Lipedema O Que É?
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Qual é a causa do lipedema?
Secretaria da Saúde destaca mês de conscientização sobre o lipedema Reconhecida como doença em 2022, condição crônica está ligada a alterações hormonais que levam a depósitos de gordura em regiões específicas A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou, de janeiro a abril de 2023, 102 cirurgias relacionadas ao tratamento do lipedema.
Em 2022, mesmo ano em que foi reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição vascular crônica que atinge cerca de 12,3% das mulheres no Brasil foi a causa de 245 procedimentos cirúrgicos. Apesar de ser tão comum, o lipedema ainda é pouco diagnosticado. “Basicamente, o lipedema é uma doença antiga, mas, por falha no diagnóstico, se confundiu por anos com a obesidade, ” afirma o Dr.
Vinícius Bertoldi, especialista em cirurgia vascular e endovascular do Hospital Geral de Itapecerica da Serra. Segundo ele, ” a grande dificuldade é que, como é uma doença que tem atuação multidisciplinar no diagnóstico e no tratamento, fica muito difícil saber a qual profissional procurar e quando procurar.
A nossa recomendação é buscar um cirurgião vascular, que já pode fazer um diagnóstico imediato e diferencial com outras doenças que podem ser confundidas com lipedema”. Com a demora no diagnóstico, a doença pode levar a complicações importantes devido à inflamação constante e aumento do tecido gorduroso nos braços, pernas e quadril.
A inflamação generalizada nessas áreas causa dores, e problemas de circulação e de mobilidade, acarretando um grande prejuízo à qualidade de vida dos pacientes. O tratamento envolve especialistas vasculares, cirurgiões plásticos, nutricionistas, endocrinologistas, fisioterapeutas e psicólogos, que fazem o acompanhamento dos pacientes para que a doença, que é crônica, retroceda até um ponto ideal em que os sintomas estejam controlados e para que não retornem.
- Tratamento do lipedema O tratamento da doença demanda dieta restritiva e continuada, como a de pacientes hipertensos ou com diabetes, mas focada em alimentos com ação anti-inflamatória, como frutas e vegetais frescos e com a exclusão de açúcares e certos tipos de gorduras.
- É necessário, também, manter uma rotina de exercícios, sobretudo aeróbicos e de baixo impacto, melhorando a circulação e acarretando menor acúmulo de gordura nas regiões afetadas.
As cirurgias vasculares e de lipoaspiração específica para lipedema são os tratamentos que trazem o maior benefício aos pacientes em estágios mais avançados. São recomendados, também, procedimentos de drenagem linfática e uso de dispositivos de compressão elástica para reduzir o inchaço e estimular a circulação.
É lipedema? Embora as causas do lipedema ainda sejam desconhecidas, os especialistas acreditam que a doença seja genética e hereditária. Geralmente os sintomas aparecem após grandes mudanças no nível dos hormônios femininos, motivo pelo qual a doença atinge principalmente mulheres. Essas alterações podem ocorrer na puberdade, na gravidez, durante terapias de reposição hormonal ou na menopausa.
A diferença mais notável entre lipedema e obesidade é a distribuição do tecido adiposo. Enquanto em pessoas que estão apenas acima do peso ideal a gordura se distribui de forma homogênea pelo corpo, a pessoa com lipedema apresenta concentração desproporcional de células adiposas na região dos braços, coxas, pernas e quadril.
- Assim, é comum que a pessoa tenha cintura, pescoço, rosto, mãos e pés magros ou menores em proporção às áreas afetadas, onde se formam os chamados “manguitos” ou “manguinhas” de gordura.
- Há casos raros de pessoas em que o lipedema se desenvolve no abdômen, rosto e axilas.
- Além disso, a pessoa com lipedema tem distribuição simétrica desse tecido adiposo desproporcional no corpo.
Ou seja, ambas as pernas e ambos os braços são igualmente afetados, o que diferencia a doença de outras como o linfedema, que é uma obstrução dos vasos linfáticos e que causa inchaço e deformação semelhante ao lipedema, mas que pode afetar as partes do corpo com graus diferentes de intensidade.
- Um dos principais problemas associado ao lipedema em seus estágios iniciais é estético.
- A gordura se concentra nessas regiões, é de difícil eliminação e se confunde com o inchaço provocado pela inflamação.
- Além disso, a doença produz nódulos no tecido adiposo, que podem ser sentidos embaixo da pele, o que dá uma aparência flácida e ondulada que pode se assemelhar à celulite.
