Cromo Para Que Serve?
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Quais são os benefícios do cromo?
Auxilia a regular os níveis de colesterol ruim e triglicerídeos; Contribui na redução da fome e da compulsão alimentar; Favorece o aumento de massa muscular; Facilita a melhora do metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras.
Qual é a função do cromo no corpo?
ARTIGO ORIGINAL Considerações sobre cromo, insulina e exercício físico Consideraciones sobre cromo, insulina y ejercicio fisico Mariana Rezende Gomes I ; Marcelo Macedo Rogero I ; Julio Tirapegui II I Doutorando em Nutrição Experimental pelo Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo II Professor Associado do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Prof.
Assoc. Julio Tirapegui Av. Prof. Lineu Prestes, 580, bloco 14, Conjunto das Químicas, Cidade Universitária – USP 05508-9000 São Paulo, SP E-mail: [email protected] RESUMO O cromo é um mineral-traço essencial presente em diminutas proporções em alguns alimentos como carnes, cereais integrais, oleaginosas e leguminosas.
Atualmente, esse mineral tem sido utilizado como suplemento alimentar no meio esportivo com a proposta de promover maior ganho de massa muscular e maior perda de gordura corporal. Todavia, a participação do cromo no metabolismo resume-se ao aumento da sensibilidade à insulina, por meio da ligação de quatro átomos de cromo a uma proteína intracelular específica denominada apocromodulina, que, por sua vez, liga-se ao receptor de insulina de células de tecidos periféricos concomitantemente à insulina, porém em outro sítio localizado no domínio intracelular.
- Essa ligação amplifica a cascata de sinais intracelulares responsáveis pelo estímulo da translocação de GLUT4 e, conseqüentemente, aumenta a captação de glicose e aminoácidos.
- O cromo também inibe a enzima-chave da síntese de colesterol, melhorando o perfil lipídico de indivíduos com dislipidemias.
- Não são significativas as alterações de composição corporal em esportistas, mas, por outro lado, a suplementação com cromo pode, em alguns casos relatados, melhorar o perfil lipídico e o quadro de diabetes tipo 2 de indivíduos que sofrem destes desequilíbrios metabólicos.
Palavras-chave: Cromo. Insulina. Exercício. Apocromodulina. Diabetes. Colesterol. RESUMEN El cromo es un mineral traza esencial presente en proporciones pequeñas en algunos alimentos como carnes, cereales integrales, oleaginosas y leguminosas. Actualmente, este mineral ha sido utilizado como suplemento alimenticio en el medio deportivo con la propuesta de promover mayor ganancia de masa muscular y mayor pérdida de grasa corporal.
Todavía, la participación del cromo en el metabolismo se resume al aumento de la sensibilidad a la insulina, por medio de la unión de cuatro átomos de cromo a una proteína intracelular específica denominada apocromodulina que, a su vez, se liga al receptor de insulina de células de tejidos periféricos concomitantemente a la insulina, pero en otro sitio localizado del dominio intracelular.
Esta unión amplifica la cascada de señales intracelulares responsables por el estímulo de translocación de GLUT4 y, consecuentemente, aumenta la captación de glicosa y aminoácidos. El cromo tambien inhibe la enzima clave de la síntesis de colesterol, mejorando el perfil lipídico en individuos con dislipemias.
No son significativas las alteraciones de composición corporal en deportistas, mas, por otro lado, la suplementación con cromo puede, en algunos casos relatados, mejorar el perfil lipídico y el cuadro de diabetes tipo 2 de indivíduos que sufren de estos desequilíbrios metabólicos. Palabras-clave: Cromo.
Insulina. Ejercício. Apocromodulina. Diabetes. Colesterol. INTRODUÇÃO No início da era esportiva, a vantagem obtida pelos atletas de ponta era considerada uma barreira intransponível. Atualmente, a distância entre atletas de elite em competições tem sido tão reduzida, que um pequeno aperfeiçoamento na performance pode resultar em um grande ganho na classificação geral.
Este fato tem induzido atletas, técnicos e cientistas a buscar, além das técnicas de treinamento, diferentes métodos de otimizar o desempenho por meio do uso de recursos ergogênicos. Dentre os métodos que visam aumento de performance permitidos pelo Comitê Olímpico Internacional estão as intervenções nutricionais.
Todavia, o uso de suplementos nutricionais por atletas ou indivíduos fisicamente ativos com o objetivo de melhor desempenho esportivo, hipertrofia muscular, imunocompetência, entre outros, desperta na comunidade científica uma busca incessante de evidências biológicas que assegurem o uso e a validade de tais suplementos.
Dentre os suplementos utilizados no meio esportivo, destaca-se o mineral cromo, cuja deficiência na dieta contribui para a intolerância à glicose e alterações prejudiciais relacionadas ao perfil lipídico. A função primária do cromo é potencializar os efeitos da insulina e, desse modo, alterar o metabolismo de carboidratos, lipídios e aminoácidos.
Além disso, a suplementação com cromo tem sido utilizada com a finalidade de promover aumento de massa muscular e diminuição da gordura corporal. Todavia, há escassez de evidências científicas comprovando esses possíveis efeitos positivos da suplementação com cromo.
Sendo assim, esta revisão tem como objetivo fornecer informações atualizadas sobre as funções fisiológicas e, principalmente, nutricionais relacionadas ao cromo, bem como a relação entre esse mineral, o exercício físico e os mecanismo de ação da insulina. METABOLISMO DO CROMO O cromo é um mineral-traço essencial que participa ativamente do metabolismo de carboidratos, principalmente co-atuando com a insulina, melhorando a tolerância à glicose (1),
Contudo, por agir estimulando a sensibilidade à insulina, o cromo pode influenciar também no metabolismo protéico, promovendo maior estímulo da captação de aminoácidos e, conseqüentemente, aumentando a síntese protéica (2), A ação do cromo parece não se resumir à participação coadjuvante com a insulina.
Apesar de não ter sido identificada nenhuma enzima dependente de cromo, este mineral parece inibir a enzima hepática hidroximetilglutaril-CoA-redutase, diminuindo a concentração plasmática de colesterol (3), Também é atribuído ao cromo um efeito lipolítico que, somado a seus possíveis efeitos anabólicos, estimula principalmente o público esportista ao uso do cromo como suplemento na dieta para obtenção de efeitos desejáveis sobre a composição corporal (4),
Origem e recomendações O cromo é um mineral que ocorre nas valências de -2 a +6, sendo as mais comuns +2 (Cr 2+ ), +3 (Cr 3+ ) e +6 (Cr 6+ ) (5), Sua forma mais comum presente nos alimentos é o Cr 3+, Dentre as fontes alimentares de cromo destacam-se oleaginosas, aspargo, cerveja, cogumelo, ameixa, cereais integrais, carnes, vísceras, leguminosas e vegetais (2),
- A ingestão diária e segura de cromo em adultos está estimada entre 50 e 200µg/dia e, apesar de ser considerado um elemento essencial, não existe uma ingestão dietética recomendada (RDA) específica para o cromo (2,6),
- Contudo, a publicação recente das novas ingestões dietéticas de referência (DRI) trouxe um valor de ingestão adequada (AI) para este mineral de 25 e 35µg/dia para mulheres e homens adultos, respectivamente.
Contudo, ainda não foi definido nenhum limite superior tolerável de ingestão (UL), ou seja, o valor mais alto de ingestão diária continuada de um nutriente que aparentemente não oferece nenhum efeito adverso à saúde em quase todos os indivíduos de um estágio de vida ou gênero (7),
- A dificuldade de se estabelecer uma RDA para o cromo deve-se principalmente às limitações da estimativa da ingestão do mesmo.
- Estas limitações abrangem desde a ausência de dados relativos à quantidade de cromo presente em alimentos às dificuldades de análise desse mineral na maioria dos alimentos, devido a sua reduzida concentração e a problemas de contaminações ambientais (6),
Biodisponibilidade do cromo A biodisponibilidade do cromo em geral é baixa, apresentando valores que não ultrapassam 3%, e essa porcentagem de absorção parece ser inversamente proporcional à quantidade de cromo na dieta. Vários fatores interferem na absorção do cromo, dos quais se ressaltam, como inibidores, o fitato e a maior quantidade de minerais como zinco, ferro e vanádio no intestino e, como estimuladores, os aminoácidos, o oxalato, a vitamina C e o amido (8),
- Após a absorção, o cromo pode ser estocado em vários tecidos do organismo, sem possuir um local específico necessariamente, mas totalizando em média um pool de 4 a 6mg (9),
- A maior quantidade de cromo parece estar distribuída no fígado, rins, baço e epidídimo (10), porém já se observou maior concentração de cromo no coração e nos rins de ratos (11),
Em ratos, nos quais se injetou cromo marcado, foi verificada maior retenção desse mineral no fígado, ao mesmo tempo em que a maior proporção do cromo intracelular esteve presente no citosol em comparação às demais organelas (12), Função biológica Ao cromo atribuem-se funções que abrangem principalmente o metabolismo de carboidratos, mas também em menor grau o metabolismo protéico e lipídico (2,13),
- Sua participação no metabolismo de carboidratos relaciona-se, mais especificamente, ao estímulo da captação de glicose pelas células de tecidos-alvo.
