 Quanto tempo a herpes pode ficar encubada?
- 9 Porque o vírus da herpes não tem cura?
O que é que causa a herpes?
Herpes simples | Biblioteca Virtual em Saúde MS O que é? O herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex virus. O contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época. O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, se instala no organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado.
- A reativação do vírus pode ocorrer devido a diversos fatores desencadeantes, tais como: exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam a resistência orgânica.
- Algumas pessoas têm maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes.
Outras, mesmo em contato com o vírus, nunca apresentam a doença, pois sua imunidade não permite o seu desenvolvimento.
Como se manifesta: As localizações mais freqüentes são os lábios e a região genital, mas o herpes pode aparecer em qualquer lugar da pele. Uma vez reativado, o herpes se apresenta da seguinte forma:– inicialmente pode haver coceira e ardência no local onde surgirão as lesões; – a seguir, formam-se pequenas bolhas agrupadas como num buquê sobre área avermelhada e inchada; – as bolhas rompem-se liberando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença; – a ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização; – a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias. Tratamento: Os seguintes cuidados devem ser tomados durante um surto de herpes:– o tratamento deve ser iniciado tão logo comecem os primeiros sintomas, assim o surto deverá ser de menor intensidade e duração; – evite furar as vesículas; – evite beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente de crianças se a localização for labial; – evite relações sexuais se a localização for genital; – lave sempre bem as mãos após manipular as feridas pois a virose pode ser transmitida para outros locais de seu próprio corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e genital.
O tratamento deve ser orientado pelo médico dermatologista. É ele quem pode determinar os medicamentos mais indicados para o seu caso que, dependendo da intensidade, podem ser de uso local (na forma de cremes ou soluções) ou de uso oral, na forma de comprimidos.
- Quando as recidivas do herpes forem muito freqüentes, a imunidade deve ser estimulada para combater o vírus.
- Os fenômenos desencadeantes devem ser evitados, procurando-se levar uma vida o mais saudável possível.
- IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo. Dica elaborada em março de 2.011. Fonte: : Herpes simples | Biblioteca Virtual em Saúde MS
Como é que se pega herpes?
Herpes – formas de contágio O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal) sem camisinha com uma pessoa infectada. Em mulheres, durante o parto, o vírus pode ser transmitido para o bebê se a gestante apresentar lesões por herpes. Secretaria de Estado da Saúde Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar,188 – São Paulo – Fone (11) 3066 8000 – CEP 05403-000 : Herpes – formas de contágio
É normal ter herpes?
Pelo menos 80% da população adulta é portadora do vírus herpes simples, porém, a maioria das pessoas tem poucos ou nenhum sintoma e nem sabem que são portadoras. Quando há sintomas, estes surgem como ardor, queimação, fincadas ou incômodo na região da pele onde a doença se manifestar.
Quanto tempo dura o vírus da herpes?
Quanto tempo leva para os primeiros sintomas surgirem? – Os sinais da herpes genital podem aparecer entre 3 e 7 dias depois do contágio, ou em até 2 semanas. Já os da labial demoram entre 2 e 26 dias. No caso da herpes zoster, esse vírus pode ficar oculto no organismo durante anos (depois que a pessoa adquire a catapora ) e reativar, principalmente, devido à baixa imunidade.
Como acabar com o vírus da herpes?
Quais as medicações utilizadas para o tratamento do herpes zoster não complicado? | 14 janeiro 2019 | ID: sofs-41526 O tratamento do herpes zoster inclui dois aspectos principais: o uso de antivirais e o manejo da dor. O aciclovir é a medicação antiviral mais utilizada.
- Outras opções, como valaciclovir e fanciclovir, possuem uma posologia mais confortável, porém tem custo mais elevado.
- O tratamento deve ser realizado por sete dias.
- As doses recomendadas são: Aciclovir 800 mg, cinco vezes ao dia; Valaciclovir 1000 mg, três vezes ao dia; Fanciclovir 500 mg, três vezes ao dia.
A medicação antiviral deve ser iniciada em até 72 horas do início dos sintomas. Após esse período, se ainda houver surgimento de novas lesões, indicando replicação viral, pode-se considerar o tratamento com os antivirais. Contudo, não há benefício no tratamento quando todas as lesões já estiverem em fase de crosta.
- Para o manejo da neurite aguda, pode-se fazer uso de paracetamol, dipirona ou anti-inflamatórios não-esteroides.
- No caso de dor moderada a grave, pode-se associar analgésicos opióides, como codeína ou tramadol.
- Para dor muito intensa pode ser necessário o uso de morfina.
- Não é recomendada a prescrição de corticoide oral, pois não há benefício no seu uso, além de aumentar o risco de infecção bacteriana secundária.
Também não há evidência para o uso de antidepressivos tricíclicos para o manejo da dor aguda. : Quais as medicações utilizadas para o tratamento do herpes zoster não complicado?
O que é bom para curar herpes?
Como tratar o herpes labial – Se já tens herpes, não tens como pará-lo. Aquilo que podes fazer é acelerar o processo de cicatrização. Usa géis ou desinfetantes de sulfato de zinco, para ajudar as bolhas a secar mais rapidamente. Também podes adicionar um pouco de pasta de dentes, devido ao seu poder de secagem, ou usar medicamentos específicos para impedir a propagação do vírus e reduzir o tempo de cicatrização.
- Mas os géis e os cremes antivírus só funcionam se forem aplicados logo nos primeiros sintomas.
- As pomadas não funcionam com vírus inativos.
- Na maioria das vezes, o herpes ocorre quando o teu sistema imunitário está enfraquecido, como por exemplo, se tiveres uma constipação ou outra doença.
- É por isso que é tão importante reforçares o teu sistema imunitário.
Faz uma dieta saudável e equilibrada e evita o álcool. E sempre que um amigo teu tiver uma bolha nos lábios, não te assustes! Os vírus não sobrevivem por muito tempo. Basta teres cuidado e não partilhares toalhas, lençóis, batons ou bebidas com essa pessoa.
Qual é o perigo da herpes?
Eles podem ter ulcerações por todo o corpo. Às vezes, o vírus infecta seu cérebro, causando convulsões, coma e morte. Herpes em recém-nascidos é perigoso e traz risco à vida.
É possível pegar herpes do nada?
Herpes simples | Biblioteca Virtual em Saúde MS O que é? O herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex virus. O contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época. O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, se instala no organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado.
- A reativação do vírus pode ocorrer devido a diversos fatores desencadeantes, tais como: exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam a resistência orgânica.
- Algumas pessoas têm maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes.
Outras, mesmo em contato com o vírus, nunca apresentam a doença, pois sua imunidade não permite o seu desenvolvimento.
Como se manifesta: As localizações mais freqüentes são os lábios e a região genital, mas o herpes pode aparecer em qualquer lugar da pele. Uma vez reativado, o herpes se apresenta da seguinte forma:– inicialmente pode haver coceira e ardência no local onde surgirão as lesões; – a seguir, formam-se pequenas bolhas agrupadas como num buquê sobre área avermelhada e inchada; – as bolhas rompem-se liberando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença; – a ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização; – a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias. Tratamento: Os seguintes cuidados devem ser tomados durante um surto de herpes:– o tratamento deve ser iniciado tão logo comecem os primeiros sintomas, assim o surto deverá ser de menor intensidade e duração; – evite furar as vesículas; – evite beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente de crianças se a localização for labial; – evite relações sexuais se a localização for genital; – lave sempre bem as mãos após manipular as feridas pois a virose pode ser transmitida para outros locais de seu próprio corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e genital.
O tratamento deve ser orientado pelo médico dermatologista. É ele quem pode determinar os medicamentos mais indicados para o seu caso que, dependendo da intensidade, podem ser de uso local (na forma de cremes ou soluções) ou de uso oral, na forma de comprimidos.
Quando as recidivas do herpes forem muito freqüentes, a imunidade deve ser estimulada para combater o vírus. Os fenômenos desencadeantes devem ser evitados, procurando-se levar uma vida o mais saudável possível. IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo. Dica elaborada em março de 2.011. Fonte: : Herpes simples | Biblioteca Virtual em Saúde MS
O que uma pessoa com herpes não pode fazer?
Herpes simples | Biblioteca Virtual em Saúde MS O que é? O herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex virus. O contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época. O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, se instala no organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado.
A reativação do vírus pode ocorrer devido a diversos fatores desencadeantes, tais como: exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam a resistência orgânica. Algumas pessoas têm maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes.
Outras, mesmo em contato com o vírus, nunca apresentam a doença, pois sua imunidade não permite o seu desenvolvimento.
Como se manifesta: As localizações mais freqüentes são os lábios e a região genital, mas o herpes pode aparecer em qualquer lugar da pele. Uma vez reativado, o herpes se apresenta da seguinte forma:– inicialmente pode haver coceira e ardência no local onde surgirão as lesões; – a seguir, formam-se pequenas bolhas agrupadas como num buquê sobre área avermelhada e inchada; – as bolhas rompem-se liberando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença; – a ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização; – a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias. Tratamento: Os seguintes cuidados devem ser tomados durante um surto de herpes:– o tratamento deve ser iniciado tão logo comecem os primeiros sintomas, assim o surto deverá ser de menor intensidade e duração; – evite furar as vesículas; – evite beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente de crianças se a localização for labial; – evite relações sexuais se a localização for genital; – lave sempre bem as mãos após manipular as feridas pois a virose pode ser transmitida para outros locais de seu próprio corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e genital.
O tratamento deve ser orientado pelo médico dermatologista. É ele quem pode determinar os medicamentos mais indicados para o seu caso que, dependendo da intensidade, podem ser de uso local (na forma de cremes ou soluções) ou de uso oral, na forma de comprimidos.
Quando as recidivas do herpes forem muito freqüentes, a imunidade deve ser estimulada para combater o vírus. Os fenômenos desencadeantes devem ser evitados, procurando-se levar uma vida o mais saudável possível. IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo. Dica elaborada em março de 2.011. Fonte: : Herpes simples | Biblioteca Virtual em Saúde MS
Quais são os 8 tipos de herpes?
Última revisão: 11/03/2019 Comentários de assinantes: 0 Artigo original: Hirsc, M S, MD. Herpesvirus Infections, SAM. Tradução: Paulo Henrique Machado. Revisão técnica: Dr. Lucas Santos Zambon. Martin S. Hirsch, MD Resumo O grupo de herpes-vírus é formado por, no mínimo, oito vírus humanos e inúmeros vírus animais. Os herpes-vírus humanos incluem o seguinte: vírus do herpes simples tipos 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2), vírus varicela-zóster (VVZ), citomegalovírus (CMV), vírus de Epstein-Barr (VEB) e herpes-vírus humanos tipos 6 (HHV-6), 7 (HHV-7) e 8 (HHV-8), também conhecido como herpes-vírus associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV). Os herpes-vírus humanos compartilham as mesmas propriedades de latência e de reativação. Alguns membros do grupo podem causar infecções líticas produtivas, nas quais se produz o vírus infeccioso e as células são mortas, ou infecções líticas improdutivas, em que o DNA viral persiste, mas não ocorre a replicação completa, e a célula sobrevive. Depois de infecções líticas agudas, o herpes-vírus geralmente persiste em uma forma latente por muitos anos; as reativações periódicas são acompanhadas de infecções líticas recorrentes. Os sítios de latência variam: o HSV e o VVZ persistem nas células dos gânglios neurais, o VEB persiste nas células B e o CMV provavelmente permaneça em muitos tipos de células. Os sítios de latência do HHV-6 e HHV-7 não foram identificados, embora esses dois herpes-vírus tenham sido detectados nas glândulas salivares. Todos os herpes-vírus humanos têm uma distribuição mundial. Esforços consideráveis estão sendo envidados para o desenvolvimento de vacinas e de agentes antivirais que sejam ativos contra o herpes-vírus. Este artigo apresenta discussões sobre epidemiologia, patogênese, diagnóstico, prevenção e tratamento do vírus do herpes simples e do VVZ e as respectivas síndromes clínicas. As descrições das síndromes clínicas incluem complicações e características clínicas, assim como a descrição dos sintomas. Os quadros fornecem informações sobre quimioterapia (Qt) para o tratamento de infecção herpética genital primária e mucocutânea, supressão de infecção herpética genital grave e recorrente, e infecção por varicela-zóster. As figuras apresentam ilustrações fotográficas de várias síndromes clínicas. Um quadro contendo informações sobre o herpes-vírus na Internet fornece mais detalhes. Herpes-Vírus Humano O grupo de herpes-vírus é formado por, no mínimo, oito vírus humanos e inúmeros vírus animais. Os herpes-vírus humanos incluem o seguinte: vírus do herpes simples tipos 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2), vírus varicela-zóster (VVZ), citomegalovírus (CMV), vírus de Epstein-Barr (VEB) e herpes-vírus humanos tipos 6 (HHV-6), 7 (HHV-7) e 8 (HHV-8), também conhecido como herpes-vírus associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV). Todos os herpes-vírus humanos têm dimensões e morfologia semelhantes e se caracterizam pela presença de um núcleo, com diâmetro de 30 a 60nm, contendo um genoma com DNA de fita dupla; um nucleocapsídeo, com 95 a 100nm, com simetria icosaédrica; e um envoltório de lipoproteína com projeções de glicoproteína com diâmetro de 120 a 250nm. Os herpes-vírus replicam principalmente nos núcleos celulares, sendo que um invólucro proteico é adicionado enquanto o vírus atravessa a membrana nuclear. Os herpes-vírus humanos compartilham as mesmas propriedades de latência e reativação. Alguns membros do grupo podem causar infecções líticas produtivas, nas quais se produz o vírus infeccioso e as células são mortas, ou infecções líticas improdutivas, em que o DNA viral persiste, mas não ocorre a replicação completa e a célula sobrevive. Depois de infecções líticas agudas, o herpes-vírus geralmente persiste em uma forma latente por muitos anos; as reativações periódicas são acompanhadas de infecções líticas recorrentes. Os sítios de latência variam: o HSV e o VVZ persistem nas células dos gânglios neurais, o VEB persiste nas células B e o CMV provavelmente permaneça latente em muitos tipos de células. Os sítios de latência do HHV-6 e HHV-7 não foram identificados, embora esses dois herpes-vírus tenham sido detectados nas glândulas salivares. Todos os herpes-vírus humanos têm uma distribuição mundial. Esforços consideráveis estão sendo envidados para o desenvolvimento de vacinas e de agentes antivirais ativos contra o herpes-vírus. Vírus de Herpes Simples O HSV-1 e HSV-2 podem ser distinguidos por várias propriedades, incluindo padrões clínicos e epidemiológicos, antigenicidade, composição básica do DNA, características biológicas e sensibilidade a diversos estresses físicos e químicos.1 O HSV-1 e HSV-2 compartilham determinados antígenos (por exemplo, glicoproteína B), mas diferem em relação a outros antígenos (por exemplo, glicoproteína G). A análise de restrição enzimática do DNA do HSV e outras técnicas moleculares facilitam a identificação dos isolados individuais. Epidemimiologia e Etiologia Os seres humanos são os únicos hospedeiros naturais conhecidos do HSV, embora os animais também possam ser infectados experimentalmente. A infecção primária pelo HSV-1 ocorre principalmente na infância. Nos EUA, a prevalência total de anticorpos para o HSV-1 é de, aproximadamente, 54%, ainda que haja variações entre as diferentes populações, de 30% em pessoas com 14 a 19 anos de idade a mais de 60% em indivíduos na faixa etária de 40 a 49 anos ou mais.2 A infecção pelo HSV-2 ocorre predominantemente em adolescentes e adultos jovens sexualmente ativos. Nos EUA, a prevalência total de anticorpos específicos para o HSV-2 se aproxima de 16%, aumentando de menos de 2% em pessoas com menos de 19 anos de idade para mais de 25% em indivíduos na faixa etária de 40 a 49 anos ou mais.2 As alterações na prevalência são desprezíveis em grupos etários mais velhos. No período de 1999 a 2004, a soroprevalência de HSV-1 declinou para quase 7%, ao passo que a soroprevalência de HSV-2 não se alterou de forma significativa.2 Os preditores independentes da soropositividade do HSV-2 incluem gênero feminino, raça negra, idade avançada, nível mais baixo de educação, maior número de parceiros sexuais ao longo da vida, ocorrência prévia de sífilis ou gonorreia, e ausência de anticorpo contra o HSV-1.3 Nos EUA, as mudanças nos hábitos sexuais e as reduções nas infecções por HSV-1 no estágio inicial resultaram em um aumento na incidência de infecções genitais produzidas por esse tipo de herpes-vírus.2,4 Aproximadamente, um terço das novas infecções pelo HSV-2 é sintomática.5 O Quadro 1 contém indicações de sites sobre o herpes-vírus. Quadro 1 CMV: citomegalovírus; VVZ: Vírus varicela-zóster. O contato direto com secreções infectadas é o principal modo de transmissão. Normalmente, o HSV-1 é transmitido por via oral e o HSV-2 por via genital. A excreção viral assintomática é muito comum, embora as titulações dos vírus sejam mais elevadas e a transmissão seja mais provável na presença de lesões. O HSV-2 com origem no trato genital ocorre em pessoas soropositivas com histórico de infecção por HSV genital.6 Por conseguinte, esse tipo de infecção ocorre com bastante frequência, mesmo na ausência de lesões. A transmissão do HSV-2 é mais eficiente de homens para mulheres. A autoinoculação para outros sítios da pele também é uma ocorrência provável, sendo que é mais frequente com HSV-2 em comparação com o HSV-1. A disseminação infecciosa pelo contato com secreções orais é um risco ocupacional para os profissionais das áreas de cuidados respiratórios e odontológicos; portanto, o uso de luvas é imprescindível nas situações em que os dedos precisam ser colocados no interior da boca dos pacientes. Fomites, incluindo vasos sanitários e toalhas, não são modos de transmissão importantes. As recorrências são frequentes nas infecções produzidas por HSV-1 e HSV-2, em geral como resultado da reativação endógena. Nos EUA, as recorrências labiais e periorais desenvolvem em 20 a 40% da população. Os fatores desencadeadores são raios solares, vento, trauma local, febre, menstruação e estresse emocional. A presença de herpes ocular ocorre em cerca de 5% de todos os pacientes atendidos em clínicas oftalmológicas. Entre as infecções causadas por HSV ocular, 25 e 50% recorrem em 2 anos. As estimativas indicam que há de 60 a 80% de recorrências em todos os casos de herpes genital anualmente nos EUA. A reinfecção exógena é comum, ainda que a grande maioria das recorrências genitais se relacione à reativação viral. As recorrências mais significativas sob o ponto de vista clínico tendem a diminuir ao longo do tempo.6,7 Patogênese O desenvolvimento de citólise e de reações inflamatórias locais é comum após a replicação inicial do vírus nas células epiteliais, resultando nas lesões típicas – vesículas superficiais sobre bases inflamatórias. Observa-se a presença de células multinucleadas e dos corpos de inclusão tipo A de Cowdry. A disseminação linfática subsequente para nódulos regionais, assim como a disseminação virêmica para outros órgãos, também pode ocorrer, dependendo do grau de imunocompetência dos hospedeiros. A viremia é evidente em crianças malnutridas, em determinados tipos de adultos com imunidade deprimida mediada por células T e, ocasionalmente, em pessoas imunocompetentes. Após a infecção inicial, o HSV percorre as rotas dos nervos sensoriais na direção das células ganglionares, que são os sítios das infecções latentes. O DNA viral persiste e somente se torna reativado por determinados tipos de estresse. Após a reativação, o vírus inverte seu curso e se dissemina para a periferia por meio das rotas dos nervos sensoriais. Depois que o HSV atinge os sítios cutâneos, a propagação intercelular ocorre até os mecanismos imunes limitarem as futuras disseminações. Existem vários mecanismos envolvidos nas respostas dos hospedeiros aos HSV, incluindo as células T e a citotoxidade das células exterminadoras naturais, ativação de macrófagos, produção de anticorpos e produção de interferon. Síndromes Clínicas Herpes Orolabial Na maior parte dos casos, a infecção primária por HSV-1 é assintomática em pacientes com idade inferior a 5 anos; nos casos sintomáticos, a infecção se apresenta como gengivoestomatite ou faringite. Os pacientes desenvolvem febre e dor de garganta depois de um período de incubação de 2 a 12 dias. Observam-se pequenas vesículas na mucosa oral e na faringe. É muito comum a presença de fatores como dor grave na boca, hálito fétido e adenopatia cervical. Possivelmente, em adolescentes e adultos jovens, condições como faringite posterior e tonsilite sejam os problemas principais. O diagnóstico diferencial inclui faringite estreptocócica, estomatite aftosa, síndrome de Stevens-Johnson, herpangina e mononucleose infecciosa. Com frequência, os sintomas e sinais persistem por 10 a 21 dias, sendo muito comum a autoinoculação para outros sítios como os dedos e os olhos. A efusão oral poderá persistir por várias semanas (média de 7 a 10 dias). Herpes labial recorrente é um incômodo mais curto e mais brando, com frequência anunciado por dor local ou coceira por algumas horas. As lesões herpéticas orolabiais causadas pelo HSV-1 recorrem com mais frequência que aquelas produzidas pelo HSV-2.3 Em geral, as vesículas surgem na borda vermelha e costumam ser doloridas. Tipicamente, as lesões são pequenas (<1cm 2 ) e a progressão de vesículas para úlceras e crostas é rápida (<96h). A cicatrização se completa em 8 a 10 dias. A presença de sinais e sintomas sistêmicos não é comum nos casos de herpes labial recorrente. Herpes Ocular A maior parte das infecções herpéticas oculares é produzida pelo HVS-1. As infecções primárias se apresentam como conjuntivite folicular unilateral, blefarite ou opacidades epiteliais na córnea. De um modo geral, a cicatrização se completa em 2 a 3 semanas. As recorrências poderão assumir a forma de ceratite (mais de 90% de casos são unilaterais), blefarite ou ceratoconjuntivite. As úlceras dendríticas ramificadas, comumente detectadas por coloração com fluoresceína, são praticamente diagnósticas e, em geral, estão associadas a uma redução na acuidade visual. O envolvimento estromal profundo pode ser resultado de fatores como cicatrização, afinamento da córnea e vascularização anormal, e poderá resultar em cegueira ou no rompimento do globo ocular. Herpes Genital Tanto o HSV-1 como o HSV-2 podem causar infecções herpéticas genitais primárias. Após um período de incubação de 2 a 7 dias, observa-se o desenvolvimento de condições como febre, enxaqueca e adenopatia inguinal; esses sintomas e sinais estão associados ao surgimento de lesões vesiculares. Nos homens, as lesões costumam ocorrer na glande do pênis ou no eixo peniano; nas mulheres, podem envolver a vulva, o períneo, as nádegas, o colo uterino ou a vagina. O diagnóstico diferencial inclui sífilis, cancroide, síndrome de Behçet, eritema multiforme e candidíase. Nas mulheres, a ulceração nas lesões é rápida, sendo que o corrimento vaginal resultante as cobre de exsudato. Eventualmente, o envolvimento da uretra poderá resultar em disúria ou retenção urinária. Tipicamente, os sinais e sintomas de herpes genital primário persistem por várias semanas antes da cicatrização completa. As infecções prévias causadas pelo HSV-1 podem diminuir a gravidade e o tempo de duração depois de um primeiro episódio de herpes genital causado pelo HSV-2. As lesões extragenitais desenvolvem durante o curso da infecção primária em 10 a 15% de pacientes. A incidência de meningite asséptica é comum nos casos de herpes genital primário, particularmente em mulheres; em raras situações, ocorre a incidência de radiculomielinite herpética sacral. Ocasionalmente, a retenção urinária pode complicar os casos de herpes genital primário, sobretudo em mulheres. A Figura 1 mostra as lesões genitais causadas pelo vírus de herpes simples e a Figura 2, as infecções perianais causadas pelo vírus de herpes simples em pacientes com imunidade comprometida. Figura 1 - Com frequência, as lesões genitais causadas pelo vírus de herpes simples se apresentam como vesículas agrupadas no eixo peniano. Figura 2 - As infecções perianais causadas pelo vírus de herpes simples em pacientes com imunidade comprometida podem ser graves e prolongadas. Os episódios recorrentes de herpes genital, em geral, são mais curtos e mais brandos em comparação com os episódios primários, porém ainda afetam mais gravemente as mulheres do que os homens.