No entanto, outros sintomas, mesmo nesses estágios mais brandos, incluem hipersensibilidade ao toque nas áreas afetadas, desconforto, sensação de peso nas pernas, inchaço constante, queda de cabelos, e surgimento de equimoses (manchas roxas) nas pernas sem razão aparente.
- Com a progressão da doença, a inflamação desse tecido adiposo agrava problemas de circulação e do sistema linfático, aumentando o inchaço e agravando a insuficiência venosa dos membros inferiores.
- Como o lipedema afeta a mobilidade, também compromete a capacidade dos pacientes de perder a gordura localizada por meio de exercícios e atividade física.
O impacto psicossocial da doença também é grande, com todos os estigmas ligados a casos extremos de obesidade, mas de resolução ainda mais difícil e podendo até levar a distúrbios alimentares previamente inexistentes. Secretaria de Estado da Saúde Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar,188 – São Paulo – Fone (11) 3066 8000 – CEP 05403-000 : Secretaria da Saúde destaca mês de conscientização sobre o lipedema
Quais são os sintomas de lipedema?
Sintomas e possíveis complicações do lipedema – Os sintomas do lipedema podem incluir desconforto, cansaço, hematomas frequentes, edemas (inchaço) e dor nas pernas e outras regiões afetadas. “Mas a queixa principal é, sem dúvida, o desconforto estético, que impede que a paciente use roupas que mostrem suas pernas.
Também muito se fala sobre os transtornos psicológicos causados pelo lipedema, entretanto, as pesquisas sugerem que as alterações psicológicas precedem o evento e podem levar ao aumento de peso que, por sua vez, piora o lipedema”, afirma Lidiane Rocha, especialista em angiologia e cirurgia vascular e membro da Comissão de Flebologia Moderna da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP).
“Pacientes com lipedema são mais suscetíveis a lesões das articulações. Em casos mais avançados, podem ter dificuldades na marcha e consequente atrofia muscular”, completa Mauro Figueiredo Carvalho de Andrade, cirurgião vascular e membro do Departamento de Doenças Linfáticas da SBACV-SP.
Qual é o tratamento para lipedema?
O que é Lipedema? – Lipedema é uma condição crônica que se caracteriza pelo acúmulo de gordura nas pernas, coxas e braços, com uma aparência que lembra a celulite. A condição é predominantemente feminina e pode afetar de 11% a 15% das mulheres adultas.
Como evitar a lipedema?
Alimentação equilibrada : Lipedemas não são acumulações de gorduras causadas por excesso de peso. Por isso, também não se combatem com curas de emagrecimento. Porém, uma redução de peso associada à prática de esportes (usando meias de compressão) tem um efeito positivo. Deve-se evitar o aumento de peso.
Como eliminar a gordura do lipedema?
Lipoescultura – A lipoescultura é uma técnica cirúrgica que combina a lipoaspiração com a transferência de gordura para outras áreas do corpo. Ela pode ser utilizada para tratar o Lipedema em estágios iniciais ou moderados, e tem como objetivo reduzir o excesso de gordura nas pernas e coxas e melhorar a aparência geral do corpo.
Quais alimentos inflamam o lipedema?
Açúcares refinados: Presentes em muitos produtos processados, doces, sobremesas e bebidas adoçadas. Óleos vegetais refinados: Como óleo de soja, óleo de milho e óleo de girassol, que são ricos em ácidos graxos ômega-6, os quais podem promover inflamação quando consumidos em excesso e desequilíbrio com ômega-3.
Como saber se é gordura ou lipedema?
Distribuição da gordura – a gordura da obesidade tende a ser distribuída de forma mais uniforme no corpo. Já no lipedema, os depósitos de gordura costumam causar dor e ficam concentrados, principalmente, nas nádegas, pernas e, às vezes, no braços.
Como saber se é lipedema ou celulite?
Como saber se tenho celulite ou lipedema? – Há uma grande diferença entre celulite e Lipedema. O Lipedema é uma condição médica que pode resultar em dor, hematomas e inchaço. Por outro lado, a celulite é puramente cosmética e não causa dor e o tratamento envolve basicamente questões estéticas.
Qual exame que faz para saber se tem lipedema?
Diagnóstico e tratamento – O diagnóstico da doença é clínico, realizado a partir de avaliação pelo médico. Até que seja possível observar clinicamente a condição, não existem exames que marquem a presença do lipedema. Exames como ultrassom, tomografia, cintilografia linfática e bioimpedância servem para diagnóstico de casos em que há suspeita de associação de problemas.
- A doença não tem cura, mas o tratamento pode ser feito com o objetivo de aliviar os sintomas, ampliar a qualidade de vida e reduzir os riscos de complicações.