- Esse efeito, originalmente, não é causado pelo cromo de forma isolada ou mesmo na forma de co-fator enzimático, como a maioria dos minerais (1),
- Este metal, portanto, age sob a forma de um complexo orgânico de baixo peso molecular denominado “fator de tolerância à glicose” (GTF), formado por Cr 3+, ácido nicotínico, glicina, cisteína e ácido glutâmico.
O estudo desse complexo teve início em 1929, quando se conseguiu isolar o GTF em leveduras (14), Em 1957, afirmou-se a existência deste complexo em humanos e ainda se definiu o Cr 3+ como o componente ativo do mesmo (15), Posteriormente, em 1959, postulou-se sobre a necessidade da ingestão de cromo para a manutenção da tolerância normal à glicose em mamíferos, fato que desencadeou o início de pesquisas referentes à relação do cromo com o metabolismo glicídico (16),
Na década de 1960, o papel do cromo em animais foi bem estabelecido a partir de estudos com ratos, camundongos e macacos. Já a importância do cromo na sensibilidade à insulina em humanos foi ressaltada a partir de 1977, por meio de observações em pacientes diabéticos submetidos à nutrição parenteral (isenta de cromo) por longo tempo, nos quais se constatava um agravamento do estado metabólico (17,18),
Sobre a descrição dos mecanismos pelos quais o cromo age, se propôs que esse mineral aumenta a fluidez da membrana celular para facilitar a ligação da insulina com seu receptor (19) e que o GTF funciona como um carreador de cromo para proteínas celulares deficientes em cromo (20),
Mais recentemente, o cromo foi caracterizado como componente participante do mecanismo de amplificação da sinalização celular de insulina, ou seja, um fator colaborador do aumento da sensibilidade de receptores insulínicos na membrana plasmática (21), O mecanismo de participação do cromo na ação da insulina começou a ser esclarecido em meados dos anos 1980 por meio do isolamento e da caracterização de um oligopeptídeo ligador de cromo, que inicialmente foi denominado substância ligadora de cromo de baixo peso molecular ( low-molecular weight chromium-binding substance LMWCr) (22-24),
Esse oligopeptídeo de 1,5kDa e com apenas quatro tipos de resíduos aminoacídicos (glicina, cisteína, glutamato e aspartato) possui aspecto tetranuclear que liga quatro íons de Cr 3+, tendo sido isolado em tecidos de várias espécies de mamíferos, inclusive em fígado de rato.
- As diferenças entre o GTF isolado das leveduras e o LMWCr dos tecidos de mamíferos são basicamente a presença de ácido nicotínico, existente apenas no GTF de leveduras (23), e a ausência de efeitos desse GTF sobre a ação insulínica assim como o cromo de forma isolada (3),
- O LMWCr, em função da semelhança com a calmodulina em estrutura e função, recebe o nome também de cromodulina quando ligado aos quatro íons de cromo, enquanto na forma livre de minerais é denominado apocromodulina e encontra-se predominantemente no meio intracelular, mais especificamente no citosol e no núcleo (22),
Foi proposto por Yamamoto et al. (24) que o estímulo à ação da insulina é dependente do conteúdo de cromo na cromodulina intracelular. A cromodulina favorece a sensibilidade à insulina por estimular a atividade tirosina quinase do receptor insulínico na membrana plasmática.
O sítio de ativação parece estar localizado próximo ou no próprio sítio ativo da enzima tirosina quinase, a qual causa a inibição da enzima fosfotirosina fosfatase, um inativador da tirosina quinase (25), Está bem estabelecido que, em resposta a um aumento da glicemia, a insulina é rapidamente secretada para a circulação e liga-se na subunidade de seu receptor, localizada na face externa da membrana plasmática, o que provoca uma alteração conformacional que resulta na autofosforilação dos resíduos de tirosina na subunidade a, localizada na face interna da membrana.
Esta alteração desencadeia uma série de reações de fosforilação em cascata com o objetivo de estimular a translocação dos transportadores de glicose (GLUTs) para a membrana plasmática (26), O modelo proposto para explicar a ação da cromodulina como parte do sistema de auto-amplificação da sinalização da insulina sugere que a cromodulina é estocada na forma apo no citosol e núcleo de células sensíveis à insulina.
- O aumento da insulina circulante provoca duas situações concomitantes: (i) maior mobilização do cromo para células-alvo, mediada principalmente pela transferrina; e (ii) mobilização de receptores de transferrina a partir de vesículas intracelulares para se fundirem com a membrana.
- Sendo assim, a transferrina saturada com cromo liga-se a seus respectivos receptores e o complexo formado é internalizado por endocitose.
No espaço intravesicular o pH ácido promove a digestão deste complexo e a liberação do cromo para o citosol. Quatro íons de Cr 3+ unem-se à apocromodulina tornando-a ativa sob a forma de cromodulina, que por sua vez liga-se ao sítio ativo no receptor insulínico, completando a ativação do mesmo e amplificando o sinal da insulina ( figura 1 ) (22,27),
Além de sua atuação principal sobre o metabolismo de carboidratos, o cromo também participa no metabolismo protéico estimulando a captação de aminoácidos pelas células, uma vez que está diretamente ligado à atividade insulínica (4), Existem, ainda, algumas evidências sobre a função do cromo no metabolismo lipídico, as quais parecem estar relacionadas com o aumento das concentrações de lipoproteínas de alta densidade (HDL) e a redução do colesterol total e de lipoproteínas de baixa densidade (LDL, VLDL), por meio do aumento da atividade da enzima lipase de lipoproteínas em indivíduos com dislipidemias (28),
A diminuição da concentração plasmática de colesterol induzida pelo cromo está relacionada ao fato desse mineral promover a inibição da enzima hepática hidroximetilglutaril-CoA redutase, causando, desse modo, efeito hipolipemiante (3), Embora ainda não estejam demonstrados bioquimicamente os mecanismos de ação do cromo, sinais de deficiência marginal de cromo em roedores incluem diminuição da tolerância à glicose e aumento das concentrações plasmáticas de insulina, colesterol e triacilglicerol (6),
- Além disso, pacientes com intolerância à glicose, diabetes melito, hipercolesterolemia, e idosos costumam apresentar baixa concentração sérica de cromo (3),
- Isto demonstra que o cromo, além de estar ligado ao metabolismo de carboidratos, interfere no metabolismo protéico e lipídico simultaneamente, sendo um nutriente importante para o controle de doenças cada vez mais comuns na população.
Papel do cromo no exercício físico Durante o exercício o cromo é mobilizado de seus estoques orgânicos para aumentar a captação de glicose pela célula muscular, mas sua secreção é muito mais acentuada em presença de insulina. O aumento da concentração de glicose sanguínea induzida pela dieta estimula a secreção de insulina que, por sua vez, provoca maior liberação de cromo.
- O cromo em excesso no sangue não pode ser reabsorvido pelos rins, sendo, conseqüentemente, excretado na urina.
- É comum observar concentração aumentada de cromo na urina após grande ingestão de carboidratos, principalmente na forma de açúcares (2),
- A concentração plasmática de cromo aumenta durante exercícios aeróbicos prolongados e mantém-se elevada duas horas após o término da atividade (2),
Tanto o efeito agudo quanto crônico do exercício físico provocam maior excreção de cromo pela urina nos dias de prática esportiva (29), As perdas urinárias de cromo geralmente não são restabelecidas rapidamente, em função da absorção intestinal deste mineral não ser suficiente para suprir o cromo perdido.
- Exercícios tanto aeróbicos quanto o treinamento de força aumentam a absorção de cromo intestinal, mas a perda urinária ainda é prioritária, resultando em balanço negativo de cromo, depleção e redistribuição dos estoques corporais deste mineral no pós-exercício.
- Diante disso, postula-se que atletas possam apresentar deficiência de cromo com mais facilidade que indivíduos sedentários ou moderadamente ativos (29),
O objetivo de se sugerir o cromo como suplemento alimentar, voltado para o esportista, não decorre apenas da preocupação da ocorrência de deficiência orgânica, mas principalmente porque o cromo pode favorecer a via anabólica por meio do aumento da sensibilidade à insulina, que, por sua vez, estimula a captação de aminoácidos e, conseqüentemente, a síntese protéica, aumentando a resposta metabólica adaptativa decorrente do próprio treinamento.
Este fato pode acarretar em aumento do componente corporal magro devido ao ganho de massa muscular. Ainda existe a especulação de um efeito lipolítico causado pelo cromo, porém os resultados de estudos em humanos ainda são controversos. Por outro lado, a suplementação de cromo pode auxiliar no controle da glicemia de indivíduos diabéticos engajados em atividade física (2,4,8,18,20,25,28),
A Organização Mundial de Saúde (OMS) não estabelece um valor seguro exato para a ingestão de cromo, mas relata que dosagens de 125 a 200µg/dia além da dieta habitual pode favorecer o controle glicêmico e melhorar o perfil lipídico (30), Dessa forma, a dosagem máxima, dentro de um limite de segurança, é de até 250µg/dia, o que representa, por exemplo, cerca de dez vezes a AI recomendada para mulheres.