As infecções genitais causadas pelo HSV-2 recorrem com mais frequência que as infecções genitais causadas pelo HSV-1; em raras ocasiões, esses dois tipos de infecção são encontrados simultaneamente nas lesões.8 As lesões se desenvolvem no pênis, nos lábios menores, nos lábios maiores, no períneo, nos pelos pubianos ou nas nádegas, com qualquer um desses tipos de vírus, depois de um pródromo variável de sensibilidade, coceira e formigamento.
A cicatrização ocorre em 6 a 10 dias e, geralmente, não apresenta nenhum tipo de complicação; entretanto, costuma ocorrer uma efusão assintomática frequente, principalmente nas mulheres.6,9 Além disso, o HSV-2 pode produzir meningite linfocitária recorrente benigna, que pode estar associada a lesões genitais recorrentes.10 Herpes Anal e Perianal As infecções anais e perianais produzidas pelo HSV-2 são problemas sérios nas relações sexuais entre homens.
As ocorrências mais prováveis são dor, coceira, tenesmo, corrimento, febre, calafrios, parestesias sacrais, cefaleia e dificuldade para urinar. As vesículas e ulcerações produzem um tipo de criptite eritematosa com adenopatia inguinal. Com frequência, a proctite herpética é prolongada e grave em pacientes com infecção pelo HIV em estado avançado.
Outras Síndromes Herpéticas Panarício herpético. As infecções primárias nos dedos, ou panarícios, em geral envolvem apenas um dedo e se caracterizam por coceira ou dor intensa, seguida pela formação de vesículas profundas que poderão coalescer, Entre o público em geral, os panarícios são causados com mais frequência pelo HSV-2, enquanto que, entre o pessoal médico e odontológico, o HSV-1 é o principal culpado. Figura 3 – Os panarícios herpéticos nos dedos costumam ser diagnosticados erroneamente como infecções estafilocócicas. Infecções em hospedeiros imunocomprometidos. Os distúrbios de imunidade mediada por células T estão associados às infecções mais graves produzidas pelo HSV.
- Em contextos clínicos, como o de transplantes de órgãos, os neoplasmas linforreticulares, ou as infecções produzidas por AIDS e HIV, geralmente têm cicatrização lenta e poderão se propagar para a pele ou para os órgãos viscerais.
- Determinados tipos de condições cutâneas como eczemas ou queimaduras estão associados à disseminação cutânea, mas não à disseminação visceral.
Em situações raras, as infecções pelo HSV que ocorrem durante a gravidez ou em pessoas idosas são complicadas pela disseminação visceral, em especial na propagação para o fígado. A intubação ou cateterização de pacientes debilitados facilita a disseminação das infecções; por exemplo, a esofagite herpética pode complicar o uso de tubos nasogástricos no longo prazo.
- Infecção neonatal.
- Entre 1 em 1.300 e um 1 em 15.000 nascimentos são complicados pela infecção por HSV, normalmente o HSV-2.
- As infecções neonatais causadas pelo HSV podem ser localizadas ou disseminadas e resultam da transmissão do vírus para o lactente no momento do parto, seja por infecção ascendente após o rompimento prematuro da membrana ou pela passagem dos lactentes através de tratos genitais infectados.
O risco de transmissão aumenta nos partos prematuros, depois do rompimento prolongado da membrana e com uso de eletrodos para monitorar o bisturi fetal. Aproximadamente, 40 a 50% de lactentes nascidos de mães com infecções primárias correm o risco de desenvolver doença grave, sendo que menos de 8% dos lactentes nascidos de mães com herpes recorrente correm o risco de doença grave.1,13 Na maior parte dos casos, a infecção materna é assintomática no momento do parto, sendo que a disseminação assintomática poderá ocorrer em mulheres sem histórico conhecido de herpes genital.
Nas mulheres com histórico de infecção por HSV genital, o vírus poderá ser detectado no parto em, aproximadamente, 2% com uso de culturas teciduais e em 14% de casos por meio de técnicas de reação em cadeia da polimerase (PCR).14 A infecção se torna aparente em um período que pode variar de dias a semanas após o parto.
Com frequência, os recém-nascidos se apresentam com vesículas ou conjuntivite, ou uma síndrome que se assemelha à sepse neonatal possivelmente também se torne evidente. Sinais neurológicos como convulsões, paralisias nos nervos cranianos e letargia geralmente predominam e são acompanhados de pleocitose no líquido cefalorraquidiano (LCR).
- As infecções disseminadas podem envolver o fígado, os pulmões ou as glândulas adrenais.
- Caso não seja tratada, a infecção disseminada ou a infecção no sistema nervoso central (SNC) apresenta uma alta taxa de fatalidade, sendo que os sobreviventes têm sequelas significativas, ao passo que a doença localizada, em geral, é autolimitada.
O tratamento diminui bastante a mortalidade associada a infecções graves. Diagnóstico Uma grande variedade de sistemas de culturas teciduais que dá suporte à replicação do HSV, assim como ao isolamento do vírus de espécimes coletados logo na fase inicial da infecção, tem sido o método diagnóstico de escolha.
- Com frequência, o efeito citopático típico do vírus pode ser detectado em um período de 24 a 48 horas.
- A tipificação dos isolados poderá ser feita imediatamente por imunofluorescência e através de anticorpos monoclonais direcionados contra tipos específicos de antígenos.
- Às vezes, raspagens ou espécimes teciduais poderão ser testados diretamente para verificar a presença de antígenos de herpes-vírus por imunofluorescência ou imuno-histoquímica.
Como alternativa, as raspagens poderão ser preparadas pela coloração de Glemsa ou de Wright para confirmar células gigantes multinucleadas, cuja presença é uma indicação de infecção pelo HSV ou VVZ. Existem, atualmente, à disposição no mercado algumas técnicas sorológicas que distinguem o HSV-1 de HSV-2.
Esses testes são utilizados para confirmar o diagnóstico de infecções primárias pelo HSV, embora raramente tenham alguma utilidade para diagnosticar recorrências. As técnicas sorológicas podem também estabelecer o diagnóstico em pacientes com queixas atípicas, identificar transmissores assintomáticos e identificar pessoas em situação de risco.15 Nos dias atuais, a detecção do DNA do HSV por PCR é amplamente utilizada; o teste no LCR para o DNA do HSV se tornou o padrão diagnóstico de encefalite causada pelo herpes-vírus.
Em pacientes com encefalite causada pelo HSV, os resultados da PCR são, em geral, positivos em 24 horas após o início dos sintomas, sendo que poderão permanecer positivos no decorrer da primeira semana de enfermidade.16 Prevenção Nenhuma vacina contra o HSV chegou a ser aprovada para uso geral.
Os testes clínicos de uma vacina experimental contra o HSV não demonstraram nenhuma eficácia em homens; em mulheres, a vacina foi eficaz para prevenir contra o HSV-1, mas não foi eficaz contra o HSV-2, doenças e infecções genitais.17 As medidas profiláticas que evitam contato com o vírus possivelmente impeçam a incidência de infecções primárias.
Por exemplo, o uso de preservativos ajuda a impedir a transmissão sexual nas situações em que um dos parceiros tiver histórico de infecção genital pelo HSV. A aplicação de cremes de proteção solar em áreas suscetíveis da pele, antes da exposição aos raios ultravioletas, impede a reativação do HSV.
- Os profissionais que trabalham nas áreas médica e odontológica devem usar luvas para impedir o contato com as áreas infectadas.
- A melhor estratégia para prevenção de herpes neonatal possivelmente seja fazer um exame físico rigoroso no momento do trabalho de parto.18 As incisões cesarianas impedem a incidência de infecções perinatais nos casos em que se observa a presença de lesões consistentes com herpes genital durante o trabalho de parto.
Nas situações em que o herpes genital primário for detectado no terceiro trimestre de gravidez, deve-se considerar a opção de administrar doses convencionais de aciclovir na mãe durante o período periparto e no neonato no período pós-parto. A administração de aciclovir na fase final da gravidez também poderá ser muito útil em mulheres com infecções por HSV genitais recorrentes; alguns testes controlados por placebo demonstraram que 400mg, 3x/dia, reduziram as lesões e diminuíram a excreção de HSV no parto.19,20 Tratamento As opções terapêuticas atuais são os medicamentos aciclovir, valaciclovir (um pró-medicamento do aciclovir convertido em aciclovir no intestino) e fanciclovir (convertido em penciclovir).
Embora o aciclovir tenha sido a terapia padrão durante décadas, as dosagens de valaciclovir e fanciclovir são mais convenientes.1 Recomenda-se o aciclovir oral (400mg, 3x/dia), por 7 a 10 dias, o aciclovir intravenoso (5mg/kg, 3x/dia), por 7 a 14 dias, para o tratamento de herpes genital primário ou herpes mucocutâneo (HSV-1 ou HSV-2).
As opões alternativas são valaciclovir (1.000mg, 2x/dia) ou fanciclovir (250mg, 3x/dia). Os regimes de curto prazo (1 a 3 dias) com altas doses de aciclovir ou de valaciclovir são terapias muito promissoras para o tratamento de infecções recorrentes, genitais e orolabiais causadas pelo HSV.21,22 Um estudo populacional dinamarquês não encontrou nenhum aumento no risco de defeitos de nascimento significativos em mulheres que haviam sido expostas ao aciclovir ou valaciclovir no primeiro trimestre de gravidez.23 A administração oral de aciclovir (400mg, 2x/dia), fanciclovir (250mg, 2x/dia) ou valaciclovir (500 a 1.000mg, diariamente) é uma das opções para a supressão de herpes genital com recorrência persistente.
A administração de valaciclovir (500mg, 1x/dia) não apenas suprime as recorrências de herpes genital, mas diminui também a excreção genital de HSV-2 e a transmissão para os parceiros.24 Entretanto, mesmo nas terapias com doses elevadas, ocorrem pequenas explosões frequentes de reativação subclínica do HSV-2 que, provavelmente, sejam responsáveis pela transmissão contínua desse tipo de vírus.25 A administração intravenosa de aciclovir, na dosagem de 10 a 15mg/kg, 3x/dia, por 14 a 21 dias, é o tratamento de escolha para encefalite causada por herpes.
As infecções neonatais pelo HSV são tratadas com aciclovir intravenoso na dosagem de 20mg/kg a cada 9 horas por 14 a 21 dias; o tratamento supressivo com aciclovir por um período adicional de 6 meses pode melhorar os resultados neuroevolutivos.26 Em pessoas imunocomprometidas e, em raras ocasiões, em imunocompetentes, o HSV-2 resistente ao aciclovir poderá produzir infecções progressivas crônicas.27 A administração intravenosa de foscarnet (40mg/kg, 3x/dia, por 2 a 3 semanas) é uma boa opção contra infecções causadas pelo HSV-2 resistente ao aciclovir, embora não se possa descartar a hipótese de resistência a esse medicamento.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO PARA INFECÇÕES HERPÉTICAS PRIMÁRIAS GENITAIS OU MUCOCUTÂNEAS | |||
Medicamento | Dose | Classificação da eficácia | Comentários |
Aciclovir* | 400mg, p.o., 3x/dia, por 7?10 dias ou 5 mg/kg, IV, t.i.d., por 7?10 dias. | Preferido | |
Valaciclovir* | 1.000mg, p.o., b.i.d., por 7?10 dias. | Preferido | |
Fanciclovir* | 250mg, p.o., t.i.d., por 7?10 dias. | Preferido | |
Foscarnet | 40mg/kg, t.i.d., por 2?3 semanas. | Alternativo | Para infecções pelo HSV-2 resistentes ao aciclovir. |
HSV-2: vírus do herpes simples tipo 2. *Os regimes de curto prazo com doses elevadas são promissores. Vírus Varicela-Zóster O VVZ é o agente causativo de varicela (catapora) e de herpes-zóster (cobreiro). Levando-se em consideração que se trata de um membro fortemente associado às células do grupo de herpes-vírus humano, é muito difícil isolá-lo em espécimes acelulares.
Sua gama de hospedeiros se limita às células humanas. Assim como costuma ocorrer com outros herpes-vírus, fatores como latência e reativação são características típicas do VVZ. Epidemiologia Varicela Varicela é uma doença infantil altamente transmissível. Mais de 90% de pacientes são crianças com menos de 9 anos de idade; a maior parte dos adultos possui anticorpo para esse tipo de vírus.
A infecção se dissemina através de gotículas respiratórias ou pelo contato direto com as lesões ativas. Os fomitos não são um modo significativo de transmissão. A catapora ocorre com mais frequência no inverno e na primavera, sendo que o vírus se espalha rapidamente para membros do agregado familiar.
O período de incubação varia de 11 a 20 dias. Herpes-Zóster Herpes-zóster é o resultado da reativação das infecções causadas pelo VVZ. Varicela em um paciente não poderá produzir herpes-zóster em outro; no entanto, as pessoas que se expõem a pacientes com herpes-zóster poderão contrair varicela. Não há nenhum padrão sazonal para a incidência de herpes-zóster.
A probabilidade de reativação está associada à idade e ao estado imune.29 A incidência da doença em pacientes com mais de 60 anos de idade é duas a três vezes mais elevada em comparação com pessoas mais jovens. A incidência em pacientes imunossuprimidos, em especial em indivíduos com função deprimida das células T (por exemplo, pacientes com linfomas, leucemias, transplantes de órgãos ou Aids), chega a ser 100 vezes mais elevada em comparação com a dos pacientes imunocompetentes.
O herpes-zóster ocorre com mais frequência em pacientes com neoplasmas. O risco de desenvolver herpes-zóster varia de 13 a 15% em pacientes com a doença de Hodgkin, 7 a 9% em pacientes com outros linfomas, e de 1 a 3% em pacientes com tumores sólidos. Aproximadamente, 15 a 30% de pacientes com a doença de Hodgkin e herpes-zóster apresentam disseminação significativa; entretanto, a mortalidade nesses pacientes é baixa.
Os casos de herpes-zóster localizado e disseminado são mais comuns em pacientes com doença maligna avançada que estiverem recebendo quimioterapia (Qt) intensiva ou radiação. A incidência de herpes-zóster aumenta também depois de transplantes de órgãos ou de medula óssea.
A incidência de herpes-zóster é de, aproximadamente, 8,6% em receptores de transplantes de órgãos sólidos e, possivelmente, seja mais comum em mulheres e em pacientes que estiverem seguindo determinados regimes antivirais imunossupressivos e profiláticos.30 As úlceras crônicas e não cicatrizantes por VVZ poderão persistir por vários meses em pacientes com infecção pelo HIV-1 em estágio avançado, sendo que o herpes-zóster poderá se precipitar pela introdução de terapias antirretrovirais altamente ativas.
Síndromes Clínicas Varicela O vírus é transportado pelos leucócitos do sangue para áreas focais na pele e para os órgãos viscerais após a replicação local do VVZ no sítio de entrada. A replicação nos sítios cutâneos resulta na formação de vesículas, acompanhada pela degeneração das células epiteliais, pelo acúmulo de líquido edematoso e pela infiltração de células inflamatórias; a presença de células gigantes multinucleares contendo inclusões intranucleares é comum.
Tratamento Farmacológico para Supressão de Infecção Herpética Central Grave ou Com Recorrência Frequente | |||
Medicamento | Dose | Classificação da eficácia | Comentário |
Aciclovir* | 400mg, p.o., b.i.d. | Primeira escolha | |
Valaciclovir | 500?1.000mg/dia, p.o. | Alternativo | Diminuem a excreção e a transmissão viral. |
Fanciclovir | 250mg, p.o., b.i.d. | Alternativo |
Características clínicas. As infecções subclínicas são raras (<4% de casos). Normalmente, a enfermidade se apresenta na forma de erupções vesiculares generalizadas e, em seguida, por pródromos variáveis de cefaleia, febre e enxaqueca. Com frequência, no início, as vesículas surgem na face ou no tronco, conforme a Figura 4. Durante os 4 a 7 dias seguintes, surgem culturas de lesões. Na infância, a maior parte dos casos não apresenta complicações e desaparece em 7 a 10 dias sem formar cicatrizes. VVZ: vírus varicela-zóster. Figura 4 - Com frequência, no início, as lesões típicas produzidas pelo VVZ surgem na face e no tronco e se apresentam simultaneamente como maculopápulas, vesículas e crostas. Complicações. A pneumonia que se desenvolve em adolescentes e adultos se caracteriza pela presença de tosse, taquipneia e infiltrados reticulonodulares difusos, que poderão calcificar com o tempo. As dificuldades de difusão do oxigênio pulmonar possivelmente persistam por um período que pode variar de semanas a meses. A pneumonia causada pela varicela pode ser particularmente grave em mulheres grávidas e, entre elas, a incidência de doença é mais comum em fumantes e em mulheres com mais de 100 lesões na pele.31 Embora as encefalopatias por varicela sejam pouco comuns, elas poderão ocorrer em qualquer idade e se apresentam de diversas formas; a característica que se apresenta poderá ser a hiperexcitabilidade, que poderá progredir para coma ou ataxia cerebelar. Outras complicações raras de infecção por varicela são síndrome de Reye (encefalopatia fulminante e fígado gorduroso), trombocitopenia, artrite, envolvimento ocular, cardite, hemorragia gastrointestinal, nefrite, orquite e superinfecção bacteriana. As mulheres grávidas que contraem varicela nas primeiras 20 semanas de gravidez têm um pequeno risco (<2%) de dar à luz lactentes com a síndrome de varicela congênita, que inclui hipoplasia nos membros, formação de cicatrizes cutâneas e defeitos oculares.32 A doença generalizada tem maior probabilidade de se desenvolver depois de infecções por varicela em crianças com leucemia, linfoma ou doença de Hodgkin. A disseminação visceral ocorre em 20 a 35% de crianças com câncer que estiverem fazendo Qt; a mortalidade nesses pacientes varia de 7 a 30%. A reinfecção clínica, com a varicela generalizada atípica resultante, poderá ocorrer em hospedeiros gravemente imunocomprometidos; esse tipo de reinfecção tende a ser brando e autolimitado. Herpes-Zóster Herpes-zóster ocorre em pacientes previamente infectados com varicela. Após o episódio inicial de infecção por varicela, o vírus persiste nos neurônios dos gânglios sensoriais em um estado citoplasmático e extracromossômico relativamente quiescente.33,34 A ocorrência de reativações subclínicas e clínicas é comum. A reativação clínica do VVZ é intensificada por muitos fatores, incluindo avanço da idade, imunossupressão e lesão cutânea local. Características clínicas. De um modo geral, os ataques de herpes-zóster são precedidos de dor, que poderá persistir por vários dias após o surgimento da lesão. A erupção vesicular é unilateral e geralmente surge no tórax. Comumente, os ataques individuais se limitam a um entre os três dermátomos, embora seja comum o surgimento de algumas lesões cutâneas isoladas em sítios distantes dessa área. As vesículas circundadas por bases eritematosas poderão continuar a se desenvolver por vários dias; em seguida, as lesões secam e se formam crostas. As superinfecções e a formação de cicatrizes são comuns. Complicações. Neuralgia pós-herpética, que pode ser grave, principalmente em pessoas idosas, é a complicação mais comum de herpes-zóster. A neuralgia pós-herpética possivelmente seja refratária ao tratamento e talvez persista por vários meses ou mesmo anos. As seguintes síndromes neurológicas também estão associadas ao herpes-zóster: mielite segmentar, síndrome de Guillain-Barré, necrose retinal aguda e síndrome de Ramsay Hunt.34 A síndrome de Ramsay Hunt é uma infecção que acomete o gânglio linfático geniculado do sétimo nervo craniano e produz paralisia facial; poderão surgir vesículas no tímpano e na parte lateral da língua. A Figura 5 ilustra o herpes-zóster em sua distribuição. Figura 5 - Com frequência, em termos de distribuição, o herpes-zóster é mais torácico e dermatomal. A disseminação cutânea, conforme se observa nesse paciente, pode ocorrer nas situações em que há comprometimento grave da imunidade.
A encefalite por VVZ, outra complicação pouco frequente de herpes-zóster, se apresenta de duas formas.34 A encefalite de grandes vasos (arterite granulomatosa) ocorre predominantemente em pessoas imunocompetentes; esse tipo de doença se caracteriza pela presença de déficits focais agudos, que ocorrem algumas semanas após o surgimento das lesões causadas pelo herpes-zóster no padrão de distribuição trigeminal contralateral.