- Uma das recomendações é o uso de meias de compressão.
- Por ser uma doença crônica, o acompanhamento médico deve ser regular, com a participação de equipe multidisciplinar, incluindo cirurgiões vasculares, dermatologistas, fisioterapeutas e nutricionistas.
O cirurgião vascular e presidente da SBACV-SP, Fabio Rossi, reforça que o lipedema é uma doença comum que atinge uma a cada dez mulheres e, dependendo da gravidade, pode causar um impacto significativo na qualidade de vida. “O primeiro passo no tratamento para o lipedema é a busca por um especialista angiologista ou cirurgião vascular, que deve fazer a avaliação dos diagnósticos diferenciais, quando há sintomas de dor e inchaço das pernas.
- E além da conscientização e orientação adequada sobre a doença, a realização de exames complementares, como Doppler Vascular, linfocintilografia, dosagem de gordura corporal e, em alguns casos, ressonância magnética, também é indicada”, explica Rossi.
- Segundo o médico, inicialmente podem ser indicadas as terapias que envolvem meias de compressão, avaliação e orientação nutricional, com exercícios físicos e fisioterapia.
A lipoaspiração também pode ser prescrita em casos específicos, para reduzir o tamanho dos depósitos de gordura.
Tem como reverter lipedema?
O lipedema não tem cura. É uma doença crônica que pode perdurar durante toda a vida da pessoa. Contudo, o tratamento adequado é suficiente para combater os sintomas desagradáveis provocados e garantir à mulher uma vida com mais qualidade.
O que piora o lipedema?
‘ Alimentação rica em carboidratos, açúcar e carne vermelha, além de consumo de bebidas alcoólicas agravam o quadro’, acrescenta o médico.
Quem tem lipedema sente dor?
Conheça o lipedema e como tratar O lipedema, também conhecido como síndrome gordurosa dolorosa, é uma doença na qual ocorre o acúmulo localizado de gordura, principalmente, nas pernas e tornozelos. Costuma ser bilateral e deixa as pernas desproporcionais em relação ao corpo.
Qual melhor exercício para lipedema?
An error occurred. – Try watching this video on www.youtube.com, or enable JavaScript if it is disabled in your browser. Neste vídeo, o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, aborda a relação entre exercício físico e lipedema. Ele explica seu livro “Método de Exercícios para Lipedema” e a importância de adaptar os exercícios conforme a fase e objetivo de cada paciente.
- O exercício pode ajudar a reduzir a inflamação, aumentar a força muscular e melhorar o retorno venoso e linfático.
- No entanto, é importante adaptar os exercícios às necessidades e características específicas de cada pessoa. Dr.
- Amato enfatiza que cada paciente com lipedema tem suas próprias necessidades e que os exercícios mais indicados variam de acordo com o estágio da doença e a fase do tratamento em que se encontra.
Exercícios na água, como natação e hidroginástica, têm uma maior chance de sucesso para a maioria dos pacientes. Além disso, a caminhada é outro exercício que pode ser benéfico, embora possa não atingir os objetivos de ganho muscular. É importante a avaliação médica inicial e o autoconhecimento para entender quando o corpo está inflamado ou não, e ajustar os exercícios conforme necessário.
Assim, o exercício físico pode se tornar uma ferramenta terapêutica no tratamento do lipedema. Olá, sou doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje eu vou falar sobre o exercício físico e o lipedema. O lipedema é um assunto que eu gosto bastante que eu falo bastante aqui no canal e o exercício faz parte dos pilares do tratamento do do lipedema.
Então como que a gente pode fazer isso? Como que a gente vai unir o exercício como uma ferramenta terapêutica? Como que ele a gente consegue melhorar os sintomas? Como que a gente consegue melhorar, diminuir o volume do lipedema usando o exercício físico.
Eu escrevi esse livro, o método de exercícios para o lipedema exatamente por causa disso. Tudo começou, eu comecei escrevendo algumas ideias, tava pensando em fazer um pequeno E-book e no final foi tanto que acabou virando um livro completo aqui. Eu vou falar sobre o os aspectos principais, o que que a gente precisa lembrar, porque não é qualquer exercício que funciona pro lipedema e eu vivo recebendo mensagem aqui no no Instagram, no YouTube, ah, eu faço tal exercício, esse exercício é bom pro lipedema? E a resposta não é tão simples assim, porque alguns exercícios precisam ser adaptados, modificados, depende da fase em que o paciente está da doença, depende também do objetivo do paciente.