São desconhecidos os possíveis efeitos colaterais da elevada ingestão de cromo alcançando até 800µg/dia bem como sua toxicidade (30), Contudo, parece que dosagens entre 200µg/dia e 800µg/dia em curto espaço de tempo não produzem efeitos positivos no que diz respeito à perda de massa gorda e ganho de massa magra (31),
Entretanto, postula-se que os efeitos relacionados à sensibilidade à insulina são desencadeados com doses equivalentes a 1.000µg/dia, o que representa 13µg/kg de massa corporal (estimando uma massa corporal média de 75kg) (32), Todavia, cabe ressaltar que o exercício associado à suplementação de cromo no intuito de melhorar o controle da glicemia pode diminuir a necessidade de ingestão desse mineral.
- É fato conhecido que a prática de exercício físico diminui a glicemia e a insulinemia em indivíduos com resistência periférica à insulina.
- Esses efeitos podem ser observados até em uma única sessão de exercício, podendo perdurar por várias horas após o término da atividade e ainda serem incorporados de forma crônica com a prática regular do exercício (33),
A concentração de cromo também se mantém aumentada após o exercício, demonstrando, mais uma vez, sua ligação com a função da insulina. Durante o exercício físico a contração muscular aumenta a translocação de GLUT4 independentemente da presença de insulina.
- A sugestão atualmente mais aceita para explicar este fato é a do aumento intracelular de cálcio.
- A liberação de cálcio das cisternas do retículo endoplasmático liso, no momento da despolarização, necessária à interação dos miofilamentos de actina e miosina, também atua como mediador do transporte de glicose.
Uma das bases desta hipótese é a observação do aumento do transporte de glicose, que se correlaciona com a freqüência da contração e não com a duração ou tensão do movimento (34), O aumento de cálcio no citoplasma pode iniciar ou facilitar a ativação de moléculas ou de proteínas envolvidas em cascatas de sinalização intracelulares, as quais promovem os efeitos imediatos e prolongados do exercício sobre o transporte de glicose.
- Um exemplo disso é a proteína quinase C (cálcio-dependente e sinalizadora intermediária), que é ativada pela contração muscular e parece estar envolvida na regulação do transporte de glicose estimulado pela contração muscular (33),
- A combinação de insulina e exercício resulta em efeitos aditivos em relação ao transporte de glicose associado ao recrutamento do transportador GLUT4 para a membrana plasmática, o que confirma as hipóteses sugeridas sobre a estimulação de dois mecanismos diferentes nos quais haveria duas localizações de pools intracelulares distintos de transportadores de glicose, ou seja, um que responde ao exercício e outro que responde à insulina (33),
Uma das justificativas para essa hipótese refere-se à capacidade da insulina e não do exercício em provocar uma redistribuição de Rab4, uma proteína transportadora de GTP (GTP- binding protein ), que está implicada na regulação da translocação de GLUT4 em células adiposas (35),
- Agindo a insulina e o exercício em pools diferentes, o resultado seria o mesmo translocar GLUT4 , e este efeito pode ser potencializado ou não, na presença concomitante de ambos.
- Pouco ainda se conhece sobre os efeitos do cromo e do exercício físico relacionando-os à sensibilidade à insulina.
- A população-alvo dos estudos sobre cromo e composição corporal geralmente é a de atletas ou praticantes de atividade de força que buscam potencializar o ganho de massa muscular e diminuir o conteúdo de gordura corporal.
Análises de composição corporal, com métodos mais precisos como DEXA e pesagem hidrostática, em praticantes de atividade de força, vêm demonstrando que a suplementação de 200µg/dia de cromo não promove aumento de massa muscular significativo em treinamento de resistência por oito a 12 semanas.
- No entanto, em estudos por períodos mais prolongados (12 a 24 semanas) associados a dosagens maiores de cromo (400µg/dia) os atletas apresentam alterações significativas de composição corporal com redução de massa gorda da ordem de 5% (4,31,36-38),
- Esse fato pode indicar que os efeitos sobre a composição corporal atribuídos ao cromo podem ocorrer, porém necessitam de longos períodos e doses maiores às comumente descritas, associado também a um volume maior de treinamento.
Outra população estudada é a constituída por indivíduos que apresentam sobrepeso e obesidade, na qual a suplementação de cromo parece não provocar alterações significativas de composição corporal isoladamente, porém, associada à prática de exercícios regulares, demonstra redução de peso, o que pode indicar a eficácia apenas da atividade física (28),
- Contudo, o efeito mais benéfico da suplementação com cromo está relacionado aos fatores de risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes, que estão associados à obesidade.
- Uma vez que o cromo atua aumentando a sensibilidade dos receptores celulares de insulina, este mineral pode favorecer a homeostase de indivíduos diabéticos não insulino-dependentes.
Além disso, o cromo por mecanismos ainda não descritos completamente na literatura parece melhorar o perfil lipídico desses mesmos indivíduos, diminuindo o risco de patologias coronarianas. Todavia, esses mesmos efeitos atribuídos ao cromo são observados e já comprovados quando o indivíduo está engajado em alguma prática de atividade física regular, pois alguns dos benefícios fisiológicos do exercício per se é o de aumentar a sensibilidade à insulina, diminuir as concentrações plasmáticas de colesterol, triacilgliceróis e lipoproteínas de baixa densidade circulantes, aumentar a concentração plasmática de lipoproteínas de alta densidade, diminuir a massa corporal e o conteúdo de gordura e aumentar a massa muscular.
- Não se esclarece na literatura ainda se o cromo auxilia na promoção desses efeitos ou mesmo se os torna mais potentes.
- Cautelas relacionadas à suplementação com cromo O Cr 3+ não é a forma mais tóxica encontrada, porém esta forma é tóxica ao organismo quando ingerida em dosagens extremamente elevadas.
Contudo, os graves problemas relacionados à intoxicação com cromo se referem ao Cr 6+, que, normalmente, é inalado em ambientes industriais e pode causar ulceração do septo nasal, inflamação da mucosa nasal, bronquite crônica e enfisema (39), Uma possível contra-indicação da ingestão de altas doses de Cr 3+ para o organismo refere-se ao prejuízo no estado nutricional relativo ao ferro, devido ao fato de o cromo competir com o ferro pela ligação com a transferrina, proteína responsável pelo transporte de ferro recém-absorvido (7,40),
Cabe ressaltar que em média apenas 30% da transferrina encontra-se carregada com ferro, sugerindo que essa proteína transporta também outros íons metálicos (41), Contudo, poucos trabalhos foram realizados no intuito de verificar essa condição e não existem evidências científicas significativas de que esse fato realmente ocorra.
Por outro lado, uma vez que o cromo compete com o ferro pela ligação na transferrina, verifica-se que o excesso de saturação de ferro nessa proteína como ocorre na hemocromatose compromete o transporte de cromo, ao mesmo tempo em que diminui a retenção de Cr 3+ em pacientes com hemocromatose (42),
Além disso, o cromo é transportado pela albumina, globulinas e, possivelmente, lipoproteínas (2), disponibilizando os sítios de ligação da transferrina para o ferro quando a demanda deste último for maior. A partir de 21 estudos clínicos randomizados descritos em uma recente metanálise (43) , nos quais indivíduos saudáveis e pacientes com diabetes tipo 2 receberam entre 10,8 e 1.000µg de cromo por dia durante 28 dias a 16 meses, não foi observada qualquer evidência de efeito tóxico decorrente da suplementação de cromo.
Todavia, outros estudos têm relatado efeitos prejudiciais da suplementação com cromo, tais como distúrbios do sono, alterações de humor, dores de cabeça, aumento da excreção de minerais-traços e alteração do metabolismo do ferro (44,45), Em um estudo (46) foi observado que a suplementação com cromo (3,3-3,5µmol como cloreto de cromo ou picolinato de cromo) durante oito semanas resultou em diminuição não significativa na saturação da transferrina, a qual foi maior para o grupo suplementado com picolinato de cromo em comparação com o grupo suplementado com cloreto de cromo.
- Esse fato pode ter ocorrido devido ao cromo competir com o ferro pela ligação à transferrina, o que pode predispor o indivíduo à deficiência de ferro.
- CONCLUSÕES O uso do cromo em pacientes diabéticos tipo 2 associado ou não a programas de treinamento físico Estudos realizados com indivíduos não diabéticos não demonstram associação entre a ingestão de cromo e as concentrações de glicose e insulina.
Além disso, a maior parte dos estudos com pacientes diabéticos tipo 2 e a suplementação com cromo é inconclusiva em relação à redução da glicemia e insulinemia. A deficiência de cromo parece provocar quadros de intolerância à glicose, assim como sua maior disponibilidade aumenta a sensibilidade à insulina e diminui a concentração de lipoproteínas de baixa densidade na circulação, favorecendo o controle do diabetes tipo 2.
O uso do cromo por esportistas Tanto o exercício físico quanto a ingestão de açúcares podem aumentar a excreção urinária de cromo; contudo, se esses fatos induzem a uma deficiência de cromo ou se atletas são capazes de aumentar a eficiência ou a retenção do cromo no organismo isso é ainda desconhecido.
Cabe ressaltar que não existem evidências científicas para concluir que a suplementação com cromo altere significativamente a composição corporal. A suplementação com cromo, possivelmente, atua como um fator adicional ao exercício físico na melhora dos quadros de resistência à insulina, mas ainda poucos estudos específicos se encontram na literatura que avaliam a ação conjunta do exercício físico e da suplementação de cromo sobre a sensibilidade à insulina.
Porque o cromo emagrece?
