Atensina Para Que Serve? - CLT Livre

Atensina Para Que Serve?

Atensina Para Que Serve

Qual o benefício da Atensina?

Atensina é recomendada para o tratamento da pressão alta, podendo ser usada isoladamente ou conjuntamente a outros medicamentos para pressão alta. Atensina atua principalmente sobre o sistema nervoso central, aumentando a largura dos vasos sanguíneos e diminuindo a pressão arterial.

Pode tomar Atensina para dormir?

Neste mês de fevereiro, nós da Casulo fizemos alguns textos a respeito do distúrbio do sono em crianças com TEA. O neuropediatra Thiago Gusmão e a psiquiatra infantil Fernanda Mappa falaram sobre as principais dúvidas envolvendo o assunto e falamos também sobre a higienização do sono.

A pedido nosso, Fernanda Mappa também fez um levantamento a respeito dos principais medicamentos usados para tratar os distúrbios de sono em crianças dentro do espectro autista. Nossa intenção é ajudar os pais a terem mais clareza a respeito de possíveis tratamentos medicamentosos, suas respectivas funções no organismo e para quê são receitados.

Desde já, a drª Fernanda Mappa lembra que a medicação jamais é primeira escolha ou uma escolha isolada e que a parceria da família na criação de um ambiente favorável ao sono da criança é essencial para o desenvolvimento neurológico da mesma. E que tanto o FDA (Food and Drug Administration) quanto a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não possuem nenhuma medicação aprovada para insônia em crianças.

  1. Além disso, deixamos clara a nossa postura da Casulo Comportamento e Saúde contrária a qualquer tipo de automedicação e lembramos que a necessidade ou não do tratamento com medicamentos ou o tipo de medicação usada deve ser discutida com o seu médico.
  2. Melatonina A melatonina é um dos agentes mais comuns recomendados para o tratamento de dificuldades de sono e crianças com TEA.

A melatonina é um hormônio sintetizado principalmente na glândula pineal, com uma função importante na regulação dos ritmos circadianos. Está disponível em diferentes formulações sem receita que variam 1-10 miligramas nos Estados Unidos e Canadá, mas em alguns países, uma receita pode ser necessária.

  • No Brasil, a comercialização de melatonina foi autorizada por ordem judicial em 2017, porém não está registrada na ANVISA como medicamento, daí só pode ser manipulada mediante receita médica.
  • Mais comumente, uma dose de 1-3 mg é recomendada para ser administrada 30-60 min antes da hora de dormir pretendida.

No entanto, se um problema de ritmo circadiano for identificado, uma dose mais baixa (0,5-1 mg) administrada anteriormente (3-4 h antes de dormir) é recomendada. Uma dose eficaz não está relacionada à idade ou peso. A melatonina é geralmente tolerada bastante bem.

A maioria dos estudos publicados até à data não relataram quaisquer preocupações graves de segurança. Apesar de largamente usada nos EUA, como suplemento alimentar, sem necessidade de receita médica, a Academia Americana de Pediatria afirma que “a melatonina parece ser eficaz na redução do tempo para dormir o início em adultos (e, com base em dados consideravelmente menos, em crianças) para insônia inicial.

Este efeito parece durar dias a semanas, mas não a longo prazo. Assim, a melatonina não é recomendada para uso a longo prazo”. Por outro lado, a Australian Sleep Health Foundation afirma que a melatonina “pode beneficiar as crianças que estão se desenvolvendo normalmente, bem como crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, autismo, outras deficiências de desenvolvimento ou deficiência visual”.

  1. Não foram encontradas referências no site da ANVISA sobre o assunto nem mesmo junto a CONITEC (Comissão Nacional de Intercooporação de Tecnologia).
  2. Antipsicóticos: Antipsicóticos típicos, incluindo haloperidol e periciazina (neuleptil®) estão associados a maior incidência de efeitos colaterais extrapiramidais e sonolência diurna.

Antipsicóticos mais novos de segunda geração, incluindo olanzapina, risperidona e quetiapina, têm uma menor propensão para efeitos colaterais extrapiramidais e são geralmente menos sedativo. Existem dados limitados de eficácia e tolerabilidade para o tratamento da insônia em crianças para esta aula de medicação.

Dos atípicos, risperidona e olanzapina foram prescritos para distúrbios do sono em crianças. Estes agentes são prescritos off label para o tratamento da insónia e não são recomendados ser prescritos rotineiramente para esta indicação, e como primeira linha. Em particular, a Academia Canadense de Psiquiatria da Criança e do Adolescente contra indicou seu uso como agente de primeira linha para tratamento de insônia em crianças, adultos ou idosos.

Antidepressivos: Existem dados limitados sobre o uso e eficácia dos antidepressivos de sedação, inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) e antidepressivos tricíclicos, para tratamento de distúrbios do sono em crianças com transtorno do espectro do autismo.

  1. Estes podem ser benéficos se a insônia está associada com transtornos psiquiátricos comórbidos.
  2. A maioria destes antidepressivos suprime o sono REM e resulta em sedação diurna residual.
  3. Anticonvulsivantes: Também os dados são limitados em relação ao uso de anticonvulsivantes no tratamento da insônia neste grupo populacional.

A maioria dos ensaios examinaram irritabilidade e agressão e relataram melhora nesses domínios Agonista Alfa-Adrenérgico Comercializado no Brasil, com o nome de Atensina® tem seu uso amplamente difundido tanto para insônia quanto para agitação psicomotoras.

Poucos são os estudos, sendo dois estudos retrospectivos abertos em crianças e adolescentes (com idades entre 4 e 16 anos) com autismo e distúrbios do neurodesenvolvimento documentaram que a clonidina (faixa de dosagem: 0,05-0,225 mg/dia) melhorou efetivamente a iniciação do sono e a insônia de manutenção com boa tolerabilidade e poucos eventos adversos.

Os efeitos colaterais potenciais da clonidina incluem hipotensão, bradicardia, irritabilidade, boca seca e supressão rem, e sua descontinuação abrupta pode causar hipertensão rebote e rebote REM, mas é geralmente bem tolerada. Anti-Histamínico Na pesquisa enviada aos pediatras (n = 671) pela Academia Americana de Pediatria (AAP), os anti-histamínicos foram encontrados para ser o medicamento sem receita médica mais comumente relatado para distúrbios do sono.

  1. Apesar do uso generalizado de anti-histamínicos, os ensaios clínicos em pacientes com transtorno do espectro do autismo têm sido limitados Benzodiazepínicos Não há ensaios clínicos disponíveis para esta categoria de medicamentos no autismo.
  2. Benzodiazepínicos (BZDs) são freqüentemente prescritos em adultos com insônia.

No entanto, eles são prescritos com menos freqüência na população pediátrica por causa de seu perfil de efeitos colaterais inclui sedação, dores de cabeça, tonturas, comprometimento cognitivo, insônia rebote, e dependência física e comportamental. Houve somente estudos limitados na pediatria, que mostraram a melhoria em desordens de sono com uso de BZDs.

  • Suplementação de Ferro Ferritina do soro, um formulário do armazenamento do ferro (nível abaixo de 50 ng/mL), foi associada com a síndrome agitada dos pés (RLS),
  • Em um estudo retrospectivo da revisão da carta de crianças com desordem do espectro do autismo (n = 9791), os níveis significativamente baixos do ferritin do sérico do soro foram identificados e associados com diversas desordens de sono, incluindo movimentos periódicos do membro do sono (27 ng/mL), fragmentações do sono (24 ng/mL), e eficiência pobre do sono (7 ng/Ml).

Os estados de deficiência de ferro foram documentados na fisiopatologia da RLS e a gravidade dos estados de deficiência de ferro foi correlacionada com a gravidade do RLS. O ferro desempenha um papel importante na via de produção de dopamina; atua como um cofator para uma taxa que limita a hidroxilase de enzima saciense no ciclo de produção de dopamina.

  1. Em pacientes com RLS, foram observados baixos níveis de ferro cefalorraquidiano e baixo ferro na substantia nigra em ressonância magnética.
  2. A suplementação de ferro foi encontrada para ser eficaz no tratamento da baixa ferritina com distúrbios do sono.
  3. O conselho consultivo médico da Fundação RLS recomenda terapia de ferro para baixo nível de ferritina abaixo de 50 ng/mL.

Um ensaio aberto de suplemento de ferro oral (6 mg de ferro elementar/ kg/dia) por 8 semanas em crianças com autismo mostrou melhora na escala de distúrbios do sono com um aumento no nível de ferritina sérica, Os efeitos colaterais potenciais do ferro oral incluem sabor metálico, vômitos, náuseas, constipação, diarréia e fezes pretas/verdes.

  • Referências bibliográficas: Distúrbios do sono em crianças merecem atenção especial dos pais e pediatras, disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/disturbios-do-sono-em-criancas-merecem-atencao-especial-dos-pais-e-pediatras/, acesso em 15 dez 2019.
  • Nunes ML, Cavalcante V.
  • Avaliação clínica e manejo da insônia em pacientes pediátricos.

J Pediatr (Rio J).2005;81:277-86. Pinato L1, Spilla CSG1, Markus RP2, da Silveira Cruz-Machado S2. Desregulação dos ritmos circadianos nos transtornos do espectro do autismo Mulas F, Rojas M, Gandía R. Sueño em los transtornos del neurodesarrollo, déficit de atencion e hiperactividad y em el espectro autista.

  1. Medicina (B Aires).2019;79 Suppl 3:33-36.
  2. Eogh S, Bridle C, Siriwardena NA, Nadkarni A, Laparidou D, Durrant SJ, Kargas N, Law GR, Curtis F,
  3. Effectiveness of non-pharmacological interventions for insomnia in children with Autism Spectrum Disorder: A systematic review and meta-analysis.
  4. PLoS One.2019 Aug 22;14(8) Sachin Relia 1, and Vijayabharathi Ekambaram 2.

Pharmacological Approach to Sleep Disturbances in Autism Spectrum Disorders with Psychiatric Comorbidities: A Literature Review. Med. Sci.2018, 6, 95.

Quando devo usar Atensina?

ATENSINA é indicada para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica, podendo ser usada isoladamente ou associada a outros anti-hipertensivos. A clonidina é um agente hipotensor potente que age predominantemente através da estimulação de receptores adrenérgicos alfa.

Para que serve a Atensina no autismo?