Tá querendo ganhar músculo, tá querendo crescer, tá querendo o aeróbico. Então, tudo isso varia muito de fase da doença e de de objetivo de cada um. A própria dor do lipedema, aquela dor membros inferiores que pode ser só o aumento da sensibilidade ao toque, ela ocorre pela inflamação, ocorre também por causa de hipóxia.
Aí veja, o exercício ele pode tanto aumentar quanto diminuir a inflamação e ele pode causar também hipóxia. Então o que que a gente pode fazer pra aumentar ou diminuir cada um desses fatores. Só a título de curiosidade, veja que tem trabalho mostrando que as pacientes com lipedema tem até trinta por cento a menos de força no na musculatura da coxa.
Isso é significativo, não dá pra gente aplicar a mesma estratégia o que aplicaria pra alguém que não tem lipedema pra pra alguém portador do lipedema numa fase inflamatória superdolorida muitas vezes eu pego o paciente aqui que tá sofrendo tá fazendo muito exercício tá fazendo exercício errado e não tá vendo resultado.
- Então o primeiro aspecto que é muito importante que eu falo bastante é sobre a inflamação.
- Então a inflamação é o o principal do lipedema é o que vai trazer piores sintomas e o exercício físico por si só ele pode em determinada faixa de intensidade diminuir essa inflamação ou seja ter um efeito anti-inflamatório como se for intenso demais ele pode até aumentar essa inflamação.
Qualquer exercício pra fins de de ganho muscular por exemplo eles acabam causando microlesões na musculatura, são essas pequenas lesões que vão à medida que ocorre a entre aspas aí a cicatrização que vai a força muscular. Só que essas microlesões também aumentam a inflamação.
- Então, a gente tem que acertar essa intensidade pra que o exercício tenha um efeito anti-inflamatório, principalmente numa fase de alta inflamação, de altos sintomas.
- Ainda com relação a inflamação se a gente começa a tentar buscar o ganho da massa muscular, exatamente nessa fase, você vai acabar aumentando a inflamação e aí você não consegue o resultado que você deseja.
Invigência da inflamação é muito difícil perder gordura, ganhar músculo, então a gente primeiro precisa corrigir o metabolismo pra depois conseguir ter um resultado melhor no exercício físico. Depois que a doença já tá mais controlada, que já não tem toda essa essa inflamação, aí sim é possível e tranquilo ganhar massa muscular.
Então, por isso que o exercício não pode ser o mesmo pra mesmo pra própria pessoa, né? Mas em fases diferentes da doença. A outra coisa é o estágio do lipedema, então se a gente pega uma paciente num estágio inicial, um estágio um ou um estágio final do lipolinfedema que tem linfedema associado. É óbvio que as dificuldades diárias vão ser diferentes e obviamente os exercícios também serão diferentes.
Alguém que tá num estágio inicial, no estágio um, por exemplo, não vai ter dificuldade de entrar e sair do carro ou dificuldade de subir uma escada, agora quem tá num estágio quatro avançado já pode ter essas dificuldades e aí o exercício físico pode tentar ajudar a melhorar exatamente esses aspectos, enquanto que nos estágios iniciais o objetivo pode ser inteiramente outro, pode ser mais estético, pode ser ganho de massa muscular, pode ser o o bem-estar, hábito de vida saudável, então eh eh a gente tem que avaliar cada paciente e entender o que que cada precisa em cada momento da vida.
Não adianta pegar alguém no estágio final da doença e falar, inicialmente você tem que ganhar massa muscular. Não, tem muita coisa pra melhorar antes. Tem que melhorar o retorno linfático, melhorar a bomba de de retorno linfático e venoso, tem que diminuir inflamação, tem muita coisa antes de atingir a estética.
E, obviamente, isso tem que ter uma adaptação constante. Então, você não vai começar num exercício que hoje tá funcionando bem pro lipedema talvez ele não funcione bem eternamente, tanto porque você pode melhorar o o os seus aspectos da doença e pode querer um pouquinho mais e aí vai ter que adaptar esses exercícios, só que você tem que saber exatamente quais variáveis que você vai mexer, então a principal vai ser a intensidade, o tipo de exercício e com isso você vai direcionando pro resultado que você deseja.
Existem muitas doenças que vem acompanhado do lipedema, então são as chamadas exatamente porque o lipedema tem essa deposição de gordura em pernas, coxas, há uma mudança da marcha e com essa mudança da marcha vem algumas lesões ortopédicas e e lesões que acabam atrapalhando a execução de certos exercícios.