Perda de peso – O Picolinato de Cromo potencializa a ação da insulina, que é o hormônio que aumenta a utilização de carboidratos e gorduras pelas células e as transforma em energia. Sendo assim, a glicose consegue ser melhor aproveitada e não se acumula em forma de gordura nos tecidos.
Pode tomar cromo todos os dias?
Como tomar – O picolinato de cromo deve ser tomado por via oral, com um copo de água, de preferência antes de uma das refeições principais. A dose normalmente recomendada é de 1 cápsula por dia, devendo a duração do tratamento ser indicada pelo profissional de saúde.
Qual efeito colateral do cromo?
Os efeitos colaterais mais comuns da suplementação de Picolinato de Cromo são dor de cabeça, insônia, diarreia, náusea, dor de estomago, vômitos, problemas no fígado e anemia. Entretanto, vale dizer que o suplemento de Picolinato de Cromo é, no geral, bem tolerado, e que os efeitos colaterais são poucos frequentes.
É bom tomar cromo?
Por que cromo emagrece? – O cromo ajuda a emagrecer pois faz com que o organismo utilize mais carboidratos como fonte de energia e absorva mais proteínas, ajudando na redução da glicemia, ganho de massa muscular e perda de peso, principalmente na região abdominal. Além disso, ele auxilia na diminuição da vontade de comer doces e aumenta a saciedade.
Quem deve tomar cromo?
O Picolinato de Cromo é indicado para atletas e praticantes de atividades físicas que desejam melhorar o desempenho e a performance, ajudando no aumento da massa muscular, na redução da gordura corporal, no desenvolvimento da musculatura e na obtenção de energia.
Qual o melhor horário para tomar o cromo?
Alimentos e Bebidas Bem Estar Casa e Decoração Especiais da Lu Estilo de Vida Tecnologia Conheça esse suplemento que ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue Emagrecimento Atualizado em 14 Jun 12 2 min de leitura Pra quem tá querendo queimar aqueles quilinhos a mais, nem sempre fazer uma dieta e exercícios é o suficiente, né? Por isso, acrescentar alguns suplementos à sua alimentação pode ser uma boa ideia! E o picolinato de cromo, por exemplo, além de ajudar a eliminar as gordurinhas, também é ótimo pra abaixar o nível de açúcar do sangue, sabia? Não? Então vem comigo: O que é o picolinato de cromo Gente o cromo é um componente natural presente em carnes e legumes.
- Ele ajuda a potencializar o efeito da insulina que o corpo produz pra levar o açúcar do sangue e as células possam convertê-lo em energia pro metabolismo funcionar.
- Quando sintetizado com o picolinato, que é uma espécie de mineral, o corpo absorve o cromo muito mais rápido, por isso que muitos profissionais recomendam o picolinato de cromo pra quem tem diabetes.
Mas não é só isso que ele faz de bom pro organismo, viu? Dá só uma olhada nas outras vantagens desse suplemento: Benefícios do picolinato de cromo Além de ajudar a controlar o nível de açúcar no sangue, o picolinato de cromo ajuda a acelerar o seu metabolismo, o que é ótimo pra quem precisa emagrecer.
- Outra vantagem é que ele diminui o apetite, dando uma sensação de saciedade por mais tempo depois que você comer.
- Legal! Outra coisa bem interessante é que o picolinato de cromo ajuda na recuperação muscular.
- Ou seja, os seus músculos ficam saudáveis bem mais rápido depois daquele treino pesado.
- Como tomar A recomendação é tomar uma cápsula por dia, pelo menos uma hora antes do almoço, e outra antes do jantar.
A dose precisa ser entre 50 a 300 microgramas, tá? E pra quem quer consumir o cromo de maneira natural, dá pra encontrar ele em brócolis, nozes, bife de fígado, ovos, ostra, pimenta verde, espinafre, banana, grãos integrais e vários outros alimentos, que têm mais ou menos 30 microgramas por porção.
Agora, se você é do tipo que faz muitos exercícios na academia, o ideal é adicionar o picolinato de cromo sintetizado na sua dieta, viu? Isso porque ele costuma ser eliminado pelo suor, então pra ter essa substância em equilíbrio no seu organismo, é melhor adicionar algumas cápsulas na dieta. Pros atletas, é indicado aumentar a dose entre 100 e 600 microgramas diários.
Contraindicações Assim como outros suplementos alimentares, o picolinato de cromo precisa ser tomado com precaução, tá? O mais importante é você manter uma dieta balanceada e praticar exercícios, pra que o resultado seja o melhor possível quando você acrescentá-lo à sua alimentação.
Mas atenção: esse suplemento não pode ser usado em excesso, tá? Alguns nutricionistas acreditam que o picolinato de cromo em altas dosagens pode trazer problemas pro rim, dar dores de cabeça e até causar vômitos. O importante é consultar um profissional antes de começar a tomar, tá? Caso seu organismo esteja com falta de cromo, um exame de sangue pode apontar e um médico vai receitar qual a melhor dieta pra você repor tudo.
E aí? Gostou das dicas sobre o picolinato de cromo ? Aqui no Magazine Luiza você encontra os melhores suplementos alimentares pra turbinar a sua dieta.
Quanto tempo leva para o cromo fazer efeito?
Em quanto tempo o Picolinato de Cromo começa fazer efeito? O Picolinato de Cromo pode demorar um período entre 3 semanas a 6 meses para apresentar os resultados esperados.
Quanto de cromo posso tomar por dia?
Alguns estudos e pesquisas cientificas apontam que a duração da suplementação com Picolinato de Cromo depende do objetivo da ingestão. Geralmente, varia de 4 a 6 meses e a dose diária também varia, podendo ser de 25mcg a 1000mcg, sendo o mais recomendado de 50 a 300mcg.
Qual a diferença de Picolinato de Cromo e cromo?
Série Micronutrientes – Qual é a aplicação do cromo na saúde? A diferença entre a forma de apresentação do Cromo pode ser essencial ou tóxica para o organismo O cromo é um mineral-traço encontrado no ambiente em diversas formas, mas principalmente na forma hexavalente, que é tóxica e cujo metabolismo leva a grande produção de espécies reativas de oxigênio, responsáveis por danos no DNA, morte celular e efeitos negativos sobre a saúde, como toxicidade pulmonar, asma brônquica e hepatotoxicidade; e a forma trivalente, mais estável, normalmente encontrada nas plantas, que parece ser cofator de proteínas, além de ser essencial ao metabolismo de carboidratos e lipídeos.
- A participação no metabolismo dos carboidratos é o que dá destaque ao cromo, já que o mineral potencializa a ação da insulina.
- Estudos com pacientes com diabetes tipo 2, obesidade, síndrome do ovário policístico e com HIV demonstraram haver diminuição da resistência à insulina após a suplementação com picolinato de cromo.
No entanto, sociedades médicas da área de diabetes ainda não recomendam a suplementação do mineral como tratamento da doença, além disso, trabalhos mostraram que a suplementação de cromo não proporcionou nenhum efeito positivo em indivíduos eutróficos ou que não apresentavam alteração de glicemia.
O cromo, como composto inorgânico, possui uma absorção baixa, porém na forma de composto orgânico, como nicotinato e picolinato, é melhor absorvido, motivo pelo qual a suplementação ocorre normalmente na forma de picolinato. A taxa de absorção parece ser melhor quando ingerido em quantidades mais baixas, porém ainda não há um consenso na literatura sobre essa recomendação.
Sua absorção de modo geral é de 0,5 a 2,5%, sendo maior na presença de ácido ascórbico e carboidratos complexos. Após a absorção, é transportado pela transferrina, competindo com o ferro pelos sítios de ligação. Assim, em situações de excesso de ferro (hemocromatose) pode haver deficiência de cromo, por este não conseguir se ligar a transferrina.
A suplementação de cromo, no entanto, não afeta o transporte e reserva de ferro. No corpo humano, suas reservas se encontram no fígado, baço, tecido moles e ossos, sendo que a maior parte do cromo consumido é excretada nas fezes sem ser absorvida. A excreção acontece através da urina, sendo mais alta em diabéticos após a administração de insulina.
Estresse, traumas físicos e alta carga de exercício aeróbico também aumentam excreção do mineral. Até o momento, ainda não foram encontradas maneiras adequadas de quantificar o cromo presente nos alimentos e a quantidade usualmente ingerida por dia, mas sabe-se que as suas principais fontes alimentares são: mariscos, ostras, carne, fígado, queijo, grãos integrais, frutas, feijão verde, espinafre e brócolis.
Idade | Homens | Mulheres |
Recém-nascidos | ||
0-6 meses | 0,2 µg/dia | |
7-12meses | 5,5 µg/dia | |
Crianças | ||
1-3 anos | 11 µg/dia | |
4-8 anos | 15 µg/dia | |
9-13 anos | 25 µg/dia | 21 µg/dia |
14-18 anos | 35 µg/dia | 24 µg/dia |
Adultos | ||
19-50 anos | 35 µg/dia | 25 µg/dia |
≥ 51 anos | 30 µg/dia | 20 µg/dia |
Gestantes | ||
≤ 18 anos | — | 29 µg/dia |
≥ 19 anos | — | 30 µg/dia |
Lactantes | ||
≤ 18 anos | — | 44 µg/dia |
≥ 19 anos | — | 45 µg/dia |
COZZOLINO, Silvia M. Franciscato. Biodisponibilidade de nutrientes.5ed. São Paulo: Editora Manole, 2016. VINCENT, John B; LUKASKI, Henry C. Chromium. Advances In Nutrition,, v.9, n.4, p.505-506, 1 jul.2018. Oxford University Press (OUP)., : Série Micronutrientes – Qual é a aplicação do cromo na saúde?
