O Que É Epilepsia?
Contents
- 1 Como se comporta uma pessoa com epilepsia?
- 2 Quais os 3 tipos de epilepsia?
- 3 Quando pode aparecer epilepsia?
- 4 Quanto tempo dura uma crise de epilepsia?
- 5 O que a epilepsia pode causar no cérebro?
- 6 Quem tem epilepsia pode ser considerado deficiente?
- 7 O que dispara a epilepsia?
- 8 Quem tem epilepsia pode morar só?
O que é que causa epilepsia?
Quais são as causas da epilepsia? – A epilepsia pode ter diversas causas, que vão desde o resultado de complicações no momento do parto até outras doenças neurológicas mais complicadas, como tumores no cérebro. No geral, a epilepsia pode ser uma condição médica por si só, ou um sinal de alerta informando que algo não vai bem no cérebro.
Como se comporta uma pessoa com epilepsia?
O corpo sofre contrações musculares intensas e involuntárias. A pessoa se debate, pode ficar arroxeada, lábios e dentes ficam cerrados e há salivação excessiva. Na maioria das vezes, ocorre perda de consciência. Essa é a descrição feita por quem já presenciou uma crise convulsiva, condição que ocorre repentinamente.
Quais os 3 tipos de epilepsia?
Epilepsia: Conheça os diferentes tipos de crise Publicado em: Revisado em: Veja como são classificados os principais tipos de crise e como elas se manifestam. A é uma doença neurológica crônica caracterizada pela recorrência de que podem se manifestar de formas diferentes dependendo do paciente. Cerca de 50 milhões de pessoas têm epilepsia (dados de 2019), o que a torna uma das doenças neurológicas mais comuns no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
- Essas crises são manifestações clínicas de uma disfunção temporária de um conjunto de neurônios – células que compõem o cérebro – interrompendo temporariamente a função habitual do órgão que acaba produzindo manifestações involuntárias tanto no comportamento, no controle muscular, na consciência e/ou na sensibilidade do indivíduo. Conheça os principais tipos de crises epilépticas:
- Crises focais
- Crises focais são aquelas que atingem apenas uma área do cérebro. Também podem ser chamadas de crises parciais e existem dois tipos principais:
- Simples: Quando não há perda de consciência. Esse tipo de crise pode provocar alterações no cheiro, sabor ou som, movimentos involuntários em determinadas partes do corpo e sintomas sensoriais, como tontura e formigamento;
- Complexas: Quando há alguma mudança ou perda de consciência. Esse tipo de crise pode provocar movimentos repetitivos, como esfregar as mãos sem parar, e o paciente pode não conseguir responder ao ambiente a sua volta.
- Veja também:
- Crises generalizadas
- Crises generalizadas são aquelas que atingem os dois lados do cérebro, de maneira generalizada, como o próprio nome diz. Existem alguns tipos de crise generalizada:
- Crise de ausência: É como se a pessoa sumisse do ambiente. Ela fica olhando “para o nada”, aérea e pode fazer movimentos sutis, como um piscar de olhos. Geralmente, atinge crianças;
- Crises mioclônicas: Se caracterizam por movimentos bruscos, como empurrões repentinos ou espasmos nos braços e pernas;
- Crises atônicas: Esse tipo de crise provoca a perda de controle muscular, podendo levar à quedas repentinas;
- Crises tônicas: Causa rigidez muscular e geralmente afetam os músculos dos braços, pernas e costas. Também podem ocasionar quedas;
- Crises clônicas: São responsáveis por causar movimentos rítmicos ou repetitivos. Em geral, atingem áreas como rosto, braços e pescoço;
- Crises tônico-clônicas: Nesse tipo, há perda de consciência, rigidez e tremor pelo corpo e, em alguns casos, perda do controle da bexiga e da língua. É o tipo de crise mais conhecido, quando o paciente fica se debatendo. É também um dos tipos mais frequente, junto com a crise de ausência.
Durante um episódio de crise epiléptica em que a pessoa está se debatendo, é preciso esvaziar a área ao redor dela, tirando de perto objetos que possam machucá-la ou nos quais ela possa esbarrar; deitá-la de lado e proteger sua cabeça, colocando algo macio embaixo, como uma almofada; afrouxar suas roupas para ajudá-la a respirar melhor e não colocar nada em sua boca, nem tentar segurar sua língua.
Quando pode aparecer epilepsia?
1 – Qual a causa da epilepsia e até qual idade pode aparecer? – Existem diversas causas para a epilepsia, que incluem distúrbios genéticos, lesões estruturais do cérebro, alterações metabólicas, doenças inflamatórias ou infecciosas. Embora, em certos casos não é possível determinar com precisão a sua origem.
Quais os riscos de se ter epilepsia?
Disfunção de linguagem – As crianças com epilepsia tendem a ter mais problemas de linguagem do que os adultos com o distúrbio. Os mais comuns são: vocabulário pobre, dificuldades para encontrar palavras e anomia (impossibilidade de nomear ou recordar os nomes dos objetos, embora a os perceba e os compreenda).
- No entanto, há evidências de que a leitura e a ortografia também são afetadas.
- A epilepsia é um quadro complexo, que vai além das convulsões.
- Ela pode causar danos cerebrais irreversíveis, especialmente quando o cérebro está em maturação.
- Mesmo quando as convulsões são controladas ou ausentes, a epilepsia causa alterações cognitivas persistentes e déficits intelectuais globais.
O controle precoce e completo das crises e a normalização do EEG são fundamentais para a prevenção das deficiências cognitivas na epilepsia. O tratamento geralmente é feito com medicamentos e em casos raros, a cirurgia pode ser recomendada. Agora que você já sabe quais são as funções cognitivas afetadas pela epilepsia, compartilhe este artigo em sua rede e ajude outras pessoas.
Qual o tipo de epilepsia mais grave?
Crises convulsivas – as mais perigosas e urgentes Como já dissemos, existem vários tipos de crises epilépticas, mas o tipo mais comum e, igualmente, mais perigoso de manifestação da epilepsia são as convulsões.
O que uma pessoa com epilepsia não pode fazer?
Crise epiléptica – Presenciar uma crise epiléptica costuma deixar as pessoas sem saber ao certo como agir. De acordo com o Dr. Bichuetti, ao notar uma pessoa tendo uma convulsão, a primeira coisa é amparar a pessoa, para que ela não bata com a cabeça no chão.
Se for possível, o ideal é deitá-la numa superfície acolchoada, se não for possível, ajoelhar do lado da pessoa e segurar a cabeça para que ela não a bata, surte o mesmo efeito”, aconselha o neurologista do HCor. Ao contrário do que muitos imaginam, como se propaga na sabedoria popular, não se deve colocar objetos na boca: nada de panos e colheres e muito menos a própria mão.
A mandíbula é muito forte, explica o especialista, então uma atitude como essa pode machucar quem tenta ajudar ou quebrar o dente da pessoa. Faz parte da crise epiléptica a pessoa espumar e ficar roxa. Essa falta de ar vai durar um minuto e vai passar.
- Então, uma vez que a crise cessou, a pessoa deve ser colocada de lado, porque, às vezes, ela vomita, e dessa forma ela não se engasga”.
- E se ela não acordar dentro de meia hora é necessário levá-la ao hospital.
- Quem sabe que é epiléptico pode prevenir as crises fazendo uso correto do medicamento.
- Não ingerir bebidas alcoólicas, evitar o jejum prolongado e a privação de sono são fatores importantes para impedir casos futuros de crise epiléptica.
Vale destacar que, embora ainda gere grande consternação, a epilepsia é uma enfermidade como qualquer outra, tanto que no Brasil é permitido que portadores da doença tirem carteira de motorista profissional, desde que comprovem que estejam em tratamento adequado e sem crises há mais de seis meses.
Como funciona a mente de quem tem epilepsia?
Artigo de Revisão – A epilepsia e os transtornos mentais: a interface neuropsiquiátrica Epilepsy and mental disorders the neuropsychiatric interface Eliana Maria de Castro 1 ; Roberto Assis Ferreira 2 ; Eugênio Marcos Andrade de Goulart 3 1. Professora Assistente do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, na especialidade de Neurologia – Mestre em Ciências da Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina, UFMG 2.