A angiografia mostra que há estreitamento segmentar, principalmente na carótida interna, na artéria cerebral média e na artéria cerebral anterior. O exame microscópico revela a presença de inflamação arterial, de células gigantes multinucleadas e de partículas virais.
A encefalite de pequenos vasos ocorre quase que exclusivamente em pessoas imunocomprometidas e se caracteriza pela presença de cefaleia, febre, alterações no estado mental, convulsões e déficits focais. Os estudos imagiológicos mostram infartos isquêmicos ou hemorrágicos nas substâncias cinzenta e branca, e o exame do LCR demonstra pleocitose mononuclear e anticorpos contra o DNA do VVZ e o VVZ.
Diagnóstico De um modo geral, varicela e herpes-zóster são condições diagnosticadas apenas com bases clínicas. Às vezes, se confunde varicela com herpes simples, impetigo, picadas de insetos ou sarna; em raras ocasiões, a infecção pelo HSV se apresenta com erupções zosteriformes.
O diagnóstico de infecção por VVZ pode ser feito pelo isolamento do vírus, imunofluorescência direta das lesões, detecção do DNA viral por PCR ou demonstrando-se uma elevação de quatro vezes nos anticorpos em relação aos antígenos virais. Em comparação com a varicela, o herpes-zóster provoca elevações maiores e mais rápidas nos anticorpos.
Prevenção Duas vacinas atenuadas vivas contra VVZ estão disponíveis nos EUA para prevenção de varicela: (1) uma vacina contra varicela com um único antígeno (Varivax), que foi licenciada nos EUA em 1995 para aplicação em crianças saudáveis com idade igual ou superior a 12 anos, em adolescentes e adultos, e (2) uma combinação de vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (MMRV) (ProQuad), que foi licenciada nos EUA em 2005 para aplicação em crianças saudáveis com idade igual ou superior a 12 anos.
A incidência de varicela declinou acentuadamente nas áreas de vigilância como resultado do uso de vacinas.35,36 As recomendações do Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) para prevenção de varicela em crianças, adolescentes e adultos incluem: implementação de programas de vacinação de rotina de duas doses contra varicela para crianças (isto é, administração subcutânea de duas doses de 0,5mL), administrando-se a primeira dose na idade de 12 a 15 meses e a segunda na idade de 4 a 6 anos; uma segunda vacina de reforço contra varicela para crianças, adolescentes e adultos que já tenham recebido uma dose; vacinação de rotina em todas as pessoas saudáveis com 13 anos de idade ou mais que não apresentem evidências de imunidade (isto é, administração subcutânea, em intervalos de 4 a 8 semanas, de duas vacinas de 0,5mL contra varicela com um único antígeno); avaliação pré-natal e vacinação pós-parto; uso expandido da vacina contra varicela em crianças infectadas pelo HIV, com percentuais de células T CD4 + de 15 a 24% específicos para a idade, e para adolescentes e adultos com contagens de células T CD4 + de pelo menos 200/ µ L.
O comitê ACIP aprovou também os critérios para evidências de imunidade à varicela.37 Em 2006, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou uma vacina de dose elevada contra VVZ (Zostavax) com base nos resultados de um estudo clínico randomizado de grande porte que reuniu mais de 38 mil indivíduos.38 Este estudo, que agrupou indivíduos com idade igual e superior a 60 anos, mostrou que a vacina diminuiu a incidência de herpes-zóster em 51% em comparação com placebo.
Além disso, nos indivíduos que realmente desenvolveram herpes-zóster, a neuralgia pós-herpética foi reduzida em 39%. Essa vacina foi originalmente aprovada para prevenção de herpes-zóster e neuralgia pós-herpética em pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.39 Entretanto, em março de 2011, a FDA estendeu a aprovação da vacina para indivíduos na faixa etária de 50 a 59 anos de idade.40 Ainda não existe nenhuma recomendação do comitê ACIP para uso rotineiro da vacina nesse grupo etário.
A vacina é aplicada apenas uma vez como injeção subcutânea (dosagem de 0,65mL). Levando-se em consideração que as pessoas que já tinham sido acometidas por herpes-zóster foram excluídas dos testes, ainda não se determinou formalmente se esses indivíduos também poderiam se beneficiar com a vacina; porém, mesmo assim, grande parte dos médicos a recomenda, a não ser em casos recentes de herpes-zóster.
Esse tipo de vacina não deve ser aplicado em indivíduos em estados primários ou adquiridos de imunodeficiência (por exemplo, pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida – Aids, leucemia ou linfoma, ou indivíduos que estiverem recebendo imunossupressão iatrogênica), em indivíduos com tuberculose ativa não tratada, em mulheres que estejam ou possam estar grávidas, ou em pessoas com histórico de reações anafilactoides aos componentes da vacina.
Informações adicionais sobre a vacina contra herpes-zóster constam no website do Centers for Disease Control and Prevention ( http://www.cdc.gov/shingles/vaccination.html ).41 Existem diversos relatos de transmissão nosocomial do VVZ. Portanto, os pacientes hospitalizados com varicela ou herpes-zóster deverão ser isolados para impedir a disseminação do vírus para outras pessoas suscetíveis.
Todos os pacientes suscetíveis de alto risco que forem expostos a pessoas infectadas, e tiverem contraindicações para a vacina contra o VVZ, devem receber profilaxia à base de globulina imune contra varicela-zóster (VariZIG – 125 unidades/10kg de peso corporal IM, em até 10 dias após a exposição) para evitar ou modificar a enfermidade clínica.42 Alguns estudos menores sugerem que doses elevadas da aciclovir (40 a 80mg/kg por 7 dias, iniciando 7 a 9 dias depois da exposição) ou que a vacina contra VVZ (uma dose no dia da exposição ou em até 3 dias após a exposição) também são opções para a profilaxia pós-exposição.33 Tratamento A documentação disponível mostra relatos de sucessos consideráveis no tratamento de infecções por VVZ em hospedeiros imunocomprometidos com a administração parenteral de aciclovir (para adultos: 10mg/kg, a cada 6 horas, por 7 dias).
Doses elevadas de aciclovir por via oral (800mg, 5x/dia, por 7 dias), quando iniciadas imediatamente, também poderão encurtar o curso e diminuir a gravidade do herpes-zóster em hospedeiros saudáveis. Outra opção é o uso de valaciclovir por via oral (1g, 3x/dia).
Ainda há controvérsias sobre o uso de corticosteroides em combinação com aciclovir para tratamento de casos agudos de herpes-zóster.43,44 Em determinadas circunstâncias, justifica-se o uso de esteroides em pessoas com idade acima de 50 anos que não tenham contraindicações relativas como diabetes melito, hipertensão ou glaucoma.29 A resistência ao aciclovir foi descrita em isolados de VVZ em pacientes com infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) que haviam recebido terapia de longo prazo com aciclovir.
O medicamento foscarnet (40 a 60mg/kg, a cada 8 horas) é a alternativa para tratamento de infecções por VVZ resistentes ao aciclovir em hospedeiros imunocomprometidos.45 Os medicamentos aciclovir, fanciclovir e valaciclovir também são eficazes para diminuir a gravidade e reduzir o curso da catapora em pacientes competentes sob o ponto de vista imunológico, embora as crianças geralmente não recebam esse tratamento farmacológico contra varicela descomplicada.
Tratamento Farmacológico para Infecção Causada pelo Vírus Varicela-Zóster | |||
Medicamento | Dose | Classificação da eficácia | Comentários |
Aciclovir* | 10mg/kg, IV, q.8 horas, por 7 dias | Primeira escolha | Para tratar varicela ou herpes-zóster em pacientes imunocomprometidos. |
800mg, p.o., 4x/dia, por 5 dias (varicela); 800mg, p.o., 5 vezes/dia por 7 dias (herpes-zóster) | Alternativa | Possivelmente encurte o curso e diminua a gravidade do herpes-zóster e da varicela em pacientes saudáveis. | |
Valaciclovir | 1g, p.o., t.i.d., por 5 dias (varicela) ou 7 dias (herpes-zóster) | Alternativa | Possivelmente encurte o curso e diminua a gravidade do herpes-zóster e da varicela em pacientes saudáveis. |
Fanciclovir | 500mg, p.o., por 7 dias | Alternativa | Possivelmente encurte o curso e diminua a gravidade do herpes-zóster e da varicela em pacientes saudáveis. |
Foscarnet | 40 a 60mg/kg, IV, q.8 horas, por 2?3 semanas | Alternativa | Para tratamento de infecção por VVZ resistente ao aciclovir em pacientes imunocomprometidos. |
VVZ: vírus varicela-zóster. Citomegalovírus Embora, na virada do século XX, a doença de inclusão citomegálica em crianças tenha sido reconhecida como entidade clínica, o agente etiológico – o CMV – foi isolado apenas em meados da década de 1990. A partir de então, o CMV passou a ser reconhecido como um vírus quase onipresente que desempenha um papel importante em muitas doenças, incluindo uma forma de mononucleose e a doença disseminada em hospedeiros imunocomprometidos.
- Epidemiologia e Etiologia A distribuição do CMV é mundial.
- Nos países desenvolvidos, aproximadamente 1% de recém-nascidos é infectado pelo CMC, sendo que a incidência é muito mais elevada nas regiões em desenvolvimento.
- Em pacientes imunocomprometidos (por exemplo, receptores de transplantes de órgãos ou de células-tronco hematopoiéticas e em pacientes com Aids), as infecções pelo CMV são as causas principais de morbidade e de mortalidade.
A transmissão ocorre por meio do contato com pessoas infectadas, mais frequentemente pelo compartilhamento de secreções ou de produtos derivados do sangue contendo leucócitos. O CMV se dissemina através do sêmen, das secreções cervicais, da saliva, do leite materno e da urina.
- A transmissão genital é muito comum na fase final da adolescência.
- As infecções primárias em mulheres grávidas poderão se disseminar para os fetos, às vezes com consequências devastadoras.
- A imunidade adquirida naturalmente diminui bastante a probabilidade de infecção congênita, embora talvez ocorram infecções com cepas diferentes de CMV, que produzem infecções sintomáticas em recém-nascidos.46 A incidência de infecção perinatal também é comum por causa da disseminação a partir do leite materno e de outras secreções.
A vida comunitária e a má higiene pessoal facilitam a transmissão. A disseminação do CMV em creches é comum; com frequência, as crianças infectadas servem de fontes de transmissão para outros membros da família. As transfusões de sangue e os transplantes de órgãos também podem transmitir CMV dos doadores sintomáticos para os receptores.
- Aparentemente, observa-se um aumento na proporção de receptores de transplante de fígado negativos para anticorpos contra o CMV que recebem órgãos de doadores positivos para anticorpos contra o CMV.47 Patogênese Após terem sido infectadas, geralmente as pessoas carregam o vírus por toda a vida.
- Comumente, essas infecções permanecem dormentes e as reativações ocorrem nos períodos de comprometimento imune.
A reativação é particularmente comum em pacientes com comprometimento na função das células T (por exemplo, receptores de transplantes ou pacientes com neoplasmas linfoides ou Aids). As reinfecções com novas cepas de CMV também ocorrem em pacientes com comprometimento imune.
- Nos fetos, a infecção primária poderá resultar em doença de inclusão citomegálica disseminada com inúmeras anormalidades congênitas, em doença localizada que afeta o sistema auditivo ou o SNC, ou no envolvimento subclínico.
- De um modo geral, a infecção perinatal é assintomática, ainda que seja provável a ocorrência de condições como pneumonite intersticial prolongada, hepatite e retardo na progressão do crescimento.
A doença sintomática tem mais probabilidade de ser produzida por infecção primária pelo CMV do que pela reativação viral. Os sítios de infecção latente não são muito bem definidos, embora, aparentemente, o CMV persista em diversos tipos de células em muitos órgãos.
Provavelmente, ocorram reativação viral e aumento na replicação, resultando em vários tipos de síndromes, nos casos em que as respostas imunes dos hospedeiros se tornarem comprometidas. A replicação do CMV poderá suprimir ainda mais as respostas imunes, levando a uma hiperresponsividade linfocitária profunda e a infecções graves com patógenos oportunistas (por exemplo, Pneumocystis jiroveci e Toxoplasma gondii).
Os mecanismos pelos quais a replicação do CMV inibe as respostas dos hospedeiros são complexos e envolvem interações virais com os linfócitos e monócitos-macrófagos dos hospedeiros. Síndromes Clínicas Monocucleose Por Citomegalovírus Características clínicas.
- A monocucleose por CMV ocorre em pacientes de qualquer idade, embora seja mais comum em adultos jovens sexualmente ativos.
- As respostas vigorosas às células T dos hospedeiros talvez contribuam para essa síndrome, que se caracteriza pela presença de febre, enxaqueca, fadiga e mialgia.
- Condições como cefaleia e esplenomegalia também são presenças prováveis.
Anormalidades enzimáticas leves no fígado são muito comuns, sendo que também é usual a presença de linfócitos atípicos no sangue periférico. Não se formam anticorpos heterófilos em resposta às infecções pelo CMV; no entanto, é comum a presença de anormalidades imunológicas leves, incluindo o fator reumatoide e anticorpos antinucleares.
Complicações. Ocasionalmente, ocorrem condições como anemia hemolítica, trombocitopenia, complicações neurológicas (por exemplo, síndrome de Guillain-Barré) ou envolvimento de outros órgãos (fígado, pulmão), que poderão se tornar graves.48 Tipicamente, as infecções agudas desparecem em 2 a 4 semanas, ainda que a astenia pós-viral e a excreção viral persistam por vários meses.
Infecções por Citomegalovírus em Hospedeiros Imunocomprometidos Aparentemente, o CMV é o patógeno viral mais frequente e mais importante em pacientes que tenham feito transplante de órgãos. De um modo geral, esses pacientes com as síndromes produzidas pelo CMV se apresentam com febre e leucopenia, que poderá progredir para pneumonite e, em casos raros, para doença generalizada.
- O período de risco mais elevado é de 1 a 4 meses após o transplante e parece se relacionar ao grau de imunossupressão dos hospedeiros.
- O CMV pode aumentar também o risco de perda de enxertos após os transplantes de órgãos.49 A pneumonia produzida pelo CMV ocorre em 20% de receptores de transplantes de células-tronco hematopoiéticas; a mortalidade nesses pacientes, caso a pneumonia não seja tratada, atinge algo em torno de 90%.
O CMV é reconhecido como um patógeno importante em pacientes com Aids. Com frequência, o vírus contribui para o comprometimento imune que se observa nesses pacientes e poderá produzir doença generalizada afetando os olhos, o trato gastrintestinal ou o SNC.
Pelo menos 50% de pacientes com Aids têm viremia causada pelo CMV e 90% ou mais apresentam evidências de infecção pelo CMV nas autópsias.50 A presença de úlceras no esôfago, no estômago, no intestino delgado ou no colo é uma probabilidade, e pode produzir hemorragia ou perfuração.51 Nesse contexto, é extremamente importante reconhecer a presença de polirradiculopatia ou de encefalite causadas pelo CMV, tendo em vista que esses distúrbios têm grande potencial de reversão terapêutica.52,53 Da mesma forma, a retinite produzida pelo CMV é uma causa importante, porém tratável, de cegueira em pacientes com Aids.54 As lesões iniciais consistem de pequenas áreas esbranquiçadas de necrose retinal, que progridem de forma centrífuga e, subsequentemente, são acompanhadas de hemorragia, revestimento vascular e edema retinal, conforme a Figura 6.
O CMV e o HIV potencializam a replicação de cada um deles in vitro, sendo possível que essas interações ocorram em órgãos duplamente infectados (por exemplo, a retina e o cérebro de pacientes com Aids que tenham infecções produzidas pelo CMV). Figura 6 – A retinite causada pelo CMV poderá resultar em exsudatos hemorrágicos e, finalmente, em cegueira. Sob o ponto de vista clínico e patológico, existem duas formas de encefalite causada pelo CMV que são distinguíveis em pacientes com Aids: encefalite micronodular multifocal, que se assemelha à encefalite produzida pelo HIV e se apresenta com demência progressiva; e encefalite ventricular, que se caracteriza por déficits agudos nos nervos cranianos, ventriculomegalia, nistagmo, letargia e desorientação.53,55 Diagnóstico As infecções causadas pelo CMV não podem ser diagnosticadas com segurança somente em bases clínicas.
Embora o vírus possa ser isolado a partir de uma grande variedade de secreções ou de tecidos infectados, a identificação definitiva poderá levar várias semanas. O uso de centrifugação pelo método shell vial e de análise imuno-histoquímica para os antígenos precoces do CMV agiliza o diagnóstico e ajuda a monitorar os resultados, assim como a monitorar a aplicação de imunofluorescência ou de ensaios com base na reação em cadeia da polimerase (PCR) no plasma ou em leucócitos no sangue periférico.56?58 A confirmação de viremia é o melhor indicador de infecção aguda, em comparação com a detecção do vírus na urina ou na saliva.
O uso da PCR para detectar o DNA do CMV no LCR facilita o diagnóstico de condições como encefalite e polirradiculopatia causadas pelo CMV.55,55 Prevenção Encontram-se, atualmente, em fase de investigação diversas medidas profiláticas específicas e inespecíficas para prevenir a ocorrência de síndromes de CMV.
A compatibilização de transplantes soronegativos ou de receptores de transfusão com doadores soronegativos de órgãos ou de sangue diminui a probabilidade de transmissão. O uso de sangue congelado e descongelado, lavado com solução salina ou filtrado em algodão, pode prevenir contra a incidência de infecções por CMV associadas às transfusões.
A globulina imune contra o CMV é uma opção que poderá ser utilizada em determinados receptores soronegativos de medula óssea. As vacinas experimentais contra o CMV ainda se encontram em fase de investigação. Tratamento Gerenciamento de Mononucleose por Citomegalovírus De um modo geral, a mononucleose causada por CMV é autolimitada e precisa apenas de tratamento de suporte.
Não se recomenda o uso de terapia antiviral específica. Gerenciamento de citomegalovírus em hospedeiros imunocomprometidos A administração intravenosa de ganciclovir, um análogo da deoxiguanosina, assim como a administração oral de valganciclovir, um pró-medicamento do ganciclovir, são tratamentos eficazes de infecções pelo CMV (por exemplo, retinite) em hospedeiros imunocomprometidos.
Tanto a administração intravenosa de ganciclovir (5mg/kg, 2x/dia, por 14 a 21 dias, e subsequentemente 5mg/kg, diariamente, ou 6mg/kg, 5x/semana, a título de manutenção), como a administração oral de valganciclovir (900mg, 2x/dia, por 21 dias, e subsequentemente 900mg, diariamente, para manutenção), resulta na estabilização ou na melhora em 70 a 90% de pacientes com retinite causada pelo CMV.59 A neutropenia poderá ser dose-limitante para o ganciclovir e o valganciclovir.
Tratamento Farmacológico para Infecção Causada pelo Citomegalovírus | |||
Medicamento | Dose | Classificação da eficácia | Comentários |
Ganciclovir | 5mg/kg, IV, q.12 horas por 7 dias a 21 dias e, a seguir, 5mg/kg, IV, q.d., ou 5x/semana para manutenção. | Primeira escolha | Para tratar retinite por CMV e outras infecções por CMV em estágio avançado em pacientes imunocomprometidos. |
Valganciclovir | 900mg, p.o., b.i.d, por 21 dias e, a seguir, 900mg, p.o., q.d., para manutenção. | Primeira escolha | Para tratar retinite por CMV e outras infecções por CMV em estágio avançado em pacientes imunocomprometidos. |
Foscarnet | 60mg/kg, IV, q.8 horas ou 90mg/kg, IV, q.12 horas, por 2?3 semanas e, a seguir, 90?120mg/kg, IV, q.d. | Alternativa | Para tratar retinite ou doença GI causada por CMV; combinar com ganciclovir para tratamento de infecções graves no SNC em pacientes com Aids. |
Cidofovir | 5mg/kg, IV, 1x/semana, por 2 semanas e, a seguir, 5mg/kg, IV, a cada 2 semanas. | Alternativa | Para tratar retinite por CMV. |
Aids: síndrome da imunodeficiência adquirida; GI: gastrintestinal; CMV: citomegalovírus; SNC: sistema nervoso central. A administração de foscarnet (60mg, 3x/dia, ou 90mg/kg, 2x/dia, por 2 a 3 semanas e, a seguir, 90 a 120mg/kg diariamente) é comprovadamente eficaz no tratamento de retinite e de doença gastrintestinal causadas pelo CMV, sendo que o aciclovir (administração semanal por 2 semanas, seguida de 5mg/kg a cada duas semanas) talvez seja uma boa opção para o tratamento de retinite causada pelo CMV.
A combinação de ganciclovir e foscarnet pode seja necessária nos casos graves de infecção no SNC em pacientes aidéticos.62 A resistência ao ganciclovir e a outros medicamentos anti-CMV poderá complicar as terapias prolongadas.63 Nefrotoxicidade é a principal toxicidade dose-limitante do foscarnet e do cidofovir.
Um pró-medicamento oral do cidofovir encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento clínico.64 O ganciclovir profilático ou supressivo talvez seja útil em outros pacientes de alto risco, como, por exemplo, os receptores de transplantes de células-tronco hematopoiéticas ou de órgãos sólidos que sejam soropositivos para o CMV.
Diversos regimes anteriores ou preventivos à base de ganciclovir e de valganciclovir estão sendo estudados em receptores de transplantes susceptíveis e em pacientes com Aids.65 Levando-se em consideração as toxicidades dos medicamentos anti-CMV atualmente disponíveis no mercado, assim como a complexidade das condições subjacentes em muitos pacientes portadores de doença orgânica terminal, recomenda-se o encaminhamento para especialistas em oncologia, doenças infecciosas causadas por transplantes e/ou doenças causadas pelo HIV.
Vírus de Epstein-Barr O VEB é um tropismo celular muito limitado; a faixa de hospedeiros geralmente se restringe às células B humanas e às células epiteliais da nasofaringe e do colo uterino. O VEB é a causa de mononucleose infecciosa positiva para anticorpo heterófilo e foi envolvido em vários outros distúrbios, incluindo linfoma de Burkitt, carcinoma nasofaríngeo, leucoplaquia pilosa oral e uma grande variedade de distúrbios linfoproliferativos nas células B e, possivelmente, nas células T.66 Epidemiologia e Etiologia Nos países em desenvolvimento, a maior parte da população se expõe ao VEB precocemente.