Quanto tempo posso tomar cromo?
Alguns estudos e pesquisas cientificas apontam que a duração da suplementação com Picolinato de Cromo depende do objetivo da ingestão. Geralmente, varia de 4 a 6 meses e a dose diária também varia, podendo ser de 25mcg a 1000mcg, sendo o mais recomendado de 50 a 300mcg.
Pode beber tomando cromo?
Picolinato de cromo: para que serve, como tomar aqui | Growth Muitas pessoas se perguntam sobre o picolinato de cromo: como tomar? A resposta para essa pergunta é simples. Por ser um suplemento em cápsulas, sua ingestão pode ser feita com a bebida de sua preferência, contanto que não seja alcoólica. Dessa forma, é possível ter uma flexibilidade maior no momento de acrescentá-lo à sua,
Além disso, é possível encontrar o picolinato de cromo naturalmente em diversos alimentos, entre eles ameixa, carnes, vegetais, cogumelos e aspargos, por exemplo. No entanto, devido ao fato de muitas pessoas não conseguirem obter as quantidades ideais de picolinato de cromo por meio da alimentação, é recomendado o consumo do suplemento.
E lembre-se de sempre consultar um profissional da área da saúde antes de acrescentar à sua dieta. Você sabe o que é picolinato de cromo? O picolinato de cromo é um mineral extremamente importante para o organismo. Oferecendo diversos benefícios ao corpo, ele pode contribuir até mesmo para a vida de quem deseja, Além disso, o picolinato de cromo é capaz de atuar no controle da insulina no sangue, contribuindo para o tratamento daqueles que possuem diabetes tipo 2². Os benefícios do picolinato de cromo no organismo são diversos. Podendo atuar até mesmo no metabolismo dos no corpo, ele pode melhorar e controlar os níveis de glicose no sangue e ajudar no ganho de massa muscular. Além disso, o consumo dele também influencia na redução dos riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Somente na Growth Supplements você tem acesso a suplementos de qualidade, e pelo melhor preço. Lembrando sempre da necessidade do acompanhamento com um profissional, e pela preocupação da Growth Supplements com seus clientes, existe um bônus para os que nos escolhem.
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Qual é o alimento mais rico em cromo?
Os principais alimentos fontes de cromo pelos atletas foram carne bovina, peixe, arroz, achocolatado em pó, pães, feijão e suco de laranja. Os grupos alimentares que mais contiveram alimentos fontes de Cr consumidos pelos atletas foram as leguminosas, seguido do grupo dos cárneos, cereais e derivados.
O que é cromo no intestino?
Doenas Inflamatrias Intestinais – Doena de Crohn |
Definio |
A Doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal (DII) que se caracteriza pelo desenvolvimento de um processo inflamatório de natureza transmural, que possui distribuição segmentar ao longo de todo o tubo digestivo, e que acomete principalmente a região do íleo terminal e freqüentemente a região perianal. Quando situada no colo, a afeco tem sido comumente denominada colite granulomatosa, |
Incidncia |
O estudo da real incidência da DC na população possui alguns óbices difíceis de serem contornados. O principal deles talvez seja a grande semelhança e por vezes indistinção que alguns casos da doença possuem em relação à Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI), apesar das tentativas clínicas e laboratoriais exaustivas em diferenciá-las. A grande prevalência de diarréia infecciosa na população de países com sistemas de saúde precários e a dificuldade operacional e logística de levantamento de dados estatísticos confiáveis observada em países em desenvolvimento são óbices adicionais de importância. Durante as duas ltimas dcadas e meia, a DC do intestino grosso tem sido cada vez mais diagnosticada, mas este fato provavelmente no reflete um aumento na incidncia da afeco neste segmento do tubo intestinal, mas sim uma melhora dos recursos diagnsticos de que se dispe para diferen-la da RCUI. No parecem influir na epidemiologia da DC fatores socioeconmicos. Fatores Genticos A DC mais comumente encontrada em irmos de pacientes portadores de DC do que na populao geral. J se atribuiu um risco 17 a 35 vezes maior da DC se desenvolver em irmos de pacientes com a afeco do que na populao geral. Atualmente considera-se que esta caracterstica gentica muito mais marcante para a DC do que para a RCUI. Na Sucia, verificou-se que 8 de 18 duplas de gmeos monozigotos apresentaram concomitantemente DC, ao passo que apenas uma dupla em 16 de gmeos monozigotos apresentou RCUI. Apesar de tais nmeros impressionantes em relao DC, o ndice de concordncia da doena, mesmo em gmeos homozigotos significativamente menor do que 100%. Isto aponta para a importncia de outros fatores na tendncia de desenvolver a DC que indivduos geneticamente propensos possuem. As chances de marido e mulher, sem laos de consanginidade, desenvolverem DC muito maior do que as chances de apresentarem RCUI, provavelmente apontando para o fato de que a doena possa ter a mesma origem exgena. Importância Geográfica A DC é comumente observada nas populações que habitam o noroeste da Europa e a América do Norte, sendo muito menos descrita nos países mediterrâneos. É incomum na maior parte da África, Ásia e América do Sul, sendo mais descrita, nestas regiões, em países cuja colonização foi britânica ou nórdica. No Reino Unido, diversos estudos apontam para uma incidência que varia entre 0,3 a 5,3 casos novos da doença por 100.000 habitantes por ano e uma prevalência de 9 a 56 casos da doença por 100.000 habitantes, em diversas regiões das ilhas. Na América do Norte, da mesma forma, a incidência da afecção varia entre 0,7 e 6,6/100.000, enquanto que a prevalência de 6,3 a 106/100.000. Sexo e Idade A DC costumava apresentar uma tendncia de afetar ligeiramente mais mulheres do que homens, numa proporo de 3:2, mas ultimamente vem sendo descrita em proporo idntica em ambos os sexos. Pode ser encontrada em qualquer faixa etria, mas a grande maioria dos casos so observados entre os 15 e 35 anos de idade. Diferenas tnicas Nos EUA, a DC incide menos em indivduos da raa negra do que em caucasianos. Judeus so notoriamente mais propensos a desenvolver a doena do que os gentios nos locais onde geograficamente a afeco mais encontrada. Em Israel, no entanto, a DC menos comum do que nas populaes brancas dos EUA e Noroeste Europeu. Judeus Ashkenazi residentes em Israel tm uma proporo maior de desenvolver a DC caso tenham nascido nos EUA ou na Europa. O inverso ocorre com judeus autctones ou no-Ashkenazi em Israel. Parece ento que os judeus que apresentam maior suscetibilidade para a DC possuem-na mais por razes ambientais do que genticas. Diferenas Urbanas e Rurais A DC foi descrita como sendo mais comum em indivduos que moram em cidades do que nos que vivem em ambiente rural. Para doentes com RCUI, este quesito no exerce tanta influncia. H estudos multicntricos em andamento procurando aclarar tal tendncia epidemiolgica. Dieta Parece que indivduos que costumam ingerir dietas pobre em fibras e rica em acar refinado esto mais propensos a desenvolver a DC. Tabagismo Embora inicialmente se achasse que o tabagismo expusesse pacientes geneticamente propensos a desenvolver a DC a um maior risco de express-la, hoje aceita-se que o vcio no influi na manifestao da molstia. Curva Ascendente da Incidncia Tem-se observado nos ltimos 50 anos uma tendncia aumentada para o aparecimento de casos novos diagnosticados tanto de DC quanto de RCUI em pases onde estas DII mais incidem (Reino Unido, pases nrdicos e Amrica do Norte). Mas, aparentemente, esta curva ascendente chegou a um patamar na dcada de 80 e estabilizou-se. |
Patologia |
Macroscopia A DC caracteriza-se por sua distribuio segmentar (as leses em salto – skip lesions ), o acometimento freqente do leo terminal e a presena usual de complicaes perianais, mesmo estando o reto preservado. Da mesma forma, o comprometimento inflamatrio da afeco transmural, com fissuras profundas que comumente perfuram a parede intestinal e penetram em estruturas adjacentes, causando abscessos e fstulas. laparotomia de um caso suspeito de DC, o segmento intestinal comprometido pode ser caracteristicamente reconhecido pela presena de hiperemia serosa com vasocongesto subserosa, edema acentuado e rigidez parietal (conferindo o aspecto de mangueira ao segmento enrijecido), pela presena do abrao mesentrico (gordura mesentrica) e pela linfadenomegalia mesentrica satlite. ( Figura 1 ) A abertura da luz de um espcime excisado de DC revela um marcado espessamento da parede intestinal e o aspecto de pedras de calamento ( cobblestone – pedras de calamento naturalmente arredondadas usadas na pavimentao de ruas inglesas – Figura 2 ) da mucosa com ulceraes lineares extensas de permeio ( link 1, link 2 ). Microscopia Por ser uma doena panentrica (pode comprometer todo o tubo digestivo, da boca ao nus), aspectos histopatolgicos da DC podem ser surpreendidos em bipsias teciduais retiradas de locais remotamente situados em relao ao segmento comprometido pela doena. Os principais achados microscpicos da DC so a presena de granulomas de clulas gigantes de Langhans no-caseosos (considerado sinal microscpico patognomnico da DC, mas nem sempre encontrado nos espcimes acometidos pela doena) ( link 3 ), microabscessos, fissuras, um infiltrado celular inflamatrio crnico, hiperplasia linfide, edema e fibrose. Critrios Diagnsticos Histolgicos da Colite Granulomatosa Maiores 1. Granulomas de clulas gigantes intramurais ou nos linfonodos regionais; 2. Fissuras ou fstulas intramurais; 3. Inflamao mononuclear transmural; 4. Fibrose transmural. Menores 1. Linfangiectasia submucosa; 2. Serosite crnica em casos previamente operados; 3. Espessamento da parede muscular (maior do que 2 X o normal); 4. Comprometimento segmentar. Muito embora os achados macro e microscpicos da DC estejam bem descritos e estudados, em aproximadamente 10 a 15% dos casos pode ser muito difcil diferenar de forma absolutamente inequvoca a DC da RCUI ( Tabela 1 ). O termo colite indeterminada tem sido empregado para pacientes nos quais um diagnstico patolgico definitivo no pode ser realizado. |