Professor Associado do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Doutor em Medicina – Area de Concentraçao: Pediatria pela Faculdade de Medicina, UFMG 3. Professor Associado do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
Pós-Doutorado em Epidemiologia Clínica pela Universidade MacMaster, Canadá Endereço para correspondência Eliana Maria de Castro R: Samuel Pereira, 260 – Aptº 1002 B: Anchieta Belo Horizonte – MG Brasil CEP: 30.310-550 Email: [email protected] Resumo Os pacientes portadores de epilepsia têm, potencialmente, condições de desenvolver alterações de ordem cognitiva e/ou psíquicas, seja pela multiplicidade de possibilidades de desenvolvimento do foco irritativo cerebral ou proporcional à diversificação de funcionalidade dos grupamentos neuronais.
- O propósito do presente estudo é mostrar a importância da abordagem desses pacientes e seus transtornos fora do ictus epiléptico.
- Sabe-se que os transtornos mentais são mais comuns em epilépticos do que na população em geral, entretanto, esta correlação ainda é motivo de controvérsias.
- A diversidade de linhas de pesquisas tenta desvendar esta instigante relação de causa-efeito.
Estudos revelam que essa vinculação se deve à inadequada avaliação de grupos-controle, isto é, falhas metodológicas ou, ainda, conseqüência dos mecanismos envolvidos com a própria doença: neuropatologia comum, predisposição genética, transtornos de desenvolvimento, efeitos epilépticos ictal e subictal, hipometabolismo, alterações de receptores sensitivos, alterações secundárias endocrinológicas, doenças psiquiátricas primárias, efeitos colaterais de drogas antiepilépticas e transtornos psicossociais.
Outras linhas de pesquisas, contudo, ressaltam a importância de se focalizarem esses transtornos como depressão, ansiedade e psicoses e sua relação com a epilepsia nas fases pré-ictal, interictal e pós-ictal. Destacam também que a maior incidência desses transtornos ocorre em pacientes que têm focos de suas crises no lobo frontal, lobo temporal – sistema límbico.
Estima-se que 30% a 70% dos pacientes epilépticos tenham algum déficit cognitivo ou alterações de humor e, em menor incidência, psicoses. Palavras-chave: Epilepsia; Transtornos Mentais; Educação Médica. JUSTIFICATIVA A associação da epilepsia – transtornos mentais vem sendo abordada desde Hipócrates (460-375 a.C), sempre envolvida em polêmica.
- Por muitos séculos, foi percebida como um fenômeno que girava em torno da deficiência mental ou poderes místicos, permanecendo à margem da ciência.1 Na atualidade, cientistas polemizam entre afirmações de causa-efeito dessa correlação.
- Há aproximadamente três a quatro décadas, fez-se o primeiro registro na literatura dos sinais e sintomas de transtornos mentais interictais associados a um tipo de epilepsia.2 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a epilepsia é a mais comum das condições neurológicas crônicas, a mais grave e a de maior prevalência, ocorrendo em cerca de 1% da população geral comprometida e considerada um capítulo das doenças mentais.3 Quanto à população, de modo geral há estudos mostrando taxa anual de incidência das epilepsias oscilando entre 40 e 70/100 mil habitantes, elevando-se para 122 a 190/100 mil habitantes em paises em desenvolvimento.4 Estima-se que a presença de transtornos mentais em pacientes portadores de epilepsia esteja entre as taxas de 30% a 70% dos casos.5 De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 6, a população do Brasil, em 2007, era de 177.450.609 pessoas, podendo-se inferir, portanto, levando-se em consideração a prevalência mundial das epilepsias, a existência de aproximadamente 1,7 a 1,8 milhao de portadores dessa doença no país.
Mas, pela diversidade de metodologia científica empregada nos estudos epidemiológicos no Brasil, há grande variabilidade estatística nos levantamentos regionais. Considerando as questoes deficitárias de saúde pública e as peculiaridades do país com suas enfermidades próprias, como: a alta incidência e prevalência de parasitoses e neuroinfestação, a cisticercose;as doenças cérebro-vasculares; a hipertensão arterial sistêmica; os tocotraumatismos, entre outras, é significativa a possibilidade da subestimação das taxas reais de epilepsia, concomitantemente com as taxas dos transtornos mentais associados, em nosso meio.7 Não há, até o momento, estudos epidemiológicos com critérios metodológicos comuns de abrangência nacional que evidenciem estas taxas.4 As crianças são mais vulneráveis à manifestação da epilepsia que os adultos, período em que ocorre declínio da incidência, havendo, entretanto, incremento da vulnerabilidade a partir da terceira idade.
- A epilepsia atinge as crianças em mais de 50% dos casos antes de deixarem a escola, apresentando cronicidade e refratariedade ao tratamento em torno de 25% a 28,6% das ocorrências.
- Esta prevalência sobe para 53% quando há associação da epilepsia com outros problemas neurológicos.4, 7 As alterações comportamentais estao associadas na proporção de 40% a 50%.
Algumas comorbidades são semelhantes às dos adultos, como a ansiedade e a depressão, mas outras são específicas da infância, como autismo, transtorno do déficit da atenção e hiperatividade (TDAH), distúrbios do pensamento e problemas sociais e de aprendizado.
Mesmo as crises epilépticas consideradas benignas mostram, em estudo de follow-up, taxa significativa de disfunção mental.8-10 Estes processos, de forma geral, convertem-se na queda da qualidade de vida e deterioração da relação interfamiliar dessas crianças e adolescentes.11,12 Não se deve deixar de considerar que os aspectos psicopatológicos e o comprometimento da qualidade de vida e da cognição desses pacientes são parte integrante da clínica em epilepsia.13 Em boletim editado em 2001 e de autoria de Scott, Latho e Sander, a OMS 14 mostra que 90% das pessoas portadoras da doença não recebem qualquer tipo de cuidado médico em paises em desenvolvimento.
Apesar dos clínicos generalistas e dos pediatras, de modo geral, considerarem a epilepsia um capítulo específico da neurologia, sabe-se que 70% a 80% desses pacientes podem e devem ser tratados em cuidados primários.15,16 O desconhecimento ou a não consideração da interface da epilepsia com as alterações psíquicas, que se manifestam geralmente distantes da própria crise, constituem mais um obstáculo para os profissionais que têm contacto com esses pacientes.
- Pode-se concluir, a partir desses dados, a importância de se colocarem em pauta a identificação e possíveis causas da associação da epilepsia com os transtornos mentais, visando à abordagem clínica adequada desses pacientes.
- A EPILEPSIA E OS TRANSTORNOS MENTAIS: DESORDENS AFETIVAS/DEPRESSÃO Os pacientes com epilepsia têm fortes traços neuróticos, como a ansiedade, a culpa, a ruminação, a baixa auto-estima, o comportamento anti-social e as somatizações.
Percebendo-os sob a ótica da fenomenologia e entre os diversos transtornos psíquicos, a depressão é a mais comum das co-morbidades ligadas aos eventos epilépticos e, desses, o mais comum é em relação à epilepsia do lobo temporal (ELT).17,18 O quadro depressivo é responsável por cerca de 20 a 60% dos casos internados de epilepsia em hospitais psiquiátricos.7 A depressão é freqüentemente reconhecida no ictus epiléptico, na fase prodrômica ou na fase pós-ictal, mas a sua manifestação é muito pouco estudada na fase interictal.4,19,20 Depressão ictal A depressão ictal ocorre como parte da aura, horas antes da crise ou mesmo precedendo-a em dias, predominando o sintoma de medo e irritabilidade.
- É um fenômeno inesperado e não relacionado aos estímulos externos.
- Os sintomas são típicos das depressões em geral, como sentimentos de profunda tristeza, desamparo, desespero, falta de esperança, chegando a levar ao suicídio, cuja incidência fica em torno de 0,2% a 0,5% dos casos de portadores de epilepsia.19-21 As alucinações associadas à depressão formam um complexo que pode se prolongar pós-crise (pós ictal) e ser indicativo de uma atividade epiléptica subclínica.
Depressão pós-ictal A depressão somente na fase pós ictal é rara e geralmente é um resquício da fase anterior.22 Entretanto, há relato de pacientes com formas intratáveis de epilepsia do tipo ELT, com origem no lobo temporal direito ou ambos os lobos, que apresentam sintomas depressivos.
- A melhor abordagem clínica nesses casos é diminuir ou eliminar as crises epilépticas.23 Depressão interictal A depressão tende a ocorrer cerca de 10 anos após o início do quadro de epilepsia.24 Entretanto Nowack5 não relaciona o tempo de início da epilepsia com o tempo de aparecimento da depressão.