Então, uma lesão muito frequente é o joelho valgo, né? O joelho em X. Em casos extremos, dificulta até mesmo uma caminhada. Então, a gente tem que considerar isso e a o fortalecimento da da coxa pode até mesmo melhorar essa lesão. Então o exercício físico ele pode não só melhorar os sintomas do lipedema como pode se for bem direcionado ajudar a corrigir as outras alterações que vem junto com o lipedema.
Outro exemplo é o pé plano. Então o pé plano é que é a forma como como você pisa ele vai alterar a bomba venosa. Então o retorno venoso fica prejudicado. A queda do arco plantar e tudo isso também dificulta alguns movimentos. Então, existem exercícios que podem melhorar isso. A hipermobilidade, ela também tem uma uma frequência mais alta no lipedema, então são pessoas que conseguem ter uma mobilidade articular maior, então eu não tenho nada de de mobilidade articular.
Mas são pessoas que conseguem colocar a a palma da mão no chão, que conseguem até mesmo colocar a perna atrás do do da cabeça ou pelo menos conseguiu em algum momento da vida. Essa hipermobilidade dá uma amplitude maior da movimentação das articulações e isso pode parecer interessante, mas na verdade acaba forçando essas articulações, tendões, musculatura, pode trazer outras lesões.
Então, o exercício físico tem que ser direcionado pra fortalecer a os músculos do do núcleo, os músculos pra manter a estrutura corporal. Outra lesão que é super frequente é a condromalácia ou a lesão de cartilagem de joelho. Se você coloca a mão no seu joelho e mexe a perna e sente uma crepitação, sente um estalar do joelho, né? Sente como se fosse crocante, né? Tem um paciente que fala que tá crocante, né? Essa essa condromalácia muitas vezes é exatamente por causa dessa mudança da marcha devido ao lipedema e isso pode limitar alguns exercícios e alguns exercícios podem até piorar condromalácia.
Então, você tem que saber exatamente o que que você pode executar pra não trazer mais problemas. Eu mencionei o retorno venoso e o retorno linfático. Então, eles são executados pela contração muscular. Então, exatamente com o exercício físico e com a contração muscular, a gente bombeia tanto o a o sangue venoso quanto a linfa de volta pra pra circulação central.
- Então, se a gente não tem essa contração adequada e essa contração, ela pode não estar adequada pela má errada, mas também pela menor capacidade muscular.
- Então, é muito frequente, exatamente por causa dessa diminuição da da força muscular, da eficácia muscular nas pacientes com com lipedema, a gente tem um impacto negativo no retorno tanto venoso quanto linfático.
Então, alguns exercícios, eles são melhores pra melhorar esse esse retorno e a gente tem que aproveitar essa eficácia maior dos exercícios, por exemplo, na água. Então, quando tá dentro de uma piscina, a pressão exercida da água que também vai facilitar esse retorno do sangue e da linfa.
Mas existem outros exercícios também que vão por exemplo aumentar a amplitude de de movimentação do do pé e isso vai contrair mais a panturrilha que é o o principal a bomba, o coração periférico, mas a gente tem a bomba plantar também quando a gente pisa, a gente espreme o sangue que tá na na na do pé e esse sangue acaba retornando pra circulação, acaba impulsionando, né? Uma bomba propulsora.
Agora um outro aspecto é a influência da mente no no exercício, né? Todo mundo fala sobre a influência do exercício na mente, mas o inverso que é a mente no exercício eu vejo poucas pessoas falando. Então, o que quer dizer a influência do exercício na mente.
- Por exemplo, faz exercício e diminui a ansiedade.
- Isso é um isso é um um uma informação assim eh senso comum, né? Todo mundo sabe que que fazer exercício deixa mais tranquilo, que melhora vários aspectos da da vida em geral, né? Agora o quanto que a mente influencia na escolha do do exercício, né? Você sabia que se você tem tem uma ansiedade elevada ou ou se você tem alguma impedimento, por exemplo, você tem um receio de ir pra academia pra mostrar o seu corpo e se a sua mente que tá dificulta pra você executar o o exercício, você vai ter que achar alternativas pra isso.
Então, ah, não quero mostrar meu corpo, então, por isso eu não vou na numa piscina. Se você não vai na piscina, você não vai fazer o melhor exercício na água prum pro lipedema. E e no final, se a gente vai rastreando, tudo isso começou com um problema na mente, né, um receio de de mostrar o corpo.
Tudo bem, isso veio prum prum viés antiobesidade ou prum impacto negativo que teve no então o ambiente que você cria pra realizar o exercício é muito importante, mas também a busca da dopamina, a gente tá sempre a nossa vida é uma incessante busca a dopamina, essa pequena dose diária de do do nosso vício, né? E esse vício ele pode tá na comida pode tá no em vícios mais maléficos ainda como droga, como como tabagismo, compras são várias coisas que podem causar uma pequena liberação de dopamina nosso cérebro, mas se a gente sabe que tem a dopamina no exercício, a gente tem que saber extrair essa essa dopamina ao máximo do do exercício.