Etiologia |
Assim como na RCUI, a etiologia da DC ainda obscura. A hiptese etiolgica mais debatida da DC a de que ela seria causada por um agente infeccioso. Entretanto, um agente infeccioso especfico no foi ainda demonstrado como causador de todos os casos de DC. possvel que agentes diferentes possam provocar o surgimento da afeco (dois dos mais estudados so o Mycobacterium paratuberculosis e o vrus do sarampo). Algo bem determinado atualmente o fato de que, seja qual for o agente agressor, a mucosa intestinal de doentes com DII no possui a capacidade de responder adequadamente a agresses ao combat-las. Sendo assim, a hiptese em voga atualmente de que a DC seria causada por um agente infeccioso que agride indivduos imunolgica ou geneticamente suscetveis. |
Quadro Clnico |
As manifestaes clnicas da DC so resultado da inflamao crnica transmural que se desenvolve no tubo digestivo. leo Terminal Sendo o leo terminal o local de comprometimento mais comum da doena (50 a 75% dos casos da afeco), normalmente pacientes com doena predominante neste local apresentam dor abdominal em clica, hiperestesia localizada na fossa ilaca direita, perda de peso e alterao do hbito intestinal (diarria e/ou constipao). Anemia e baqueteamento digital so achados comuns nestes doentes. A doena, em sua fase inflamatria ativa, causa anorexia, mal-estar (com febrcula) e diarria (tipicamente desprovida de sangue e de menos de 6 deposies dirias). Com a estenose que se desenvolve mais tardiamente, os sintomas passam a ser principalmente obstrutivos. Febre alta e sinais de irritao peritoneal na fossa ilaca direita, com massa dolorosa e palpvel na regio podem ser causa de confuso com a apendicite aguda, e so encontrados em pacientes com supuraes periileais (abscessos e fstulas locais). Sintomas urinrios nestes pacientes podem ser causados pela presena de fstula ileovesical. Tambm podem ser observadas fstulas enterocutneas de aparecimento espontneo ou aps a drenagem de um abscesso. Intestino Grosso Em geral a DC que compromete o colo est associada a doena presente tambm no leo terminal, em continuidade ou no. A doena pode comprometer difusamente o intestino grosso, mas sua manifestao segmentar mais comum. O reto costuma estar preservado, mesmo na presena de complicaes perianais. A colite granulomatosa (como conhecida a DC clica) caracteriza-se pela trade diarria persistente, perda de peso e dor abdominal. A diarria no to intensa quanto a observada na RCUI, no costumando ser disentrica. A dor abdominal, em geral, deve-se a fenmenos obstrutivos, mas pode-se dever a complicaes supurativas (abscessos e fstulas) da doena ileoclica. O megacolo txico pode complicar a colite granulomatosa em cerca de 8% dos casos e seus sintomas so idnticos aos observados na RCUI. Caracteristicamente, costuma ocorrer em pacientes cuja histria da doena no longa e nos em que o reto est preservado. Pacientes mais idosos costumam apresentar uma forma de colite granulomatosa segmentar difcil de ser diferenada da doena diverticular complicada, mas a presena de doena perianal e de complicaes locais do tipo abscesso periclico e fstula estercoral pode chamar a ateno para a etiologia granulomatosa da afeco. Regio Perianal Complicaes perianais (primrias: fissuras anais, plicomas anais, lceras anais; e secundrias: abscessos e fstulas anorretais, estenoses e fstulas anovaginais ou retovaginais, e cncer anorretal), em geral remotamente situadas em relao ao stio principal da doena, so um achado freqente da DC. As fissuras anais em geral so indolores e fazem-se acompanhar de plicoma sentinela e comumente de uma pequena fstula associada (fissura fistulizada). Os plicomas cutneos em geral so mltiplos e exuberantes e se devem a linfedema do tecido celular subcutneo. As lceras anais so feridas irregulares da regio orificial e do canal anal que escavam a musculatura esfinctrica, estendendo-se at acima da regio pectnea e comumente at o reto. So muito dolorosas e invariavelmente complicam-se com fenmenos supurativos e podem evoluir para estenose anal. Grandes destruies teciduais podem levar incontinncia. As fstulas anorretais e os abscessos da DC costumam ser atpicos e complexos, no respeitando planos teciduais. Fstulas anovaginais e retovaginais podem ocorrer em cerca de 3,5 a 20% dos pacientes com DC perianal. As estenoses anorretais no so muito freqentes na DC. Podem ser de dois tipos principais: curtas, na altura da regio pectnea, ou mais extensas, no reto baixo. Os sintomas obstrutivos podem variar bastante em intensidade, podendo ser graves o bastante para justificar a proctectomia como tratamento. O cncer anorretal, como complicao da DC perianal, normalmente apresenta-se sob a forma de uma fstula perianal persistente cuja bipsia revela a neoplasia. Num segundo grupo menos freqente de pacientes, o cncer pode aparecer como complicao de uma estenose anal. Outros Locais de Manifestao da DC Casos de DC j foram descritos comprometendo outros locais do tubo digestivo, como a cavidade oral, o esfago, o estmago, o duodeno e o jejuno. J foram descritos tambm stios cutneos de comprometimento da doena (bipsias positivas para a DC), tais como a pele da regio submamria, do umbigo, da bolsa escrotal, do prepcio e da vulva, sendo este tipo de manifestao da doena chamado de DC metasttica. As manifestaes extraintestinais mais comumente observadas da DC so: poliartrite simtrica migratria, espondilite anquilosante e periostite difusa; eritema nodoso, pioderma gangrenoso e psorase; uvete, ceratite, epiesclerite e conjuntivite; baqueteamento digital; amiloidose; obstruo ureteral e clculos urinrios. Fstulas entero(colo)urinrias, lcera pptica, pericolangite, colelitase e colangite esclerosante so complicaes adicionalmente descritas em relao DC. A colelitase advm como complicao do comprometimento ileal da DC ou no ps-operatrio de excises do leo terminal para tratamento da doena. |
Diagnstico |
O diagnstico de DC, diante de um paciente com um quadro clnico suspeito, em geral confirmado com o estudo radiolgico do abdome e do intestino. Rx simples Radiografias simples do abdome so importantes para avaliar o grau de dilatao presente em casos de megacolo txico e para analisar em que regio podem estar ocorrendo fenmenos obstrutivos na DC. Rx contrastado ( link 4, link 5 ) Radiografias contrastadas, por outro lado, possibilitam uma melhor definio do padro mucoso gastrintestinal. Como o stio em que a doena mais comumente se assenta o leo terminal, o estudo radiolgico do trnsito intestinal com contraste baritado simples ou o pneumocolo peroral (contraste baritado pela via oral, seguido da injeo de ar pelo reto quando o contraste alcana a regio do leo terminal) so exames que definem bem a extenso das leses que comprometem a regio. Para comprometimentos mais proximais no tubo intestinal, o enema do intestino delgado (enteroclise com duplo contraste – brio e ar ou metilcelulose) o exame de escolha para definir a distribuio da doena no intestino delgado, particularmente leses segmentares, estenoses e fstulas mais proximais. extremamente til para diferenar entre leses de DC e leses devido a isquemia, linfoma ou outras neoplasias. Para leses clicas da DC, o exame radiolgico a ser usado, com cuidado, o enema opaco. A melhor tcnica a ser empregada a de duplo contraste (brio e ar), que define melhor as leses mucosas da DC. Para pacientes com estado geral muito comprometido, o enema opaco simples (apenas brio, sem insuflao area) prefervel a fim de evitar o desenvolvimento do megacolo txico ou de perfurao clica. Tomografia computadorizada (TC) do abdome A TC exame adjunto importante na deteco de complicaes da DC, tais como abscessos e fstulas. superior neste aspecto ressonncia nuclear