Attention Deficit/Hyperactivity Disorder – Paula Faria Souza Mussi de Andrade 1,2 ; Marcio Moacyr Vasconcelos 2 RESUMO OBJETIVOS: rever a etiologia, o diagnóstico, as comorbidades, o diagnóstico diferencial, o quadro clínico e o tratamento do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, uma síndrome neurocomportamental caracterizada pela presença persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade.

MÉTODOS: usou-se o banco de dados PubMed para levantar artigos científicos relevantes sobre o tema publicados nos últimos 5 anos, por meio das palavras-chave “ADHD”, “child”, “review”, “attention deficit”, e “hyperactivity”. RESULTADOS: a pesquisa da literatura levantou algumas centenas de artigos. Os autores se concentraram nos artigos de revisão e procederam a uma análise das informações levantadas.

CONCLUSÕES: o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade é um distúrbio prevalente na infância e adolescência, cujo diagnóstico requer anamnese detalhada e exame físico completo, uso de escalas comportamentais e a consideração plena do diagnóstico diferencial.

  • O tratamento multidisciplinar e multifatorial do transtorno visa à modificação comportamental e reorganização individual, objetivando o desempenho funcional satisfatório em todos os ambientes sociais.
  • Palavras-chave: Criança, Tratamento Farmacológico, Comorbidade, Reabilitação.
  • ABSTRACT OBJECTIVES: to review the etiology, diagnosis, comorbidities, differential diagnosis, clinical picture, and treatment of attention deficit/hyperactivity disorder, a neurodevelopmental condition that is characterized by persistent clinical manifestations due to inattention, hyperactivity, and impulsivity.

METHODS: the authors used PubMed to obtain relevant scientific papers that were published over the past five years, through the following keywords: “ADHD”, “child”, “review”, “attention deficit”, and “hyperactivity”. RESULTS: the literature search resulted in hundreds of papers.

  1. The authors focused on review papers and analyzed the compiled information.
  2. CONCLUSIONS: attention deficit/hyperactivity disorder is a prevalent condition in childhood and adolescence, and its diagnosis requires a detailed history, a complete physical examination, behavioral scales, and a full consideration of differential diagnosis.

Multidisciplinary and multifactorial treatment aims at behavioral modification and personal reorganization, with the ultimate goal to achieve a satisfactory functional performance in every social setting. Keywords: Child, Drug Therapy, Comorbidity, Rehabilitation.

  • INTRODUÇÃO O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é uma síndrome neurocomportamental que se caracteriza pela presença persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade.
  • O transtorno interfere no desenvolvimento do indivíduo, podendo gerar distúrbios motores, perceptivos, cognitivos e comportamentais.

O TDAH é um transtorno que se inicia na infância e pode estender-se à idade adulta 1, EPIDEMIOLOGIA O TDAH é o transtorno do neurodesenvolvimento mais frequente na infância, constituindo uma das principais causas que levam crianças escolares a uma consulta neuropediátrica.

Um estudo de metanálise englobando 102 estudos de diferentes países encontrou uma taxa de prevalência estimada de 5,3% 2 ; por outro lado, um estudo carioca de 461 estudantes de classes sociais desfavorecidas observou uma taxa de 13% 3, É provável que as diferenças marcantes nas taxas de prevalência encontradas decorram da metodologia dos estudos 4, embora também se deva considerar a hipótese de heterogeneidade das amostras populacionais estudadas.

Outra característica epidemiológica marcante é a prevalência divergente entre os sexos, sendo mais frequente em crianças do sexo masculino que do feminino, com relação de 2:1, e chegando em alguns estudos à relação de 10:1 5,6, ETIOLOGIA A etiologia é multifatorial, englobando fatores genéticos (endógenos) e ambientais (exógenos).

  1. Estudos mostraram que pais com diagnóstico de TDAH apresentam chance duas a oito vezes maior de terem filhos afetados do que pais de grupos-controle 7,
  2. Swanson e colaboradores sugeriram que dois genes estariam implicados, sendo estes DAT (gene transportador de dopamina) e DRD4 (gene que codifica o receptor de dopamina) 8,

No entanto, nenhum dos genes investigados pode ser considerado imprescindível ao aparecimento do transtorno 9,10, Os fatores exógenos, que coexistem com os fatores genéticos, podem gerar lesões ou alterações funcionais no sistema nervoso central (SNC).

  1. Dividem-se em fatores pré-natais, perinatais e pós-natais 5,
  2. Pré-natais: infecções congênitas, intoxicações maternas (medicamentosas ou por substâncias tóxicas), hemorragias, irradiações, doenças maternas crônicas (p.
  3. Ex., diabetes, hipertensão arterial), traumatismos etc.
  4. Perinatais: causas maternas (malformações pélvicas, anemia materna, sedação exagerada, hipotensão e hipertensão arterial); causas fetais (macrossomia fetal, prematuridade, malformações fetais, distúrbios respiratórios do recém-nascido como a doença da membrana hialina, síndrome de aspiração meconeal, incompatibilidade sanguínea materno-fetal); e causas durante o parto (distocias no parto, descolamento prematuro da placenta, anormalidades do cordão umbilical, manobras de extração, parto cesáreo).

• Pós-natais: infecções neonatais, hemorragias, traumatismo cranioencefálico, intoxicações e lesões expansivas. Dentre os fatores ambientais, podemos considerar ainda o nível socioeconômico, condições psicoafetivas familiares e nível de instrução escolar e familiar.

  • NEUROBIOLOGIA Os neurotransmissores dopamina e norepinefrina exercem funções importantes na atenção e concentração, além de funções cognitivas como motivação, interesse e aprendizado de tarefas.
  • As vias noradrenérgicas pré-frontais são conhecidas pela função de manutenção do foco atentivo e também da motivação/interesse.

A via de projeção dopaminérgica mesocortical atua em funções cognitivas como a fluência verbal, aprendizado, vigilância durante funções executivas e manutenção da atenção e concentração 11, Embora a dopamina e norepinefrina sejam os principais neurotransmissores estudados na fisiopatologia do TDAH, outras vias estão envolvidas na disfunção inerente ao transtorno, como aquelas da serotonina (5-HT), acetilcolina (ACH), opioides e glutamato, levando a prejuízos na função executiva, memória operativa, regulação emocional e processamento de recompensas 12,

As catecolaminas estão diminuídas devido a uma menor produção, recaptura dos neurotransmissores pela membrana pré-sináptica e/ou pela ação da enzima monoamino-oxidase, que destrói a norepinefrina e serotonina no neurônio pré-sináptico, ou da enzima catecol-O-metiltransferase na fenda intersináptica 5,

O estudo da fisiopatologia do TDAH auxilia na determinação dos fármacos que podem auxiliar no transtorno, os quais atuam aumentando a produção dos neurotransmissores envolvidos, inibindo as enzimas que os degradam ou exercendo o papel de agonistas nos receptores dos neurotransmissores implicados 12,

  • DIAGNÓSTICO O diagnóstico é clínico e considera os critérios diagnósticos explicitados na 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-V) 13,
  • O diagnóstico será fortalecido se o paciente satisfizer pelo menos 6 dos 9 critérios relativos à desatenção e/ou no mínimo 6 dos 9 critérios relativos à hiperatividade (Quadro 1).

Ademais, o diagnóstico só deve ser definido se os sintomas estiverem presentes há no mínimo 6 meses e satisfizerem os seguintes requisitos: • Vários sintomas se manifestaram antes dos 12 anos de idade; • Vários sintomas ocorrem em, no mínimo, dois ambientes (casa, escola, trabalho, na presença de amigos ou parentes, em outras atividades); • Há prejuízos sociais, acadêmicos ou profissionais ao indivíduo; • Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de algum transtorno psiquiátrico, excluindo-se o transtorno do espectro autista.

  • Em indivíduos a partir de 17 anos de idade, o número mínimo de sintomas necessário em cada categoria para o diagnóstico cai de seis para cinco.
  • O DSM-V descreve três tipos de apresentação do TDAH: ocorrendo exclusivamente critérios para desatenção, estamos diante da apresentação predominantemente desatenta; ocorrendo somente critérios para hiperatividade, estamos diante da apresentação predominantemente hiperativa/impulsiva; e, se preenchendo critérios de desatenção e hiperatividade, estaremos diante da apresentação combinada (ou mista).

O subtipo combinado é o mais frequente e responsável por 50-75% dos casos, seguido pelo tipo desatento que corresponde a 20-30% 11,13, O DSM-V permite distinguir o TDAH em quadros leves, moderados e graves. Os casos leves apresentam poucos sintomas além dos necessários para firmar o diagnóstico e causam pequenos prejuízos na função social ou profissional; os casos moderados apresentam sintomas e prejuízos entre os casos leves e os graves; e os graves, apresentam muitos sintomas além dos necessários para fechar o diagnóstico, podendo resultar em prejuízo acentuado na função social ou profissional 13,

Existe ainda a possibilidade, segundo o DSM-V, de caracterizar os casos de TDAH como em remissão parcial, quando todos os critérios foram preenchidos no passado, mas nos últimos 6 meses nem todos os critérios são satisfeitos e os sintomas continuam a acarretar algum prejuízo social, acadêmico ou profissional 13,

A coleta de uma história clínica adequada é essencial na avaliação diagnóstica. O profissional deverá buscar, ativamente, fatores de risco exógenos na história do paciente que possam ter contribuído para o início do transtorno, bem como a presença de história familiar positiva.

Em muitos casos, os pais não receberam diagnóstico de TDAH, mas na consulta relatam sintomas pregressos ou atuais de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade. É também essencial indagar na consulta em quais ambientes os sintomas ocorrem, uma vez que o diagnóstico requer a manifestação dos sintomas em pelo menos dois ambientes 13,

É importante ressaltar que o diagnóstico não deve ser excluído se a criança permanecer quieta, sem demonstrar sintomas relacionados ao transtorno durante a consulta médica, pois algumas crianças são capazes de controlar os sintomas por um determinado período de tempo.

Ademais, o ambiente estruturado da consulta pode facilitar o autocontrole. Exames complementares como o eletroencefalograma (EEG), exames de neuroimagem como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética do crânio, tomografia computadorizada com emissão de fótons únicos (SPECT), ensaios laboratoriais ou testes genéticos não necessariamente integram a investigação diagnóstica do paciente suspeito de TDAH 14,

Algumas escalas de pontuação do comportamento servem de recursos adjuvantes ao diagnóstico. Estão incluídas a SNAP-IV, escala de Conners, ECERS (Early Childhood Environment Rating Scale) e CBCL (Child Behavior Checklist). O questionário Swanson, Nolan e Pelham é mais conhecido na literatura pela abreviatura SNAP, e foi criado a partir dos sintomas elencados na 4ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV).