Nos EUA, aproximadamente 50% da população se torna soroconvertida aos 5 anos de idade; além disso, há uma taxa elevada de soroconversão na adolescência e em adultos jovens, sendo que 90 a 95% de adultos são soropositivos. A mononucleose infecciosa clínica se desenvolve sobretudo em pessoas que contraem infecção primária pelo VEB quando estiverem na faixa etária entre 10 e 20 anos de idade; em pessoas mais jovens, normalmente a infecção primária pelo VEB não é clinicamente aparente.
Nos países desenvolvidos, a maior parte dos casos de mononucleose infecciosa ocorre em indivíduos que pertencem aos grupos econômicos mais elevados, nos quais a transmissão viral geralmente retarda até os pacientes atingirem uma idade acima de 10 anos.
Os adultos jovens suscetíveis em idade colegial adquirem infecções pelo VEB a uma taxa de 14 a 15 casos por 100 pessoas/ano, sendo que quase 90% dessas infecções são sintomáticas e a maioria delas desenvolve mononucleose infecciosa.67 Como resultado, as infecções pelo VEB têm grande impacto na saúde pública das populações de adultos jovens, incluindo estudantes e militares.
O VEB se dissemina em qualquer momento, a partir da orofaringe, em aproximadamente 15% dos adultos na população soropositiva, sendo que os indivíduos soropositivos transmitem o vírus através da saliva.68 A disseminação ocorre com muito mais frequência em pacientes com mononucleose infecciosa e em pessoas imunocomprometidas como os receptores de transplante renal e os pacientes com infecção pelo HIV.69 A transmissão viral requer contato próximo, normalmente através do contato oral, sendo que uma das pessoas é quem transmite o VEB.
- Em raras ocasiões, a transmissão do vírus ocorre por outras vias, incluindo as transfusões de sangue.
- Há relatos de infecções pelo VEB no colo uterino; ulcerações genitais foram observadas em pacientes com mononucleose infecciosa; e a atividade sexual também é um fator de risco altamente significativo para a soropositividade do VEB, 70 sugerindo a possibilidade de transmissão genital do vírus para os parceiros sexuais e para recém-nascidos.
Patogênese A infecção inicia por meio da ligação das proteínas gp350/120, que se localizam no invólucro do VEB, ao complexo CD21 da molécula da superfície celular. Após a replicação inicial nas células ou nas células B da nasofaringe, aparentemente as células B transportam o vírus até outras partes do corpo.
- Na nasofaringe, ocorre a replicação ativa do vírus infeccioso.
- Por outro lado, o genoma viral está presente nas células B, mas não há produção de partículas do vírus infeccioso maduro.
- Nas células B, onde o VEB permanece latente, o DNA sai como um epissoma circular; nas células em que o vírus infeccioso é produzido, a forma do DNA do VEB é linear.
As células B infectadas são conhecidas por células imortalizadas (isto é, são capazes de continuar a proliferação) e produzem uma grande variedade de anticorpos como consequência da ativação policlonal das células B. Um dos anticorpos produzidos pelas células B, o anticorpo heterófilo, é um marcador útil para o diagnóstico de infecção.
- Após o início da infecção, o hospedeiro prepara uma resposta da célula B contra novos antígenos nas células infectadas e uma resposta do anticorpo da célula B contra vários antígenos associados ao VEB, incluindo o antígeno capsídeo viral, antígenos precoces e o antígeno nuclear de Epstein-Barr.
- Os padrões de anticorpos variam conforme o estágio da infecção e a síndrome expressa.
Síndromes Clínicas Fatores como idade e imunocompetência exercem grande influência na expressão da infecção pelo VEB. Comumente, as crianças mais jovens têm infecções assintomáticas ou triviais e, em geral, não produzem anticorpos heterófilos. Nas pessoas idosas, a infecção pelo VEB pode se apresentar como uma síndrome febril persistente em que os pacientes manifestam resultados negativos nos testes para anticorpos heterófilos.
- Mononucleose infecciosa é a manifestação clínica mais comum de infecção primária pelo VEB.
- Mononucleose Infecciosa Características clínicas.
- Comumente, os pacientes se apresentam com febre, faringite e linfadenopatia.
- Hepatoesplenomegalia, enantema palatal, edema periorbital e icterícia são características menos comuns.
Um tipo de erupção cutânea difusa maculopapular ocorre em 10% de pacientes, particularmente em indivíduos que tenham recebido ampicilina. As anormalidades hematológicas incluem um tipo de linfocitose no sangue periférico; em geral, mais de 10% de leucócitos no sangue periférico consistem de linfócitos atípicos.
A contagem total de leucócitos talvez seja normal, baixa ou elevada; observa-se uma neutropenia relativa e absoluta em 60 a 90% de pacientes. A ocorrência de trombocitopenia também é comum, e as enzimas hepatocelulares são anormais em 90% de pacientes. A presença de crioproteínas e de anticorpos antigranulócitos é frequente, mas, em geral, é de pouca significância clínica.
A maior parte dos casos de mononucleose infecciosa desaparece em 1 a 3 semanas, embora enxaqueca e fadiga ocasionalmente persistam por várias semanas a meses. Complicações. As complicações da mononucleose infecciosa afetam a maioria dos sistemas de órgãos.
O aumento no volume tonsilar pode ser extremo e causar transtornos respiratórios. Embora seja uma ocorrência rara, o rompimento esplênico deverá ser levado em consideração nos casos em que houver desenvolvimento de dor abdominal, em especial durante a segunda e a terceira semanas de enfermidade. Os pacientes com rompimento esplênico geralmente sentem dor e sensibilidade no quadrante superior esquerdo que, tipicamente, são acompanhadas de sinais de irritação peritoneal e de evidências laboratoriais de hematócrito em queda.
Provavelmente, seja necessário fazer esplenectomia nos casos em que for confirmado o diagnóstico de rompimento esplênico, embora, às vezes, a preservação esplênica seja possível apenas com tratamento intensivo de suporte. As complicações neurológicas ocorrem em menos de 1% de pacientes com mononucleose infecciosa; essas complicações incluem encefalite, meningite asséptica, mielite transversa, síndrome de Guillain-Barré, neurite ótica e neuropatias periféricas.
- Com frequência, a encefalite causada pelo VEB se apresenta como cerebelite, embora possa também imitar herpes-zóster.
- A despeito da gravidade das complicações neurológicas, a maior parte dos pacientes se recupera totalmente.
- A ocorrência de anemia hemolítica autoimune mediada por aglutinina fria com foco nos antígenos é comum normalmente durante a segunda e a terceira semanas de enfermidade.
Embora sejam raras, condições como anemia aplásica, trombocitopenia hemorrágica e granulocitopenia com superinfecção são complicações potencialmente fatais. O VEB foi detectado em espécimes de medula óssea por hibridização in situ. As complicações cardíacas e pulmonares não são comuns.
Uma síndrome crônica rara de febre, hepatite persistente, linfadenopatia extensiva, hepatoesplenomegalia, pancitopenia, uveíte e pneumonia intestinal foi associada a infecções persistentes causadas pelo VEB.71 Infecção pelo Veb em Hospedeiros Imunocomprometidos Os hospedeiros imunocomprometidos são susceptíveis às síndromes linfoproliferativas generalizadas produzidas pelo VEB.
A doença de Duncan – um distúrbio familiar ligado ao X – foi associada à mononucleose infecciosa fatal, assim como a condições como agamaglobulinemia e linfoma. Aparentemente, todos esses distúrbios se relacionam às infecções causadas pelo VEB em pessoas geneticamente predispostas.
O gene envolvido codifica a proteína com 128 aminoácidos, que pode estar envolvida na transdução de sinal das células T.72 Ocasionalmente, nos receptores de transplantes que recebem ciclosporina e em pacientes com Aids, o desenvolvimento de infecções generalizadas pelo VEB culmina em síndromes linfoproliferativas de células B.
A leucoplasia pilosa é uma lesão hiperplásica não maligna nas células epiteliais que ocorre em pacientes imunocomprometidos, particularmente em indivíduos com infecção pelo HIV, e se apresenta como lesões enrugadas, esbranquiçadas e elevadas que se localizam no aspecto lateral da língua.
Essas lesões estão associadas à replicação ativa do VEB e à expressão de proteínas virais líticas.73 A incidência de leucoplasia pilosa oral aparentemente diminuiu na era dos agentes antirretrovirais altamente ativos para tratamento de infecções pelo HIV. Infecção pelo Vírus Epstein-Barr e Câncer A natureza da associação entre VEB e linfoma de Burkitt e carcinoma nasofaríngeo permanece sem solução.
Quase todos os pacientes africanos com linfoma de Burkitt e do Leste Asiático com carcinoma nasofaríngeo têm titulações elevadas do anticorpo do VEB, sendo que o DNA do VEB é encontrado nos próprios tumores. Uma forma clonal simples de VEB foi associada a carcinomas nasofaríngeos e a lesões pré-invasivas, embora não esteja muito claro se ou como o vírus se envolveu na etiologia desses neoplasmas.
O VEB também foi associado a alguns casos de linfoma primário de células B no SNC, linfoma de células T, tumores em músculos lisos, granulomatose linfomatoide e doença de Hodgkin.66,74,75 Diagnóstico Na maior parte dos casos de mononucleose infecciosa, o diagnóstico pode ser confirmado pela detecção de anticorpos heterófilos e de anormalidades no sangue, que se caracterizam pela presença de linfócitos atípicos que, com frequência, são responsáveis por mais de 10% dos leucócitos no sangue periférico.
Os anticorpos heterófilos, geralmente detectados por meio de testes mono spot ou com lâminas, não são direcionados contra os antígenos virais, mas contra os antígenos eritrocitários de várias espécies, incluindo ovelhas, cavalos e cabras. Esses reagentes de fase aguda, que estão presentes em, aproximadamente, 90% de pacientes em algum ponto no curso da enfermidade, devem ser distinguidos dos anticorpos de Forssman, os quais ocorrem naturalmente, e dos anticorpos em pacientes com alguma enfermidade sérica; essa diferenciação poderá ser feita por meio de testes de absorção específicos.
- A presença de anticorpos heterófilos pode ocorrer no início da enfermidade clínica ou surgir mais tarde no curso da doença; comumente, eles desaparecem entre 3 a 5 meses após o início da enfermidade, mas podem persistir por períodos mais longos de tempo.
- As reações falsas positivas são raras.
- A mononucleose infecciosa negativa para anticorpos heterófilos pode ser causada por CMV, VEB ou qualquer outro tipo de vírus.
As medições de anticorpos específicos para o VEB são muito úteis nos casos de mononucleose infecciosa negativa para anticorpos heterófilos e outras síndromes possivelmente associadas ao VEB. Os anticorpos contra os antígenos capsídeos virais surgem no início do curso da infecção e estão presentes em 85% de pacientes no momento da visita inicial ao médico.
- A presença de anticorpos imunoglobulina M (IgM) contra antígenos capsídeos virais sugere infecção aguda, enquanto que os anticorpos imunoglobulina G (IgG) contra antígenos capsídeos virais indicam infecção anterior.
- Os anticorpos contra antígenos precoces surgem temporariamente durante as infecções ativas, além de serem encontrados em pacientes com a variante africana do linfoma de Burkitt, assim como em pacientes com carcinoma nasofaríngeo.
Os anticorpos contra o antígeno nuclear de Epstein-Barr surgem mais tarde no curso da enfermidade e persistem após a recuperação. Consequentemente, o padrão de respostas específicas do anticorpo ao VEB pode indicar o estágio da infecção. De um modo geral, as culturas não têm nenhuma utilidade diagnóstica.
Embora o VEB possa ser isolado da nasofaringe, as técnicas de culturas são complexas e consomem muito tempo. A detecção do DNA do VEB por meio das técnicas de PCR é uma opção útil para monitorar a progressão de determinadas doenças, tais como encefalite ou as síndromes linfoproliferativas.76?78 Prevenção As vacinas experimentais contra o VEB em estudo têm o objetivo de prevenir a ocorrência de mononucleose infecciosa e de cânceres associados ao VEB.
As vacinas terapêuticas para tratar malignidades associadas ao VEB também se encontram atualmente em fase de desenvolvimento.66 Tratamento Gerenciamento de Mononucleose Infecciosa O tratamento é de suporte. A administração de corticosteroides pode ser útil em determinadas situações, como, por exemplo, obstrução iminente nas vias respiratórias, trombocitopenia grave ou anemia hemolítica.
Os regimes de curto prazo (1 a 2 semanas) são adequados. Agentes antivirais específicos como aciclovir ou ganciclovir não são recomendados para o tratamento da maioria dos distúrbios relacionados ao VEB.79 Embora a administração intravenosa de aciclovir diminua a disseminação viral em pacientes com mononucleose infecciosa, os benefícios clínicos aparentemente são mínimos.
Gerenciamento de Infecções em Hospedeiros Imunocomprometidos A infusão de leucócitos de doadores ou de células T citotóxicas específicas para o VEB também é uma opção válida para o tratamento de algumas doenças linfoproliferativas relacionadas ao VEB depois de transplantes de células-tronco hematopoiéticas.80 Não há agentes antivirais que tenham produzido algum benefício em doenças associadas ao VEB.
Herpes-Vírus Humano Tipo 6 Em 1986, um herpes-vírus recentemente reconhecido, o HHV-6, foi isolado a partir de leucócitos do sangue periférico de seis pessoas com vários distúrbios linfoproliferativos.81 Esse vírus foi inicialmente designado vírus linfotrópico humano tipo B, mas foi renomeado quando alguns estudos subsequentes demonstraram que o vírus replicava em células com origem nas células T.82 Foram reconhecidas duas variantes geneticamente distintas do HHV-6 – HHV-6A e HHV-6B.
A doença está mais frequentemente associada às infecções causadas pelo HHV-6B, embora esta variante do HHV tenha neurotropismo maior.83 A CD46, uma proteína imunomoduladora, é um receptor celular para o HHV-6.84 Tipicamente, as infecções produzidas pelo HHV-6 ocorrem na infância, na medida em que se reduz o nível de anticorpos maternos (pico entre o 6º e o 9º meses), embora a infecção intrauterina também seja uma ocorrência provável.85 Até 80% de adultos são soropositivos para HHV-6.
A infecção poderá se apresentar como exantema súbito (roséola infantil), uma enfermidade que se caracteriza pela presença de febre seguida por erupção cutânea ou por uma enfermidade febril sem erupção cutânea, mas geralmente com convulsões febris.86 O HHV-6 foi associado à encefalite; sugeriu-se, embora não tenha sido comprovado, que o HHV-6 é um dos agentes causais de esclerose múltipla.87 O HHV-6 pode ser transmitido através da saliva e, possivelmente, por secreções genitais, sangue ou órgãos transplantados, e a infecção pelo HHV-6 provavelmente produza uma síndrome que se assemelha à mononucleose.88 Depois de alguma infecção primária, o genoma viral poderá persistir nas células mononucleares do sangue periférico e nas glândulas salivares.
A reativação acompanha a imunossupressão, sendo que 30 a 45% de receptores de transplantes de células-tronco hematopoiéticas desenvolvem viremia por HHV-6 nas primeiras semanas após o enxerto.89 Em adultos imunocomprometidos, o HHV-6 pode estar associado a um tipo de erupção cutânea que se assemelha à doença do enxerto contra o hospedeiro e, além disso, poderá causar pneumonite, encefalite límbica, rejeição de enxerto ou doença disseminada.89?92 Não existe nenhum agente antiviral com eficácia clínica comprovada contra o HHV-6, embora o ganciclovir e o foscarnet tenham sido sugeridos como possíveis terapias.93 Herpes-Vírus Humano Tipo 7 Em 1990, outro herpes-vírus humano linfotrópico, tentativamente denominado HHV-7, foi isolado das células T de um homem saudável de 26 anos de idade.94 O papel desse vírus na doença humana ainda não foi definido, embora ele apareça com frequência na saliva de adultos saudáveis e tenha sido isolado a partir do leite materno.95,96 A infecção geralmente ocorre por volta da idade de 5 anos, sendo que, aproximadamente, 90% dos adultos são soropositivos.97 O genoma do HHV-7 também pode ser detectado em leucócitos no sangue periférico e nas secreções cervicais.
O HHV-7 talvez seja responsável por alguns casos de roséola ou de convulsões febris 98 e, possivelmente, esteja associado à disfunção dos enxertos após o transplantes de órgãos sólidos.99 Embora tenha sido sugerido que o HHV-6 e o HHV-7 sejam agentes etiológicos nos casos de síndrome de fadiga crônica e de pitiríase rósea, não há evidências que deem suporte a essa hipótese.100,101 Herpes-Vírus Humano Tipo 8 Vários relatórios produzidos no final de 1994 e em 1995 forneceram evidências convincentes de sequências únicas que se assemelhavam ao herper-vírus no sarcoma de Kaposi (SK) e ao tecido dos linfomas de cavidades do corpo de pacientes com Aids.102?105 Com auxílio da análise de diferenças representativas, os pesquisadores descobriram que mais de 90% do tecido do SK continham essas sequências; os tecidos de controle testaram negativo, excetuando-se 15% do tecido não-SK de pacientes aidéticos.102 As mesmas sequências de DNA semelhantes ao herpes-vírus foram subsequentemente documentadas em tecido do SK de pacientes não aidéticos 103?105 e em espécimes de biópsia de linfonodos de pacientes com a doença multicêntrica de Castleman.106 O HHV-8 propagado em culturas de células se assemelha muito a um herpes-vírus y encontrado nos macacos rhesus.
A soroprevalência do HHV-8 varia significativamente, dependendo da localização e do grupo de risco. Na África subsaariana, a soroprevalência poderá atingir até 50%, enquanto que, nos doadores de sangue norte-americanos, é algo em torno de 3%.107,108 A soroprevalência do HHV-8 é mais elevada em receptores de transfusões e nos grupos de risco de infecção pelo HIV.
Os ensaios quantitativos da PCR conseguem detectar o HHV-8 em espécimes de biópsia e revelaram níveis elevados de DNA viral no SK em lesões produzidas pela doença multicêntrica de Castleman.109 A infecção primária pelo HHV-8 em crianças imunocompetentes pode estar associada a condições como febre e erupção cutânea maculopapular, sendo que a descoberta de DNA do HHV-8 na saliva sugere transmissão salivar.110,111 Alguns estudos familiares sugerem que a transmissão para crianças ocorre através de vias não sexuais e, entre casais, pelas vias sexuais.112 Observaram-se também casos de transmissão nos períodos intraparto e pós-parto; a infecção intrauterina também é uma ocorrência comum.113 Nas relações sexuais entre homens, os fatores de risco de transmissão incluem aumento no número de parceiros sexuais, uso de nitrato de amila e ocorrência de linfadenopatia nos 6 meses precedentes.114,115 Os fatores de risco para transmissão em mulheres norte-americanas incluem infecção por HIV, avanço da idade, histórico de sífilis, uso de drogas injetáveis e raça negra.116,117 A transmissão do HHV-8 pode também estar associada a transplantes de órgãos ou a transfusões de sangue.
As evidências moleculares e sorológicas sugerem enfaticamente um papel causal para o HHV-8 nos casos de sarcoma de Kaposi e associações com linfomas nas cavidades corporais e com a doença multicêntrica de Castleman. Embora se tenha sugerido que o HHV-8 esteja associado a mielomas múltiplos e sarcoidose, não existem evidências que confirmem esse fato.
Alguns estudos sobre a suscetibilidade do HHV-8 aos medicamentos antivirais sugerem a existência de uma resistência relativa ao aciclovir e ao penciclovir, mas a existência de suscetibilidade a ganciclovir, foscarnet e cidofovir.118,119 Um teste piloto com o cidofovir em casos de SK mostrou que não houve nenhum efeito sobre a carga de HHV-8 ou sobre as lesões causadas pelo sarcoma de Kaposi.120 Por outro lado, outro teste sugeriu que a administração de valganciclovir uma vez ao dia poderia diminuir significativamente a frequência e a quantidade de replicações do HHV-8.121 Um teste piloto comprovou que o uso de valganciclovir não chegou a afetar a progressão clínica do sarcoma de Kaposi.122 Informações Financeiras: Martin S.
Hirsch, MD, não tem informações financeiras relevantes a declarar. Referências 1. Whitley RJ, Roizman B. Herpes simplex virus infections. Lancet 2001;357:1513.2. Bradley H, Markowitz LE, Gibson T, McQuillan GM. Seroprevalence of herpes simplex virus types 1 and 2–United States, 1999–2010.
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Quando o herpes aparece?
O Herpes genital é uma doença sexualmente transmissível, de alta prevalência, causada pelo vírus do herpes simples (HSV), que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Uma vez dentro de um organismo, dificilmente esse vírus será eliminado, passando por períodos de remissão (adormecimento do vírus, sem causar sintomas) e recidivas (manifestação da doença clinicamente).
- Além disso, como ele permanece dentro das raízes nervosas, o sistema imunológico não tem acesso a ele.
- Existem dois tipos de HSV: a) O tipo 1, responsável pelo herpes facial, manifesta-se principalmente na região da boca, nariz e olhos; b) O tipo 2, que acomete principalmente a região genital, ânus e nádegas.
É importante lembrar que a infecção cruzada dos vírus herpes tipo 1 e 2 pode acontecer se houver contato oral-genital. Isto é, pode-se pegar herpes genital na boca ou herpes oral na região genital. O período de incubação do vírus varia de 10 a 15 dias após a relação sexual com o/a portador/a do vírus, que pode ser transmitido mesmo na ausência das lesões cutâneas ou quando elas já estão cicatrizadas.
As lesões provocadas pelo vírus apresentam-se como pequenas vesículas que se distribuem em forma de buquê nos genitais masculinos e femininos. Às vezes, elas estão presentes dentro do meato uretral ou, por contiguidade, podem atingir a região anal e perianal, de onde se disseminam se o sistema imunológico estiver debilitado.
Na grande maioria das vezes as lesões do herpes genital costumam regredir espontaneamente, mesmo sem tratamento. Tem como sintomas: ardor, prurido (coceira), formigamento e gânglios inflamados, estes sintomas normalmente antecedem as erupções de pele.