- A fisiopatologia da depressão é desconhecida, mas observa-se ao eletroencefalograma (EEG), uma contínua e subclínica alteração eletrofisiológica afetando a área límbica e, na tomografia por emissão de pósitron (PET), uma área de hipometabolismo perifocal epiléptico.
Pesquisas realizadas na década de 90 demonstraram aumento do fluxo sanguíneo na regiao da amígdala, cujo volume estava aumentado nos pacientes epilépticos com depressão, assim como a diminuição do metabolismo da glicose no pólo inferior anterior do lobo frontal.25, 26 Atualmente, essas alterações são detectáveis através tomografia cerebral por emissão de pósitrons (PET).
- FATORES RELEVANTES NA RELAÇÃO EPILEPSIA E DEPRESSÃO Gênero Devem ser considerados certos fatores relevantes associados com epilepsia e depressão, tal como o gênero.
- Alguns estudos mostram que os homens portadores de epilepsia têm risco mais alto de apresentarem depressão, o que demonstra significância ao se compararem os quadros de depressão, na ausência de epilepsia, que é mais comum em mulheres.
Genética As hipóteses de uma relação epilepsia-depressão-genética-meio ambiente não está bem esclarecida e necessita de mais investigações. Existem controvérsias e somente pequenos estudos foram realizados. Parece que a epilepsia mioclônica juvenil carrega traços genéticos no que se refere à depressão associada à epilepsia, apresentando evidências clínicas familiares.27 Alterações da estrutura cerebral A depressão pode estar associada a qualquer condição neurológica com lesão cerebral estrutural e quadro de epilepsia, como traumatismo crânio-encefálico (TCE), acidente vascular cerebral (AVC), esclerose múltipla (EM) e demências.
Entretanto, estudos têm revelado que necessariamente não tem de haver lesão estrutural para que haja a ligação epilepsia-depressão. Idade/duração da epilepsia Alguns autores mostram associação entre o início precoce ou tardio da epilepsia e a incidência da depressão.28,29 Nowack 5 sustenta, todavia, que a maioria dos casos não demonstra qualquer relação entre a idade de início da epilepsia e a instalação da depressão.
Tipo de crise Vários estudos enfatizam que a depressão é mais comum em epilepsia do lobo temporal (ELT) e que este está estreitamente ligado a riscos mais altos de outros transtornos psiquiátricos.30-32 Esta hipótese, porém, é rebatida por Edeh e Toone 33 quando afirmam que o ELT é o foco de maior investigação científica, por ser o tipo de crise mais comum em adultos e a de mais difícil controle, motivo de possível negligência no enfoque de outros tipos de epilepsia, não despertando o interesse dos pesquisadores.33 Lateralização do foco epiléptico Existem controvérsias quanto à lateralidade do foco epiléptico e o desenvolvimento de depressão.
- Alguns pesquisadores sinalizam o foco à direita da ELT como o responsável pelo desenvolvimento da depressão, outros à esquerda e terceiros não registraram qualquer evidência científica para o fato.
- Schmitz et al.34 referiram que pacientes com ELT focal esquerdo apresentaram alto padrao de depressão clínica quando submetidos ao Beck Depression Inventory (BDI) e a exames neurorradiológicos e neuropsicológicos.
Os exames neurorradiológicos mostravam grande área de hipoperfusão da regiao límbica do lobo frontal, a que Schmitz et al.34 relacionaram à deaferentação da atividade inibitória interictal ou à depleção pós-ictal desse substrato. Iatrogenia A politerapia tem sido apontada como um fator também associado à depressão-epilepsia, assim como algumas drogas: a lamotrigina, depletora de ácido fólico, fenobarbital, primidona, fenitoina, vigabatrinâ.35,9 Psicossocial Os fatores psicossociais têm conceitualmente papel da maior relevância na determinação da depressão em pacientes epiléptico.
A exposição do paciente à imprevisibilidade, ao incontrolável e à aversão pelas crises é fator marcante no desenvolvimento da depressão. Outros fatores demonstraram que eventos estressantes da vida, como a baixa aceitação social e o baixo poder aquisitivo, são significativamente relevantes.36 Entretanto, outros trabalhos destacaram que não há relação entre depressão-epilepsia e fatores psicossociais, status econômico, educação e qualidade de trabalho.24,30,37 DESORDENS AFETIVAS/HIPOMANIA/DEPRESSÃO BIPOLAR Dongier 38 descreveu episódios de mania em 4,8% de uma série de 516 pacientes portadores de epilepsia.
Até entao, somente um baixo número de pacientes tinha sido registrado na literatura, associado à epilepsia do lobo temporal com foco irritativo à direita. Após o advento e uso de drogas antiepilépticas para o tratamento da ELT – que também têm ação em quadros de mania como a carbamazepina (cbz) no final da década de 50 e o ácido valpróico (vpa), no final da década de 60 – acredita-se que esses medicamentos possam atuar mascarando o número real de casos de hipomania.
DESORDENS DO HUMOR/ANSIEDADE As alterações de humor estao geralmente ligadas ao próprio fato do sujeito ser portador de epilepsia, pelos seus estigmas. Os quadros do tipo conversivos, associados ou isolados podem dificultar o diagnóstico preciso. Não se pode esquecer que uma crise conversiva acompanhada de hiperventilação pode desencadear uma crise real epiléptica.
As crises de ansiedade são de curta duração e de caráter reacional, ocorrendo sempre na presença de terceiros.5,10 DESORDENS OBSSESSIVA/COMPULSIVA (OCD) Os estudos são modestos, pequenos, para confirmar a relação de OCD com epilepsia, tanto em adultos quanto em crianças e adolescentes.
Observam-se alterações ao EEG, com atividade predominantemente temporal de pacientes com OCD, sem história de crises epilépticas.39 Há estudos com pacientes epilépticos submetidos ao questionário LOI ( Leyton Obsessionality Inventotry ) e SPECT (tomografia computatorizada por emissão de fóton único), mostrando a hiperperfusão de um sítio do lobo temporal direito, gânglios de base e tálamo.
Outros autores, por sua vez não fazem associação entre epilepsia e OCD.40 Interessante ressaltar que as características do OCD – pedantismo, crises de tenacidade, viscosidade, fala repetitiva – estao também relacionadas à chamada “personalidade epiléptica”.
PSICOSES Entre os anos de 1950 a 1960, os aspectos psiquiátricos da epilepsia foram redescobertos, principalmente nos portadores de epilepsia do lobo temporal.41,42 Slater 2 já na década de 60, desafiando teorias antagônicas, postulou uma relação ou interligação entre a esquizofrenia e a epilepsia. Publicou em detalhes a análise de 69 pacientes, em dois hospitais de Londres, que sofriam de epilepsia e apresentavam episódios de psicose interictal crônicos e/ou recorrentes, que denominou de ” esquizofrenialike “, com as seguintes características: paranóia, alucinações persecutórias e auditivas, delírios, comportamento desorganizado com ausência de sintomas catatônicos, oscilações do humor, embotamento afetivo menos intenso que o observado na esquizofrenia clássica.
É possível observar alguns fatores associados às psicoses interictais e crises de origem do lobo temporal e regiao límbica, como tempo de duração da epilepsia de 10 a 22 anos, período de menor freqüência das crises, lesões estruturais, tipo esclerose mesial, e disgenesias corticais.7,11 Os mecanismos fisiopatológicos para essa inter-relação indicam supersensibilidade de receptores dopaminérgicos pós-sinápticos com abrasamento e inibição ou hipofunção do foco epiléptico.
Também os mecanismos psicológicos são considerados, como as vivências ictais e sua percepção mal-elaborada, assim como inter-relações do paciente com seu meio.7 Epidemiologia Até o momento, não há estudo epidemiológico abrangente em grandes centros que indique prevalência de psicose em pacientes epilépticos, mas há indicação de maior prevalência dessa população quando a pesquisa é realizada em centros de neurologia e psiquiatria e centros de epileptologia, com registros em torno de 2% a 7,1% dos episódios.