  1. O SNAP-IV possui uma tradução brasileira, validada pelo Grupo de Estudos do Déficit de Atenção (GEDA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pelo Serviço de Pesquisa e Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 15,
  2. O questionário SNAP-IV (Quadro 2) compõe-se de 18 sintomas de TDAH, sendo os 9 primeiros itens relacionados a desatenção e os demais itens (10º ao 18º), a hiperatividade/impulsividade.

O questionário deve ser preenchido pelos pais e por um membro da equipe escolar, por exemplo, um professor que despenda tempo significativo com o aluno. Cada item abordado no questionário deve ser preenchido obedecendo uma escala de quatro níveis de intensidade: “nem um pouco”, “só um pouco”, “bastante” ou “demais”. Em suma, o diagnóstico é definido por meio da história clínica, observação do paciente, avaliação das escalas de comportamento e exame físico geral e neurológico do paciente. QUADRO CLÍNICO O quadro clínico varia de acordo com a apresentação do transtorno, se predominantemente desatenta, predominantemente hiperativa/impulsiva ou combinada 13,

Crianças com a apresentação predominantemente desatenta ou combinada exibem dificuldade em prestar atenção a detalhes, cometendo erros frequentes nas atividades diárias, incapacidade de acompanhar instruções longas e dificuldade na execução de tarefas escolares e/ou domésticas. Mesmo na ausência de um transtorno específico do aprendizado, o rendimento escolar ou profissional costuma ser prejudicado.

O paciente tem dificuldades em aspectos como a organização, o planejamento de atividades e a execução de tarefas que exijam concentração. Perde objetos importantes com facilidade e distrai-se com pequenos estímulos ambientais 11,13,16, Crianças com a apresentação predominantemente hiperativa/impulsiva ou combinada apresentam comportamento hipercinético.

São incapazes de se manter em controle do próprio corpo por curtos intervalos de tempo. Podem apresentar hiperatividade verbal ou ideativa. Não conseguem manter o foco em uma atividade proposta, acarretando prejuízos no desenvolvimento cognitivo e na produção intelectual. Movimentos como agitar mãos e pés, levantar-se seguidas vezes, andar de um lado para o outro, falar excessivamente ou correr em momentos impróprios podem estar presentes.

Os sintomas que sugerem impulsividade incluem, por exemplo, a dificuldade em esperar a sua vez para realizar alguma atividade ou falar. Sintomas como irritabilidade, apatia, labilidade emocional e baixo limiar para frustrações podem estar associados nessas apresentações, comprometendo as relações interpessoais 11,13,16,

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Os indivíduos com TDAH também podem apresentar instabilidade motora, dificuldades gnósicas como as relacionadas com a posição corporal e distúrbios da fala. O curso da doença é variável, sendo que 15% das crianças afetadas serão adultos com sintomas completos e até 65% podem apresentar remissão parcial, com alguns sintomas ainda presentes, especialmente aqueles relacionados com desatenção 5,

COMORBIDADES Visando um melhor planejamento terapêutico, devemos procurar ativamente por outras afecções clínicas ou psicológicas comórbidas que possam estar associadas. As crianças afetadas têm transtornos do aprendizado em 19-26% dos casos, por exemplo, dislexia, disgrafia e discalculia, sendo a dislexia a comorbidades mais frequente.

  1. Transtornos da fala também podem estar associados, como dificuldades articulatórias da fala, alterações na qualidade da vocalização, dificuldades de estruturação sintática e semântica e dificuldade no processamento das informações 11,
  2. Há uma prevalência alta de transtornos disruptivos do comportamento, como o transtorno de conduta e transtorno opositivo-desafiador, que estão presentes em 30-50% dos casos.

Outros transtornos psiquiátricos relatados incluem um quadro comportamental bipolar, com alternância de depressão e mania, e transtornos de ansiedade, com medo excessivo. A enurese é descrita em algumas crianças 17, O transtorno de tiques é frequente, podendo estar associado à síndrome de Tourette.

O abuso de substâncias é outra comorbidade que pode estar presente nos indivíduos acometidos 18, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL As crianças que vêm à consulta pediátrica ou neuropediátrica com queixas de desatenção, comportamento hipercinético e/ou impulsivo devem, por meio da avaliação clínica, história pregressa, exame físico e neurológico e triagem auditiva e visual ser avaliadas quanto à possibilidade de outros distúrbios que possam simular o quadro cognitivo-comportamental do TDAH.

O Quadro 3 enumera as principais entidades citadas no diagnóstico diferencial. TRATAMENTO O TDAH deve ser entendido como um transtorno crônico que não possui terapia curativa. Desse modo, o objetivo do tratamento é modificar o comportamento e reorganizar o indivíduo, a fim de promover um desempenho funcional satisfatório em todos os ambientes.

O tratamento é multiprofissional e multifatorial, e deve englobar 19 : a) Orientação aos pais e paciente Os responsáveis devem ser esclarecidos quanto ao transtorno, a fim de poderem ajudar seus filhos, proporcionando modificações do meio, estímulo às modificações de comportamento e desenvolvimento de habilidades diversas.

b) Participação da escola O TDAH não é um transtorno específico do aprendizado, mas seus principais sintomas têm um grande impacto no rendimento acadêmico e profissional. O ajustamento acadêmico é essencial. Uma metanálise 20 avaliou as intervenções escolares baseadas em modificações ambientais e observou resultados positivos destas no rendimento escolar de alunos com TDAH.

Algumas estratégias para a organização em sala de aula abrangem: • Criar uma rotina diária objetiva, com períodos de descanso definidos; • Fornecer instruções e orientações de maneira clara, direta e curta; • Utilizar recursos audiovisuais para contribuição ao ensinamento; • Observar se o aluno possui todo material didático essencial às tarefas e, caso contrário, ajudá-lo a obtê-los; • Incentivar o uso de métodos de organização, como gráficos para planejamento do trabalho, tabelas com registro de prazos para atividades/avaliações, anotações sobre o conteúdo e uso de agenda, dentre outros; • Modificações ambientais na sala de aula, como reorganizar o posicionamento das cadeiras, colocar o aluno próximo ao professor, evitar que ele sente em áreas onde possa haver elementos que o levem à distração (p.

ex., perto de janelas); • Reduzir o tamanho de tarefas e/ou dividi-las em seções; • Oferecer feedback positivo ao aluno quanto ele tiver um bom rendimento nas atividades e após conquistas; • Reduzir o número de cópias escritas de textos, permitindo a digitação e impressão, caso estas sejam mais produtivas ao aluno; • Propiciar ambiente tranquilo para realização de provas; • Elaborar provas com menor número de questões por página; • Solicitar que a criança verifique as respostas dadas em provas/tarefas, conferindo sua produção ao final da atividade; • Permitir que o aluno forneça resposta oral em provas, se houver dificuldade para escrever; • Respeitar o tempo que cada aluno precisa para concluir uma atividade ou prova; • Definir metas junto ao aluno e solicitar que ele faça autoavaliação, reflita sobre c) Atendimento psicoterápico A terapia cognitivo-comportamental é pilar essencial do tratamento, pois atua na modificação do comportamento do indivíduo, na identificação das dificuldades pessoais e no desenvolvimento de habilidades acadêmicas e sociais 21, No Brasil, existem duas categorias de psicoestimulantes disponíveis: o metilfenidato e os derivados de anfetaminas. O metilfenidato está disponível em três formulações: Ritalina ® (na dose de 10 mg, com duração do efeito de 3-4 horas), Ritalina LA ® (cápsulas de 10 mg, 20 mg, 30 mg e 40 mg, com longa duração, de 6-8 horas) e Concerta ® (com apresentações de 18 mg, 36 mg e 54 mg, com tempo de ação de 10-12 horas).

A Ritalina LA ® corresponde ao metilfenidato-SODAS ( spheroidal oral drug absorption system ) e sua cápsula contem microgrânulos de dois tamanhos, sendo metade do metilfenidato de ação imediata e a outra metade liberada após 4 horas de administração, simulando a administração de duas doses de metilfenidato de curta duração.

O Concerta ® corresponde ao metilfenidato-OROS ( osmotic controlled-release oral delivery system ) que contém 22% de metilfenidato de ação imediata e 78% de metilfenidato que é liberado por processo de bomba osmótica, possuindo tempo de ação de 12 horas 23,24,

  1. O dimesilato de lisdexanfetamina (Venvanse ® ), um derivado da anfetamina, é comercializado no Brasil desde 2011.
  2. Possui duração de 10-14 horas e se apresenta em cápsulas de 30 mg, 50 mg e 70 mg.
  3. Tem sido preconizado para crianças com peso corporal acima de 20 kg.
  4. A medicação psicoestimulante é utilizada pelas crianças durante o período letivo e na maioria dos casos é suspensa aos finais de semana, excetuando-se crianças com importantes sintomas hipercinéticos e impulsivos que também se beneficiam da medicação nesse período.

Os efeitos colaterais dos psicoestimulantes abrangem inapetência durante o período de ação da medicação; insônia, sobretudo se a medicação for administrada no final do dia, sendo recomendada a última dose até, no máximo, o início do período da tarde; cefaleia; dor abdominal; e aparecimento de tiques em indivíduos predispostos 25,26,

  • O conhecimento de outras opções terapêuticas que não os psicoestimulantes é de suma importância, já que até 15% dos casos interrompem o tratamento em decorrência de efeitos colaterais26.
  • Em caso de insucesso com o estimulante escolhido, indica-se a troca para outro tipo de psicoestimulante antes de tentar trocar a classe terapêutica 22,27,

Uma classe medicamentosa que é utilizada como opção terapêutica nos casos de insucesso com os psicoestimulantes são os antidepressivos tricíclicos, como a imipramina (Tofranil ® ). Antes do início dessas medicações, deve-se solicitar avaliação eletrocardiográfica, já que os antidepressivos tricíclicos podem gerar aumento da frequência cardíaca, achatamento da onda T e prolongamento do intervalo PR, sendo contraindicados se houver bloqueio de ramo esquerdo ou bloqueio atrioventricular total.