Muitas vezes a gente competir com outra pessoa ou competir conosco mesmo. Tentar sempre melhorar isso a gente acaba conseguindo micro doses diárias de de dopamina. E os medicamentos, né? Quem começou um tratamento de lipedema, muitas vezes tá tomando vários medicamentos.
Será que isso vai influenciar no exercício? Não vai, tem algum que pode dificultar? Então, por exemplo, existem alguns medicamentos que podem baixar a glicemia, será que isso impede de fazer algum exercício físico? Então, a gente precisa avaliar a situação de cada paciente e entender como que isso pode afetar o seu exercício físico.
Lembrando que a maior parte dos pacientes que tão fazendo o tratamento adequado correto do lipedema tão em algum tipo de de dieta ou de de mudança de hábito alimentar. Assim, tem vários, né? Mas pode ser desde um jejum intermitente, uma dieta cetogênica, uma dieta anti-inflamatória, eu falo bastante de dieta anti-inflamatória, de dieta cetogênica que são excelentes pro pro lipedema.
- Então, qual que é o impacto disso no exercício físico, né? Eu já vi gente falando que no quem tá em dieta cetogênica não consegue fazer exercício físico.
- Muito embora tenha muitos trabalho científico publicado já de atleta fazendo exercício físico.
- Então, não é uma limitação.
- Assim como numa dieta cetogênica há uma desidratação maior, tem que tomar mais líquido, tem que se preocupar bastante com a hidratação, a gente tem que saber os aspectos individuais de cada dieta e aplicar isso na atividade física.
Então, a minha mensagem principal aqui nesse vídeo é lembrar da bioindividualidade, um exercício que funciona pra uma pessoa, não necessariamente funcionar pra outra pessoa, é importante a gente avaliar, entender o objetivo de cada uma, o que que cada uma quer atingir com com esse exercício.
- A maioria dos exercícios, eles podem ser adaptados.
- Então, ah, eu gosto muito de fazer esse exercício aqui.
- Mas me falaram que esse exercício não pode no lipedema.
- Na verdade, não é isso.
- Na verdade, você precisa entender o seu corpo e adaptar esse exercício à necessidade do seu corpo.
- Talvez você não consiga fazer como você tá fazendo agora nesse momento, talvez precise de um pequeno ajuste ou um ajuste maior, mas realmente são poucos exercícios que não podem de jeito nenhum ser feitos no no lipedema.
Agora tem sim os exercícios que tem mais chance de de dar certo, que se eu falar aqui a chance de errar é é pequena e quando eu tô fazendo um vídeo aqui prum público maior, eu tenho que tomar muito cuidado de de falar ó, faz isso que vai dar certo, porque mesmo que dê certo pra do público e a outra metade não dê certo, eu tô fazendo mal pra pra metade que não deu certo.
- Então, quais são esses exercícios que a chance de de dar certo prum público maior.
- São os exercícios na água, então natação, hidroginástica, isso aí tem uma uma chance assim enorme de de não errar.
- Então, eu eu fico muito confortável em falar vai por esse lado aí que a chance é grande, mas não quer dizer que só isso pode ser feito.
Quer dizer que a de errar nisso aí é menor. Uma caminhada por exemplo, é difícil errar numa caminhada na intensidade, talvez não atinja o os objetivos maiores aí de de ganhar massa muscular, mas a chance de errar e acabar se inflamando numa caminhada é muito pequena, agora tem que lembrar que os exercícios mudam de acordo com a fase do tratamento e com estágio da doença e mesmo dentro do estágio com a fase, né? Se é se tá inflamado, se não tá inflamado.
Quem tem lipedema tem dificuldade de emagrecer?
Lipedema ou obesidade? Especialista aponta diferenças entre os quadros
Podendo ser confundido com a obesidade, o acúmulo excessivo de gordura em partes específicas do corpo, especialmente membros inferiores, é conhecido como lipedema.A doença vascular crônica tem origem hormonal e acomete, principalmente, as mulheres durante a puberdade, gravidez ou menopausa, segundo informações da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular de São Paulo (SBACV-SP).”Os sintomas mais frequentes são desconforto local, equimoses frequentes, sensação de cansaço e inchaço nas pernas, além do incômodo estético”, explica a cirurgiã vascular Cynthia de Almeida Mendes, especialista do Hospital Israelita Albert Einstein.