Em clínicas gerais, os casos variam de 0% a 4,5%.7 Classificação Não há classificação internacionalmente aceita de síndrome psicose-epilepsia. O uso operacional do DSM-IV43 é limitado, pois ele é voltado estruturalmente para diagnóstico funcional da psicose e não a considera no contexto da epilepsia, assim como o CID 10 44 por vezes ambíguo, segundo Sachdev 45,Uma proposta para a sistematização da classificação das psicoses em epilepsia foi baseada na combinação da psicopatologia, etiologia, estudos longitudinais e o EEG como parâmetro, que, entretanto, não atendeu às expectativas, visto ser, em muitos casos, impossível delinear o tipo de epilepsia e o tipo de psicose ou vice-versa.46 Síndromes atípicas não são incomuns, até porque, na psicose pós-ictal e ictal, a consciência do paciente é clara e o senso crítico se faz presente.
- Variações fenomenológicas e precipitações podem ser individuais, assim como a experiência pessoal nos episódios psicóticos recorrentes.
- É o sujeito que está em questao e não e tao somente um indivíduo portador de epilepsia.
- Importante observar que algumas manifestações epilépticas podem gerar fator de confusão com diagnóstico de psicose vinculada à epilepsia como: 4,46-49 a) crises epilépticas recorrentes, com breve intervalo da superficialização da consciência, cíclicas, com origem nos lobos temporais, mesial ou extratemporais; b) crises epilépticas contínuas – confusionais, não cíclicas, fragmentos de sítios extratemporais afetando lobo frontal; 12 c) status epilepticus focal, aura contínua, que pode ser causa de alucinações simples, sintomas afetivos, desordens de personalidade.
Mecanismos, teorias/fisiopatologia das psicoses e epilepsias: Psicoses ictais Há potencialização da dopamina na neurotransmissão no lobo temporal. Lee 46 postulou que as crises generalizadas em série teriam ação sobre neurotransmissores dopaminérgicos em lobo temporal, com desencadeamento dos sintomas psicóticos, mimetizando quadros esquizofreniformes: a) efeitos positivos: descargas estimulando os mecanismos comportamentais do sistema límbico; b) efeitos negativos: descargas inibindo o sistema límbico.
- A ILAE 47, a partir de uma comissão especial para o estudo da epilepsia e alterações psiquiátricas, não apresentou, até a presente data, um resultado final, mas reconhece que a psicose relacionada à epilepsia é um subtítulo e diferente da esquizofrenia, do ponto de vista prático.
- Por esta razao, as psicoses e as epilepsias são agrupadas numa relação temporal por afinidades com as crises.
Psicoses perictais Sintomas psicóticos podem ocorrer como parte de uma crise convulsiva ou em um prolongamento dos casos não convulsivos das crises epilépticas, nas quais o EEG pode vir auxiliar no diagnóstico. Podem ocorrer fenômenos experienciais, afetivos e comportamentos perceptuais com o comprometimento da consciência durante o fato.48 O insight tende a permanecer, mas freqüentemente segue amnésia.
O status epilépticus nas LTEs é o mesmo que status psicomotor ou estado crepuscular.49 Psicoses pós-ictal – PIP /Interictal Pesquisas mostram que as manifestações psicóticas pós-ictal podem ocorrer entre o primeiro mês até os 15 anos ou mais, após a primeira crise epiléptica do paciente. Várias investigações demonstram lucidez desses pacientes nas primeiras 72 horas pós-crise com aparente restauração da atividade mental normal.5,13 Freqüentemente ocorre antes do PIP, quadro confusional seguido por alterações do tipo delírio, transtorno do pensamento, alterações do humor, delírios paranóicos, persecutória, alucinação cenestésica, visuais, principalmente auditivas, misticismo, religiosidade, comportamentos agressivos, transtornos da conduta sexual.
Quadro que pode durar de um dia a 90 dias.4,5 Alguns fatores de risco podem ser enumerados para desencadeamento do PIP, tais como: disfunção cerebral bilateral, apreensão, medos e terror na fase ictal, história de crises febris e crises de ausências, transtornos de personalidade preexistente e história familiar de doenças psiquiátricas.50 Recomenda-se, para investigação clínica, o EEG simples, no qual se pode observar exarcerbação da atividade epiléptica ou lentificação.
Se possível solicitar o vídeoEEG, a RMf – ressonância nuclear magnética funcional do cérebro e SPECT – tomografia computatorizada por emissão de fóton simples. Dentre as manifestações psicóticas na epilepsia a fase pós-ictal é das mais estudas e de maior prevalência.38 Teorias Até o início do século passado, havia antagonismo entre as epilepsias e psicoses, mas, por influência de Meduna, 51 introduziu-se drogas antiepilépticas para tratamento das esquizofrenias, obtendo-se boa resposta terapêutica.
Ressurgiu, entao, o que no passado havia sido abandonado, à possibilidade de correlação entre essas doenças. Landolt 52 demonstrou que, em alguns casos onde a normalização do EEG de portadores de epilepsia, chamada de “normalização paradoxal” ou “normalização forçada”, surtos episódicos de psicose eram desencadeados.
Por outro lado, durante a evolução e descoberta de drogas antiepilépticas, como etosuximida, vigabatrina, gabapentina e topiramato, constatou-se que elas também poderiam desencadear psicoses. Pelo o que se pode verificar, parece realmente existir correlação entre epilepsia e psicose como um processo de origem orgânico-cerebral, considerando-se: 4 a) as psicoses têm, ao que parece, relação direta com alterações neuropsicológicas e neuroquímicas via fenômeno de kindling e descargas eplépticas; 14 b) as epilepsias e psicose compartilham da mesma etiologia, mas com patogenias heterogênicas, como a genética, sem relação direta, isto é, correlação familiar, com raras exceções.
Tem maior incidência em mulheres. O tempo entre o início da epilepsia e o da psicose varia de 11 a 15 anos ou mais; elas estao claramente interligadas pelo comprometimento do lobo temporal, sistema límbico. Há consenso de que a psicose é muito rara em pacientes com epilepsia neocortical extratemporal.
Estudos mostraram que as psicoses em epilepsias generalizadas têm forma diferente das psicoses da ETL, sendo estas, provavelmente, mais duradouras. Crises psicóticas – sintomas de alucinações paranóides – alternadas são mais comuns em epilepsias generalizadas quando essas entram em remissão.4 A gravidade da crise é muito importante como fator de risco, isto é, atividade epiléptica de longa duração, tipos múltiplos de crise, histórias de má-resposta aos tratamentos, lateralização do foco epiléptico no lobo temporal esquerdo, lesão estrutural – como já assinalado, esclerose mesial, malformação artério-venosa do encéfalo (MAV), tumores harmartomas e gangliomas.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A avaliação dos pacientes portadores de epilepsia não deve se restringir apenas à sua queixa primária, mas a todo contexto psíquico, funções cognitivas, relacionamento interfamiliar e social.
Apesar das controvérsias ainda existentes da interface epilepsias – transtornos mentais estes aspectos e conseqüente queda da qualidade de vida desses pacientes devem ser considerados como parte integrante da clínica em epilepsia. REFERÊNCIAS 1. Yacubian, EMT.
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O que a pessoa sente antes da crise de epilepsia?
Nas doenças convulsivas, a atividade elétrica cerebral é periodicamente alterada, derivando, em algum grau, de uma disfunção transitória do cérebro.
Muitas pessoas têm sensações estranhas logo antes do início de uma convulsão. Algumas convulsões causam tremor incontrolável e perda de consciência, mas, às vezes, as pessoas simplesmente param de se mover ou ficam sem saber o que está acontecendo. Os médicos suspeitam do diagnóstico com base em sintomas, mas imagens do cérebro, exames de sangue e eletroencefalografia (para registrar a atividade elétrica do cérebro) são geralmente necessários para identificar a causa. Se necessário, medicamentos podem geralmente ajudar a evitar convulsões.
O funcionamento normal do cérebro requer uma descarga ordenada e coordenada dos impulsos elétricos. Os impulsos elétricos possibilitam a comunicação do cérebro com a medula espinhal, com os nervos, com os músculos e também as comunicações dentro do próprio cérebro.
- Convulsões podem ocorrer quando a atividade elétrica do cérebro é interrompida.
- Cerca de 2% dos adultos tiveram uma convulsão em algum momento da sua vida.
- Dois terços destas pessoas nunca chegam a sofrer uma segunda convulsão.
- As convulsões geralmente começam na infância ou na idade adulta tardia.
- As convulsões podem ser descritas como segue: Certos transtornos mentais podem causar sintomas que se assemelham a convulsões, chamadas crises não epilépticas psicogênicas ou pseudoconvulsões.