  1. O uso de imipramina pode ser oportuno quando há enurese noturna associada ao TDAH 23,24,
  2. Os antidepressivos não tricíclicos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (fluoxetina) e os inibidores da recaptação de norepinefrina-dopamina (bupropiona), também têm sido utilizados, especialmente na presença de comorbidades como depressão ou transtornos de ansiedade.

A bupropiona encerra risco de diminuir o limiar epiléptico e é contraindicada em indivíduos com epilepsia. Nos indivíduos com dependência química comórbida, a bupropiona é indicada 23,24, A clonidina (Atensina ® ), agonista alfa-2 adrenérgico, pode ser utilizada, sobretudo na presença de tiques ou em casos que não obtiveram resposta aos psicoestimulantes.

  • São mais eficazes sobre os sintomas de hiperatividade e impulsividade 18,23,24,
  • Não deve ser A atomoxetina (Stratera ® ), inibidor da recaptação da norepinefrina, é outra opção terapêutica nos casos refratários aos psicoetimulantes 28,29, mas ainda não está disponível no mercado brasileiro.
  • Os efeitos colaterais incluem anorexia, náusea, vômitos, diarreia, fadiga, oscilações do humor e tontura, mas tendem a remitir com o uso continuado ao longo de semanas 28,

A atomoxetina possui um efeito ansiolítico leve, o que lhe confere uma vantagem no tratamento de pacientes com transtorno de ansiedade comórbido 1, Um estudo de metanálise avaliou a eficácia terapêutica do neurofeedback, o qual pretende reduzir os sintomas de TDAH minorando padrões aberrantes de atividade cerebral que teoricamente levam ao transtorno 30,

O estudo concluiu que as evidências de ensaios bem controlados não favorecem o neurofeedback. Uma questão especial diz respeito ao tratamento de crianças de 4-5 anos diagnosticadas com TDAH. As diretrizes preconizam sessões de treinamento dos pais ou outras intervenções de terapia comportamental por, no mínimo, 8 semanas como conduta inicial, mas se esta intervenção for malsucedida, em circunstâncias especiais pode-se considerar o uso de metilfenidato em dose baixa 31,

PROGNÓSTICO O tratamento multimodal com terapia medicamentosa e apoio psicológico e pedagógico adequados permite que cerca de 60% das crianças com TDAH se tornem adultos funcionais e razoavelmente adaptados ao transtorno. O prognóstico depende da precocidade e da qualidade da abordagem multi-modal.

  • Uma análise de 351 estudos concluiu que o tratamento melhorou o prognóstico, em longo prazo, de crianças com TDAH em todas as categorias funcionais exploradas, mas não recuperou níveis normais de funcionamento 32,
  • Um estudo relatou que a estatura de adultos jovens tratados por longo período com psicoestimulantes foi 1,29 ± 0,55 cm menor que o grupo-controle 8, o que reforça a necessidade de monitoração do efeito colateral de inapetência associado aos psicoestimulantes e dos parâmetros do crescimento ao longo do tratamento.

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Quais efeitos colaterais do Atensina?

Reações comuns. Depressão, alteração do sono, cefaleia (dor de cabeça), constipação (prisão de ventre), náusea (enjoo), dor nas glândulas salivares, vômito, dificuldades para obter ereção, fadiga (cansaço).

Pode tomar Atensina todos os dias?

Atensina atua principalmente sobre o sistema nervoso central (no cérebro) causando dilatação dos vasos sanguíneos e diminuindo a pressão arterial, Seu início de ação é rápido, em 30 a 60 minutos após dose oral. O tratamento da pressão alta é contínuo e precisa de supervisão constante de seu médico.

  1. Você deve seguir a dose de Atensina prescrita pelo seu médico.
  2. É recomendável iniciar o tratamento com doses mais baixas, aumentando gradualmente até obter o efeito desejado.
  3. Na hipertensão leve a moderada a dose diária de Atensina de 0,075 mg a 0,200 mg é suficiente na maioria dos casos.
  4. A dose inicial dependerá do seu grau de pressão alta,

A dose de Atensina deve ser ajustada de acordo com a resposta individual de cada paciente. Se em 2 a 4 semanas sua pressão não estiver controlada, seu médico poderá aumentar a dose. Na hipertensão grave pode ser necessário aumentar a dose diária para 0,300 mg, que poderá ser repetida até 3 vezes ao dia (0,900 mg).

Quanto tempo leva para o Atensina fazer efeito?

ATENSINA atua principalmente sobre o sistema nervoso central (no cérebro) aumentando a largura dos vasos sanguíneos e diminuindo a pressão arterial. Seu início de ação é rápido, em 30 a 60 minutos após dose oral.

Qual o melhor horário para tomar Atensina?

Na hipertensão leve a moderada, doses iniciais de 0,075 mg a 0,200 mg pela manhã e à noite são suficientes na maioria dos casos. A dose inicial dependerá do seu grau de pressão alta. A dose de Atensina deve ser ajustada de acordo com a resposta individual de cada paciente.

Porque Atensina está em falta 2023?

Um medicamento muito conhecido utilizado para o tratamento de pressão alta desapareceu das drogarias. O Atensina (cloridrato de clonidina), tanto de 0,100g quanto 0,150g, está passando por desabastecimento no Brasil. A distribuidora Mawdsleys Pharmaceuticals, responsável pela distribuição da Atensina no Brasil, informou que a falta do remédio acontece devido a dificuldades operacionais do laboratório francês Delpharm Reims.

Qual é o remédio que substitui Atensina?

Continue tomando as próximas doses regularmente no horário habitual. Não duplique a dose na próxima tomada. Você não deve tomar Atensina se tiver alergia a qualquer componente da fórmula; se seu coração bater mais lentamente que o normal; se tiver intolerância à galactose.

Você deverá ter cautela ao usar Atensina se seu coração bater mais lentamente que o normal, se tiver problemas da circulação, depressão, doença nos nervos (polineuropatia) ou prisão de ventre. Se a causa de sua pressão alta for um feocromocitoma (tipo de tumor renal), a Atensina pode não ajudar a controlá-la.

Se você tiver mau funcionamento dos rins, do coração ou problema nos vasos do coração, seu tratamento precisará de mais atenção e pode ser necessário que o médico ajuste a dose a ser tomada. É muito importante que você não interrompa o tratamento sem antes conversar com seu médico.

  1. Se você parar bruscamente o tratamento prolongado e com doses elevadas de Atensina, poderá ter inquietação, palpitação, aumento da pressão arterial, nervosismo, tremores, dor de cabeça e enjoo.
  2. A interrupção deve ser feita de forma gradual, conforme orientação do médico.
  3. Se a sua pressão arterial aumentar após a descontinuação de Atensina, poderá ser administrada fentolamina ou tolazolina intravenosa.

Atensina poderá provocar diminuição da produção de lágrimas, atenção ao usar de lentes de contato. Os comprimidos de Atensina de 0,100 mg e 0,200 mg contêm 324,9 mg de lactose por dose diária máxima recomendada e os comprimidos de Atensina de 0,150 mg contém 216,3 mg.

O que pode substituir a Atensina?

Clonidin (Cristália) – Versão injetável (solução) 150 mcg/ 1 mL.

Quantas vezes tomar Atensina por dia?

Dose inicial: 0,05mg, VO, antes de dormir; aumentar de 0,05mg a cada 3 dias, três vezes por dia ; uma quarta dose diária pode ser adicionada para melhorar a eficácia ou diminuir os efeitos colaterais dividindo a dose diária em 4 doses.

Quem tem TDAH pode tomar Atensina?

Tratando o TDAH – como melhorar a qualidade de vida? Hoje vamos continuar a falar sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Nosso foco vai ser o tratamento medicamentoso e não medicamentoso. Como citamos no texto anterior o TDAH ocorre quando existe uma dificuldade da criança ou adulto que se manifesta como hiperatividade e/ou desatenção e que elas causam prejuízo funcional em dois ou mais ambientes da vida. Vários estudos tem sido realizados para ver qual o tamanho do benefício real de tratar esses pacientes. Como o citado abaixo. Esse estudo foi uma metaanálise que compilou o resultado de mais de 300 outros estudos de boa qualidade. E ele demonstra que quando comparamos individuos com TDAH sem tratamento são comparados com a população geral 74% apresenta um desempenho geral pior a longo prazo.

  • E quando comparado o grupo de paciente com TDAH tratado 72% deles apresentaram um benefício significativo.
  • Uma vez demonstrado o benefício real do tratamento podemos começar a entender o que queremos trabalhar.
  • O tratamento pode visar melhorar os sintomas centrais do TDAH: desatenção e hiperatividade.

Ou pode focar no tratamentos de outras disfunções como a disfunção executiva, impulsividade e dificuldades escolares. Os consensos de especialidade nos trazem algumas regras gerais para o tratamento. A primeira delas é que antes dos 6 anos de idade a primeira linha de tratamento é terapia não medicamentosa, a que apresenta maior nível de evidência atualmente é a terapia de treinamento parental em manejo comportamental além de intervenções no ambiente de sala de aula.

Então cabe ao médico aconselhar a família e encaminhar para os profissionais habilitados além de informar a escola do diagnóstico ou suspeita via laudo e solicitar intervenções adequadas em conjunto com os pedagogos do colégio. Caso a criança não apresente resposta satisfatória com essa estratégia e o prejuízo seja muito significativo o médico pode vir a considerar o uso de medicações no auxílio terapêutico A partir dos 6 anos até os 12 anos a estratégia de tratamento muda um pouco.

A estratégia recomendada é o início de medicação junto a terapia.

Muitos pais nos perguntam, mas porque não tentar antes o tratamento apenas não medicamentoso e se não der certo partimos para a medicação após? Os estudos têm demonstrado que apesar das terapia comportamentais serem essenciais ao tratamento quando utilizadas de forma isolada elas não conseguem obter melhorias efetivas nos sintomas centrais do TDAH (a desatenção e a hiperatividade). Assim mantermos a criança apenas com esses tratamentos pode fazer com que ela perca oportunidades preciosas de aprendizado e socialização, tanto em casa quando no ambiente escolar, em um período muito importante de adaptação e desenvolvimento. Assim como realizar apenas o tratamento medicamentoso pode não levar a superação do prejuízo funcional, uma vez que ele é muito bom para os sintomas centrais, porém de pouca relevância para superar a disfunção executiva, dificuldade na socialização ou dificuldade escolar sem a estrutura criada pelas terapias e apoio pedagógico.