magntica (RNM). A RNM, no entanto, define melhor leses plvicas, tais como abscessos isquiorretais, ou relaciona com maior definio a presena de fstulas em relao musculatura levantadora. Ultra-sonografia A ultra-sonografia do abdome no exame de importncia do diagnstico de doenas inflamatrias intestinais a no ser para afastar a presena de apendicite aguda, abscesso tubo-ovariano, prenhez ectpica e doena inflamatria plvica. Endoscopia na DC A colonoscopia pode ser de muita valia no diagnstico de DC, mas encerra riscos elevados por poder provocar exacerbao da colite, perfurao, megacolo txico e peritonite em pacientes debilitados. Est indicada quando o quadro radiolgico no definiu com certeza o tipo de doena inflamatria intestinal apresentada pelo paciente, quando h suspeita de neoplasia associada (para a retirada de bipsias), no seguimento ps-operatrio de pacientes tratados (para acompanhamento de recidivas inflamatrias), para o escrutnio de leses displsicas graves e como adjunto teraputico (dilataes endoscpicas pneumticas de estenoses benignas, descompresso do megacolo txico, interrupo de vasos sangrantes e selamento de orifcios fistulosos). Vide na Tabela 2 os achados endoscpicos que diferem a DC da RCUI. A ileoscopia (introduo retrgrada do colonoscpio no leo terminal) deve ser tentada (e normalmente consegue ser obtida) em todos os pacientes com suspeita de apresentar DC. Mesmo diante de um leo terminal endoscopicamente normal, bipsias da regio devem ser feitas, pois os achados histopatolgicos podem definir o diagnstico. Na colonoscopia, bipsias de mucosa aparentemente normal tambm podem definir melhor a extenso da doena. ( link 6, link 7, link 8, link 9 ) Outros exames endoscpicos A endo-sonografia (ultra-sonografia endoscpica) pode ajudar na definio de complicaes anais da DC, tais como abscessos e fstulas, tendo sido considerada de mais valia do que a TC. A endoscopia digestiva alta pode ser de valia no diagnstico da DC do esfago, estmago, duodeno e jejuno proximal. Em casos suspeitos de colangite esclerosante, a colangiopancreatografia retrgrada endoscpica fundamental no diagnstico e, muitas vezes, no tratamento da complicao. Avaliao clnico-laboratorial da atividade da DC A verificao do VHS correlaciona-se melhor com a presena de atividade da doena no colo do que no intestino delgado. A protena C-reativa correlaciona-se com a presena de DC em atividade, assim como a deteco do receptor solvel da IL-2 (isoleucina-2). Uma outra forma de acompanhar a atividade da DC mediante a dosagem de marcadores fecais de perda protica, tais como a alfa 1 -antitripsina fecal, protenas sricas marcadas com o cromo 51, ou leuccitos marcados com o ndio 111, A deteco por meio de medicina nuclear de granulcitos autlogos rdio-marcados reinjetados no indivduo podem gerar imagens de reas comprometidas pelo processo inflamatrio e um exame que tem sido utilizado em pacientes muito debilitados que no podem ser submetidos a exames radiolgicos ou endoscpicos mais invasivos. O exame, no entanto, no d pistas quanto intensidade dos achados inflamatrios. |
Diagnstico Diferencial |
A DC do intestino delgado deve ser diferenada da apendicite aguda, diverticulite cecal, abscesso tubo-ovariano, doena inflamatria plvica, prenhez ectpica, cistos e tumores ovarianos, endometriose, carcinoma cecal, carcinide ileal, linfossarcoma do jejuno, leo e ceco, cncer metasttico, ilete isqumica de mulheres que ingerem contraceptivos orais, vasculites sistmicas (poliarterite nodosa, lupus eritematoso sistmico, artrite reumatide, esclerose sistmica progressiva, angete necrosante, crioglobulinemia essencial mista e dermatomiosite), doena de Behcet, enterite actnica, infeces e infestaes intestinais (tuberculose ileocecal, amebase com ameboma, Yersinia enterocolitica, Mycobacterium avium – intracellulare, Citomegalovirus ), jejunoilete ulcerativa crnica no-granulomatosa, gastroenterite eosinoflica e amiloidose. Diagnstico radiolgico diferencial entre DC e RCUI Pode-se diferenar em 95% dos casos a DC da RCUI pela anlise de radiografias realizadas para estudar que tipo de doena inflamatria intestinal o paciente est apresentando. S o estudo da distribuio da doena j pode definir diante de que afeco se est. A RCUI uma doena contnua que se propaga retrgrada e simetricamente, a partir da juno anorretal para segmentos clicos proximais, numa maior ou menor extenso. Por outro lado, a DC se caracteriza por seu carter segmentar (descontnuo), assimtrico e focal. O reto normalmente no est afetado na DC, ao passo que o leo terminal est em 85% dos pacientes com a afeco. No intestino delgado, so sinais radiolgicos iniciais da DC: distribuo grosseira do padro viloso da mucosa, espessamento de pregas intestinais e lceras aftides. As ulceraes comumente esto situadas na borda mesentrica da ala comprometida, enquanto que a borda antimesentrica pode demonstrar redundncia e saculaes. O aspecto em pedra de calamento ( cobblestone ) normalmente mais observado no intestino delgado. Em casos mais adiantados da DC podem-se observar estenoses, fstulas, massas inflamatrias e abscessos. O sinal do cordo ( string sign ) representativo de extensas reas de inflamao e fibrose circunferencial com estenose luminar. Os achados radiolgicos da colite granulomatosa podem ser apreciados na Tabela 1, |
Tratamento |
Cerca de 70% dos pacientes com DC necessitaro de alguma forma de tratamento cirrgico ao longo de sua vida. Mas, como esta modalidade teraputica no confere cura doena, o tratamento clnico se impe na tentativa de evit-la, muito embora, seus resultados estejam ainda longe de ser completamente satisfatrios. CLNICO As drogas utilizadas no tratamento clnico da DC so, em sua grande maioria, as mesmas empregadas no controle clnico da RCUI (vide Mdulo VIII ), com as seguintes alteraes: Aminossalicilatos Os aminossalicilatos demonstram eficincia na DC em doses superiores a 3 g por dia. Corticoesterides A budesonida, no tratamento da DC ileal e do colo direito administrada, pela via oral, na dose de 9 mg por dia por 8 semanas na vigncia de crises de ileocolite, sendo diminuda para 6 mg por dia por mais 8 semanas como dose de manuteno. apresentada em cpsulas de liberao controlada ileal contendo 3 mg da substncia ativa. Pacientes com doena tambm presente no colo esquerdo devem fazer uso do preparado na forma de enema que contm 2 g de budesonida. Preconiza-se uma a duas administraes ao dia como enemas de reteno. Imunossupressores Metotrexate O metotrexate inibe a produo de cido flico e possui efeitos antiinflamatrios e imunomoduladores. Parece apresentar efeitos benficos em pacientes com DC quando administrado na dose de 25 mg/semana pela via parenteral (IM). Possui efeitos colaterais considerados menos graves do que os apresentados pela azatioprina e 6-mercaptopurina. Tacrolismus O tacrolismus (FK-506, Prograf) um antibitico macroldeo 50 a 100 vezes mais potente do que a ciclosporina A. Possui um rpido incio de ao e tornou-se a droga de eleio para pacientes que apresentam rejeio aps o transplante de rgos slidos. Possui um mecanismo de ao semelhante ao da ciclosporina A ao inibir a transcrio da isoleucina-2 pelas clulas T-auxiliares ( T-helper ). Quando utilizado em conjunto com a azatioprina ou a 6-mercaptopurina, na dose de 0,15 a 0,31 mg/kg/dia, em pacientes com DC refratria, os resultados foram animadores. Micofenolato de Mofetil O micofenolato de mofetil um inibidor da sntese da purina que possui um potente efeito imunossupressor. Na dose de 2g/dia, particularmente em pacientes com DC que no toleraram ou responderam ao tratamento com a azatioprina ou a 6-mercaptopurina, apresentou resultados animadores. responsvel por menos efeitos colaterais do que as outras drogas imunossupressoras. Antibiticos Metronidazol Credita-se ao metronidazol efeitos antiinflamatrios e imunossupressores alm de sua ao antimicrobiana, sendo por isso utilizado na DC. utilizado principalmente diante de doena complicada por abscessos e fstulas e em pacientes com complicaes perianais da DC. A dose preconizada de 20 mg/kg/dia. responsvel por efeitos colaterais que podem demandar a suspenso da droga. Ornidazol Novo composto nitroimidazlico que vem sendo usado na preveno da recidiva ps-operatria da DC. A dose recomendada de 1 g/dia. Parece ser responsvel por menos efeitos colaterais do que o metronidazol, mas os resultados atuais ainda no so definitivos. Ciprofloxacina A ciprofloxacina e outros antibiticos de amplo espectro de cobertura antibitica vm sendo usados em pacientes intolerantes ou que no responderam ao metronidazol. Tem sido empregada na dose de 1 a 1,5 g/dia. Muito embora os resultados sejam satisfatrios com o emprego da droga, o ndice de recidiva da DC aps a suspenso do tratamento elevado. Terapia Biolgica Infliximab O fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa) uma potente citocina pr-inflamatria que tem sido responsabilizada pelo desencadeamento de inflamao