As manchas vermelhas que aparecem alguns dias mais tarde evoluem para vesículas agrupadas em forma de buquê. Depois, essas pequenas bolhas cheias de líquido se rompem, criam uma crosta e cicatrizam, mas o vírus migra pela raiz nervosa até alojar-se num gânglio neural, onde permanece latente (adormecido) até a recidiva seguinte.
A melhor maneira de prevenir o herpes genital é através do uso de preservativo em todas as relações sexuais. Lembrando que apesar de as lesões regredirem espontaneamente nas pessoas com resposta imune satisfatória e as recidivas serem menos graves do que a primeira infecção, elas podem continuar transmitindo o vírus do herpes genital.
Como saber se tenho herpes tipo 1 ou 2?
Conheça os exames que ajudam a identificar o Herpes + Laboratório Amplicon Muita gente sofre de Herpes labial ou genital. Ela é uma infecção causada por um vírus chamado de Herpes Simplex. Geralmente, é na infância que temos contato com ele, porém, é comum a doença só aparecer na vida adulta.
O vírus fica no organismo e é reativado em algumas situações – exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam a resistência imunológica. Algumas pessoas têm maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes. Outras, mesmo em contato com o vírus, nunca apresentam a doença, pois sua imunidade não permite o seu desenvolvimento.
A doença provoca coceira e ardência onde depois surgirão as pequenas e incômodas bolhas. As lesões duram de 5 a 10 dias. É importante procurar o médico que vai indicar o tratamento. O Herpes vírus pode ser identificado indiretamente por exames sorológicos que identificam anticorpos contra o vírus e diretamente detectando o DNA do vírus que está em circulação. : Conheça os exames que ajudam a identificar o Herpes + Laboratório Amplicon
O que pode ser confundido com herpes?
Afta ou herpes – em resumo – Afta ou herpes são feridas comuns e podem ser parecidas. No entanto, suas causas, sintomas e tratamentos são diferentes. As aftas geralmente ocorrem em áreas moles dentro da boca. Embora as lesões do herpes também possam aparecer na língua, garganta ou gengivas, elas tendem a se formar na boca ou ao redor dela.
Porque o vírus da herpes não tem cura?
Não Existe Cura Definitiva Para Herpes Isso ocorre porque o vírus se aloja nas terminações nervosas, tornando-se praticamente inacessível aos tratamentos convencionais.
Qual a melhor vitamina para quem tem herpes?
Outras considerações de dieta – Brócolis, couve e couve de Bruxelas contêm um composto conhecido como indol-3-carbinol (I3C) que pode ser eficaz na supressão de herpes. O chá verde também é bom para sua dieta, pois contém propriedades antivirais e antioxidantes.
- A maioria dos chás verdes ou brancos orgânicos é boa.
- Consuma muita couve, porque brotos contêm enzimas e vitaminas poderosas, ainda mais que os próprios legumes reais.
- Tente consumir frutas e legumes em forma bruta em vez de cozinhá-los, já que legumes cozidos geralmente têm menor teor de vitamina.
- Beber sucos de frutas e legumes frescos pode fazer maravilhas para o sistema imunológico e sua saúde geral.
Há também bons suplementos vitamínicos e de enzimas no mercado que podem ajudar no controle do herpes. As vitaminas C, B5, B6, zinco e magnésio e são boas escolhas. Além deste controle, a dieta equilibrada, rica em frutas e vegetais também é importante para evitar os surtos de herpes.
Como acabar com a herpes em 2 dias?
Aliviar o desconforto – Aplique gelo (cubos de gelo numa toalha húmida) ou uma embalagem fria diretamente na área infetada por alguns minutos, várias vezes ao dia. Isto aliviará a inflamação das lesões do herpes labial e proporcionará um alívio temporário.
Quais são os tipos de herpes?
Quais os tipos de herpes? – Existem três tipos de herpes acometidas pelo vírus herpes simplex 1 (HSV). Apesar de conterem sintomas parecidos, eles afetam distintas partes do corpo ; seja na boca, nas regiões genitais ou na pele e mucosa. Veja:
herpes tipo 1: é o mais comum, sendo caracterizada pelas lesões orais; herpes tipo 2: responsável pelas lesões nas regiões genitais e contraído por meio do ato sexual; herpes tipo 3: também conhecido como herpes Zóster, é uma infecção originada do mesmo vírus que causa varicela (catapora). Os principais sintomas são dor e lesões na pele que persistem por semanas ou até meses.
O que não pode comer quando se tem herpes?
Para controlar o surgimento da infecção é importante reduzir ou eliminar os alimentos ricos em arginina, aminoácido encontrado em oleaginosas, como as castanhas (todas, mas em especial o amendoim) e carboidratos simples refinados.
O que comer para aumentar a imunidade contra herpes?
Linhaça, peixes, como a sardinha, chia, iogurtes fermentados e probióticos ‘, destaca a profissional.
Como se livrar da herpes de uma vez por todas?
Cientistas da UFPB criam adesivo capaz de curar lesão por herpesvírus em 24 horas Imagem meramente ilustrativa dos adesivos poliméricos com Aciclovir para o tratamento de lesões causadas pelo herpesvírus. Crédito: Kaline Ferreira Cientistas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criaram um adesivo capaz de curar, em 24 horas, lesão causada pelo herpesvírus do tipo simplex.
O curativo de baixíssimo custo, moldável ao tamanho da lesão, e que dispensa reposição constante, funciona por meio da liberação controlada do fármaco Aciclovir na região da pele ou da mucosa acometida por essa categoria de agente infeccioso. ” A velocidade de cura da lesão proporcionada pelo adesivo depende da proporção de polímeros na composição do material do curativo, da concentração do fármaco Aciclovir, do tamanho da lesão, dentre outros fatores.
De qualquer maneira, nos nossos experimentos, no que se refere à eficiência e à eficácia de “matar” o herpesvírus, o adesivo regenerativo teve ótima letalidade em 24 h oras “, afirma Kaline Ferreira, uma das inventoras da patente e, atualmente, doutoranda no Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da UFPB.
Desenvolvido a partir da mistura de polímeros sintéticos bioabsorvíveis e biodegradáveis, o adesivo regenerativo tem dimensão pequena e alta área superficial, facilitando a adição de agentes farmacológicos, principalmente o Aciclovir, e o conforto estético. Tanto o seu tamanho e forma quanto a concentração de medicamento que dispõe são facilmente adaptáveis às necessidades de um paciente, diferente do atual tratamento por meio do uso de comprimidos ou de pomada de Aciclovir.
Kaline Ferreira explica que as características do adesivo podem ser modificadas à medida que a proporção dos polímeros que constitui sua estrutura é variada. Também é possível alterar a liberação do Aciclovir pela modificação das dimensões estruturais do curativo por meio do controle das concentrações poliméricas utilizadas e dos parâmetros de processo de produção.
A doutoranda da UFPB destaca que, mesmo podendo ser vendido em qualquer farmácia, o Ministério da Saúde reforça que qualquer antiviral precisa de receita médica. “A herpes é uma doença transmissível que não tem cura, uma vez que não existe um remédio antiviral capaz de eliminar de vez o vírus do organismo.
A lesão provocada pelo herpesvírus desaparece à medida que o sistema imune do indivíduo se recupera. Durante as crises infecciosas, o objetivo principal é diminuir o desconforto na área afetada”, esclarece a pesquisadora da UFPB. Segundo Kaline Ferreira, cerca de dois ter ços das pessoas com menos de 50 anos no mundo tem herpes.
- A Organização Mundial da Saúde (OMS), em suas estimativas globais sobre infecção pelo vírus do Herpes Simples Tipo 1 (HSV-1), um dos dois gêneros do herpesvírus do tipo simplex, indica que mais de 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos, ou 67% da população, está infectada pelo HSV-1.
- O adesivo regenerativo foi desenvolvido entre 2015 e 2017, no Laboratório de Materiais e Biossistemas (Lamab) da UFPB, no campus I, em João Pessoa, e contou com a colaboração dos professores da UFPB Eliton Medeiros, Lúcio Castellano, Paulo Bonan e Joelma Souza e do mestrando Raonil Oliveira.
O dep ó sito da patente foi realizado em junho de 2018, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O processo de desenvolvimento do curativo será publicado em breve. Os artigos estão em fase de revisão por pares em revistas internacionais.
- Pretendemos conversar com farmacêuticas para avaliarem o custo-benefício para produção em larga escala do adesivo.
- O Sistema Único de Saúde (SUS) poderá utilizar de artifícios como a quebra de patentes de medicamentos ou de dispositivos ou comprar o material, caso uma farmacêutica inicie o processo de comercialização dos adesivos, para o uso de forma gratuita, por meio da distribuição”, afirma a pesquisadora da UFPB.
*** Reportagem: Pedro Paz Edição: Aline Lins Foto: Divulgação : Cientistas da UFPB criam adesivo capaz de curar lesão por herpesvírus em 24 horas
Quando o herpes aparece?
O Herpes genital é uma doença sexualmente transmissível, de alta prevalência, causada pelo vírus do herpes simples (HSV), que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Uma vez dentro de um organismo, dificilmente esse vírus será eliminado, passando por períodos de remissão (adormecimento do vírus, sem causar sintomas) e recidivas (manifestação da doença clinicamente).
- Além disso, como ele permanece dentro das raízes nervosas, o sistema imunológico não tem acesso a ele.
- Existem dois tipos de HSV: a) O tipo 1, responsável pelo herpes facial, manifesta-se principalmente na região da boca, nariz e olhos; b) O tipo 2, que acomete principalmente a região genital, ânus e nádegas.
É importante lembrar que a infecção cruzada dos vírus herpes tipo 1 e 2 pode acontecer se houver contato oral-genital. Isto é, pode-se pegar herpes genital na boca ou herpes oral na região genital. O período de incubação do vírus varia de 10 a 15 dias após a relação sexual com o/a portador/a do vírus, que pode ser transmitido mesmo na ausência das lesões cutâneas ou quando elas já estão cicatrizadas.
As lesões provocadas pelo vírus apresentam-se como pequenas vesículas que se distribuem em forma de buquê nos genitais masculinos e femininos. Às vezes, elas estão presentes dentro do meato uretral ou, por contiguidade, podem atingir a região anal e perianal, de onde se disseminam se o sistema imunológico estiver debilitado.
Na grande maioria das vezes as lesões do herpes genital costumam regredir espontaneamente, mesmo sem tratamento. Tem como sintomas: ardor, prurido (coceira), formigamento e gânglios inflamados, estes sintomas normalmente antecedem as erupções de pele.
- As manchas vermelhas que aparecem alguns dias mais tarde evoluem para vesículas agrupadas em forma de buquê.
- Depois, essas pequenas bolhas cheias de líquido se rompem, criam uma crosta e cicatrizam, mas o vírus migra pela raiz nervosa até alojar-se num gânglio neural, onde permanece latente (adormecido) até a recidiva seguinte.
A melhor maneira de prevenir o herpes genital é através do uso de preservativo em todas as relações sexuais. Lembrando que apesar de as lesões regredirem espontaneamente nas pessoas com resposta imune satisfatória e as recidivas serem menos graves do que a primeira infecção, elas podem continuar transmitindo o vírus do herpes genital.
Quais são os 8 tipos de herpes?
Última revisão: 11/03/2019 Comentários de assinantes: 0 Artigo original: Hirsc, M S, MD. Herpesvirus Infections, SAM. Tradução: Paulo Henrique Machado. Revisão técnica: Dr. Lucas Santos Zambon. Martin S. Hirsch, MD Resumo O grupo de herpes-vírus é formado por, no mínimo, oito vírus humanos e inúmeros vírus animais. Os herpes-vírus humanos incluem o seguinte: vírus do herpes simples tipos 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2), vírus varicela-zóster (VVZ), citomegalovírus (CMV), vírus de Epstein-Barr (VEB) e herpes-vírus humanos tipos 6 (HHV-6), 7 (HHV-7) e 8 (HHV-8), também conhecido como herpes-vírus associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV). Os herpes-vírus humanos compartilham as mesmas propriedades de latência e de reativação. Alguns membros do grupo podem causar infecções líticas produtivas, nas quais se produz o vírus infeccioso e as células são mortas, ou infecções líticas improdutivas, em que o DNA viral persiste, mas não ocorre a replicação completa, e a célula sobrevive. Depois de infecções líticas agudas, o herpes-vírus geralmente persiste em uma forma latente por muitos anos; as reativações periódicas são acompanhadas de infecções líticas recorrentes. Os sítios de latência variam: o HSV e o VVZ persistem nas células dos gânglios neurais, o VEB persiste nas células B e o CMV provavelmente permaneça em muitos tipos de células. Os sítios de latência do HHV-6 e HHV-7 não foram identificados, embora esses dois herpes-vírus tenham sido detectados nas glândulas salivares. Todos os herpes-vírus humanos têm uma distribuição mundial. Esforços consideráveis estão sendo envidados para o desenvolvimento de vacinas e de agentes antivirais que sejam ativos contra o herpes-vírus. Este artigo apresenta discussões sobre epidemiologia, patogênese, diagnóstico, prevenção e tratamento do vírus do herpes simples e do VVZ e as respectivas síndromes clínicas. As descrições das síndromes clínicas incluem complicações e características clínicas, assim como a descrição dos sintomas. Os quadros fornecem informações sobre quimioterapia (Qt) para o tratamento de infecção herpética genital primária e mucocutânea, supressão de infecção herpética genital grave e recorrente, e infecção por varicela-zóster. As figuras apresentam ilustrações fotográficas de várias síndromes clínicas. Um quadro contendo informações sobre o herpes-vírus na Internet fornece mais detalhes. Herpes-Vírus Humano O grupo de herpes-vírus é formado por, no mínimo, oito vírus humanos e inúmeros vírus animais. Os herpes-vírus humanos incluem o seguinte: vírus do herpes simples tipos 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2), vírus varicela-zóster (VVZ), citomegalovírus (CMV), vírus de Epstein-Barr (VEB) e herpes-vírus humanos tipos 6 (HHV-6), 7 (HHV-7) e 8 (HHV-8), também conhecido como herpes-vírus associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV). Todos os herpes-vírus humanos têm dimensões e morfologia semelhantes e se caracterizam pela presença de um núcleo, com diâmetro de 30 a 60nm, contendo um genoma com DNA de fita dupla; um nucleocapsídeo, com 95 a 100nm, com simetria icosaédrica; e um envoltório de lipoproteína com projeções de glicoproteína com diâmetro de 120 a 250nm. Os herpes-vírus replicam principalmente nos núcleos celulares, sendo que um invólucro proteico é adicionado enquanto o vírus atravessa a membrana nuclear. Os herpes-vírus humanos compartilham as mesmas propriedades de latência e reativação. Alguns membros do grupo podem causar infecções líticas produtivas, nas quais se produz o vírus infeccioso e as células são mortas, ou infecções líticas improdutivas, em que o DNA viral persiste, mas não ocorre a replicação completa e a célula sobrevive. Depois de infecções líticas agudas, o herpes-vírus geralmente persiste em uma forma latente por muitos anos; as reativações periódicas são acompanhadas de infecções líticas recorrentes. Os sítios de latência variam: o HSV e o VVZ persistem nas células dos gânglios neurais, o VEB persiste nas células B e o CMV provavelmente permaneça latente em muitos tipos de células. Os sítios de latência do HHV-6 e HHV-7 não foram identificados, embora esses dois herpes-vírus tenham sido detectados nas glândulas salivares. Todos os herpes-vírus humanos têm uma distribuição mundial. Esforços consideráveis estão sendo envidados para o desenvolvimento de vacinas e de agentes antivirais ativos contra o herpes-vírus. Vírus de Herpes Simples O HSV-1 e HSV-2 podem ser distinguidos por várias propriedades, incluindo padrões clínicos e epidemiológicos, antigenicidade, composição básica do DNA, características biológicas e sensibilidade a diversos estresses físicos e químicos.1 O HSV-1 e HSV-2 compartilham determinados antígenos (por exemplo, glicoproteína B), mas diferem em relação a outros antígenos (por exemplo, glicoproteína G). A análise de restrição enzimática do DNA do HSV e outras técnicas moleculares facilitam a identificação dos isolados individuais. Epidemimiologia e Etiologia Os seres humanos são os únicos hospedeiros naturais conhecidos do HSV, embora os animais também possam ser infectados experimentalmente. A infecção primária pelo HSV-1 ocorre principalmente na infância. Nos EUA, a prevalência total de anticorpos para o HSV-1 é de, aproximadamente, 54%, ainda que haja variações entre as diferentes populações, de 30% em pessoas com 14 a 19 anos de idade a mais de 60% em indivíduos na faixa etária de 40 a 49 anos ou mais.2 A infecção pelo HSV-2 ocorre predominantemente em adolescentes e adultos jovens sexualmente ativos. Nos EUA, a prevalência total de anticorpos específicos para o HSV-2 se aproxima de 16%, aumentando de menos de 2% em pessoas com menos de 19 anos de idade para mais de 25% em indivíduos na faixa etária de 40 a 49 anos ou mais.2 As alterações na prevalência são desprezíveis em grupos etários mais velhos. No período de 1999 a 2004, a soroprevalência de HSV-1 declinou para quase 7%, ao passo que a soroprevalência de HSV-2 não se alterou de forma significativa.2 Os preditores independentes da soropositividade do HSV-2 incluem gênero feminino, raça negra, idade avançada, nível mais baixo de educação, maior número de parceiros sexuais ao longo da vida, ocorrência prévia de sífilis ou gonorreia, e ausência de anticorpo contra o HSV-1.3 Nos EUA, as mudanças nos hábitos sexuais e as reduções nas infecções por HSV-1 no estágio inicial resultaram em um aumento na incidência de infecções genitais produzidas por esse tipo de herpes-vírus.2,4 Aproximadamente, um terço das novas infecções pelo HSV-2 é sintomática.5 O Quadro 1 contém indicações de sites sobre o herpes-vírus. Quadro 1 CMV: citomegalovírus; VVZ: Vírus varicela-zóster. O contato direto com secreções infectadas é o principal modo de transmissão. Normalmente, o HSV-1 é transmitido por via oral e o HSV-2 por via genital. A excreção viral assintomática é muito comum, embora as titulações dos vírus sejam mais elevadas e a transmissão seja mais provável na presença de lesões. O HSV-2 com origem no trato genital ocorre em pessoas soropositivas com histórico de infecção por HSV genital.6 Por conseguinte, esse tipo de infecção ocorre com bastante frequência, mesmo na ausência de lesões. A transmissão do HSV-2 é mais eficiente de homens para mulheres. A autoinoculação para outros sítios da pele também é uma ocorrência provável, sendo que é mais frequente com HSV-2 em comparação com o HSV-1. A disseminação infecciosa pelo contato com secreções orais é um risco ocupacional para os profissionais das áreas de cuidados respiratórios e odontológicos; portanto, o uso de luvas é imprescindível nas situações em que os dedos precisam ser colocados no interior da boca dos pacientes. Fomites, incluindo vasos sanitários e toalhas, não são modos de transmissão importantes. As recorrências são frequentes nas infecções produzidas por HSV-1 e HSV-2, em geral como resultado da reativação endógena. Nos EUA, as recorrências labiais e periorais desenvolvem em 20 a 40% da população. Os fatores desencadeadores são raios solares, vento, trauma local, febre, menstruação e estresse emocional. A presença de herpes ocular ocorre em cerca de 5% de todos os pacientes atendidos em clínicas oftalmológicas. Entre as infecções causadas por HSV ocular, 25 e 50% recorrem em 2 anos. As estimativas indicam que há de 60 a 80% de recorrências em todos os casos de herpes genital anualmente nos EUA. A reinfecção exógena é comum, ainda que a grande maioria das recorrências genitais se relacione à reativação viral. As recorrências mais significativas sob o ponto de vista clínico tendem a diminuir ao longo do tempo.6,7 Patogênese O desenvolvimento de citólise e de reações inflamatórias locais é comum após a replicação inicial do vírus nas células epiteliais, resultando nas lesões típicas – vesículas superficiais sobre bases inflamatórias. Observa-se a presença de células multinucleadas e dos corpos de inclusão tipo A de Cowdry. A disseminação linfática subsequente para nódulos regionais, assim como a disseminação virêmica para outros órgãos, também pode ocorrer, dependendo do grau de imunocompetência dos hospedeiros. A viremia é evidente em crianças malnutridas, em determinados tipos de adultos com imunidade deprimida mediada por células T e, ocasionalmente, em pessoas imunocompetentes. Após a infecção inicial, o HSV percorre as rotas dos nervos sensoriais na direção das células ganglionares, que são os sítios das infecções latentes. O DNA viral persiste e somente se torna reativado por determinados tipos de estresse. Após a reativação, o vírus inverte seu curso e se dissemina para a periferia por meio das rotas dos nervos sensoriais. Depois que o HSV atinge os sítios cutâneos, a propagação intercelular ocorre até os mecanismos imunes limitarem as futuras disseminações. Existem vários mecanismos envolvidos nas respostas dos hospedeiros aos HSV, incluindo as células T e a citotoxidade das células exterminadoras naturais, ativação de macrófagos, produção de anticorpos e produção de interferon. Síndromes Clínicas Herpes Orolabial Na maior parte dos casos, a infecção primária por HSV-1 é assintomática em pacientes com idade inferior a 5 anos; nos casos sintomáticos, a infecção se apresenta como gengivoestomatite ou faringite. Os pacientes desenvolvem febre e dor de garganta depois de um período de incubação de 2 a 12 dias. Observam-se pequenas vesículas na mucosa oral e na faringe. É muito comum a presença de fatores como dor grave na boca, hálito fétido e adenopatia cervical. Possivelmente, em adolescentes e adultos jovens, condições como faringite posterior e tonsilite sejam os problemas principais. O diagnóstico diferencial inclui faringite estreptocócica, estomatite aftosa, síndrome de Stevens-Johnson, herpangina e mononucleose infecciosa. Com frequência, os sintomas e sinais persistem por 10 a 21 dias, sendo muito comum a autoinoculação para outros sítios como os dedos e os olhos. A efusão oral poderá persistir por várias semanas (média de 7 a 10 dias). Herpes labial recorrente é um incômodo mais curto e mais brando, com frequência anunciado por dor local ou coceira por algumas horas. As lesões herpéticas orolabiais causadas pelo HSV-1 recorrem com mais frequência que aquelas produzidas pelo HSV-2.3 Em geral, as vesículas surgem na borda vermelha e costumam ser doloridas. Tipicamente, as lesões são pequenas (<1cm 2 ) e a progressão de vesículas para úlceras e crostas é rápida (<96h). A cicatrização se completa em 8 a 10 dias. A presença de sinais e sintomas sistêmicos não é comum nos casos de herpes labial recorrente. Herpes Ocular A maior parte das infecções herpéticas oculares é produzida pelo HVS-1. As infecções primárias se apresentam como conjuntivite folicular unilateral, blefarite ou opacidades epiteliais na córnea. De um modo geral, a cicatrização se completa em 2 a 3 semanas. As recorrências poderão assumir a forma de ceratite (mais de 90% de casos são unilaterais), blefarite ou ceratoconjuntivite. As úlceras dendríticas ramificadas, comumente detectadas por coloração com fluoresceína, são praticamente diagnósticas e, em geral, estão associadas a uma redução na acuidade visual. O envolvimento estromal profundo pode ser resultado de fatores como cicatrização, afinamento da córnea e vascularização anormal, e poderá resultar em cegueira ou no rompimento do globo ocular. Herpes Genital Tanto o HSV-1 como o HSV-2 podem causar infecções herpéticas genitais primárias. Após um período de incubação de 2 a 7 dias, observa-se o desenvolvimento de condições como febre, enxaqueca e adenopatia inguinal; esses sintomas e sinais estão associados ao surgimento de lesões vesiculares. Nos homens, as lesões costumam ocorrer na glande do pênis ou no eixo peniano; nas mulheres, podem envolver a vulva, o períneo, as nádegas, o colo uterino ou a vagina. O diagnóstico diferencial inclui sífilis, cancroide, síndrome de Behçet, eritema multiforme e candidíase. Nas mulheres, a ulceração nas lesões é rápida, sendo que o corrimento vaginal resultante as cobre de exsudato. Eventualmente, o envolvimento da uretra poderá resultar em disúria ou retenção urinária. Tipicamente, os sinais e sintomas de herpes genital primário persistem por várias semanas antes da cicatrização completa. As infecções prévias causadas pelo HSV-1 podem diminuir a gravidade e o tempo de duração depois de um primeiro episódio de herpes genital causado pelo HSV-2. As lesões extragenitais desenvolvem durante o curso da infecção primária em 10 a 15% de pacientes. A incidência de meningite asséptica é comum nos casos de herpes genital primário, particularmente em mulheres; em raras situações, ocorre a incidência de radiculomielinite herpética sacral. Ocasionalmente, a retenção urinária pode complicar os casos de herpes genital primário, sobretudo em mulheres. A Figura 1 mostra as lesões genitais causadas pelo vírus de herpes simples e a Figura 2, as infecções perianais causadas pelo vírus de herpes simples em pacientes com imunidade comprometida. Figura 1 - Com frequência, as lesões genitais causadas pelo vírus de herpes simples se apresentam como vesículas agrupadas no eixo peniano. Figura 2 - As infecções perianais causadas pelo vírus de herpes simples em pacientes com imunidade comprometida podem ser graves e prolongadas. Os episódios recorrentes de herpes genital, em geral, são mais curtos e mais brandos em comparação com os episódios primários, porém ainda afetam mais gravemente as mulheres do que os homens.