A médica explica que, embora a condição possa ser confundida com a, no lipedema a gordura é mais localizada, além de “pacientes com lipedema tenderem a apresentar dificuldade no emagrecimento das pernas, mesmo realizando dieta. Elas geralmente apresentam tronco fino e pernas mais grossas”.
Tipo I: acometimento do umbigo até os quadris; Tipo II: acometimento até os joelhos com presença de tecido gorduroso na parte lateral e inferior dos joelhos; Tipo III: acometimento até os tornozelos com formação de “manguito” de gordura logo acima dos pés; Tipo IV: acometimento dos braços. Bastante associado aos tipos II e III; Tipo V: apenas do joelho para baixo.
O diagnóstico do lipedema é clínico, realizado pela avaliação do médico. Embora não tenha cura, o tratamento da doença pode amenizar os sintomas, afirma Cynthia. “O tratamento clínico com dieta, perda de peso, atividade física regular e drenagem linfática deve ser a preferência para casos iniciais.
Qual melhor exercício para quem tem lipedema?
Exercícios para Lipedema: Como se mover para controlar os sintomas. Para pacientes com uma desordem relacionada à gordura (, Dercum), é imperativo se mover o máximo possível. O exercício não só fortalece os músculos, mas também melhora o fluxo sanguíneo e linfático do seu corpo, ajudando a controlar o estresse e aumentando seu humor e confiança.
- Qualquer exercício de baixo impacto que não aumente o ácido lático é bom.
- Estes incluem: natação, hidroginástica, caminhada, vibração de corpo inteiro, bicicleta estacionária, tai chi, aparelho elíptico, yoga, alongamento, e dança.
- De fato, se exercitar e comer bem deve ser a pedra angular de qualquer plano de tratamento e, embora nenhum deles faça com que seu distúrbio relacionado à gordura desapareça, eles podem ajudar a diminuir a gravidade de seus sintomas e retardar a progressão da doença.
É importante que o seu esquema de exercícios seja adaptado às suas capacidades e necessidades individuais. Você tem que ser fisicamente capaz e gostar do que está fazendo ou não vai continuar. Se seu orçamento permitir, você pode contratar um personal trainer que possa trabalhar com você individualmente.
- Embora seja importante se esforçar, exercícios intensos, como aulas de spinning ou exercícios com pesos pesados, podem privar seus músculos de oxigênio, o que pode causar inflamação.
- Em geral, se você puder “sentir a queimação”, essa atividade será intensa demais para você, vá com calma.
- Como problemas nos pés e no joelho são comuns entre os que têm problemas de gordura, você pode querer investir inicialmente algum tempo fortalecendo essas duas áreas.
Lembre-se de manter-se hidratada antes, durante e após o treino. Certifique-se de verificar com seu médico antes de iniciar qualquer tipo de regime de exercícios e discutir especificamente se o alongamento seria apropriado para você e, em caso afirmativo, qual tipo.
O alongamento antes e depois de um treino pode reduzir a dor muscular, mas apenas se for apropriado para a sua condição. Em geral, é uma boa ideia usar a meia de compressão enquanto se exercita, mesmo nadando. Você sabia que a inflamação crônica pode ser a causa de muitas doenças graves, como doenças cardíacas, câncer e a doença de Alzheimer? Além disso, O lipedema é uma doença crônica do metabolismo lipidico que resulta em na distribuição e armazenamento anormal do tecido gorduroso associado com hiperplasia das celulas gordurosas O Dr Alexandre Amato e o Dr Daniel Benitti certificaram-se no tratamento cirúrgico de lipedema com o Dr Rapprich, na Alemanha, o maior conhecedor mundial do assunto.
: Exercícios para Lipedema: Como se mover para controlar os sintomas.
Qual o valor de uma cirurgia de lipedema?
O preço médio da cirurgia varia entre R$ 8.500,00 a R$ 17.500,00.
Quem tem lipedema pode comer ovo?
Ouvir o texto Parar o Audio O lipedema é o nome que se dá ao quadro de deposição anormal de gordura em glúteos e pernas e que pode vir acompanhada por edema ortostático¹, inchaço comum em mulheres que passam o dia inteiro em pé². O lipedema afeta quase exclusivamente mulheres em idade adulta¹, mas há relato de homens acometidos. O lipedema pode ser dividido em 4 estágios e existem 5 tipos diferentes. São eles⁴: Estágios:
- Pele macia, aumento de gordura nos tecidos subjacentes;
- Aparecimento de mais gordura e nódulos;
- Endurecimento do subcutâneo, nódulos grandes e almofadas de gordura, especialmente nos joelhos e coxas;
- Lipedema com linfedema (lipolinfedema).