intestinal em pacientes com DC. O infliximab um anticorpo quimrico (75% humano, 25% camundongo) anti-TNF-alfa. Na dose de 5 mg/kg, por meio de infuso endovenosa, o infliximab tem mostrado ser eficiente em induzir melhora clnica e endoscpica em pacientes com DC ativa, de moderada a grave, na luz intestinal. Da mesma forma, na mesma dose, a cada 8 semanas, o infliximab tem sido responsvel pela manuteno do estado de remisso clnica em pacientes com DC crnica. Mas, 8 a 12 semanas aps cessado o tratamento com infliximab, os sintomas da DC costumam recidivar. Sua administrao conjunta com imunossupressores parece prolongar o perodo de remisso de sintomas da doena. O infliximab tambm demonstrou ser eficiente na cicatrizao de fstulas enterocutneas e perianais de pacientes com DC. A droga no parece ser eficiente no tratamento de estenoses da DC. O surgimento de linfoma em dois pacientes com DC tratados com o infliximab coloca a droga como ainda merecedora de maiores estudos a fim de que sua real posio no armamentrio teraputico da doena seja estabelecida. CDP571 O CDP571 um anticorpo IgG4 monoclonal humanizado anti-TNF-alfa que tem demonstrado efeitos satisfatrios em pacientes com DC ativa e em pacientes com fstulas refratrias, na dose de 5 mg/kg. droga nova e ainda sua utilizao na DC est para ser determinada. Talidomida Conhecida por seu efeito teratognico, a talidomida tem sido investigada em pacientes com DC devido sua capacidade de inibir a produo do TNF-alfa, ao acelerar a destruio do RNA mensageiro do TNF-alfa. A dose ainda no foi estabelecida e tem variado de 50 a 300 mg/dia. Outras Terapias em Investigao O ISIS-2302 (oligonucleosdio obtido por engenharia gentica que inibe a translao do RNAm da molcula-1 de adeso intercelular), a IL-10 (isoleucina-10), a IL-11 recombinante humana, os anticorpos anti-CD 4, a linfaferese e a oxigenioterapia hiperbrica so modalidades teraputicas ainda em investigao. Terapia Nutricional Diferentemente do que ocorrre em relao RCUI, a DC responde satisfatoriamente ao repouso intestinal e nutrio parenteral total (NPT). Dietas elementares orais podem ser usadas em lugar da NPT e podem dar resultados to bons quanto os obtidos com o emprego de corticosterides na doena ativa, mas nenhuma das duas dietas capaz de manter o paciente prolongadamente em fase de remisso clnica. O emprego de leos de peixe contendo cidos graxos mega-3, assim como o emprego de cidos graxos de cadeia curta, ainda precisa de maiores estudos para comprovar sua eficcia. Tratamento de Suporte Pacientes com DC normalmente apresentam exacerbao da diarria aps resseces intestinais devido sndrome do intestino curto. A diarria pode ser tratada ento com difenoxilato ou com loperamida, bem como com colestiramina em pacientes com suspeita de malabsoro de sais biliares (em resseces menores do que 100 cm). Excises intestinais de mais de 100 cm resultam em esteatorria que deve ser tratada com dietas pobres em gorduras. A administrao parenteral de vitamina B 12 pode estar indicada em pacientes com grandes comprometimentos inflamatrios do leo terminal ou que sofreram exciso deste segmento intestinal. CIRRGICO O tratamento cirrgico acaba sendo necessrio em cerca de 85% dos pacientes com DC. Por ser uma doena panentrica, a DC no cirurgicamente curvel. O ndice de recidiva de doena ativa aps intervenes cirrgicas para o tratamento de DC elevado. Sendo assim, o tratamento cirrgico s deve ser empregado em pacientes com DC complicada. No intestino delgado, enterectomias limitadas ao local de maior comprometimento devem ser econmicas e a reconstituio do trnsito deve ser efetuada primariamente com ntero-enterostomias trmino-terminais unindo bocas intestinais que palpao, e macroscopicamente, aparentem normalidade. Se for possvel, melhor praticar a estrituroplastia em vez da exciso segmentar intestinal. Bipsias do local em que a estrituroplastia ser realizada devem ser feitas para afastar a presena de displasia grave e neoplasia. Se, ao exame por congelao, estiverem presentes, o segmento deve ser ento excisado. Caso contrrio, prossegue-se com a estrituroplastia. No intestino grosso, excises segmentares parecem ser seguidas por um nmero maior de recidivas no rgo, dando-se preferncia ento a excises mais amplas (colectomia subtotal). O tratamento cirrgico das complicaes anais da DC, principalmente fstulas e fissuras, deve ser de exceo, uma vez que, com a entrada em fase de remisso, ou aps a exciso de segmentos intestinais remotos doentes, tais leses orificiais podem cicatrizar espontaneamente. Alm do mais, o tratamento cirrgico das leses perianais acompanhado de um ndice elevado de complicaes (recidivas locais mais graves, incontinncia anal). Abscessos, no entanto, devem ser drenados precocemente em associao a antibioticoterapia de cobertura perioperatria. Estenoses anais podem no responder a dilataes digitais ou instrumentais e necessitar de derivao fecal ou proctectomia. |
Prognstico |
Apesar da DC encerrar um risco elevado de recidivas de crises inflamatrias, sabe-se bem que muitos pacientes entram em fase de remisso clnica apenas com placebos e que estes podem ser responsveis por manuteno da remisso em perodos que podem exceder a um ano. Mesmo considerando que at 85% dos pacientes com DC acabaro precisando de tratamento cirrgico em alguma fase de sua doena ao longo de sua vida, e sabendo que uma proporo significativa destes pacientes necessitaro de outras intervenes futuras para controle de doena recidivante, todo esforo deve ser envidado para controlar clinicamente a doena. Risco de Cncer na DC Mesmo sendo baixo o risco absoluto de ocorrncia do cncer do intestino delgado, pacientes com DC possuem cerca de 100 vezes mais chances de desenvolver um adenocarcinoma nesta regio do que indivduos normais, especialmente em regies acometidas h vrios anos pela doena. Sendo assim, deve-se evitar procedimentos cirrgicos de derivao (by-pass) ou estrituroplastias sem bipsia per-operatria quando isto for de todo possvel. Acredita-se atualmente que o risco de transformao maligna na colite granulomatosa seja to elevado quanto o observado na RCUI. Sendo assim, a tendncia atual a de proceder ao seguimento de pacientes de DC procura de sinais precoces de cncer, assim como se faz com a RCUI. O espectro de ser portador de uma doena para a vida inteira exerce efeitos que influem no equilbrio psicossocial do portador da DC, que devem ser relevados pelo mdico assistente e abordados com ateno redobrada e aconselhamento multiprofissional. |
Bibliografia |
1. GOLIGHER, J. – Surgery of the Anus, Rectum and Colon, 5th ed., London, Baillire Tindall, 1984.1186 p.2. GOLIGHER, J. – Cirurgia do nus, Reto e Colo.5.ed. So Paulo, Manole, 1990.1277p.3. KEIGHLEY, M.R.B. & WILLIAMS, N.S. – Surgery of the Anus, Rectum and Colon, London, W.B. Saunders Co. Ltd., 1993, 2448 p.4. KEIGHLEY, M.R.B. & WILLIAMS, N.S. – Cirurgia do nus, Reto e Colo, So Paulo, Editora Manole Ltda., 1998, 2448 p.5. ZUIDEMA, G.D. & CONDON, R.E.- Shackelford’s Surgery of the Alimentary Tract, 3rd. ed., Vol. IV – Colon, Philadelphia, W.B. Saunders Co. Ltd., 1991, 426 p.6. Feldman : Sleisenger & Fordtran’s Gastrointestinal and Liver Disease, Sixth Edition, Copyright 1998 W.B. Saunders Company.7. Goldman : Cecil Textbook of Medicine, 21st ed., Copyright 2000 W.B. Saunders Company.8. COTRAN: Robbins Pathologic Basis of Disease, 6th ed., Copyright 1999 W.B. Saunders Company |
Quem é magro pode tomar picolinato de cromo?
Picolinato de cromo emagrece? – Sim! A ingestão de doses adequadas de picolinato de cromo é utilizada como estratégia de redução da gordura corporal e aumento da massa muscular. Entretanto, ela deve ser combinada com a realização de atividades físicas e uma dieta equilibrada.
Qual a melhor hora de tomar cromo?
Como tomar Picolinato de Cromo? A suplementação com Picolinato de Cromo deve ser tomada via oral, com um copo de água e, preferencialmente, antes das principais refeições. De maneira geral, é recomendada 1 cápsula por dia e a duração do tratamento deve ser recomendada por profissional de saúde de acordo com cada caso.
Quanto tempo leva para o cromo fazer efeito?
Em quanto tempo o Picolinato de Cromo começa fazer efeito? O Picolinato de Cromo pode demorar um período entre 3 semanas a 6 meses para apresentar os resultados esperados.
Quem deve tomar cromo?
O Picolinato de Cromo é indicado para atletas e praticantes de atividades físicas que desejam melhorar o desempenho e a performance, ajudando no aumento da massa muscular, na redução da gordura corporal, no desenvolvimento da musculatura e na obtenção de energia.
Qual é o alimento mais rico em cromo?
Os principais alimentos fontes de cromo pelos atletas foram carne bovina, peixe, arroz, achocolatado em pó, pães, feijão e suco de laranja. Os grupos alimentares que mais contiveram alimentos fontes de Cr consumidos pelos atletas foram as leguminosas, seguido do grupo dos cárneos, cereais e derivados.