As infecções genitais causadas pelo HSV-2 recorrem com mais frequência que as infecções genitais causadas pelo HSV-1; em raras ocasiões, esses dois tipos de infecção são encontrados simultaneamente nas lesões.8 As lesões se desenvolvem no pênis, nos lábios menores, nos lábios maiores, no períneo, nos pelos pubianos ou nas nádegas, com qualquer um desses tipos de vírus, depois de um pródromo variável de sensibilidade, coceira e formigamento.
A cicatrização ocorre em 6 a 10 dias e, geralmente, não apresenta nenhum tipo de complicação; entretanto, costuma ocorrer uma efusão assintomática frequente, principalmente nas mulheres.6,9 Além disso, o HSV-2 pode produzir meningite linfocitária recorrente benigna, que pode estar associada a lesões genitais recorrentes.10 Herpes Anal e Perianal As infecções anais e perianais produzidas pelo HSV-2 são problemas sérios nas relações sexuais entre homens.
As ocorrências mais prováveis são dor, coceira, tenesmo, corrimento, febre, calafrios, parestesias sacrais, cefaleia e dificuldade para urinar. As vesículas e ulcerações produzem um tipo de criptite eritematosa com adenopatia inguinal. Com frequência, a proctite herpética é prolongada e grave em pacientes com infecção pelo HIV em estado avançado.
Outras Síndromes Herpéticas Panarício herpético. As infecções primárias nos dedos, ou panarícios, em geral envolvem apenas um dedo e se caracterizam por coceira ou dor intensa, seguida pela formação de vesículas profundas que poderão coalescer, Entre o público em geral, os panarícios são causados com mais frequência pelo HSV-2, enquanto que, entre o pessoal médico e odontológico, o HSV-1 é o principal culpado. Figura 3 – Os panarícios herpéticos nos dedos costumam ser diagnosticados erroneamente como infecções estafilocócicas. Infecções em hospedeiros imunocomprometidos. Os distúrbios de imunidade mediada por células T estão associados às infecções mais graves produzidas pelo HSV.
Em contextos clínicos, como o de transplantes de órgãos, os neoplasmas linforreticulares, ou as infecções produzidas por AIDS e HIV, geralmente têm cicatrização lenta e poderão se propagar para a pele ou para os órgãos viscerais. Determinados tipos de condições cutâneas como eczemas ou queimaduras estão associados à disseminação cutânea, mas não à disseminação visceral.
Em situações raras, as infecções pelo HSV que ocorrem durante a gravidez ou em pessoas idosas são complicadas pela disseminação visceral, em especial na propagação para o fígado. A intubação ou cateterização de pacientes debilitados facilita a disseminação das infecções; por exemplo, a esofagite herpética pode complicar o uso de tubos nasogástricos no longo prazo.
Infecção neonatal. Entre 1 em 1.300 e um 1 em 15.000 nascimentos são complicados pela infecção por HSV, normalmente o HSV-2. As infecções neonatais causadas pelo HSV podem ser localizadas ou disseminadas e resultam da transmissão do vírus para o lactente no momento do parto, seja por infecção ascendente após o rompimento prematuro da membrana ou pela passagem dos lactentes através de tratos genitais infectados.
O risco de transmissão aumenta nos partos prematuros, depois do rompimento prolongado da membrana e com uso de eletrodos para monitorar o bisturi fetal. Aproximadamente, 40 a 50% de lactentes nascidos de mães com infecções primárias correm o risco de desenvolver doença grave, sendo que menos de 8% dos lactentes nascidos de mães com herpes recorrente correm o risco de doença grave.1,13 Na maior parte dos casos, a infecção materna é assintomática no momento do parto, sendo que a disseminação assintomática poderá ocorrer em mulheres sem histórico conhecido de herpes genital.
Nas mulheres com histórico de infecção por HSV genital, o vírus poderá ser detectado no parto em, aproximadamente, 2% com uso de culturas teciduais e em 14% de casos por meio de técnicas de reação em cadeia da polimerase (PCR).14 A infecção se torna aparente em um período que pode variar de dias a semanas após o parto.
Com frequência, os recém-nascidos se apresentam com vesículas ou conjuntivite, ou uma síndrome que se assemelha à sepse neonatal possivelmente também se torne evidente. Sinais neurológicos como convulsões, paralisias nos nervos cranianos e letargia geralmente predominam e são acompanhados de pleocitose no líquido cefalorraquidiano (LCR).
- As infecções disseminadas podem envolver o fígado, os pulmões ou as glândulas adrenais.
- Caso não seja tratada, a infecção disseminada ou a infecção no sistema nervoso central (SNC) apresenta uma alta taxa de fatalidade, sendo que os sobreviventes têm sequelas significativas, ao passo que a doença localizada, em geral, é autolimitada.
O tratamento diminui bastante a mortalidade associada a infecções graves. Diagnóstico Uma grande variedade de sistemas de culturas teciduais que dá suporte à replicação do HSV, assim como ao isolamento do vírus de espécimes coletados logo na fase inicial da infecção, tem sido o método diagnóstico de escolha.
Com frequência, o efeito citopático típico do vírus pode ser detectado em um período de 24 a 48 horas. A tipificação dos isolados poderá ser feita imediatamente por imunofluorescência e através de anticorpos monoclonais direcionados contra tipos específicos de antígenos. Às vezes, raspagens ou espécimes teciduais poderão ser testados diretamente para verificar a presença de antígenos de herpes-vírus por imunofluorescência ou imuno-histoquímica.
Como alternativa, as raspagens poderão ser preparadas pela coloração de Glemsa ou de Wright para confirmar células gigantes multinucleadas, cuja presença é uma indicação de infecção pelo HSV ou VVZ. Existem, atualmente, à disposição no mercado algumas técnicas sorológicas que distinguem o HSV-1 de HSV-2.
- Esses testes são utilizados para confirmar o diagnóstico de infecções primárias pelo HSV, embora raramente tenham alguma utilidade para diagnosticar recorrências.
- As técnicas sorológicas podem também estabelecer o diagnóstico em pacientes com queixas atípicas, identificar transmissores assintomáticos e identificar pessoas em situação de risco.15 Nos dias atuais, a detecção do DNA do HSV por PCR é amplamente utilizada; o teste no LCR para o DNA do HSV se tornou o padrão diagnóstico de encefalite causada pelo herpes-vírus.
Em pacientes com encefalite causada pelo HSV, os resultados da PCR são, em geral, positivos em 24 horas após o início dos sintomas, sendo que poderão permanecer positivos no decorrer da primeira semana de enfermidade.16 Prevenção Nenhuma vacina contra o HSV chegou a ser aprovada para uso geral.
Os testes clínicos de uma vacina experimental contra o HSV não demonstraram nenhuma eficácia em homens; em mulheres, a vacina foi eficaz para prevenir contra o HSV-1, mas não foi eficaz contra o HSV-2, doenças e infecções genitais.17 As medidas profiláticas que evitam contato com o vírus possivelmente impeçam a incidência de infecções primárias.
Por exemplo, o uso de preservativos ajuda a impedir a transmissão sexual nas situações em que um dos parceiros tiver histórico de infecção genital pelo HSV. A aplicação de cremes de proteção solar em áreas suscetíveis da pele, antes da exposição aos raios ultravioletas, impede a reativação do HSV.
Os profissionais que trabalham nas áreas médica e odontológica devem usar luvas para impedir o contato com as áreas infectadas. A melhor estratégia para prevenção de herpes neonatal possivelmente seja fazer um exame físico rigoroso no momento do trabalho de parto.18 As incisões cesarianas impedem a incidência de infecções perinatais nos casos em que se observa a presença de lesões consistentes com herpes genital durante o trabalho de parto.
Nas situações em que o herpes genital primário for detectado no terceiro trimestre de gravidez, deve-se considerar a opção de administrar doses convencionais de aciclovir na mãe durante o período periparto e no neonato no período pós-parto. A administração de aciclovir na fase final da gravidez também poderá ser muito útil em mulheres com infecções por HSV genitais recorrentes; alguns testes controlados por placebo demonstraram que 400mg, 3x/dia, reduziram as lesões e diminuíram a excreção de HSV no parto.19,20 Tratamento As opções terapêuticas atuais são os medicamentos aciclovir, valaciclovir (um pró-medicamento do aciclovir convertido em aciclovir no intestino) e fanciclovir (convertido em penciclovir).
Embora o aciclovir tenha sido a terapia padrão durante décadas, as dosagens de valaciclovir e fanciclovir são mais convenientes.1 Recomenda-se o aciclovir oral (400mg, 3x/dia), por 7 a 10 dias, o aciclovir intravenoso (5mg/kg, 3x/dia), por 7 a 14 dias, para o tratamento de herpes genital primário ou herpes mucocutâneo (HSV-1 ou HSV-2).
As opões alternativas são valaciclovir (1.000mg, 2x/dia) ou fanciclovir (250mg, 3x/dia). Os regimes de curto prazo (1 a 3 dias) com altas doses de aciclovir ou de valaciclovir são terapias muito promissoras para o tratamento de infecções recorrentes, genitais e orolabiais causadas pelo HSV.21,22 Um estudo populacional dinamarquês não encontrou nenhum aumento no risco de defeitos de nascimento significativos em mulheres que haviam sido expostas ao aciclovir ou valaciclovir no primeiro trimestre de gravidez.23 A administração oral de aciclovir (400mg, 2x/dia), fanciclovir (250mg, 2x/dia) ou valaciclovir (500 a 1.000mg, diariamente) é uma das opções para a supressão de herpes genital com recorrência persistente.
A administração de valaciclovir (500mg, 1x/dia) não apenas suprime as recorrências de herpes genital, mas diminui também a excreção genital de HSV-2 e a transmissão para os parceiros.24 Entretanto, mesmo nas terapias com doses elevadas, ocorrem pequenas explosões frequentes de reativação subclínica do HSV-2 que, provavelmente, sejam responsáveis pela transmissão contínua desse tipo de vírus.25 A administração intravenosa de aciclovir, na dosagem de 10 a 15mg/kg, 3x/dia, por 14 a 21 dias, é o tratamento de escolha para encefalite causada por herpes.
As infecções neonatais pelo HSV são tratadas com aciclovir intravenoso na dosagem de 20mg/kg a cada 9 horas por 14 a 21 dias; o tratamento supressivo com aciclovir por um período adicional de 6 meses pode melhorar os resultados neuroevolutivos.26 Em pessoas imunocomprometidas e, em raras ocasiões, em imunocompetentes, o HSV-2 resistente ao aciclovir poderá produzir infecções progressivas crônicas.27 A administração intravenosa de foscarnet (40mg/kg, 3x/dia, por 2 a 3 semanas) é uma boa opção contra infecções causadas pelo HSV-2 resistente ao aciclovir, embora não se possa descartar a hipótese de resistência a esse medicamento.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO PARA INFECÇÕES HERPÉTICAS PRIMÁRIAS GENITAIS OU MUCOCUTÂNEAS | |||
Medicamento | Dose | Classificação da eficácia | Comentários |
Aciclovir* | 400mg, p.o., 3x/dia, por 7?10 dias ou 5 mg/kg, IV, t.i.d., por 7?10 dias. | Preferido | |
Valaciclovir* | 1.000mg, p.o., b.i.d., por 7?10 dias. | Preferido | |
Fanciclovir* | 250mg, p.o., t.i.d., por 7?10 dias. | Preferido | |
Foscarnet | 40mg/kg, t.i.d., por 2?3 semanas. | Alternativo | Para infecções pelo HSV-2 resistentes ao aciclovir. |
HSV-2: vírus do herpes simples tipo 2. *Os regimes de curto prazo com doses elevadas são promissores. Vírus Varicela-Zóster O VVZ é o agente causativo de varicela (catapora) e de herpes-zóster (cobreiro). Levando-se em consideração que se trata de um membro fortemente associado às células do grupo de herpes-vírus humano, é muito difícil isolá-lo em espécimes acelulares.
Sua gama de hospedeiros se limita às células humanas. Assim como costuma ocorrer com outros herpes-vírus, fatores como latência e reativação são características típicas do VVZ. Epidemiologia Varicela Varicela é uma doença infantil altamente transmissível. Mais de 90% de pacientes são crianças com menos de 9 anos de idade; a maior parte dos adultos possui anticorpo para esse tipo de vírus.
A infecção se dissemina através de gotículas respiratórias ou pelo contato direto com as lesões ativas. Os fomitos não são um modo significativo de transmissão. A catapora ocorre com mais frequência no inverno e na primavera, sendo que o vírus se espalha rapidamente para membros do agregado familiar.
O período de incubação varia de 11 a 20 dias. Herpes-Zóster Herpes-zóster é o resultado da reativação das infecções causadas pelo VVZ. Varicela em um paciente não poderá produzir herpes-zóster em outro; no entanto, as pessoas que se expõem a pacientes com herpes-zóster poderão contrair varicela. Não há nenhum padrão sazonal para a incidência de herpes-zóster.
A probabilidade de reativação está associada à idade e ao estado imune.29 A incidência da doença em pacientes com mais de 60 anos de idade é duas a três vezes mais elevada em comparação com pessoas mais jovens. A incidência em pacientes imunossuprimidos, em especial em indivíduos com função deprimida das células T (por exemplo, pacientes com linfomas, leucemias, transplantes de órgãos ou Aids), chega a ser 100 vezes mais elevada em comparação com a dos pacientes imunocompetentes.
- O herpes-zóster ocorre com mais frequência em pacientes com neoplasmas.
- O risco de desenvolver herpes-zóster varia de 13 a 15% em pacientes com a doença de Hodgkin, 7 a 9% em pacientes com outros linfomas, e de 1 a 3% em pacientes com tumores sólidos.
- Aproximadamente, 15 a 30% de pacientes com a doença de Hodgkin e herpes-zóster apresentam disseminação significativa; entretanto, a mortalidade nesses pacientes é baixa.
Os casos de herpes-zóster localizado e disseminado são mais comuns em pacientes com doença maligna avançada que estiverem recebendo quimioterapia (Qt) intensiva ou radiação. A incidência de herpes-zóster aumenta também depois de transplantes de órgãos ou de medula óssea.
A incidência de herpes-zóster é de, aproximadamente, 8,6% em receptores de transplantes de órgãos sólidos e, possivelmente, seja mais comum em mulheres e em pacientes que estiverem seguindo determinados regimes antivirais imunossupressivos e profiláticos.30 As úlceras crônicas e não cicatrizantes por VVZ poderão persistir por vários meses em pacientes com infecção pelo HIV-1 em estágio avançado, sendo que o herpes-zóster poderá se precipitar pela introdução de terapias antirretrovirais altamente ativas.
Síndromes Clínicas Varicela O vírus é transportado pelos leucócitos do sangue para áreas focais na pele e para os órgãos viscerais após a replicação local do VVZ no sítio de entrada. A replicação nos sítios cutâneos resulta na formação de vesículas, acompanhada pela degeneração das células epiteliais, pelo acúmulo de líquido edematoso e pela infiltração de células inflamatórias; a presença de células gigantes multinucleares contendo inclusões intranucleares é comum.
Tratamento Farmacológico para Supressão de Infecção Herpética Central Grave ou Com Recorrência Frequente | |||
Medicamento | Dose | Classificação da eficácia | Comentário |
Aciclovir* | 400mg, p.o., b.i.d. | Primeira escolha | |
Valaciclovir | 500?1.000mg/dia, p.o. | Alternativo | Diminuem a excreção e a transmissão viral. |
Fanciclovir | 250mg, p.o., b.i.d. | Alternativo |
Características clínicas. As infecções subclínicas são raras (<4% de casos). Normalmente, a enfermidade se apresenta na forma de erupções vesiculares generalizadas e, em seguida, por pródromos variáveis de cefaleia, febre e enxaqueca. Com frequência, no início, as vesículas surgem na face ou no tronco, conforme a Figura 4. Durante os 4 a 7 dias seguintes, surgem culturas de lesões. Na infância, a maior parte dos casos não apresenta complicações e desaparece em 7 a 10 dias sem formar cicatrizes. VVZ: vírus varicela-zóster. Figura 4 - Com frequência, no início, as lesões típicas produzidas pelo VVZ surgem na face e no tronco e se apresentam simultaneamente como maculopápulas, vesículas e crostas. Complicações. A pneumonia que se desenvolve em adolescentes e adultos se caracteriza pela presença de tosse, taquipneia e infiltrados reticulonodulares difusos, que poderão calcificar com o tempo. As dificuldades de difusão do oxigênio pulmonar possivelmente persistam por um período que pode variar de semanas a meses. A pneumonia causada pela varicela pode ser particularmente grave em mulheres grávidas e, entre elas, a incidência de doença é mais comum em fumantes e em mulheres com mais de 100 lesões na pele.31 Embora as encefalopatias por varicela sejam pouco comuns, elas poderão ocorrer em qualquer idade e se apresentam de diversas formas; a característica que se apresenta poderá ser a hiperexcitabilidade, que poderá progredir para coma ou ataxia cerebelar. Outras complicações raras de infecção por varicela são síndrome de Reye (encefalopatia fulminante e fígado gorduroso), trombocitopenia, artrite, envolvimento ocular, cardite, hemorragia gastrointestinal, nefrite, orquite e superinfecção bacteriana. As mulheres grávidas que contraem varicela nas primeiras 20 semanas de gravidez têm um pequeno risco (<2%) de dar à luz lactentes com a síndrome de varicela congênita, que inclui hipoplasia nos membros, formação de cicatrizes cutâneas e defeitos oculares.32 A doença generalizada tem maior probabilidade de se desenvolver depois de infecções por varicela em crianças com leucemia, linfoma ou doença de Hodgkin. A disseminação visceral ocorre em 20 a 35% de crianças com câncer que estiverem fazendo Qt; a mortalidade nesses pacientes varia de 7 a 30%. A reinfecção clínica, com a varicela generalizada atípica resultante, poderá ocorrer em hospedeiros gravemente imunocomprometidos; esse tipo de reinfecção tende a ser brando e autolimitado. Herpes-Zóster Herpes-zóster ocorre em pacientes previamente infectados com varicela. Após o episódio inicial de infecção por varicela, o vírus persiste nos neurônios dos gânglios sensoriais em um estado citoplasmático e extracromossômico relativamente quiescente.33,34 A ocorrência de reativações subclínicas e clínicas é comum. A reativação clínica do VVZ é intensificada por muitos fatores, incluindo avanço da idade, imunossupressão e lesão cutânea local. Características clínicas. De um modo geral, os ataques de herpes-zóster são precedidos de dor, que poderá persistir por vários dias após o surgimento da lesão. A erupção vesicular é unilateral e geralmente surge no tórax. Comumente, os ataques individuais se limitam a um entre os três dermátomos, embora seja comum o surgimento de algumas lesões cutâneas isoladas em sítios distantes dessa área. As vesículas circundadas por bases eritematosas poderão continuar a se desenvolver por vários dias; em seguida, as lesões secam e se formam crostas. As superinfecções e a formação de cicatrizes são comuns. Complicações. Neuralgia pós-herpética, que pode ser grave, principalmente em pessoas idosas, é a complicação mais comum de herpes-zóster. A neuralgia pós-herpética possivelmente seja refratária ao tratamento e talvez persista por vários meses ou mesmo anos. As seguintes síndromes neurológicas também estão associadas ao herpes-zóster: mielite segmentar, síndrome de Guillain-Barré, necrose retinal aguda e síndrome de Ramsay Hunt.34 A síndrome de Ramsay Hunt é uma infecção que acomete o gânglio linfático geniculado do sétimo nervo craniano e produz paralisia facial; poderão surgir vesículas no tímpano e na parte lateral da língua. A Figura 5 ilustra o herpes-zóster em sua distribuição. Figura 5 - Com frequência, em termos de distribuição, o herpes-zóster é mais torácico e dermatomal. A disseminação cutânea, conforme se observa nesse paciente, pode ocorrer nas situações em que há comprometimento grave da imunidade.