As causas mais comuns dependem de quando as convulsões começaram:
Antes dos 2 anos de idade: febres altas ou anormalidades metabólicas temporárias, como um nível sanguíneo anormal de açúcar (glicose), cálcio, magnésio, vitamina B6 ou sódio, podem desencadear uma ou mais convulsões. As convulsões não ocorrem uma vez que a febre ou a anormalidade se resolve. Se as convulsões se repetem sem esses fatores, é provável que a causa seja uma lesão durante o parto Lesões de nascimento em recém-nascidos Uma lesão de nascimento é aquela provocada pela pressão física que ocorre durante o parto, geralmente durante a passagem pelo canal vaginal. Muitos recém-nascidos apresentam pequenas lesões. leia mais, um defeito congênito Considerações gerais sobre defeitos congênitos do cérebro e da medula espinhal Os defeitos congênitos do cérebro e da medula espinhal podem ocorrer no início ou no final do desenvolvimento do feto. Os sintomas típicos incluem deficiência intelectual, paralisia, incontinência. leia mais ou uma anormalidade metabólica hereditária Considerações gerais sobre distúrbios metabólicos hereditários Os distúrbios metabólicos hereditários são doenças genéticas hereditárias que causam problemas de metabolismo. O termo hereditariedade significa transmitir os genes de uma geração para a próxima. leia mais ou doença cerebral. Adultos mais velhos: a causa pode ser um tumor no cérebro ou um acidente vascular cerebral.
Quando não se identifica a causa, diz-se que as convulsões são idiopáticas. Quadros clínicos que irritam o cérebro, como lesões, certos medicamentos, privação do sono, infecções, febre ou privação de oxigênio ou de alimento no cérebro, tais como perturbações do ritmo cardíaco Considerações gerais sobre arritmias cardíacas Arritmias cardíacas são sequências de batimentos cardíacos irregulares, muito rápidos ou muito lentos, ou que percorrem o coração por vias anormais de condução elétrica., um baixo nível de oxigênio no sangue ou um nível muito baixo de açúcar no sangue ( hipoglicemia Hipoglicemia A hipoglicemia é a presença de níveis excepcionalmente baixos de açúcar (glicose) no sangue. A causa mais comum da hipoglicemia são os medicamentos tomados para controlar o diabetes.
Ficam sob excesso de estresse físico ou emocional. Ficam embriagadas ou privadas de sono. Pararam repentinamente de beber ou usar sedativos.
Evitar esses quadros clínicos pode ajudar a prevenir convulsões. Com menos frequência, as convulsões são desencadeadas por sons repetitivos, luzes pulsáteis, jogos em vídeo ou até pelo toque em certas áreas do corpo. Em tais casos, a doença é denominada epilepsia reflexa.
Quanto tempo dura uma crise de epilepsia?
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 10% da população mundial tem, ao menos, uma convulsão durante toda sua vida. – Diante de uma situação como essa, esqueça o que diz a crença popular e jamais tente abrir a boca de alguém que esteja tendo uma convulsão.
- A mandíbula é muito forte.
- A orientação é virar a pessoa de lado para que ela não aspire saliva”, alerta Gisele Sampaio Silva, gerente médica do Programa Einstein de Neurologia.
- Essa posição evita que a língua obstrua a passagem do ar e também que a pessoa se engasgue.
- A coloração arroxeada é resultado da forte contração dos músculos respiratórios.
“Em alguns casos, a pessoa pode gritar, também resultado dessa contração. Colocar a mão na boca não vai resolver e quem está ajudando ainda corre o risco de se machucar seriamente”, explica Dra Gisele. Outra medida importante é tirar a pessoa de perigo.
- Para isso, coloque-a deitada no chão, mantenha-a afastada de objetos cortantes e móveis, e, se possível, retire colares e óculos e proteja a cabeça com uma almofada, travesseiro ou algo macio.
- Não jogue água no rosto da pessoa.
- As crises em geral duram cerca de dois minutos, mas podem se estender por até cinco.
“Se o tempo for superior a esse, acione uma ambulância ou leve a pessoa a um hospital. A crise convulsiva é sintoma de uma condição neurológica aguda ou de epilepsia e deve ser abordada como urgência médica em quem nunca a teve”, aconselha Luis Otávio Caboclo, coordenador médico do setor de Neurofisiologia Clínica do Einstein.
O que a epilepsia pode causar no cérebro?
Entenda porque a epilepsia afeta as funções cognitivas, neste artigo. A epilepsia é um distúrbio neurológico, desencadeado por uma atividade elétrica neuronal excessiva em determinada área do cérebro, desencadeando crises recorrentes que podem ser convulsivas ou não.
A epilepsia é mais um sintoma do que a causa da disfunção cerebral e sua característica mais comum é a convulsão. As crises epilépticas podem causar alterações no cérebro, bem como alterações cognitivas e neuropsicológicas. As funções cognitivas mais afetadas pela epilepsia incluem memória, aprendizagem e linguagem.
Saiba mais.
O que é epilepsia é grave?
Epilepsia: o risco que correm os pacientes diagnosticados Lúcia Okaeda, diagnosticada com epilepsia aos 14 anos (Foto: Filipe Redondo) De repente, um apagão. Era um dia normal para a adolescente Lúcia Okaeda. Ela já havia feito sua lição de casa e tomado banho, e assistia à televisão enquanto o jantar não ficava pronto.
- E isso é tudo de que consegue se lembrar.
- Da cozinha, sua mãe escutou um grito de pavor.
- Chegou a tempo de ver todos os músculos da menina se contorcendo de forma desordenada.
- Ela estava tendo uma convulsão.
- A consciência só voltou já dentro da ambulância, encaminhada às pressas para o pronto-socorro.
- Aos 14 anos, Lúcia foi diagnosticada com epilepsia — estima-se que entre 1% e 2% da população sofram com o distúrbio.
Foram três dias sob observação no hospital antes de receber alta, levando para casa uma receita de fenobarbital, o famigerado Gardenal. A droga, porém, não combinava muito com o estilo de vida da jovem. Tudo que Lúcia conseguia sentir era sono. Efeito do remédio.
- Sem mais crises, dois meses depois ela abandonou o tratamento.
- Seu corpo a ajudou a esquecer a doença.
- Foi só aos 30 anos que Lúcia teve a segunda convulsão.
- Repetiu o roteiro: pronto-socorro, neurologista, remédio, sono.
- Ela esperava que, como da primeira vez, a próxima crise demorasse a chegar — mas foram mais seis convulsões antes de seu 33º aniversário.
Na última, uma queda mais brusca resultou em fratura no ombro e serviu de alerta para Lúcia. Ela precisava se cuidar. Depois disso, foram seis anos de sonolência, mas sem crises. Até que, em comum acordo com seu neurologista, ela decidiu suspender o tratamento mais uma vez.
- Os exames mostravam que estava tudo bem.
- Não entendia o sentido de continuar tomando um remédio que me fazia mal.” A liberdade durou cerca de um ano e meio.
- Lúcia tomava banho quando sua filha ouviu o mesmo grito de pavor escutado pela avó anos atrás.
- A técnica em radiologia começou, então, uma peregrinação por consultórios médicos (“as conversas não duravam nem cinco minutos, era angustiante”) até finalmente receber as informações que procurava.
Depois de 25 anos, de algumas fraturas e de uma labirintite em decorrência das quedas, Lúcia entendeu de fato o que se passava no seu corpo quando ouviu falar pela primeira vez da SUDEP, sigla em inglês para morte súbita e inesperada em epilepsia. Excluindo os acidentes, essa é a principal causa de óbito entre pessoas que têm a doença, ainda que a maior parte delas nunca tenha sido informada desse risco. “Não entendia o sentido de tomar um remédio que me fazia mal”, diz Lúcia Okaeda (Foto: Filipe Redondo) MORTES MISTERIOSAS O gaúcho Josemir Sander nunca atendeu no Brasil. Depois de se formar em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, foi para Londres e se especializou em neurologia.
Radicado na capital inglesa, adotou um nome mais sonoro à língua local. Hoje, Ley Sander é um dos principais especialistas em epilepsia e SUDEP do mundo. Tudo começou em 1993. Médico-residente no hospital universitário onde hoje é professor, na University College London, acompanhava diversos pacientes vindos de outros países.