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Para os 12 anos até os 18 anos o tratamento recomendado é semelhante, medicação e terapia, porém as opções de medicações que podem ser utilizadas são mais amplas e as terapias também. Muitas vezes já nessa idade ocorre uma mudança na manifestação das crianças e muitos daqueles com o perfil hiperativo podem parar de manifestar essa característica e permanecer apenas com uma apresentação de desatenção ou até mesmo parar de manifestar os critérios do TDAH e sair do espectro.

  • Também é importante lembrar que todos os pacientes devem passar por uma investigação de comorbidades (doenças associadas) que podem estar presentes.
  • E algumas delas podem ter até prioridade de tratamento em relação ao TDAH.
  • E por isso outras medidas e medicações além das citadas a seguir podem ser necessárias no tratamento.

Tendo esses esquemas na cabeça passamos agora para falar um pouco mais sobre as medicações que podem ser utilizadas no TDAH. Elas são divididas em duas classes, as estimulantes e não estimulantes. Todos vão agir nos neurotransmissores (substâncias químicas utilizadas na passagem de informação de uma célula nervosa para outra dentro do nosso cérebro) Metilfenidato (famosa Ritalina) é o principal medicamento utilizado no Brasil e ele pertence a classe dos medicamentos estimulantes. São várias as apresentações disponíveis dessa medicação no mercado brasileiro Metilfenidato (padrão – Ritalina) tem um efeito de início rápido porém de curta duração (30 minutos para iniciar efeito e duração máxima de 4 horas).

Geralmente utilizado logo antes do período escolar. Caso não repetida a dose durante o dia os efeitos só estarão presentes durante a escola. Tem um baixo custo. Metilfenidato de ação prolongada (Ritalina LA) nessa apresentação o comprimido libera metade da sua dose nas primeiras 4 horas e a segunda metade nas 4 horas seguintes.

Isso faz com que 1 cp tenha efeito por 8 horas. E a substância acaba atingindo 2 picos durante o dia. Como metade da dose é liberada a cada vez muitas vezes é necessários utilizar uma dose maior do que a que seria utilizada na apresentação padrão. Tem um custo maior que a padrão.

Efeitos colaterais relacionados a todas as apresentações de metilfenidato são: redução do apetite durante o período de ação da medicação, dor de cabeça são os mais relevantes. É preciso cautela no uso dessa medicação em crianças com histórico de crises convulsivas (pode diminuir o potencial epileptogênico – ou seja, aumentar a probabilidade de alguma crise) e em pacientes com cardiopatias.

Dependência química à medicação não é um efeito observado (apesar do que muitas fontes duvidosas de informação gostam de afirmar). Inclusive o tratamento medicamentoso do TDAH tem sido relacionado a redução do número de dependentes químicos a outras substâncias. Ou seja o tratamento protege os indivíduos com TDAH de ter um vício.

Lisdexanfetamina (Venvanse) é uma medicação também da classe dos estimulantes. Também muito efetiva, como o metilfenidato. Tem uma ação prolongada assim como o concerta, e apresenta um custo semelhante. Atamoxetina é uma medicação não estimulante. É um inibidor seletivo da recaptação da norepinefrina.

Também é efetivo na redução dos sintomas centrais do TDAH, porém apresenta um tamanho de efeito menor (menos “potente”). Acaba não sendo uma opção por não ter nenhuma distribuidora da medicação aqui no Brasil. Teria de ser importada caso o uso venha a ser recomendado. Guanfacina é outra opção da classe dos medicamentos não estimulantes.

É um agonista adrenérgico alfa-2, assim como a clonidina. porém também não está disponível no Brasil. Clonidina (atensina) é originalmente utilizada como uma medicação para manejo da hipertensão arterial, porém estudos têm comprovado uma boa eficácia no controle dos sintomas centrais do TDAH, principalmente quando o paciente apresenta junto com os sintomas centrais a apresentação de tiques.

Efeitos colaterais da Guanidina e Clonidina incluem: sonolência, boca seca, irritabilidade, dor de cabeça, redução dos batimentos cardíacos, pressão baixa e dor abdominal. Reduções, aumentos e retiradas dessas medicações devem ser realizadas de forma gradual.

Pontos positivos e negativos do tratamento medicamentoso Sobre os tratamentos não medicamentosos os que apresentam a maior evidência de promoção de melhora são: Treinamento parental de manejo comportamental, adaptação do ambiente de aula e suporte pedagógico. A partir dos 12 anos o treinamento comportamental pode ser uma boa opção para auxiliar o adolescente a manejar o seu próprio comportamento, organizar / planejar melhor suas ações e compreender melhor suas emoções. Treinamentos cognitivos (como o COGMED) podem ajudar em áreas específicas das funções cognitivas, como na memória de trabalho. Outras opções que podem ajudar no desenvolvimento dessas crianças (mas estudos mostram evidências ainda não conclusivas) são: a prática de exercícios físicos; meditação e mindfullnes; suplementação de ômega 3 e 6 e ácidos graxos poli insaturados (PUFAS); jogos eletrônicos desenvolvidos especificamente para estímulo de funções cognitivas específicas. Uma parte ainda não citada mas também essencial ao tratamento do TDAH para todos é a psicoeducação. O ensino sobre o TDAH para a família e para o paciente. Dificuldades associadas ao quadro, as opções de tratamento e a evolução esperada quadro. Isso deve fazer parte de cada consulta médica e do atendimento de todos os outros profissionais também. Esse texto foi escrito por Luis Paulo F S Dutra, médico neurologista pediátrico. Para mais informações sobre o autor clique abaixo.

Referências Guia para Compreensão e Manejo do TDAH da World Federation of ADHD (Português) Capa comum – 27 Maio 2019 por (Autor), (Autor), (Autor), (Autor) ADHD Diagnosis and Treatment Guidelines: A Historical Perspective

Mark L. Wolraich, Eugenia Chan, Tanya Froehlich, Rachel L. Lynch, Ami Bax, Susan T. Redwine, Demvihin Ihyembe, Joseph F. Hagan Pediatrics Oct 2019, 144 (4) e20191682; DOI: 10.1542/peds.2019-1682 Clinical Practice Guideline for the Diagnosis, Evaluation, and Treatment of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder in Children and Adolescents Mark L.

Para que serve Atensina para TDAH?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade é uma síndrome neurocomportamental que se caracteriza pela presença persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade. O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade é o transtorno do neurodesenvolvimento mais frequente na infância, sendo que aproximadamente 4,4% das crianças brasileiras sofrem desse transtorno.

Assim, é fundamental que o médico saiba manejar corretamente esse transtorno, pois é uma das principais causas que levam crianças escolares a uma consulta neuropediátrica. Ótima leitura! Pós-Graduação em Psiquiatria da Faculdade CENBRAP. Faça você também! Etiologia: A etiologia é multifatorial, englobando fatores: Genéticos (endógenos): – Pais com diagnóstico de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade apresentam chance duas a oito vezes maior de terem filhos afetados do que pais de grupos-controle.

Ambientais (exógenos): Pré-natais: – Infecções congênitas; – Intoxicações maternas; – Hemorragias; – Irradiações – Doenças maternas crônicas (p. ex., diabetes, hipertensão arterial) – Traumatismos Perinatais: – Causas maternas (malformações pélvicas, anemia materna, hipotensão e hipertensão arterial); – Causas fetais (macrossomia fetal e prematuridade); – Causas durante o parto (distocias no parto, descolamento prematuro da placenta e anormalidades do cordão umbilical).

  1. Pós-natais: – Infecções neonatais; – Hemorragias; – Traumatismo cranioencefálico; – Intoxicações; – Lesões expansivas.
  2. Diagnóstico: O diagnóstico é clínico e considera os critérios diagnósticos explicitados na 5 ° edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria.

O diagnóstico será fortalecido se o paciente satisfizer pelo menos 6 dos 9 critérios relativos à desatenção e/ou no mínimo 6 dos 9 critérios relativos à hiperatividade (Quadro 1). Por que todo médico precisa (mais do que nunca) saber Psiquiatria? Ademais, o diagnóstico só deve ser definido se os sintomas estiverem presentes há no mínimo 6 meses e satisfizerem os seguintes requisitos: – Vários sintomas se manifestaram antes dos 12 anos de idade; – Vários sintomas ocorrem em, no mínimo, dois ambientes (casa, escola, trabalho, na presença de amigos ou parentes, em outras atividades); – Há prejuízos sociais, acadêmicos ou profissionais ao indivíduo; – Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de algum transtorno psiquiátrico, excluindo-se o transtorno do espectro autista.

  • OBS 1.: Em indivíduos a partir de 17 anos de idade, o número mínimo de sintomas necessário em cada categoria para o diagnóstico cai de seis para cinco.
  • Tratamento: O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade deve ser entendido como um transtorno crônico que não possui terapia curativa.
  • Desse modo, o objetivo do tratamento é modificar o comportamento e reorganizar o indivíduo, a fim de promover um desempenho funcional satisfatório em todos os ambientes.

O tratamento é multiprofissional e multifatorial, e deve englobar:

Orientação aos pais e paciente

Os responsáveis devem ser esclarecidos quanto ao transtorno, a fim de poderem ajudar seus filhos, proporcionando modificações do meio, estímulo às modificações de comportamento e desenvolvimento de habilidades diversas.

Participação da escola

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade não é um transtorno específico do aprendizado, mas seus principais sintomas têm um grande impacto no rendimento acadêmico e profissional. O ajustamento acadêmico é essencial.

Atendimento psicoterápico

A terapia cognitivo-comportamental é pilar essencial do tratamento, pois atua na modificação do comportamento do indivíduo, na identificação das dificuldades pessoais e no desenvolvimento de habilidades acadêmicas e sociais.

Terapia medicamentosa

O tratamento de primeira linha consiste nos fármacos psicoestimulantes, que podem ser prescritos a partir de 6 anos de idade. Eles diminuem a recaptação pré-sináptica das catecolaminas, elevando seus níveis na fenda sináptica. Desse modo, diminuem a impulsividade e a atividade motora, melhorando a memória recente e o desempenho acadêmico e social e propiciando melhores condições para as intervenções terapêuticas.

No Brasil, existem duas categorias de psicoestimulantes disponíveis: Metilfenidato: – Ritalina (na dose de 10 mg, com duração do efeito de 3-4 horas); – Ritalina LA (cápsulas de 10 mg, 20 mg, 30 mg e 40 mg, com longa duração, de 6-8 horas); – Concerta (com apresentações de 18 mg, 36 mg e 54 mg, com tempo de ação de 10-12 horas).