A encefalite por VVZ, outra complicação pouco frequente de herpes-zóster, se apresenta de duas formas.34 A encefalite de grandes vasos (arterite granulomatosa) ocorre predominantemente em pessoas imunocompetentes; esse tipo de doença se caracteriza pela presença de déficits focais agudos, que ocorrem algumas semanas após o surgimento das lesões causadas pelo herpes-zóster no padrão de distribuição trigeminal contralateral.
A angiografia mostra que há estreitamento segmentar, principalmente na carótida interna, na artéria cerebral média e na artéria cerebral anterior. O exame microscópico revela a presença de inflamação arterial, de células gigantes multinucleadas e de partículas virais.
A encefalite de pequenos vasos ocorre quase que exclusivamente em pessoas imunocomprometidas e se caracteriza pela presença de cefaleia, febre, alterações no estado mental, convulsões e déficits focais. Os estudos imagiológicos mostram infartos isquêmicos ou hemorrágicos nas substâncias cinzenta e branca, e o exame do LCR demonstra pleocitose mononuclear e anticorpos contra o DNA do VVZ e o VVZ.
Diagnóstico De um modo geral, varicela e herpes-zóster são condições diagnosticadas apenas com bases clínicas. Às vezes, se confunde varicela com herpes simples, impetigo, picadas de insetos ou sarna; em raras ocasiões, a infecção pelo HSV se apresenta com erupções zosteriformes.
- O diagnóstico de infecção por VVZ pode ser feito pelo isolamento do vírus, imunofluorescência direta das lesões, detecção do DNA viral por PCR ou demonstrando-se uma elevação de quatro vezes nos anticorpos em relação aos antígenos virais.
- Em comparação com a varicela, o herpes-zóster provoca elevações maiores e mais rápidas nos anticorpos.
Prevenção Duas vacinas atenuadas vivas contra VVZ estão disponíveis nos EUA para prevenção de varicela: (1) uma vacina contra varicela com um único antígeno (Varivax), que foi licenciada nos EUA em 1995 para aplicação em crianças saudáveis com idade igual ou superior a 12 anos, em adolescentes e adultos, e (2) uma combinação de vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (MMRV) (ProQuad), que foi licenciada nos EUA em 2005 para aplicação em crianças saudáveis com idade igual ou superior a 12 anos.
A incidência de varicela declinou acentuadamente nas áreas de vigilância como resultado do uso de vacinas.35,36 As recomendações do Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) para prevenção de varicela em crianças, adolescentes e adultos incluem: implementação de programas de vacinação de rotina de duas doses contra varicela para crianças (isto é, administração subcutânea de duas doses de 0,5mL), administrando-se a primeira dose na idade de 12 a 15 meses e a segunda na idade de 4 a 6 anos; uma segunda vacina de reforço contra varicela para crianças, adolescentes e adultos que já tenham recebido uma dose; vacinação de rotina em todas as pessoas saudáveis com 13 anos de idade ou mais que não apresentem evidências de imunidade (isto é, administração subcutânea, em intervalos de 4 a 8 semanas, de duas vacinas de 0,5mL contra varicela com um único antígeno); avaliação pré-natal e vacinação pós-parto; uso expandido da vacina contra varicela em crianças infectadas pelo HIV, com percentuais de células T CD4 + de 15 a 24% específicos para a idade, e para adolescentes e adultos com contagens de células T CD4 + de pelo menos 200/ µ L.
O comitê ACIP aprovou também os critérios para evidências de imunidade à varicela.37 Em 2006, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou uma vacina de dose elevada contra VVZ (Zostavax) com base nos resultados de um estudo clínico randomizado de grande porte que reuniu mais de 38 mil indivíduos.38 Este estudo, que agrupou indivíduos com idade igual e superior a 60 anos, mostrou que a vacina diminuiu a incidência de herpes-zóster em 51% em comparação com placebo.
- Além disso, nos indivíduos que realmente desenvolveram herpes-zóster, a neuralgia pós-herpética foi reduzida em 39%.
- Essa vacina foi originalmente aprovada para prevenção de herpes-zóster e neuralgia pós-herpética em pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.39 Entretanto, em março de 2011, a FDA estendeu a aprovação da vacina para indivíduos na faixa etária de 50 a 59 anos de idade.40 Ainda não existe nenhuma recomendação do comitê ACIP para uso rotineiro da vacina nesse grupo etário.
A vacina é aplicada apenas uma vez como injeção subcutânea (dosagem de 0,65mL). Levando-se em consideração que as pessoas que já tinham sido acometidas por herpes-zóster foram excluídas dos testes, ainda não se determinou formalmente se esses indivíduos também poderiam se beneficiar com a vacina; porém, mesmo assim, grande parte dos médicos a recomenda, a não ser em casos recentes de herpes-zóster.
Esse tipo de vacina não deve ser aplicado em indivíduos em estados primários ou adquiridos de imunodeficiência (por exemplo, pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida – Aids, leucemia ou linfoma, ou indivíduos que estiverem recebendo imunossupressão iatrogênica), em indivíduos com tuberculose ativa não tratada, em mulheres que estejam ou possam estar grávidas, ou em pessoas com histórico de reações anafilactoides aos componentes da vacina.
Informações adicionais sobre a vacina contra herpes-zóster constam no website do Centers for Disease Control and Prevention ( http://www.cdc.gov/shingles/vaccination.html ).41 Existem diversos relatos de transmissão nosocomial do VVZ. Portanto, os pacientes hospitalizados com varicela ou herpes-zóster deverão ser isolados para impedir a disseminação do vírus para outras pessoas suscetíveis.
Todos os pacientes suscetíveis de alto risco que forem expostos a pessoas infectadas, e tiverem contraindicações para a vacina contra o VVZ, devem receber profilaxia à base de globulina imune contra varicela-zóster (VariZIG – 125 unidades/10kg de peso corporal IM, em até 10 dias após a exposição) para evitar ou modificar a enfermidade clínica.42 Alguns estudos menores sugerem que doses elevadas da aciclovir (40 a 80mg/kg por 7 dias, iniciando 7 a 9 dias depois da exposição) ou que a vacina contra VVZ (uma dose no dia da exposição ou em até 3 dias após a exposição) também são opções para a profilaxia pós-exposição.33 Tratamento A documentação disponível mostra relatos de sucessos consideráveis no tratamento de infecções por VVZ em hospedeiros imunocomprometidos com a administração parenteral de aciclovir (para adultos: 10mg/kg, a cada 6 horas, por 7 dias).
Doses elevadas de aciclovir por via oral (800mg, 5x/dia, por 7 dias), quando iniciadas imediatamente, também poderão encurtar o curso e diminuir a gravidade do herpes-zóster em hospedeiros saudáveis. Outra opção é o uso de valaciclovir por via oral (1g, 3x/dia).
Ainda há controvérsias sobre o uso de corticosteroides em combinação com aciclovir para tratamento de casos agudos de herpes-zóster.43,44 Em determinadas circunstâncias, justifica-se o uso de esteroides em pessoas com idade acima de 50 anos que não tenham contraindicações relativas como diabetes melito, hipertensão ou glaucoma.29 A resistência ao aciclovir foi descrita em isolados de VVZ em pacientes com infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) que haviam recebido terapia de longo prazo com aciclovir.
O medicamento foscarnet (40 a 60mg/kg, a cada 8 horas) é a alternativa para tratamento de infecções por VVZ resistentes ao aciclovir em hospedeiros imunocomprometidos.45 Os medicamentos aciclovir, fanciclovir e valaciclovir também são eficazes para diminuir a gravidade e reduzir o curso da catapora em pacientes competentes sob o ponto de vista imunológico, embora as crianças geralmente não recebam esse tratamento farmacológico contra varicela descomplicada.
Tratamento Farmacológico para Infecção Causada pelo Vírus Varicela-Zóster | |||
Medicamento | Dose | Classificação da eficácia | Comentários |
Aciclovir* | 10mg/kg, IV, q.8 horas, por 7 dias | Primeira escolha | Para tratar varicela ou herpes-zóster em pacientes imunocomprometidos. |
800mg, p.o., 4x/dia, por 5 dias (varicela); 800mg, p.o., 5 vezes/dia por 7 dias (herpes-zóster) | Alternativa | Possivelmente encurte o curso e diminua a gravidade do herpes-zóster e da varicela em pacientes saudáveis. | |
Valaciclovir | 1g, p.o., t.i.d., por 5 dias (varicela) ou 7 dias (herpes-zóster) | Alternativa | Possivelmente encurte o curso e diminua a gravidade do herpes-zóster e da varicela em pacientes saudáveis. |
Fanciclovir | 500mg, p.o., por 7 dias | Alternativa | Possivelmente encurte o curso e diminua a gravidade do herpes-zóster e da varicela em pacientes saudáveis. |
Foscarnet | 40 a 60mg/kg, IV, q.8 horas, por 2?3 semanas | Alternativa | Para tratamento de infecção por VVZ resistente ao aciclovir em pacientes imunocomprometidos. |
VVZ: vírus varicela-zóster. Citomegalovírus Embora, na virada do século XX, a doença de inclusão citomegálica em crianças tenha sido reconhecida como entidade clínica, o agente etiológico – o CMV – foi isolado apenas em meados da década de 1990. A partir de então, o CMV passou a ser reconhecido como um vírus quase onipresente que desempenha um papel importante em muitas doenças, incluindo uma forma de mononucleose e a doença disseminada em hospedeiros imunocomprometidos.
- Epidemiologia e Etiologia A distribuição do CMV é mundial.
- Nos países desenvolvidos, aproximadamente 1% de recém-nascidos é infectado pelo CMC, sendo que a incidência é muito mais elevada nas regiões em desenvolvimento.
- Em pacientes imunocomprometidos (por exemplo, receptores de transplantes de órgãos ou de células-tronco hematopoiéticas e em pacientes com Aids), as infecções pelo CMV são as causas principais de morbidade e de mortalidade.
A transmissão ocorre por meio do contato com pessoas infectadas, mais frequentemente pelo compartilhamento de secreções ou de produtos derivados do sangue contendo leucócitos. O CMV se dissemina através do sêmen, das secreções cervicais, da saliva, do leite materno e da urina.
A transmissão genital é muito comum na fase final da adolescência. As infecções primárias em mulheres grávidas poderão se disseminar para os fetos, às vezes com consequências devastadoras. A imunidade adquirida naturalmente diminui bastante a probabilidade de infecção congênita, embora talvez ocorram infecções com cepas diferentes de CMV, que produzem infecções sintomáticas em recém-nascidos.46 A incidência de infecção perinatal também é comum por causa da disseminação a partir do leite materno e de outras secreções.
A vida comunitária e a má higiene pessoal facilitam a transmissão. A disseminação do CMV em creches é comum; com frequência, as crianças infectadas servem de fontes de transmissão para outros membros da família. As transfusões de sangue e os transplantes de órgãos também podem transmitir CMV dos doadores sintomáticos para os receptores.
- Aparentemente, observa-se um aumento na proporção de receptores de transplante de fígado negativos para anticorpos contra o CMV que recebem órgãos de doadores positivos para anticorpos contra o CMV.47 Patogênese Após terem sido infectadas, geralmente as pessoas carregam o vírus por toda a vida.
- Comumente, essas infecções permanecem dormentes e as reativações ocorrem nos períodos de comprometimento imune.
A reativação é particularmente comum em pacientes com comprometimento na função das células T (por exemplo, receptores de transplantes ou pacientes com neoplasmas linfoides ou Aids). As reinfecções com novas cepas de CMV também ocorrem em pacientes com comprometimento imune.
Nos fetos, a infecção primária poderá resultar em doença de inclusão citomegálica disseminada com inúmeras anormalidades congênitas, em doença localizada que afeta o sistema auditivo ou o SNC, ou no envolvimento subclínico. De um modo geral, a infecção perinatal é assintomática, ainda que seja provável a ocorrência de condições como pneumonite intersticial prolongada, hepatite e retardo na progressão do crescimento.
A doença sintomática tem mais probabilidade de ser produzida por infecção primária pelo CMV do que pela reativação viral. Os sítios de infecção latente não são muito bem definidos, embora, aparentemente, o CMV persista em diversos tipos de células em muitos órgãos.
Provavelmente, ocorram reativação viral e aumento na replicação, resultando em vários tipos de síndromes, nos casos em que as respostas imunes dos hospedeiros se tornarem comprometidas. A replicação do CMV poderá suprimir ainda mais as respostas imunes, levando a uma hiperresponsividade linfocitária profunda e a infecções graves com patógenos oportunistas (por exemplo, Pneumocystis jiroveci e Toxoplasma gondii).
Os mecanismos pelos quais a replicação do CMV inibe as respostas dos hospedeiros são complexos e envolvem interações virais com os linfócitos e monócitos-macrófagos dos hospedeiros. Síndromes Clínicas Monocucleose Por Citomegalovírus Características clínicas.
A monocucleose por CMV ocorre em pacientes de qualquer idade, embora seja mais comum em adultos jovens sexualmente ativos. As respostas vigorosas às células T dos hospedeiros talvez contribuam para essa síndrome, que se caracteriza pela presença de febre, enxaqueca, fadiga e mialgia. Condições como cefaleia e esplenomegalia também são presenças prováveis.
Anormalidades enzimáticas leves no fígado são muito comuns, sendo que também é usual a presença de linfócitos atípicos no sangue periférico. Não se formam anticorpos heterófilos em resposta às infecções pelo CMV; no entanto, é comum a presença de anormalidades imunológicas leves, incluindo o fator reumatoide e anticorpos antinucleares.
Complicações. Ocasionalmente, ocorrem condições como anemia hemolítica, trombocitopenia, complicações neurológicas (por exemplo, síndrome de Guillain-Barré) ou envolvimento de outros órgãos (fígado, pulmão), que poderão se tornar graves.48 Tipicamente, as infecções agudas desparecem em 2 a 4 semanas, ainda que a astenia pós-viral e a excreção viral persistam por vários meses.
Infecções por Citomegalovírus em Hospedeiros Imunocomprometidos Aparentemente, o CMV é o patógeno viral mais frequente e mais importante em pacientes que tenham feito transplante de órgãos. De um modo geral, esses pacientes com as síndromes produzidas pelo CMV se apresentam com febre e leucopenia, que poderá progredir para pneumonite e, em casos raros, para doença generalizada.
- O período de risco mais elevado é de 1 a 4 meses após o transplante e parece se relacionar ao grau de imunossupressão dos hospedeiros.
- O CMV pode aumentar também o risco de perda de enxertos após os transplantes de órgãos.49 A pneumonia produzida pelo CMV ocorre em 20% de receptores de transplantes de células-tronco hematopoiéticas; a mortalidade nesses pacientes, caso a pneumonia não seja tratada, atinge algo em torno de 90%.
O CMV é reconhecido como um patógeno importante em pacientes com Aids. Com frequência, o vírus contribui para o comprometimento imune que se observa nesses pacientes e poderá produzir doença generalizada afetando os olhos, o trato gastrintestinal ou o SNC.
Pelo menos 50% de pacientes com Aids têm viremia causada pelo CMV e 90% ou mais apresentam evidências de infecção pelo CMV nas autópsias.50 A presença de úlceras no esôfago, no estômago, no intestino delgado ou no colo é uma probabilidade, e pode produzir hemorragia ou perfuração.51 Nesse contexto, é extremamente importante reconhecer a presença de polirradiculopatia ou de encefalite causadas pelo CMV, tendo em vista que esses distúrbios têm grande potencial de reversão terapêutica.52,53 Da mesma forma, a retinite produzida pelo CMV é uma causa importante, porém tratável, de cegueira em pacientes com Aids.54 As lesões iniciais consistem de pequenas áreas esbranquiçadas de necrose retinal, que progridem de forma centrífuga e, subsequentemente, são acompanhadas de hemorragia, revestimento vascular e edema retinal, conforme a Figura 6.
O CMV e o HIV potencializam a replicação de cada um deles in vitro, sendo possível que essas interações ocorram em órgãos duplamente infectados (por exemplo, a retina e o cérebro de pacientes com Aids que tenham infecções produzidas pelo CMV). Figura 6 – A retinite causada pelo CMV poderá resultar em exsudatos hemorrágicos e, finalmente, em cegueira. Sob o ponto de vista clínico e patológico, existem duas formas de encefalite causada pelo CMV que são distinguíveis em pacientes com Aids: encefalite micronodular multifocal, que se assemelha à encefalite produzida pelo HIV e se apresenta com demência progressiva; e encefalite ventricular, que se caracteriza por déficits agudos nos nervos cranianos, ventriculomegalia, nistagmo, letargia e desorientação.53,55 Diagnóstico As infecções causadas pelo CMV não podem ser diagnosticadas com segurança somente em bases clínicas.
Embora o vírus possa ser isolado a partir de uma grande variedade de secreções ou de tecidos infectados, a identificação definitiva poderá levar várias semanas. O uso de centrifugação pelo método shell vial e de análise imuno-histoquímica para os antígenos precoces do CMV agiliza o diagnóstico e ajuda a monitorar os resultados, assim como a monitorar a aplicação de imunofluorescência ou de ensaios com base na reação em cadeia da polimerase (PCR) no plasma ou em leucócitos no sangue periférico.56?58 A confirmação de viremia é o melhor indicador de infecção aguda, em comparação com a detecção do vírus na urina ou na saliva.
O uso da PCR para detectar o DNA do CMV no LCR facilita o diagnóstico de condições como encefalite e polirradiculopatia causadas pelo CMV.55,55 Prevenção Encontram-se, atualmente, em fase de investigação diversas medidas profiláticas específicas e inespecíficas para prevenir a ocorrência de síndromes de CMV.
A compatibilização de transplantes soronegativos ou de receptores de transfusão com doadores soronegativos de órgãos ou de sangue diminui a probabilidade de transmissão. O uso de sangue congelado e descongelado, lavado com solução salina ou filtrado em algodão, pode prevenir contra a incidência de infecções por CMV associadas às transfusões.
A globulina imune contra o CMV é uma opção que poderá ser utilizada em determinados receptores soronegativos de medula óssea. As vacinas experimentais contra o CMV ainda se encontram em fase de investigação. Tratamento Gerenciamento de Mononucleose por Citomegalovírus De um modo geral, a mononucleose causada por CMV é autolimitada e precisa apenas de tratamento de suporte.
Não se recomenda o uso de terapia antiviral específica. Gerenciamento de citomegalovírus em hospedeiros imunocomprometidos A administração intravenosa de ganciclovir, um análogo da deoxiguanosina, assim como a administração oral de valganciclovir, um pró-medicamento do ganciclovir, são tratamentos eficazes de infecções pelo CMV (por exemplo, retinite) em hospedeiros imunocomprometidos.
Tanto a administração intravenosa de ganciclovir (5mg/kg, 2x/dia, por 14 a 21 dias, e subsequentemente 5mg/kg, diariamente, ou 6mg/kg, 5x/semana, a título de manutenção), como a administração oral de valganciclovir (900mg, 2x/dia, por 21 dias, e subsequentemente 900mg, diariamente, para manutenção), resulta na estabilização ou na melhora em 70 a 90% de pacientes com retinite causada pelo CMV.59 A neutropenia poderá ser dose-limitante para o ganciclovir e o valganciclovir.
Tratamento Farmacológico para Infecção Causada pelo Citomegalovírus | |||
Medicamento | Dose | Classificação da eficácia | Comentários |
Ganciclovir | 5mg/kg, IV, q.12 horas por 7 dias a 21 dias e, a seguir, 5mg/kg, IV, q.d., ou 5x/semana para manutenção. | Primeira escolha | Para tratar retinite por CMV e outras infecções por CMV em estágio avançado em pacientes imunocomprometidos. |
Valganciclovir | 900mg, p.o., b.i.d, por 21 dias e, a seguir, 900mg, p.o., q.d., para manutenção. | Primeira escolha | Para tratar retinite por CMV e outras infecções por CMV em estágio avançado em pacientes imunocomprometidos. |
Foscarnet | 60mg/kg, IV, q.8 horas ou 90mg/kg, IV, q.12 horas, por 2?3 semanas e, a seguir, 90?120mg/kg, IV, q.d. | Alternativa | Para tratar retinite ou doença GI causada por CMV; combinar com ganciclovir para tratamento de infecções graves no SNC em pacientes com Aids. |
Cidofovir | 5mg/kg, IV, 1x/semana, por 2 semanas e, a seguir, 5mg/kg, IV, a cada 2 semanas. | Alternativa | Para tratar retinite por CMV. |
Aids: síndrome da imunodeficiência adquirida; GI: gastrintestinal; CMV: citomegalovírus; SNC: sistema nervoso central. A administração de foscarnet (60mg, 3x/dia, ou 90mg/kg, 2x/dia, por 2 a 3 semanas e, a seguir, 90 a 120mg/kg diariamente) é comprovadamente eficaz no tratamento de retinite e de doença gastrintestinal causadas pelo CMV, sendo que o aciclovir (administração semanal por 2 semanas, seguida de 5mg/kg a cada duas semanas) talvez seja uma boa opção para o tratamento de retinite causada pelo CMV.
A combinação de ganciclovir e foscarnet pode seja necessária nos casos graves de infecção no SNC em pacientes aidéticos.62 A resistência ao ganciclovir e a outros medicamentos anti-CMV poderá complicar as terapias prolongadas.63 Nefrotoxicidade é a principal toxicidade dose-limitante do foscarnet e do cidofovir.
Um pró-medicamento oral do cidofovir encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento clínico.64 O ganciclovir profilático ou supressivo talvez seja útil em outros pacientes de alto risco, como, por exemplo, os receptores de transplantes de células-tronco hematopoiéticas ou de órgãos sólidos que sejam soropositivos para o CMV.