Era comum que alguns ficassem um tempo sem aparecer, muitas vezes por terem retornado aos países de origem. Foi o que o médico pensou ter acontecido com um paciente paquistanês — até ser reconhecido pelo irmão dele nas ruas de Londres. “Você não sabe? Meu irmão morreu”, disse o rapaz.
“Aquilo me deixou consternado”, lembra Sander. “Foi então que peguei minha lista de pacientes, fiz um levantamento dos que estavam faltando às consultas e descobri que alguns haviam morrido — a maior parte nas condições que hoje em dia chamamos de SUDEP.” Livros de medicina do século 19 já relatavam a morte súbita de pessoas com epilepsia sem nenhuma outra causa aparente.
O que é Epilepsia e Quais os Tipos de Epilepsia
Porém, com o aparecimento das drogas antiepilépticas, o assunto caiu no esquecimento, como se o problema estivesse resolvido. A estimativa é de que anualmente um a cada mil pacientes com epilepsia morre de SUDEP. São 200 casos por ano só no Brasil. Falta saber os motivos.
- É difícil para os médicos definir qual mecanismo dispara essas crises em cada paciente — 40% dos adultos são portadores de epilepsia criptogênica, um nome rebuscado usado quando não se faz ideia do que provoca o distúrbio.
- A predisposição à epilepsia também muda de acordo com a genética.
- Se você estimular eletricamente o cérebro, qualquer pessoa vai ter uma crise.
Algumas desenvolvem uma crise com 30 watts, outras com 45 watts, outras com 60 watts. Mas se for até 65 watts, todo mundo vai ter. Provavelmente, é a genética que determina esse limite”, explica Sanders. O que se sabe também é que esse turbilhão elétrico deixa marcas no organismo. “Falar de morte súbita ajuda na adesão ao tratamento”, diz a neurologista Kette Valente, atual médica de lúcia (Foto: Filipe Redondo) CONHECIMENTO QUE SALVA O neurofisiologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Fúlvio Scorza comanda um dos únicos estudos sobre a SUDEP no Brasil.
- A ciência ainda não conseguiu entender todo o processo de conexão do sistema nervoso com o restante do corpo.
- Talvez nem vá entender.
- Então, começa a dar chutes”, diz ele.
- Isso é o bacana da ciência.
- Você vai buscando as causas em um processo muito longo, cada hora traçando uma meta e isolando variáveis.” A maior parte das crises epilépticas são autocontidas — em 99% dos casos, elas param sozinhas.
O que não está muito claro é o mecanismo que existe por trás disso. Experimentos com animais mostraram que, durante a convulsão, o libera opioides que cortam a crise. Quando há muitas crises, no entanto, essas proteínas são produzidas em excesso, fazendo com que o sistema respiratório entre em colapso.
É como uma overdose provocada pelo próprio organismo. O provável é que, assim como a própria epilepsia, a morte súbita também seja causada por diversos fatores. Mas uma coisa é certa: quanto mais crises, maior o risco. Se um indivíduo apresentar de uma a duas crises por ano, a chance de ter SUDEP é três vezes maior do que para alguém sem crises; de três a 12 crises por ano, a probabilidade é oito vezes maior; e dez vezes maior para quem tem mais de 13 crises por ano.
Leia também: O único caminho conhecido é evitar ao máximo a recorrência das crises. E, além de medicamentos e cirurgias nos casos de difícil controle, a informação é outra ferramenta importante. “Ainda existe muito estigma. Acreditava-se que a epilepsia era uma doença espiritual.
Diziam que se espalhava pela saliva.”, conta Scorza. Lúcia sentiu o preconceito na pele. “Demorei muito tempo para aceitar que eu tinha essa doença justamente por conta da intolerância das pessoas. Quando você procura um emprego e coloca na ficha que é epilético, você não entra. Simples assim”, diz. “Já perdi duas vagas porque fui sincera.” A situação é ainda mais delicada quando o tema é morte súbita.
Boa parte dos neurologistas acredita que avisar sobre a SUDEP pode deixar o paciente ainda mais estressado — e o estresse é justamente um dos fatores desencadeadores de crises. Como a ciência também ainda não fornece muitas respostas, vários médicos preferem simplesmente não dizer nada.
- Eu nunca tinha escutado falar em morte súbita.
- Fiquei assustada”, lembra Lúcia.
- Só me acalmei quando entendi a importância da medicação certa.
- Dose exata, horário correto.
- Se formos bem assistidos, não corremos esse risco.” A conscientização de médicos, pacientes, familiares e da sociedade como um todo é fundamental para que a doença deixe de ser um problema maior do que realmente é.
“Falar de morte súbita ajuda na adesão ao tratamento”, destaca Kette Valente, neurologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e médica de Lúcia. O consenso atual nos principais congressos de medicina dos Estados Unidos e da Europa, que servem de diretriz para a conduta dos médicos em todo o mundo, é de que os pacientes têm direito de saber da sua condição.
- Parece básico, mas isso pode fazer toda a diferença para pacientes como Lúcia: “Se eu soubesse desde o começo, nunca teria parado de tomar o remédio.
- E aí, talvez eu tivesse levado uma vida longe das crises”.
- PERGUNTAS FREQUENTES As respostas para as dúvidas mais comuns sobre epilepsia O que é epilepsia? É uma alteração temporária do funcionamento do cérebro.
Durante alguns minutos, parte do cérebro emite sinais incorretos — que podem ficar restritos a esse local, nas crises focais, ou envolver os dois hemisférios cerebrais, nas crises generalizadas. Quem tem? É a doença neurológica grave mais comum do mundo.
O que é SUDEP? Sigla em inglês para morte súbita e inesperada para pacientes com epilepsia. Quem corre risco de SUDEP?
A incidência da SUDEP é considerada alta em pacientes com epilepsia crônica e maior nos indivíduos de difícil tratamento farmacológico. Alguns fatores podem ser considerados de risco: idade, início precoce das epilepsias, tempo de duração das epilepsias, não controle e frequência das crises epilépticas, tipos de crises epilépticas, regime de drogas antiepilépticas adotado e temperaturas frias. 1. Os neurônios se comunicam por sinais elétricos que são transmitidos para o resto do corpo. É assim que suas pernas sabem que você quer andar, por exemplo. 2. Para manter tudo funcionando direitinho, o próprio cérebro regula a excitação e a inibição desses impulsos. 3. As crises acontecem quando essa atividade elétrica se desregula. Nos casos mais graves, os dois lados do cérebro entram em um estado de extrema excitação, causando um “curto-circuito”. 4. Esses impulsos são transmitidos de maneira desordenada para os músculos, que se contraem aleatoriamente, originando a convulsão. : Epilepsia: o risco que correm os pacientes diagnosticados
O que a pessoa com epilepsia não pode comer?
Cuidados ao iniciar a dieta cetogênica –
Os pacientes não podem ingerir frutas ou legumes ricos em amido; pães, massas ou grãos; ou fontes de açúcares simples. A preparação de alimentos deve ser cuidadosa, prestando muita atenção na seleção, pesagem e cozimento de cada refeição ou componente dietético.Durante a dieta, os pacientes também devem receber a ingestão diária recomendada de vitaminas e minerais (em formulações sem açúcar), bem como a suplementação de cálcio.Quantidades precisas de alimentos para os planos de dieta e refeição são obtidas usando dados individuais do paciente (idade, peso, condições de saúde geral) em aplicações de computador.
Qual é a diferença entre epilepsia e convulsão?
Ouvir o texto Parar o Audio A epilepsia é uma doença cerebral crônica causada por diversos fatores e caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas. Esta condição tem consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais e prejudica diretamente a qualidade de vida do indivíduo afetado¹,
- As crises podem se manifestar com alterações da consciência ou eventos motores, sensitivos/sensoriais, autonômicos (por exemplo: suor excessivo, queda de pressão) ou psíquicos involuntários, percebidos pelo paciente ou por outra pessoa²,
- A convulsão caracteriza episódio de contração muscular excessiva ou anormal, usualmente bilateral, que pode ser sustentada ou interrompida.