Tipos de lipedema:
- Aparece nas nádegas e nos quadris;
- Afeta a região que vai das nádegas até os joelhos, com acúmulo de gordura ao lado dos joelhos;
- O acúmulo de gordura se dá na região das nádegas até os tornozelos;
- Acomete apenas os braços;
- Ocorre apenas as pernas.
É comum os tipos 2 e 3 estarem associados ao tipo 4. Causa O lipedema pode ter origem hereditária, já que mulheres de uma mesma família tendem a desenvolver esta condição. Existem alguns momentos da vida da mulher que são mais propensos ao seu desenvolvimento como a puberdade, gravidez e menopausa, já que sua origem vem do sistema endócrino ³.
Diagnóstico Ainda não existe um teste de laboratório ou um teste genético definitivo para o diagnóstico do lipedema e algumas vezes, ele acaba sendo confundido com outras condições como obesidade, varizes e linfedema, caracterizado pelo inchaço de membros por meio da retenção de líquidos. Esse fato é preocupante pois atrasa o início do tratamento e permitindo sua progressão¹.
Saiba mais sobre varizes neste artigo aqui, Tratamento Apesar de ser um quadro que não tem cura, existem tratamentos que amenizam os sintomas. Os mais indicados pelo profissional de saúde irão depender do estágio do lipedema, mas são as chamadas “terapias combinadas”: drenagem linfática manual; exercícios físicos; dieta; cuidados com a pele e terapia compressiva.
- A cirurgia só é recomendada em último caso e, quando indicada, pode ser realizada tanto por meio da lipoaspiração ou pela cirurgia plástica¹.
- Uma mudança no estilo de vida da pessoa com lipedema também é necessária, envolvendo atividades físicas de rotina indicadas por um profissional e uma reeducação alimentar¹.
Dicas de alimentos para melhorar a inflação⁵ Alguns alimentos ajudam a melhorar a inflação do lipedema
- Consuma uma grande variedade de grãos integrais, frutas frescas e legumes durante a semana;
- Não abuse de alimentos com açúcar e adoçantes;
- Escolha aves sem pele, peixe, ovos e iogurte grego sem gordura;
- Evite o consumo exagerado de carne vermelha rica em gordura (costela, bacon e picanha);
- Evite carnes processadas (mortadela, salame e salsicha);
- Escolha gorduras monoinsaturadas (azeite, abacate e nozes) e ômega-3 (salmão, atum, sardinha, nozes e linhaça) rico em DHA;
- Diminua o consumo de gordura saturada, ou seja, manteiga, leite integral, queijo, entre outros;
- Evite gordura trans, presente em alimentos como margarina, bolachas, biscoitos, chocolates.
Fontes: 1. Lipedema: doença crônica do tecido adiposo, Folha Vascular – Informativo da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Último acesso em 14 de outubro de 2021.2. Inchaço nas pernas (edema), Revista Lipedema. Último acesso em 14 de outubro de 2021.3.
- Lipedema – Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.
- Último acesso em 14 de outubro de 2021.4.
- Lipedema: se você não tem, conhece alguém que tem,
- O cirurgião vascular.
- Último acesso em 14 de outubro de 2021.5.
- Dicas alimentares que ajudam a combater a inflamação e o lipedema,
- O cirurgião vascular.
Último acesso em 14 de outubro de 2021. Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
O que piora o lipedema?
‘ Alimentação rica em carboidratos, açúcar e carne vermelha, além de consumo de bebidas alcoólicas agravam o quadro’, acrescenta o médico.
Quais alimentos evitar Quem tem lipedema?
Margarina, óleo de soja ou girassol, frituras em geral. Refrigerantes, sucos integrais, energéticos e bebidas gaseificadas. Lembre-se sempre que o apoio nutricional adequado é essencial ao tratamento!
Como saber se é gordura ou lipedema?
Distribuição da gordura – a gordura da obesidade tende a ser distribuída de forma mais uniforme no corpo. Já no lipedema, os depósitos de gordura costumam causar dor e ficam concentrados, principalmente, nas nádegas, pernas e, às vezes, no braços.
Qual o melhor exercício para quem tem lipedema?
Melhores exercícios Comece com caminhadas curtas e aumente gradualmente a distância. A natação é uma excelente escolha para pacientes com lipedema, pois é suave para as articulações e proporciona uma resistência suave. A ioga enfatiza o alongamento e o fortalecimento do corpo, o que pode ser benéfico para o lipedema.