Diversos regimes anteriores ou preventivos à base de ganciclovir e de valganciclovir estão sendo estudados em receptores de transplantes susceptíveis e em pacientes com Aids.65 Levando-se em consideração as toxicidades dos medicamentos anti-CMV atualmente disponíveis no mercado, assim como a complexidade das condições subjacentes em muitos pacientes portadores de doença orgânica terminal, recomenda-se o encaminhamento para especialistas em oncologia, doenças infecciosas causadas por transplantes e/ou doenças causadas pelo HIV.
Vírus de Epstein-Barr O VEB é um tropismo celular muito limitado; a faixa de hospedeiros geralmente se restringe às células B humanas e às células epiteliais da nasofaringe e do colo uterino. O VEB é a causa de mononucleose infecciosa positiva para anticorpo heterófilo e foi envolvido em vários outros distúrbios, incluindo linfoma de Burkitt, carcinoma nasofaríngeo, leucoplaquia pilosa oral e uma grande variedade de distúrbios linfoproliferativos nas células B e, possivelmente, nas células T.66 Epidemiologia e Etiologia Nos países em desenvolvimento, a maior parte da população se expõe ao VEB precocemente.
Nos EUA, aproximadamente 50% da população se torna soroconvertida aos 5 anos de idade; além disso, há uma taxa elevada de soroconversão na adolescência e em adultos jovens, sendo que 90 a 95% de adultos são soropositivos. A mononucleose infecciosa clínica se desenvolve sobretudo em pessoas que contraem infecção primária pelo VEB quando estiverem na faixa etária entre 10 e 20 anos de idade; em pessoas mais jovens, normalmente a infecção primária pelo VEB não é clinicamente aparente.
Nos países desenvolvidos, a maior parte dos casos de mononucleose infecciosa ocorre em indivíduos que pertencem aos grupos econômicos mais elevados, nos quais a transmissão viral geralmente retarda até os pacientes atingirem uma idade acima de 10 anos.
Os adultos jovens suscetíveis em idade colegial adquirem infecções pelo VEB a uma taxa de 14 a 15 casos por 100 pessoas/ano, sendo que quase 90% dessas infecções são sintomáticas e a maioria delas desenvolve mononucleose infecciosa.67 Como resultado, as infecções pelo VEB têm grande impacto na saúde pública das populações de adultos jovens, incluindo estudantes e militares.
O VEB se dissemina em qualquer momento, a partir da orofaringe, em aproximadamente 15% dos adultos na população soropositiva, sendo que os indivíduos soropositivos transmitem o vírus através da saliva.68 A disseminação ocorre com muito mais frequência em pacientes com mononucleose infecciosa e em pessoas imunocomprometidas como os receptores de transplante renal e os pacientes com infecção pelo HIV.69 A transmissão viral requer contato próximo, normalmente através do contato oral, sendo que uma das pessoas é quem transmite o VEB.
- Em raras ocasiões, a transmissão do vírus ocorre por outras vias, incluindo as transfusões de sangue.
- Há relatos de infecções pelo VEB no colo uterino; ulcerações genitais foram observadas em pacientes com mononucleose infecciosa; e a atividade sexual também é um fator de risco altamente significativo para a soropositividade do VEB, 70 sugerindo a possibilidade de transmissão genital do vírus para os parceiros sexuais e para recém-nascidos.
Patogênese A infecção inicia por meio da ligação das proteínas gp350/120, que se localizam no invólucro do VEB, ao complexo CD21 da molécula da superfície celular. Após a replicação inicial nas células ou nas células B da nasofaringe, aparentemente as células B transportam o vírus até outras partes do corpo.
- Na nasofaringe, ocorre a replicação ativa do vírus infeccioso.
- Por outro lado, o genoma viral está presente nas células B, mas não há produção de partículas do vírus infeccioso maduro.
- Nas células B, onde o VEB permanece latente, o DNA sai como um epissoma circular; nas células em que o vírus infeccioso é produzido, a forma do DNA do VEB é linear.
As células B infectadas são conhecidas por células imortalizadas (isto é, são capazes de continuar a proliferação) e produzem uma grande variedade de anticorpos como consequência da ativação policlonal das células B. Um dos anticorpos produzidos pelas células B, o anticorpo heterófilo, é um marcador útil para o diagnóstico de infecção.
Após o início da infecção, o hospedeiro prepara uma resposta da célula B contra novos antígenos nas células infectadas e uma resposta do anticorpo da célula B contra vários antígenos associados ao VEB, incluindo o antígeno capsídeo viral, antígenos precoces e o antígeno nuclear de Epstein-Barr. Os padrões de anticorpos variam conforme o estágio da infecção e a síndrome expressa.
Síndromes Clínicas Fatores como idade e imunocompetência exercem grande influência na expressão da infecção pelo VEB. Comumente, as crianças mais jovens têm infecções assintomáticas ou triviais e, em geral, não produzem anticorpos heterófilos. Nas pessoas idosas, a infecção pelo VEB pode se apresentar como uma síndrome febril persistente em que os pacientes manifestam resultados negativos nos testes para anticorpos heterófilos.
Mononucleose infecciosa é a manifestação clínica mais comum de infecção primária pelo VEB. Mononucleose Infecciosa Características clínicas. Comumente, os pacientes se apresentam com febre, faringite e linfadenopatia. Hepatoesplenomegalia, enantema palatal, edema periorbital e icterícia são características menos comuns.
Um tipo de erupção cutânea difusa maculopapular ocorre em 10% de pacientes, particularmente em indivíduos que tenham recebido ampicilina. As anormalidades hematológicas incluem um tipo de linfocitose no sangue periférico; em geral, mais de 10% de leucócitos no sangue periférico consistem de linfócitos atípicos.
A contagem total de leucócitos talvez seja normal, baixa ou elevada; observa-se uma neutropenia relativa e absoluta em 60 a 90% de pacientes. A ocorrência de trombocitopenia também é comum, e as enzimas hepatocelulares são anormais em 90% de pacientes. A presença de crioproteínas e de anticorpos antigranulócitos é frequente, mas, em geral, é de pouca significância clínica.
A maior parte dos casos de mononucleose infecciosa desaparece em 1 a 3 semanas, embora enxaqueca e fadiga ocasionalmente persistam por várias semanas a meses. Complicações. As complicações da mononucleose infecciosa afetam a maioria dos sistemas de órgãos.
O aumento no volume tonsilar pode ser extremo e causar transtornos respiratórios. Embora seja uma ocorrência rara, o rompimento esplênico deverá ser levado em consideração nos casos em que houver desenvolvimento de dor abdominal, em especial durante a segunda e a terceira semanas de enfermidade. Os pacientes com rompimento esplênico geralmente sentem dor e sensibilidade no quadrante superior esquerdo que, tipicamente, são acompanhadas de sinais de irritação peritoneal e de evidências laboratoriais de hematócrito em queda.
Provavelmente, seja necessário fazer esplenectomia nos casos em que for confirmado o diagnóstico de rompimento esplênico, embora, às vezes, a preservação esplênica seja possível apenas com tratamento intensivo de suporte. As complicações neurológicas ocorrem em menos de 1% de pacientes com mononucleose infecciosa; essas complicações incluem encefalite, meningite asséptica, mielite transversa, síndrome de Guillain-Barré, neurite ótica e neuropatias periféricas.
- Com frequência, a encefalite causada pelo VEB se apresenta como cerebelite, embora possa também imitar herpes-zóster.
- A despeito da gravidade das complicações neurológicas, a maior parte dos pacientes se recupera totalmente.
- A ocorrência de anemia hemolítica autoimune mediada por aglutinina fria com foco nos antígenos é comum normalmente durante a segunda e a terceira semanas de enfermidade.
Embora sejam raras, condições como anemia aplásica, trombocitopenia hemorrágica e granulocitopenia com superinfecção são complicações potencialmente fatais. O VEB foi detectado em espécimes de medula óssea por hibridização in situ. As complicações cardíacas e pulmonares não são comuns.
Uma síndrome crônica rara de febre, hepatite persistente, linfadenopatia extensiva, hepatoesplenomegalia, pancitopenia, uveíte e pneumonia intestinal foi associada a infecções persistentes causadas pelo VEB.71 Infecção pelo Veb em Hospedeiros Imunocomprometidos Os hospedeiros imunocomprometidos são susceptíveis às síndromes linfoproliferativas generalizadas produzidas pelo VEB.
A doença de Duncan – um distúrbio familiar ligado ao X – foi associada à mononucleose infecciosa fatal, assim como a condições como agamaglobulinemia e linfoma. Aparentemente, todos esses distúrbios se relacionam às infecções causadas pelo VEB em pessoas geneticamente predispostas.
O gene envolvido codifica a proteína com 128 aminoácidos, que pode estar envolvida na transdução de sinal das células T.72 Ocasionalmente, nos receptores de transplantes que recebem ciclosporina e em pacientes com Aids, o desenvolvimento de infecções generalizadas pelo VEB culmina em síndromes linfoproliferativas de células B.
A leucoplasia pilosa é uma lesão hiperplásica não maligna nas células epiteliais que ocorre em pacientes imunocomprometidos, particularmente em indivíduos com infecção pelo HIV, e se apresenta como lesões enrugadas, esbranquiçadas e elevadas que se localizam no aspecto lateral da língua.
- Essas lesões estão associadas à replicação ativa do VEB e à expressão de proteínas virais líticas.73 A incidência de leucoplasia pilosa oral aparentemente diminuiu na era dos agentes antirretrovirais altamente ativos para tratamento de infecções pelo HIV.
- Infecção pelo Vírus Epstein-Barr e Câncer A natureza da associação entre VEB e linfoma de Burkitt e carcinoma nasofaríngeo permanece sem solução.
Quase todos os pacientes africanos com linfoma de Burkitt e do Leste Asiático com carcinoma nasofaríngeo têm titulações elevadas do anticorpo do VEB, sendo que o DNA do VEB é encontrado nos próprios tumores. Uma forma clonal simples de VEB foi associada a carcinomas nasofaríngeos e a lesões pré-invasivas, embora não esteja muito claro se ou como o vírus se envolveu na etiologia desses neoplasmas.
O VEB também foi associado a alguns casos de linfoma primário de células B no SNC, linfoma de células T, tumores em músculos lisos, granulomatose linfomatoide e doença de Hodgkin.66,74,75 Diagnóstico Na maior parte dos casos de mononucleose infecciosa, o diagnóstico pode ser confirmado pela detecção de anticorpos heterófilos e de anormalidades no sangue, que se caracterizam pela presença de linfócitos atípicos que, com frequência, são responsáveis por mais de 10% dos leucócitos no sangue periférico.
Os anticorpos heterófilos, geralmente detectados por meio de testes mono spot ou com lâminas, não são direcionados contra os antígenos virais, mas contra os antígenos eritrocitários de várias espécies, incluindo ovelhas, cavalos e cabras. Esses reagentes de fase aguda, que estão presentes em, aproximadamente, 90% de pacientes em algum ponto no curso da enfermidade, devem ser distinguidos dos anticorpos de Forssman, os quais ocorrem naturalmente, e dos anticorpos em pacientes com alguma enfermidade sérica; essa diferenciação poderá ser feita por meio de testes de absorção específicos.
A presença de anticorpos heterófilos pode ocorrer no início da enfermidade clínica ou surgir mais tarde no curso da doença; comumente, eles desaparecem entre 3 a 5 meses após o início da enfermidade, mas podem persistir por períodos mais longos de tempo. As reações falsas positivas são raras. A mononucleose infecciosa negativa para anticorpos heterófilos pode ser causada por CMV, VEB ou qualquer outro tipo de vírus.
As medições de anticorpos específicos para o VEB são muito úteis nos casos de mononucleose infecciosa negativa para anticorpos heterófilos e outras síndromes possivelmente associadas ao VEB. Os anticorpos contra os antígenos capsídeos virais surgem no início do curso da infecção e estão presentes em 85% de pacientes no momento da visita inicial ao médico.
- A presença de anticorpos imunoglobulina M (IgM) contra antígenos capsídeos virais sugere infecção aguda, enquanto que os anticorpos imunoglobulina G (IgG) contra antígenos capsídeos virais indicam infecção anterior.
- Os anticorpos contra antígenos precoces surgem temporariamente durante as infecções ativas, além de serem encontrados em pacientes com a variante africana do linfoma de Burkitt, assim como em pacientes com carcinoma nasofaríngeo.
Os anticorpos contra o antígeno nuclear de Epstein-Barr surgem mais tarde no curso da enfermidade e persistem após a recuperação. Consequentemente, o padrão de respostas específicas do anticorpo ao VEB pode indicar o estágio da infecção. De um modo geral, as culturas não têm nenhuma utilidade diagnóstica.
Embora o VEB possa ser isolado da nasofaringe, as técnicas de culturas são complexas e consomem muito tempo. A detecção do DNA do VEB por meio das técnicas de PCR é uma opção útil para monitorar a progressão de determinadas doenças, tais como encefalite ou as síndromes linfoproliferativas.76?78 Prevenção As vacinas experimentais contra o VEB em estudo têm o objetivo de prevenir a ocorrência de mononucleose infecciosa e de cânceres associados ao VEB.
As vacinas terapêuticas para tratar malignidades associadas ao VEB também se encontram atualmente em fase de desenvolvimento.66 Tratamento Gerenciamento de Mononucleose Infecciosa O tratamento é de suporte. A administração de corticosteroides pode ser útil em determinadas situações, como, por exemplo, obstrução iminente nas vias respiratórias, trombocitopenia grave ou anemia hemolítica.
- Os regimes de curto prazo (1 a 2 semanas) são adequados.
- Agentes antivirais específicos como aciclovir ou ganciclovir não são recomendados para o tratamento da maioria dos distúrbios relacionados ao VEB.79 Embora a administração intravenosa de aciclovir diminua a disseminação viral em pacientes com mononucleose infecciosa, os benefícios clínicos aparentemente são mínimos.
Gerenciamento de Infecções em Hospedeiros Imunocomprometidos A infusão de leucócitos de doadores ou de células T citotóxicas específicas para o VEB também é uma opção válida para o tratamento de algumas doenças linfoproliferativas relacionadas ao VEB depois de transplantes de células-tronco hematopoiéticas.80 Não há agentes antivirais que tenham produzido algum benefício em doenças associadas ao VEB.
Herpes-Vírus Humano Tipo 6 Em 1986, um herpes-vírus recentemente reconhecido, o HHV-6, foi isolado a partir de leucócitos do sangue periférico de seis pessoas com vários distúrbios linfoproliferativos.81 Esse vírus foi inicialmente designado vírus linfotrópico humano tipo B, mas foi renomeado quando alguns estudos subsequentes demonstraram que o vírus replicava em células com origem nas células T.82 Foram reconhecidas duas variantes geneticamente distintas do HHV-6 – HHV-6A e HHV-6B.
A doença está mais frequentemente associada às infecções causadas pelo HHV-6B, embora esta variante do HHV tenha neurotropismo maior.83 A CD46, uma proteína imunomoduladora, é um receptor celular para o HHV-6.84 Tipicamente, as infecções produzidas pelo HHV-6 ocorrem na infância, na medida em que se reduz o nível de anticorpos maternos (pico entre o 6º e o 9º meses), embora a infecção intrauterina também seja uma ocorrência provável.85 Até 80% de adultos são soropositivos para HHV-6.
A infecção poderá se apresentar como exantema súbito (roséola infantil), uma enfermidade que se caracteriza pela presença de febre seguida por erupção cutânea ou por uma enfermidade febril sem erupção cutânea, mas geralmente com convulsões febris.86 O HHV-6 foi associado à encefalite; sugeriu-se, embora não tenha sido comprovado, que o HHV-6 é um dos agentes causais de esclerose múltipla.87 O HHV-6 pode ser transmitido através da saliva e, possivelmente, por secreções genitais, sangue ou órgãos transplantados, e a infecção pelo HHV-6 provavelmente produza uma síndrome que se assemelha à mononucleose.88 Depois de alguma infecção primária, o genoma viral poderá persistir nas células mononucleares do sangue periférico e nas glândulas salivares.
A reativação acompanha a imunossupressão, sendo que 30 a 45% de receptores de transplantes de células-tronco hematopoiéticas desenvolvem viremia por HHV-6 nas primeiras semanas após o enxerto.89 Em adultos imunocomprometidos, o HHV-6 pode estar associado a um tipo de erupção cutânea que se assemelha à doença do enxerto contra o hospedeiro e, além disso, poderá causar pneumonite, encefalite límbica, rejeição de enxerto ou doença disseminada.89?92 Não existe nenhum agente antiviral com eficácia clínica comprovada contra o HHV-6, embora o ganciclovir e o foscarnet tenham sido sugeridos como possíveis terapias.93 Herpes-Vírus Humano Tipo 7 Em 1990, outro herpes-vírus humano linfotrópico, tentativamente denominado HHV-7, foi isolado das células T de um homem saudável de 26 anos de idade.94 O papel desse vírus na doença humana ainda não foi definido, embora ele apareça com frequência na saliva de adultos saudáveis e tenha sido isolado a partir do leite materno.95,96 A infecção geralmente ocorre por volta da idade de 5 anos, sendo que, aproximadamente, 90% dos adultos são soropositivos.97 O genoma do HHV-7 também pode ser detectado em leucócitos no sangue periférico e nas secreções cervicais.
O HHV-7 talvez seja responsável por alguns casos de roséola ou de convulsões febris 98 e, possivelmente, esteja associado à disfunção dos enxertos após o transplantes de órgãos sólidos.99 Embora tenha sido sugerido que o HHV-6 e o HHV-7 sejam agentes etiológicos nos casos de síndrome de fadiga crônica e de pitiríase rósea, não há evidências que deem suporte a essa hipótese.100,101 Herpes-Vírus Humano Tipo 8 Vários relatórios produzidos no final de 1994 e em 1995 forneceram evidências convincentes de sequências únicas que se assemelhavam ao herper-vírus no sarcoma de Kaposi (SK) e ao tecido dos linfomas de cavidades do corpo de pacientes com Aids.102?105 Com auxílio da análise de diferenças representativas, os pesquisadores descobriram que mais de 90% do tecido do SK continham essas sequências; os tecidos de controle testaram negativo, excetuando-se 15% do tecido não-SK de pacientes aidéticos.102 As mesmas sequências de DNA semelhantes ao herpes-vírus foram subsequentemente documentadas em tecido do SK de pacientes não aidéticos 103?105 e em espécimes de biópsia de linfonodos de pacientes com a doença multicêntrica de Castleman.106 O HHV-8 propagado em culturas de células se assemelha muito a um herpes-vírus y encontrado nos macacos rhesus.
A soroprevalência do HHV-8 varia significativamente, dependendo da localização e do grupo de risco. Na África subsaariana, a soroprevalência poderá atingir até 50%, enquanto que, nos doadores de sangue norte-americanos, é algo em torno de 3%.107,108 A soroprevalência do HHV-8 é mais elevada em receptores de transfusões e nos grupos de risco de infecção pelo HIV.
Os ensaios quantitativos da PCR conseguem detectar o HHV-8 em espécimes de biópsia e revelaram níveis elevados de DNA viral no SK em lesões produzidas pela doença multicêntrica de Castleman.109 A infecção primária pelo HHV-8 em crianças imunocompetentes pode estar associada a condições como febre e erupção cutânea maculopapular, sendo que a descoberta de DNA do HHV-8 na saliva sugere transmissão salivar.110,111 Alguns estudos familiares sugerem que a transmissão para crianças ocorre através de vias não sexuais e, entre casais, pelas vias sexuais.112 Observaram-se também casos de transmissão nos períodos intraparto e pós-parto; a infecção intrauterina também é uma ocorrência comum.113 Nas relações sexuais entre homens, os fatores de risco de transmissão incluem aumento no número de parceiros sexuais, uso de nitrato de amila e ocorrência de linfadenopatia nos 6 meses precedentes.114,115 Os fatores de risco para transmissão em mulheres norte-americanas incluem infecção por HIV, avanço da idade, histórico de sífilis, uso de drogas injetáveis e raça negra.116,117 A transmissão do HHV-8 pode também estar associada a transplantes de órgãos ou a transfusões de sangue.
As evidências moleculares e sorológicas sugerem enfaticamente um papel causal para o HHV-8 nos casos de sarcoma de Kaposi e associações com linfomas nas cavidades corporais e com a doença multicêntrica de Castleman. Embora se tenha sugerido que o HHV-8 esteja associado a mielomas múltiplos e sarcoidose, não existem evidências que confirmem esse fato.
Alguns estudos sobre a suscetibilidade do HHV-8 aos medicamentos antivirais sugerem a existência de uma resistência relativa ao aciclovir e ao penciclovir, mas a existência de suscetibilidade a ganciclovir, foscarnet e cidofovir.118,119 Um teste piloto com o cidofovir em casos de SK mostrou que não houve nenhum efeito sobre a carga de HHV-8 ou sobre as lesões causadas pelo sarcoma de Kaposi.120 Por outro lado, outro teste sugeriu que a administração de valganciclovir uma vez ao dia poderia diminuir significativamente a frequência e a quantidade de replicações do HHV-8.121 Um teste piloto comprovou que o uso de valganciclovir não chegou a afetar a progressão clínica do sarcoma de Kaposi.122 Informações Financeiras: Martin S.
Hirsch, MD, não tem informações financeiras relevantes a declarar. Referências 1. Whitley RJ, Roizman B. Herpes simplex virus infections. Lancet 2001;357:1513.2. Bradley H, Markowitz LE, Gibson T, McQuillan GM. Seroprevalence of herpes simplex virus types 1 and 2–United States, 1999–2010.
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Quanto tempo a herpes pode ficar encubada?
Quanto tempo demora para aparecerem os sintomas? – Não dá para saber. P vírus pode ficar incubado (dormindo) no corpo por tempo indeterminado. pode ser que a pessoa nunca desenvolva a infecção. Mas quando ela ocorre pela primeira vez, geralmente aparecem lesões dolorosas acompanhadas de febre e irritabilidade emocional (nervosismo).
Porque o vírus da herpes não tem cura?
Não Existe Cura Definitiva Para Herpes Isso ocorre porque o vírus se aloja nas terminações nervosas, tornando-se praticamente inacessível aos tratamentos convencionais.