Nem toda convulsão é uma crise epilética ², Na crise epiléptica existe abalo motor. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas, portanto, a pessoa poderá ter uma crise epiléptica (convulsiva ou não) e não ter o diagnóstico de epilepsia ², A convulsão é apenas um tipo mais intenso de ataque epilético ², no qual a pessoa perde os sentidos e se debate, podendo morder a língua e urinar na roupa ²,
No entanto, existem crises mais fracas, caracterizadas por breves desligamentos, formigamentos ou contrações restritas a alguns grupos musculares ², Se ocorrerem de maneira recorrente, configuram epilepsia ², Se a crise durar menos de cinco minutos e você souber que a pessoa é epiléptica, acomode-a, afrouxe suas roupas (gravatas, botões apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar³,
Mulheres grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados³, Depois da crise, lembre-se que a pessoa pode ficar confusa: acalme-a ou leve-a para casa³, Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde -, cerca de 5% da população terá ao menos uma crise epilética na vida.
- Sendo que, no Brasil, grande parte dos pacientes ainda não tem um controle adequado das crises, tanto pelo despreparo dos profissionais da área da saúde como por desinformação da população ²,
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- Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Ministério da Saúde.
- Último acesso em 09 de março de 2020.2.
Mitos e Verdades de Epilepsia – Liga Brasileira de Epilepsia. Último acesso em 09 de março de 2020.3. O que é Epilepsia – Liga Brasileira de Epilepsia. Último acesso em 09 de março de 2020. Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação.
Quem tem epilepsia pode ser considerado deficiente?
Assim, um paciente, independentemente de seu diagnósitco específico, só será classificado como pessoa com deficiência quando seu quadro clínico assim o justificar. Tal regra vige para qualquer doença, incluindo a epilepsia.
O que dispara a epilepsia?
Alguns fatores que podem originar a epilepsia: –
Lesão cerebral pré-natal ou perinatal – por exemplo, falta de oxigênio ou trauma durante o parto, baixo peso ao nascer, entre outros; Anomalias congênitas ou condições genéticas com malformações cerebrais associadas; Traumatismos cranianos; Acidente vascular cerebral (AVC) ou qualquer outra condição que restrinja a quantidade de oxigênio no cérebro; Infecções como meningite, encefalite ou neurocisticercose (doença parasitária) e certas síndromes genéticas; Tumor cerebral.
Vale ressaltar que alguns quadros de epilepsia são temporários e reversíveis e a doença pode ser controlada por meio de tratamento adequado, inclusive cirúrgico. A epilepsia não é a única doença que causa crises epilépticas. É possível ter crises epilépticas em algumas situações de febre (dependendo da idade), por intoxicação por produtos químicos, falta de oxigênio no cérebro e reações adversas a medicamentos, por exemplo.
Quem tem epilepsia pode ficar sozinho?
Viver de Forma Independente com Epilepsia, A epilepsia tem um impacto considerável e consequências sociais significativas. Às vezes, pode impedir que alguém viva sozinho ou continue a viver de forma independente. Muitas vezes, não haverá ninguém com você se você tiver uma convulsão, por exemplo.
Quem tem epilepsia pode morar só?
Epilepsia: dá para viver bem com a doença – O que o escritor brasileiro Machado de Assis, a heroína francesa Joana D’arc, o escritor russo Fiódor Dostoiévski, o pintor holandês Vincent van Gogh e o escritor francês Gustave Flaubert tinham em comum? Há relatos de que todos viviam com epilepsia, doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e em excesso no cérebro, que desencadeiam crises repentinas, com alterações ou perda da consciência, torpor, alucinações e convulsões – estas marcadas por contrações musculares e movimentos involuntários.
- Se estivessem entre nós, essas celebridades integrariam os 50 milhões de portadores da doença que existem no planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 3 milhões dos quais no Brasil.
- E que procuram tocar suas vidas normalmente, não obstante o estigma que a epilepsia continua carregando.
- Desde a Antiguidade, afinal, a condição já foi associada a forças sobrenaturais e à possessão espiritual, à loucura e até a moléstias contagiosas.
Nos Estados Unidos, acredite, até os anos 70 o acesso a restaurantes, teatros, centros recreativos e outros locais públicos não era permitido a esse grupo. E, ainda hoje, alguns países refletem o desconhecimento em leis e costumes. Segundo a OMS, China e Índia, por exemplo, permitem a anulação do casamento se um cônjuge alegar a epilepsia do esposo/esposa como motivo.
Mas por que tudo isso? Ocorre que a doença mina a sensação de controle que julgamos ter sobre nós mesmos. Embora possa ser precipitada por alguns fatores, a crise é capaz de chegar a qualquer momento e subjugar completamente o portador. As pessoas em volta não raro se assustam, alimentadas pela ignorância em relação ao assunto, e muitas vezes não sabem o que fazer.
Outros tempos para o tratamento da epilepsia Hoje se sabe que a epilepsia é uma doença complexa, na verdade uma disfunção na comunicação entre as células nervosas, que ocorre devido a fatores como predisposição genética, traumas durante ou após o parto, malformações e até sequelas de acidente vascular cerebral e de infecções, como a meningite.
Numa situação de normalidade, os neurônios se comunicam e se organizam usando suas propriedades excitantes e inibidoras. No momento da crise, porém, há um processo acelerado de excitação que se propaga de um neurônio para outro, sem interrupção, como se eles estivessem em rebelião. Se, no passado, havia escassas tentativas terapêuticas, as coisas melhoraram muito atualmente.
Segundo a Liga Brasileira de Epilepsia, 70% dos casos podem ser tratados de forma bem-sucedida com medicamentos. A ponto de, depois de um tempo variável de tratamento, a medicação poder até ser suspensa em alguns casos, dependendo do tipo de epilepsia.
- O diagnóstico também evoluiu, muito embora o clássico eletroencefalograma – exame que capta o ritmo das ondas cerebrais – continue sendo o método de escolha para avaliar esses pacientes.
- A questão é que, graças às descobertas da ciência, os neurologistas já sabem que cada tipo de epilepsia responde melhor a determinado fármaco, o que permite individualizar a prescrição, que pode ser selecionada dentre mais de duas dezenas de anticonvulsivantes existentes.
De qualquer forma, ainda persistem os casos resistentes aos medicamentos, nos quais a cirurgia costuma ser uma opção. O fato é que algum caminho sempre pode ser tentado quando se procura ajuda médica especializada. Inaceitável, nos dias atuais, é se isolar e deixar de aproveitar a vida por causa da condição.
Dá para fazer de tudo com epilepsia? O portador de epilepsia bem controlada pode fazer tudo que qualquer um faz: estudar, trabalhar, praticar esportes, namorar, constituir família. Apenas deve evitar o que favorece crises, como privação de sono, luzes estroboscópicas – utilizadas em danceterias – e uso de álcool, mesmo durante o tratamento.
A condução de veículos de passeio é permitida pelo Detran, desde que se corrobore, com laudo médico, que a pessoa está há 12 meses sem crises na vigência de anticonvulsivante ou, quando já não toma mais remédio, que se encontra há dois anos sem crises após a suspensão da medicação.
Nesse último caso, a retirada do medicamento deve contar com, no mínimo, seis meses – e, claro, não pode ter havido nenhuma crise nesse período. A gravidez também está liberada, mas deve ser planejada, segundo os especialistas, com antecedência de um ano e contar com uma ampla interação entre obstetra e neurologista.
Ocorre que alguns anticonvulsivantes têm potencial de causar malformações fetais e, para reduzi-lo, pode haver necessidade de troca da medicação ou redução de sua dose, o que precisa ser feito sempre antes da concepção. Da mesma forma, o uso do ácido fólico, que previne defeitos do tubo neural no bebê, costuma ser implementado nessa fase prévia à gestação.
Praticar atividade física é mais do que recomendado para portadores da doença. Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas concluiu que os exercícios aumentam a autoestima, a resiliência e a qualidade de vida desses indivíduos, além de reduzirem sintomas depressivos, comuns em pessoas com epilepsia (link para matéria de Atividade física e humor).
Apenas as modalidades aquáticas devem ser praticadas ao lado de um instrutor. Já os esportes radicais são pouco incentivados porque, mesmo em dupla, há risco de acidentes em caso de crise. Para outros esclarecimentos, procure um neurologista. Epilepsia: o que fazer ao presenciar uma crise – Mantenha a calma e procure tranquilizar quem estiver por perto.- Se possível, evite que a pessoa caia bruscamente no chão e a coloque num local onde ela não possa se machucar, mas não tente impedir os movimentos involuntários.- Coloque alguma peça macia sob a cabeça do indivíduo.- Procure acomodar o paciente de lado, de forma que não haja risco de aspiração de excesso de saliva ou vômito.- Não coloque a mão na boca da pessoa para desenrolar a língua.