Derivados de anfetaminas: – Dimesilato de lisdexanfetamina (Venvanse). Possui duração de 10-14 horas e se apresenta em cápsulas de 30 mg, 50 mg e 70 mg. OBS 2.: Tem sido preconizado para crianças com peso corporal acima de 20 kg. Outros medicamentos usados: – Antidepressivos tricíclicos, como a imipramina (Tofranil).

OBS 3.: Antes do início dessas medicações, deve-se solicitar avaliação eletrocardiográfica, já que os antidepressivos tricíclicos podem gerar aumento da frequência cardíaca, achatamento da onda T e prolongamento do intervalo PR, sendo contraindicados se houver bloqueio de ramo esquerdo ou bloqueio atrioventricular total.

– Antidepressivos não tricíclicos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (fluoxetina) e os inibidores da recaptação de norepinefrina-dopamina (bupropiona), também têm sido utilizados, especialmente na presença de comorbidades como depressão ou transtornos de ansiedade.

A clonidina (Atensina), agonista alfa-2 adrenérgico, pode ser utilizada, sobretudo na presença de tiques ou em casos que não obtiveram resposta aos psicoestimulantes. São mais eficazes sobre os sintomas de hiperatividade e impulsividade. O tratamento multimodal com terapia medicamentosa e apoio psicológico e pedagógico adequados permite que cerca de 60% das crianças com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade se tornem adultos funcionais e razoavelmente adaptados ao transtorno.

Por isso, é fundamental que nós médicos saibamos identificar esse problema para iniciar o mais rápido possível o tratamento. Conheça nossa Pós-Graduação em Psiquiatria da Faculdade CENBRAP Caso tenha gostado do assunto, e se interesse pela área da psiquiatria conheça nossa Pós-Graduação em Psiquiatria da Faculdade CENBRAP,

Quem não pode tomar Atensina?

ATENSINA não deve ser usada em pacientes com hipersensibilidade conhecida à clonidina ou aos outros componentes da fórmula; também não deve ser usada em pacientes com bradiarritmia grave secundária à disfunção do nódulo sinusal ou bloqueio AV de 2º ou 3º grau.

Quanto tempo posso tomar Atensina?

Como usar o Atensina? – O tratamento da pressão alta é contínuo e precisa de supervisão constante de seu médico. Você deve seguir a dose de Atensina prescrita pelo seu médico. É recomendável iniciar o tratamento com doses mais baixas, aumentando gradualmente até obter o efeito desejado.

Na hipertensão leve a moderada, doses iniciais de 0,075 mg a 0,200 mg pela manhã e à noite são suficientes na maioria dos casos. A dose inicial dependerá do seu grau de pressão alta. A dose de Atensina deve ser ajustada de acordo com a resposta individual de cada paciente. Se em 2 a 4 semanas sua pressão não estiver controlada, seu médico poderá aumentar a dose.

Na hipertensão grave pode ser necessário aumentar a dose para 0,300 mg, que poderá ser repetida até 3 vezes ao dia (0,900 mg). No caso de mau funcionamento dos rins o médico deve ajustar a dose de acordo com a resposta de cada paciente, sendo necessária uma monitoração minuciosa.

O que aconteceu com Atensina?

A Boehringer Ingelheim do Brasil comunica a descontinuação temporária de fabricação do medicamento Atensina ® comprimidos, nas apresentações 0,100mg e 0,200mg, indicado para o tratamento da hipertensão arterial (pressão alta), devido a necessidade de investigação de resultados fora de especificação durante análises de

Quantas vezes posso tomar Atensina?

Dose usual: 100mcg a 200mcg, VO, 2 vezes ao dia. Dose máxima: 2400mcg/dia. Dose inicial: 0,05mg, VO, antes de dormir; aumentar de 0,05mg a cada 3 dias, três vezes por dia; uma quarta dose diária pode ser adicionada para melhorar a eficácia ou diminuir os efeitos colaterais dividindo a dose diária em 4 doses.

Como tomar clonidina para TDAH?

Revista de Pediatria SOPERJ

  • Artigos de Revisao
  • Eficácia da clonidina no tratamento de TDAH: revisão sistemática
  • The effectiveness of clonidine in the treatment of ADHD: A systematic review
  • Stella Carvalho Moreno das Neves; Bruna Martins Liberali

DOI :10.31365/issn.2595-1769.v20i2p51-58 Universidade Anhembi Morumbi, Medicina – São Paulo – São Paulo – Brasil Endereço para correspondência :

  1. Recebido em: 08/04/2020
  2. Aprovado em: 04/05/2020
  3. Instituição: Universidade Anhembi Morumbi, Medicina – São Paulo – São Paulo – Brasil
  4. Resumo

INTRODUÇÃO: O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que ocorre na infância, e tem como primeira linha de tratamento o uso de psicoestimulantes. No entanto, existem outras opções terapêuticas para pacientes que não respondem bem aos estimulantes, e a clonidina é uma delas.

OBJETIVO: Apresentar uma síntese atualizada do conhecimento disponível sobre o uso da clonidina em crianças e adolescentes de 5-17 anos, comparando sua eficácia com placebo, estimulantes, e seu uso em combinação com estimulantes. FONTES DE DADOS: Foi realizada pesquisa de literatura em bases de dados eletrônicas PubMed, Medline e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).

SÍNTESE DOS DADOS: A CLON-XR (clonidina de liberação prolongada) quando comparada ao placebo reduziu significativamente os sintomas de TDAH, gerando melhor desempenho que o placebo, com melhora da linha de base no escore total de TDAH-RS-IV. A clonidina se mostrou relativamente eficaz e bem tolerada, mais eficaz que a associação CLON-XR + metilfenidato para redução dos sintomas; entretanto, o metilfenidato é uma melhor opção em monoterapia.

A associação CLON-XR + estimulante em pacientes que faziam tratamento prévio com estimulante obteve melhora significativamente maior da linha de base. CONCLUSÕES: A clonidina é relativamente segura e bem tolerada quando em monoterapia para tratamento de TDAH, porém o metilfenidato é uma opção com maior efetividade.

Em casos de resposta parcial ao tratamento com estimulantes, a associação da clonidina ao estimulante previamente utilizado é benéfica, podendo reduzir significativamente os sintomas. Palavras-chave: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade; Tratamento farmacológico; Eficácia; Clonidina; Terapia Combinada.

Abstract INTRODUCTION: Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) is a neurodevelopmental disorder that shows its first signs during childhood. Methylphenidate is a psychostimulant medication that is primarily used to treat ADHD. However, in patients who respond inadequately to stimulants, other therapeutic options are available, e.g.

clonidine. OBJECTIVE: To present a description of the available knowledge on the use of clonidine in children and teenagers aged 5-17 years. This review summarizes the literature on the effectiveness of clonidine compared to either placebo, stimulants, or clonidine in combination with stimulants.

DATA SOURCES: A literature search was conducted in the following electronic databases; PubMed, Medline and Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS). SUMMARY OF THE FINDINGS: Slow release clonidine (CLON-XR) was shown to reduce ADHD symptoms, improving the ADHD-RS-IV total score when compared to placebo.

Further, CLON-XR proved to be relatively effective and well tolerated, more so than CLON-XR + methylphenidate combined. However, methylphenidate was shown to be more appropriate for monotherapy. In patients who responded inadequately to stimulants alone, CLON-XR + stimulant combined were shown to improve the baseline response.

  1. CONCLUSIONS: When treating ADHD with a monotherapy approach, methylphenidate is a better option when compared to clonidine.
  2. Moreover, combining clonidine and methylphenidate benefits patients who previously responded inadequately to stimulants.
  3. Eywords: Attention Deficit Disorder with Hyperactivity; Drug Therapy; Efficacy; Clonidine; Combined ModalityTherapy.

INTRODUÇÃO O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é caracterizado como um distúrbio do neurodesenvolvimento que se inicia na infância, consistindo em um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento.

  • De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), 1 para que o diagnóstico seja feito, é necessário que haja seis ou mais sintomas de desatenção e/ou seis ou mais sintomas de hiperatividade/impulsividade.
  • Tais sintomas devem persistir por pelo menos seis meses em um grau que seja inconsistente com o nível do desenvolvimento e tenha impacto negativo nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais 1,

As manifestações do transtorno devem estar presentes em dois ou mais ambientes (ex.: em casa, na escola, com amigos ou parentes), não sendo explicadas por outros transtornos mentais. A maior parte dos sintomas aparecem antes dos 12 anos de idade, no entanto, não há idade de início especificada.1 As crianças com TDAH são comumente descritas como desligadas, aborrecidas e desmotivadas, sem força de vontade, desorganizadas e bagunceiras.2 São crianças agitadas, como se estivessem a “mil por hora”, gostam de fazer coisas fora de hora e são barulhentas.3 Dessa forma, por apresentarem esse quadro de desorganização, falta de compreensão, entre outros sintomas, podem apresentar um pior desempenho escolar e até mesmo insucesso no campo profissional.

  1. Além disso, podem apresentar maior probabilidade de desemprego e transtorno da personalidade antissocial na vida adulta que pode desencadear outros transtornos, como por exemplo, o transtorno por uso de substâncias.
  2. Por isso, é de extrema importância que o tratamento seja realizado de forma adequada e individualizada para que os sintomas não prejudiquem o desenvolvimento e a qualidade de vida das crianças com TDAH.1 De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, 4 o tratamento atual do TDAH no Brasil consiste em métodos não farmacológicos (psicoterapia individual, principalmente terapia cognitivo-comportamental) em associação com métodos farmacológicos.

O ideal é que se inicie a terapia comportamental antes mesmo da introdução dos fármacos, para que, com a administração dos medicamentos, a terapia seja ainda mais efetiva.5,6,7 Dentre os métodos farmacológicos, estimulantes como metilfenidato e lis-dexanfetamina são a primeira escolha, sendo a clonidina apenas indicada caso haja falha de outras opções terapêuticas, como tentativa de outro estimulante, atomoxetina e anti-depressivos.

  1. Entretanto, cerca de 15% dos pacientes não apresentam melhora significativa dos sintomas com os medicamentos de primeira escolha, 8 sendo necessário ir associando ou substituindo as medicações até que se encontre a melhor opção terapêutica para cada paciente.
  2. A atomoxetina (ainda não disponível no Brasil) é eficaz na redução dos sintomas, principalmente em pacientes com transtornos depressivos associados, enquanto que imipramina, nortriptilina, bupropiona e clonidina são mais utilizados para tratar comorbidades em pacientes com TDAH, como ansiedade, tiques nervosos, agressividade e depressão.9 Estudos realizados nos Estados Unidos sugerem o uso da clonidina como uma opção bem tolerada, 8,10-18 além de possuir grande potencial para o tratamento do TDAH em jovens; 8,10-16 no Brasil, entretanto, a clonidina ainda permanece como sexta escolha medicamentosa.

A clonidina é um agonista alfa2-adrenérgico de ação central que diminui a exocitose de noradrenalina na fenda sináptica, tanto no sistema nervoso central como no periférico, prescrita para controle da hipertensão arterial, 19 porém aprovada pelo U.S Food and Drug Administration no tratamento de TDAH em sua forma de liberação prolongada (CLON-XR).10,20 Possui efeitos sistêmicos como hipotensão arterial, bradicardia e sedação, e possíveis efeitos colaterais, como cansaço, sonolência, tosse, coriza, pesadelos, mudança de humor.21 No tratamento de TDAH, é usada em monoterapia ou como terapia adjuvante a medicamentos estimulantes, sendo aprovada para crianças de 6-17 anos com TDAH, duas vezes por dia na dose de 0,1 a 0,4 mg/dia.21 É importante ressaltar que a prevalência do TDAH no Brasil é de 17,1% em crianças de 6-12 anos 22 e, segundo a ANVISA, 9 acima de 5% das crianças em idade escolar terão TDAH, sendo provável que aproximadamente uma em cada criança na sala de aula possa ser afetada.

Diante da importante prevalência do distúrbio junto à resposta parcial que grande parte dos pacientes apresentam ao uso de estimulantes, torna-se necessário pesquisar opções terapêuticas mais eficazes para que se obtenha melhores resultados no tratamento do TDAH. Esta revisão tem como objetivo apresentar uma síntese atualizada do conhecimento disponível sobre o uso da clonidina em pacientes com TDAH, comparando sua eficácia com placebo, estimulantes, e seu uso em combinação com estimulantes.

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Caso sua eficácia seja relevante, deve-se considerar ampliar estudos sobre o fármaco e seu uso no Brasil. MÉTODOS Realizou-se pesquisa de literatura em bases de dados eletrônicas buscando por artigos que avaliaram a eficácia da clonidina no tratamento de TDAH em crianças e adolescentes de 5-17 anos.

A pesquisa foi efetuada sem restrição de data e linguagem em agosto de 2019, e as bases utilizadas foram PubMed, Medline e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), onde foram encontrados 1.558 artigos. Foi realizada ainda uma busca manual que encontrou 30 artigos. Inicialmente foram identificados 1.588 artigos no total, e após a exclusão dos artigos duplicados e a aplicação dos critérios de exclusão e inclusão, foram selecionados cinco artigos para serem incluídos na revisão.

Os termos pesquisados nas três bases de dados foram ” adhd clonidine”, “adhd clonidine mph”, “adhd methylphenidrate”, “adhd clonidine amphetamine “. Foram encontrados 581 artigos no Pubmed, 457 no Medline, e 520 artigos no LILACS. Os artigos duplicados foram excluídos, restando 423 artigos; a partir daí, os critérios de exclusão e inclusão foram sendo aplicados, de modo que ao final da seleção, cinco artigos foram incluídos na revisão.

Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos randomizados, duplo-cego e controlados por placebo, disponíveis na íntegra, em inglês ou português, envolvendo crianças de 5-17 anos, de ambos os sexos, com TDAH, que foram expostas a clonidina e/ou clonidina + estimulante, comparado ao uso do estimulante e/ou estimulante + clonidina e/ou placebo, sendo os estimulantes metilfenidato e anfetamina.

Os critérios de exclusão foram: revisões sistemáticas; meta-análises; revisões de prontuário; estudos de caso; estudos retrospectivos; estudos envolvendo questionários; overview de revisões sistemáticas; pesquisas em animais; estudos envolvendo comorbidades além do TDAH, estudos envolvendo síndrome de Tourette.

  • Após a seleção dos artigos, um roteiro de análise foi elaborado, destacando-se: autoria, país, ano de publicação, amostra, grupos e duração do estudo, escalas utilizadas para avaliação das amostras e resultados mais importantes.
  • A partir dos grupos avaliados em cada estudo, os artigos foram agrupados em cinco categorias: a) clonidina x placebo; b) clonidina x metilfenidato; c) clonidina + estimulante x placebo + estimulante; d) clonidina x clonidina + metilfenidato; e e) metilfenidato x clonidina + metilfenidato.
  • RESULTADOS

Foram analisados cinco artigos, dos quais todos foram realizados nos Estados Unidos da América, escritos em inglês, sendo o artigo mais antigo de 2008, e os mais recentes de 2011. Os cinco artigos são ensaios clínicos randomizados, e a idade dos pacientes envolvidos nos estudos variou entre 6-17 anos.

  • A tabela 2 sumariza os dados dos artigos selecionados, destacando-se: autoria, país, ano de publicação, amostra, grupos e duração do estudo, escalas utilizadas para avaliação das amostras e resultados mais importantes.
  • A partir da tabela 2, os estudos foram analisados em cinco categorias: a) clonidina x placebo; b) clonidina x metilfenidato; c) clonidina + estimulante x placebo + estimulante; d) clonidina x clonidina + metilfenidato; e) metilfenidato x clonidina + metilfenidato.

a) Clonidina x placebo A clonidina, quando comparada ao placebo no tratamento de TDAH, se mostrou uma boa opção terapêutica, com melhora significativa dos sintomas tanto de desatenção quanto hiperatividade/ impulsividade nas populações pediátricas avaliadas.8,11,13,23 Nos estudos de Nguyen M et al.23 e de Jain R et al,, 8 os grupos expostos a CLON-XR 0,2 mg e CLON-XR 0,4 mg apresentaram melhora da linha de base do escore total ADHD-RS-IV até a semana 5 significativamente maior do que no grupo placebo (p = 0,0001), assim como em suas subescalas desatenção e hiperatividade/impulsividade.

Entretanto, o estudo de Jain R et al.8 mostrou que a CLON-XR 0,4 mg obteve melhores resultados que a CLON-XR 0,2 mg quanto às pontuações nas subescalas do ADHD-RS-IV na semana 5 versus linha de base, em que a pontuação da subescala de desatenção foi de 7,7 para ambos os grupos CLON-XR versus 3,4 no grupo placebo, enquanto que a pontuação da subescala hiperatividade/impulsividade foi de 4,1 no grupo placebo, 7,9 no grupo CLON-XR 0,2 mg/dia, e 8,8 no grupo CLON-XR 0,4 mg/dia (p.0012).

O estudo de Cannon M et al., 13 que dividiu a amostra de 122 pacientes em quatro grupos (clonidina x metilfenidato x clonidina + metilfenidato x placebo) não obteve testes estatísticos significativos ao comparar as opções de tratamentos ativos; logo, as conclusões limitaram-se a uma comparação entre “tratamento ativo” x “placebo”.

O tratamento ativo apresentou redução dos sintomas de TDAH quando comparado ao placebo, através das escalas Impact on Family Questionnaire (tratamento ativo melhorou 22,3% e placebo melhorou 1,4%, p = 0,029); Parenting Daily Hassles Questionnaire (tratamento ativo melhorou 17% e placebo melhorou 2,9%, p = 0,016); ADHD Rating Scale (tratamento ativo melhorou 35,3% e placebo melhorou 9,5%, p = 0,017).

Entretanto, o estudo não mostrou relação específica entre clonidina x placebo. Para Palumbo DR et al,, 11 que assim como em Cannon M et al.13 dividiu a amostra de 122 pacientes em quatro grupos (clonidina x metilfenidato x clonidina + metilfenidato x placebo), a escala Conners ASQ-Teacher demonstrou que a clonidina não foi eficaz para redução dos sintomas dos pacientes com TDAH, nem mesmo melhor que o placebo.

Já as escalas Conners ASQ-Parent e Children’s Global Assessment Scale obtiveram resultados contrários e estatisticamente significativos, em que os indivíduos que receberam clonidina (seja ela combinada ou isolada) obtiveram melhor desempenho que aqueles que não receberam clonidina (metilfenidato ou placebo).

b) Clonidina x metilfenidato Como mencionado anteriormente, no estudo de Cannon 13 as comparações dos quatro grupos de tratamento separados não foram estatisticamente significantes, impossibilitando uma análise comparativa entre as opções terapêuticas ativas.

No estudo de Palumbo, 11 a clonidina se mostrou eficaz para redução dos sintomas de TDAH nas escalas Conners ASQ-Parent e Children’s Global Assessment Scale (CGAS), em que os pacientes que receberam clonidina obtiveram melhor desempenho do que aqueles que não receberam. O efeito do metilfenidato nessas escalas se mostrou reduzido.

Entretanto, a escala Conners ASQ-Teacher mostrou que os indivíduos que receberam metilfenidato (combinado ou isolado) tiveram melhor desempenho do que aqueles que não receberam metilfenidato. A Escala de Conners de Iowa demonstrou benefícios significativos do metilfenidato no escore total (p = 0,003) e nas subescalas desatenção/ hiperatividade (p = 0,003) e de oposição/ desafio (p = 0,02).

Além disso, as medidas diretas de observação da sala de aula revelaram um benefício do metilfenidato nos comportamentos em tarefas (p = 0,02). Imagem 1 – Fluxograma de PRISMA da seleção dos artigos para a revisão. c) Clonidina + estimulante x placebo + estimulante O estudo de Kollins 10 avaliou 198 pacientes com TDAH que faziam uso de estimulante mas apresentavam resposta parcial a esse tratamento.

Essa amostra foi dividida em dois grupos: CLON-XR + estimulante (metilfenidato ou anfetamina) em comparação com placebo + estimulante. O estudo mostrou que houve melhora no escore total de TDAH-RS-IV a partir da linha de base, e que foi estatisticamente significante entre os grupos CLON-XR + estimulante e placebo + estimulante a partir da semana 2, porém, na semana 5, os pacientes do grupo CLON-XR + estimulante apresentaram melhora significativamente maior em relação à linha de base no escore total de TDAH-RS-IV, em comparação com os pacientes do grupo placebo mais estimulante (IC = -7,83 a -1,13; p = 0,009).

  1. As pontuações da linha de base nas subescalas de desatenção e hiperatividade da escala ADHDRS-IV, e nas escalas Conners Parent Rating Scale, CGI-I, CGI-S e PGA também foram significativamente melhoradas no grupo CLON-XR + estimulante em comparação com o grupo placebo + estimulante na semana 5.
  2. D) Clonidina x clonidina + metilfenidato O estudo de Palumbo 11 mostrou que na escala CGAS a interação entre clonidina e metilfenidato (eficácia = -0,9; IC = -6,2 a 4,4; p = 0,73) obteve efeito menor na redução dos sintomas dos pacientes com TDAH do que o uso isolado da clonidina (eficácia = 7,5; IC = 3,6 a 11,4; p = 0,0002).

Como já dito anteriormente, a clonidina se mostrou eficaz nas escalas Conners ASQ-Parent e CGAS, e com efeito inferior ao metilfenidato na escala Conners ASQ-Teacher, e) Metilfenidato x Clonidina + metilfenidato Para Palumbo, 11 a combinação de metilfenidato e clonidina, quando comparada ao uso de metilfenidato isolado, não se mostrou eficaz e nem significativamente relevantes nas escalas de Conners ASQ-Teacher (eficácia = -1,9; IC = -4,9 a 1,2; p = 0,23), Conners ASQ-Parent (eficácia = -3,0; IC = -6,4 a 0,4; p = 0,08) e CGAS (eficácia = 2,7; IC = -2,6 a 8,1; p = 0,32).

Como citado anteriormente, o metilfenidato se mostrou eficaz na escala Conners ASQ-Teacher, e com efeito reduzido nas escalas Conners ASQ-Parent e CGAS, além de ter demonstrado benefícios significativos na escala de Conners de Iowa, e de revelar efeitos benéficos no comportamento durante tarefas na sala de aula.

DISCUSSÃO A clonidina, quando comparada ao placebo no tratamento de TDAH, mostrou-se efetiva na redução dos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, 8,11,13,23 sobretudo na dose de 0,4 mg. É uma medicação relativamente segura e bem tolerada, sendo seus principais efeitos adversos sonolência e fadiga, assim como cefaleia, bradicardia e hipotensão, sem outras alterações clinicamente significativas.

  1. Tal condição contribui para a boa tolerabilidade da clonidina, em que mesmo com os efeitos indesejáveis, a maioria dos ensaios clínicos relatou transitoriedade ou tolerabilidade desses efeitos.
  2. No estudo de Palumbo, 11 a administração da clonidina foi dividida em 3-4 doses, e tal estudo obteve menor incidência de eventos adversos, sugerindo possível relação entre a forma de administração e a incidência dos efeitos adversos.

Entretanto, quando comparado ao metilfenidato, o estimulante se mostrou a melhor opção em monoterapia, obtendo melhores resultados na redução dos sintomas do TDAH. O estudo de Cortese 24 também mostra que, dentre todas as opções terapêuticas por ele avaliadas (metilfenidato, anfetaminas, atomoxetina, clonidina, guanfacina, bupropiona e modafinil), o metilfenidato deve ser a primeira opção para o tratamento de TDAH em crianças e jovens.

Porém, cerca de 15% dos pacientes que são tratados com metilfenidato não se beneficiam terapeuticamente com essa medicação.8 Esses pacientes poderiam se beneficiar da associação entre metilfenidato e clonidina, dado que essa combinação permite a redução dos sintomas de TDAH por duas vias distintas de regulação de neurotransmissores.

Enquanto o metilfenidato age bloqueando a recaptação de catecolaminas e aumentando o nível de produção de neurotransmissores fundamentais para a memória, a atenção e a regulação de humor, 25 a clonidina exerce sua atividade através da simpatólise resultante da inibição do locus ceruleus (núcleo ligado à atividade noradrenérgica) e também da inibição da liberação de noradrenalina no neuroefetor.26,27 Nosso estudo mostrou que a associação entre clonidina e estimulante como primeira opção terapêutica não é tão eficaz na redução dos sintomas do TDAH; 11 entretanto, essa combinação se mostrou benéfica quando usada em pacientes que já faziam uso de estimulantes para o tratamento de TDAH e obtiveram resposta parcial com essa terapêutica.10 methylphenidate or amphetamine Essa combinação pode ser interessante justamente por permitir em alguns casos a redução da dose do metilfenidato, reduzindo assim seus efeitos adversos (anorexia, aumento do estado de vigília e euforia, insônia, cefaleia, dor de estômago, tonturas e restrição do crescimento 28,29 ) e a potencial dependência que tal medicação pode causar.25 Uma revisão sistemática 30 chegou à conclusão que o uso do metilfenidato é efetivo para melhorar o aprendizado e reduzir os sintomas maiores de TDAH (desatenção, hiperatividade e impulsividade).

Já a clonidina é responsável pela redução de alguns dos aspectos mais cognitivos da desatenção, fornece benefícios complementares para os aspectos comportamentais da hiperatividade e impulsividade, e reduz ainda tiques em pacientes que apresentam essa comorbidade.14 CONCLUSÃO O TDAH é uma doença crônica, heterogenia, com múltiplas etiologias e diversos fatores de risco associados, por isso o tratamento deve ser adaptado para cada indivíduo.31 A clonidina é relativamente segura e bem tolerada quando em monoterapia para tratamento de TDAH, porém o metilfenidato é uma opção com maior efetividade.

Em casos de resposta parcial ao tratamento com estimulantes, a associação da clonidina ao estimulante previamente utilizado é benéfica, reduzindo significativamente os sintomas. Entretanto, a associação de estimulante e clonidina como primeira opção terapêutica não se mostrou eficaz.

Além disso, considerando o alto potencial de abuso e dependência do metilfenidato, é necessário que haja uma abordagem da problemática do consumo indevido do fármaco, alertando a população para o mau uso e efeitos adversos.25 Quase todos os estudos analisados nesta revisão possuem taxas de abandono consideráveis, contêm limitações de projeto e de duração, sendo o mais longo de apenas 16 semanas.20 A falta de dados no longo prazo nos impede de tirar conclusões sobre a eficácia do tratamento com este medicamento, pois não há dados precisos sobre ocorrência de eventos adversos no longo prazo, se são intoleráveis ou não aos pacientes e se causam dependência.

Por fim, todos os estudos sobre o uso da clonidina e sua interação com estimulantes são de fontes internacionais. É necessário, portanto, reforçar as pesquisas nacionais sobre a terapia combinada, uma vez que não há estudos sobre o tema no Brasil. REFERÊNCIAS 1.

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O que pode substituir a clonidina?

A clonidina parece ficar como sexto fármaco adicional ao tratamento da HAR, não devendo ser substituída por alfa metildopa devido ausência de evidências para uso da me- tildopa no tratamento da HAR, podendo ser substituída por betabloqueadores seletivos se não estiverem sendo utilizados ou ser combinada com diuréticos

Pode tomar Atensina duas vezes ao dia?

Dose usual: 100mcg a 200mcg, VO, 2 vezes ao dia. Dose máxima: 2400mcg/dia. Dose inicial: 0,05mg, VO, antes de dormir; aumentar de 0,05mg a cada 3 dias, três vezes por dia; uma quarta dose diária pode ser adicionada para melhorar a eficácia ou diminuir os efeitos colaterais dividindo a dose diária em 4 doses.

Quanto tempo posso tomar Atensina?

Como usar o Atensina? – O tratamento da pressão alta é contínuo e precisa de supervisão constante de seu médico. Você deve seguir a dose de Atensina prescrita pelo seu médico. É recomendável iniciar o tratamento com doses mais baixas, aumentando gradualmente até obter o efeito desejado.

  • Na hipertensão leve a moderada, doses iniciais de 0,075 mg a 0,200 mg pela manhã e à noite são suficientes na maioria dos casos.
  • A dose inicial dependerá do seu grau de pressão alta.
  • A dose de Atensina deve ser ajustada de acordo com a resposta individual de cada paciente.
  • Se em 2 a 4 semanas sua pressão não estiver controlada, seu médico poderá aumentar a dose.

Na hipertensão grave pode ser necessário aumentar a dose para 0,300 mg, que poderá ser repetida até 3 vezes ao dia (0,900 mg). No caso de mau funcionamento dos rins o médico deve ajustar a dose de acordo com a resposta de cada paciente, sendo necessária uma monitoração minuciosa.

Quantas vezes tomar Atensina por dia?

Dose inicial: 0,05mg, VO, antes de dormir; aumentar de 0,05mg a cada 3 dias, três vezes por dia ; uma quarta dose diária pode ser adicionada para melhorar a eficácia ou diminuir os efeitos colaterais dividindo a dose diária em 4 doses.

Qual o medicamento que pode substituir a Atensina?

Clonidin (Cristália) – Versão injetável (solução) 150 mcg/ 1 mL.

Qual o remédio que pode substituir a Atensina?

Continue tomando as próximas doses regularmente no horário habitual. Não duplique a dose na próxima tomada. Você não deve tomar Atensina se tiver alergia a qualquer componente da fórmula; se seu coração bater mais lentamente que o normal; se tiver intolerância à galactose.

Você deverá ter cautela ao usar Atensina se seu coração bater mais lentamente que o normal, se tiver problemas da circulação, depressão, doença nos nervos (polineuropatia) ou prisão de ventre. Se a causa de sua pressão alta for um feocromocitoma (tipo de tumor renal), a Atensina pode não ajudar a controlá-la.

Se você tiver mau funcionamento dos rins, do coração ou problema nos vasos do coração, seu tratamento precisará de mais atenção e pode ser necessário que o médico ajuste a dose a ser tomada. É muito importante que você não interrompa o tratamento sem antes conversar com seu médico.

Se você parar bruscamente o tratamento prolongado e com doses elevadas de Atensina, poderá ter inquietação, palpitação, aumento da pressão arterial, nervosismo, tremores, dor de cabeça e enjoo. A interrupção deve ser feita de forma gradual, conforme orientação do médico. Se a sua pressão arterial aumentar após a descontinuação de Atensina, poderá ser administrada fentolamina ou tolazolina intravenosa.

Atensina poderá provocar diminuição da produção de lágrimas, atenção ao usar de lentes de contato. Os comprimidos de Atensina de 0,100 mg e 0,200 mg contêm 324,9 mg de lactose por dose diária máxima recomendada e os comprimidos de Atensina de 0,150 mg contém 216,3 mg.