Qual tipo de epilepsia tem cura?
As pessoas podem morrer de epilepsia? – A maioria das pessoas com essa enfermidade tem uma vida normal. Para alguns pacientes, porém, o risco de morte pode ser aumentado devido à falta de controle das crises. Os fatores relacionados a esse evento são problemas de saúde como AVC, tumor, queda e trauma decorrentes de acidentes durante uma crise convulsiva.
- Outras situações relacionadas são convulsões de mais de 5 minutos (ou repetidas), conhecidas como status epilepticus,
- Esse evento pode acontecer quando o tratamento da epilepsia é interrompido bruscamente.
- Uma situação rara é a morte súbita.
- A condição é conhecida como SUDEP, sigla em inglês para morte súbita e inesperada na epilepsia.
Até o momento não se sabe exatamente porque isso acontece, mas há indícios de que ela decorra da mudança dos batimentos cardíacos durante a crise convulsiva (o que também pode acontecer para quem não tem crises). O quadro é mais comum entre pessoas cujas convulsões não estejam controladas.
Fontes: Luis Otávio Caboclo, neurologista e neurofisiologista clínico, doutor em neurologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), professor de neurologia da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e membro titular da ABN (Academia Brasileira de Neurologia; Fábio Porto, neurologista do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Carlos Alexandre Twardowschy, neurologista e professor da Escola de Medicina da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); João Pereira Leite, neurologista, professor titular, chefe do departamento de neurociências e ciências do comportamento e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Neurologia da FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP).
Revisão técnica: Luis Otávio Caboclo. Referências: Ministério da Saúde; CDC (Centers for Disease Control and Prevention); InformedHealth.org, Cologne, Germany: Institute for Quality and Efficiency in Health Care (IQWiG); 2006-. Epilepsy: Overview.2016 Jan 13,
- Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK343313/; Martin K, Jackson CF, Levy RG, Cooper PN.
- Etogenic diet and other dietary treatments for epilepsy.
- Cochrane Database Syst Rev.2016 Feb 9;2:CD001903.
- Doi: 10.1002/14651858.CD001903.pub3.
- Update in: Cochrane Database Syst Rev.2018 Nov 07;11:CD001903.
PMID: 26859528. : Epilepsia não tem cura, mas pode ter crises aliviadas com terapias certas
Quem tem epilepsia é especial?
Assim, um paciente, independentemente de seu diagnósitco específico, só será classificado como pessoa com deficiência quando seu quadro clínico assim o justificar. Tal regra vige para qualquer doença, incluindo a epilepsia.
Qual Exame de sangue detecta epilepsia?
Importância do diagnóstico completo – É importantíssimo o diagnóstico correto dessa síndrome, procurando afastar a Epilepsia Primária, aquela considerada idiopática, que não tem uma causa aparente, da Secundária, aquela que tem uma lesão detectável. É o caso de tumores primários ou secundários, displasias corticais, esclerose hipocampal, encefalites agudas ou crônicas, neurocisticercose, isquemias ou hemorragias, lesões estruturais pós-trauma e um número enorme de doenças geneticamente determinadas.
Para o diagnóstico correto da síndrome epiléptica e para dar a ela o correto tratamento é importante uma avaliação clínica bem feita por parte de um neurologista, que procederá com uma investigação bem dirigida para cada caso em especial. Os exames laboratoriais de sangue devem ser seguidos pelo EEG (eletroencefalograma), que é um exame eletrofisiológico.
Portanto, o EEG vai analisar a função elétrica cortical cerebral e poderá detectar e localizar a área com atividade anormal capaz de provocar as crises convulsivas. Em seguida, o médico neurologista deve solicitar o exame de Ressonância Magnética Encefálica.
Este deverá diagnosticar as alterações estruturais que possam estar associadas às crises. Com poderosos novos aparelhos de Ressonância Magnética pode-se também oferecer ao paciente a Ressonância Magnética Funcional, exame que diagnostica alterações invisíveis ao olho do especialista, somente detectáveis por meio do próprio aparelho que se manifesta por curvas estatísticas representando o metabolismo do oxigênio naquela área investigada.
Outros métodos de investigação por imagem incluem o PET CT e o SPECT, que utilizam radio-fármacos de vida-média curta. São especialmente indicados nas suspeitas de lesões metabólicas focais ou generalizadas não detectáveis pela Ressonância Magnética. O objetivo principal da investigação através dos exames de imagem é:
Determinar se existe uma lesão estrutural cerebral. Se existe, é generalizada ou focal? Se focal, onde se localiza e qual o tamanho da lesão. Determinar os efeitos das convulsões sobre o próprio cérebro, danos celulares causados pela própria convulsão, o grau de perda neuronal, como nos casos de esclerose hipocampal.Entender quais são as lesões epileptogênicas e quais anormalidades da estrutura e função definem tais áreas. Identificar se as mais importantes áreas corticais cerebrais, as Áreas Nobres, como as do movimento, da fala, da memória, por exemplo, podem ser preservadas caso haja indicação de um procedimento cirúrgico para tratamento de convulsões intratáveis pelos métodos clínicos convencionais.
O que a pessoa com epilepsia não pode comer?
Cuidados ao iniciar a dieta cetogênica –
Os pacientes não podem ingerir frutas ou legumes ricos em amido; pães, massas ou grãos; ou fontes de açúcares simples. A preparação de alimentos deve ser cuidadosa, prestando muita atenção na seleção, pesagem e cozimento de cada refeição ou componente dietético.Durante a dieta, os pacientes também devem receber a ingestão diária recomendada de vitaminas e minerais (em formulações sem açúcar), bem como a suplementação de cálcio.Quantidades precisas de alimentos para os planos de dieta e refeição são obtidas usando dados individuais do paciente (idade, peso, condições de saúde geral) em aplicações de computador.
O que pode causar convulsão durante o sono?
O que causa convulsão durante o sono? Segundo o neurocirurgião Felipe Mendes, as causas são diversas. Isso inclui distúrbios do sono, abstinência de drogas ou álcool, traumas na cabeça, distúrbios metabólicos, como baixos níveis de açúcar no sangue ou distúrbios genéticos, entre outros problemas.
Qual é a diferença entre epilepsia e convulsão?
Ouvir o texto Parar o Audio A epilepsia é uma doença cerebral crônica causada por diversos fatores e caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas. Esta condição tem consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais e prejudica diretamente a qualidade de vida do indivíduo afetado¹,
- As crises podem se manifestar com alterações da consciência ou eventos motores, sensitivos/sensoriais, autonômicos (por exemplo: suor excessivo, queda de pressão) ou psíquicos involuntários, percebidos pelo paciente ou por outra pessoa²,
- A convulsão caracteriza episódio de contração muscular excessiva ou anormal, usualmente bilateral, que pode ser sustentada ou interrompida.
Nem toda convulsão é uma crise epilética ², Na crise epiléptica existe abalo motor. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas, portanto, a pessoa poderá ter uma crise epiléptica (convulsiva ou não) e não ter o diagnóstico de epilepsia ², A convulsão é apenas um tipo mais intenso de ataque epilético ², no qual a pessoa perde os sentidos e se debate, podendo morder a língua e urinar na roupa ²,
- No entanto, existem crises mais fracas, caracterizadas por breves desligamentos, formigamentos ou contrações restritas a alguns grupos musculares ²,
- Se ocorrerem de maneira recorrente, configuram epilepsia ²,
- Se a crise durar menos de cinco minutos e você souber que a pessoa é epiléptica, acomode-a, afrouxe suas roupas (gravatas, botões apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar³,
Mulheres grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados³, Depois da crise, lembre-se que a pessoa pode ficar confusa: acalme-a ou leve-a para casa³, Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde -, cerca de 5% da população terá ao menos uma crise epilética na vida.
Sendo que, no Brasil, grande parte dos pacientes ainda não tem um controle adequado das crises, tanto pelo despreparo dos profissionais da área da saúde como por desinformação da população ², Fontes: 1. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Ministério da Saúde. Último acesso em 09 de março de 2020.2.
Mitos e Verdades de Epilepsia – Liga Brasileira de Epilepsia. Último acesso em 09 de março de 2020.3. O que é Epilepsia – Liga Brasileira de Epilepsia. Último acesso em 09 de março de 2020. Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação.