Persistencia Do Canal Arterial Artigo?
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O que ocorre com o canal arterial após o nascimento?
O que ocorre com o canal arterial após o nascimento? Após o nascimento deve ocorrer o fechamento funcional do canal arterial dentro das primeiras 24 a 48 horas e o fechamento anatômico, entre 2 a 3 semanas. Sua persistência, em um coração estruturalmente normal, em criança nascida a termo, após o 3º mês de vida é anormal.
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Qual a importância do canal arterial?
Persistência do canal arterial em recém-nascidos prematuros
EDITORIAIS Persistência do canal arterial em recém-nascidos prematuros Nelson Itiro Miyague Professor titular, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Professor adjunto, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR
O canal arterial é um largo vaso que comunica a artéria pulmonar com a aorta no feto. É uma estrutura de grande importância nesse período da vida, pois uma maior porção do débito ventricular combinado passa através dessa comunicação à aorta descendente e à placenta.
Isso se deve ao maior volume ejetado pelo ventrículo direito e à pequena quantidade de sangue direcionado aos pulmões. Esse sangue contém uma pressão de oxigênio menor que o da aorta 1, O fechamento funcional do canal arterial no recém-nascido a termo ocorre com 12 a 15 horas de vida, e o permanente, com 5 a 7 dias, alcançando, em alguns casos, até o 21º dia.
No prematuro, o canal arterial permanece aberto por um período mais prolongado, e a freqüência da persistência do canal arterial é proporcionalmente maior quanto mais imaturo for o recém-nascido. Afiune et al.2, em artigo publicado nesta edição, confirmam esses dados, mostrando uma freqüência de 58,8% em recém-nascidos com peso inferior a 1.000 g e de 25%, com peso superior a esse valor.
- O mecanismo da manutenção da abertura do canal ainda é desconhecido, porém a alta concentração de prostaglandina E2 encontrada em prematuros e a não efetividade do fechamento inicial estão entre os fatores responsáveis por essa resposta 1,3.
- A persistência sintomática do canal arterial é definida pela presença do sopro cardíaco, pela taquicardia, pelo precórdio hiperdinâmico e pelo aumento da amplitude de pulso.
Este critério, no entanto, não mostra boa correlação com a repercussão hemodinâmica nos primeiros dias de vida, que é determinada pela quantidade de sangue desviado da esquerda para a direita pelo canal arterial 4, Ademais, o quadro clínico varia com a idade gestacional do recém-nascido.
- Assim como a clínica, o eletrocardiograma e a radiografia de tórax são exames complementares de pouca efetividade no diagnóstico e na quantificação da repercussão hemodinâmica do canal arterial.
- Por isso, o ecocardiograma tem um papel primordial na condução e no diagnóstico do canal arterial do recém-nascido prematuro, como mostram Afiune et al.2,
Eles observaram sopro em 18%, impulsões precordiais visíveis em 13,1% e aumento da pressão de pulso em 3,3% dos casos com persistência do canal arterial confirmado ao ecocardiograma. Esses sinais foram mais freqüentes nos pacientes com os maiores canais arteriais, mas, mesmo assim, 28,5% deles não os apresentavam.
- Medidas do ecocardiograma, tais como diâmetro do átrio esquerdo, relação do átrio esquerdo com o diâmetro da aorta, diâmetro do canal arterial, padrão de fluxo na aorta descendente e no ramo esquerdo da artéria pulmonar, têm sido usadas para quantificar o canal arterial 5,
- Essa quantificação é muito importante para a decisão da conduta e na diferenciação diagnóstica, pois o quadro clínico nesses pacientes está, na maioria das vezes, sobreposto às alterações pulmonares.
A diferenciação do predomínio entre a repercussão hemodinâmica do canal arterial e a severidade do comprometimento pulmonar é mais difícil quanto mais prematuro for o paciente. Outrossim, a mortalidade está diretamente relacionada aos canais arteriais de repercussão hemodinâmica 6,
Os canais arteriais de repercussão hemodinâmica podem estar associados também a complicações importantes. A presença de persistência do canal arterial em prematuro de baixo peso é um risco independente do desenvolvimento de enterite necrotizante 7, A prevenção da prematuridade e o fechamento de canal arterial clinicamente significante mostram forte evidência de diminuição de ocorrência de casos ou de severidade de displasia broncopulmonar 8,
O fechamento do canal arterial reduz também o risco de hemorragia pulmonar 1, Essa complicação foi a responsável por três óbitos em pacientes da série estudada por Afiune et al.2, e todos tinham diagnóstico de membrana hialina e haviam recebido surfactante exógeno no primeiro dia de vida.
Em uma revisão sistemática recente de hemorragia cerebelar, complicação que vem sendo mais diagnosticada com a melhora da neuroimagem, observa-se uma associação dessa complicação com a presença de canal arterial 9, Com o tratamento atual, seja medicamentoso ou cirúrgico, o prognóstico desses pacientes tem melhorado significativamente.
Não existem dados na literatura que indiquem qual das duas terapêuticas deve ser a primeira empregada no tratamento do canal arterial sintomático 10, O uso de indometacina produz o fechamento na grande maioria dos casos, porém trabalhos têm mostrado que, em até 40% dos casos, ela pode ser ineficiente.
- Em até 35% dos casos que responderam inicialmente à droga, pode haver a reabertura.
- Prolongar o uso da droga para evitar essa evolução ainda não é um consenso na literatura.
- Esse procedimento reduz o risco de hemorragia intracraniana e de disfunção renal, porém parece aumentar o risco de doença pulmonar crônica 11,
O ibuprofeno também tem sido utilizado na terapêutica dessa anomalia. O resultado da efetividade tem sido semelhante à indometacina, mas parece aumentar o risco de doença pulmonar crônica e a hipertensão pulmonar 12, A utilização de indometacina como tratamento profilático reduz o número de canais arteriais sintomáticos, a necessidade de cirurgia e de hemorragia intraventricular grave.
Não existe evidência de benefício ou de malefício no resultado tardio, incluindo o desenvolvimento neurológico 13, A mortalidade cirúrgica hoje é extremamente baixa, mas complicações como pneumotórax e maior incidência de retinopatia de prematuridade grau II e IV têm sido descritas. Com esse tratamento, o risco de falência no fechamento do canal diminui significativamente 10,
Mais importante do que o tipo de terapêutica a ser adotada é reconhecer o paciente que deve ser submetido ao tratamento. Isso é fundamental, visto que o canal arterial, mesmo sintomático, pode evoluir para fechamento espontâneo. Por outro lado, os procedimentos terapêuticos atuais não se mostram isentos de risco.
Assim considerado, o trabalho de Afiune et al.2 pode auxiliar na conduta a ser adotada no recém-nascido prematuro com canal arterial, pois mostra uma maneira fácil e reprodutível de reconhecer antecipadamente os pacientes que necessitam de tratamento e os que podem evoluir para fechamento espontâneo.
Referências 1. Rudolph AM. The ductus arteriosus and persistent patency of the ductus arteriosus. In: Rudolph AM, editor. Congenital Diseases of the Heart: Clinical-Physiological Considerations. Armonk (NY): Futura Publishing Company; 2001.p.155-196.2. Afiune JY, Singer JM, Leone CR.
Evolução ecocardiográfica de recém-nascidos com persistência do canal arterial. J Pediatr (Rio J).2005;81:454-60.3. Clyman RI, Goetzman BW, Chen YQ, Mauray F, Kramer RH, Pytela R, et al. Changes in endothelial cell and smooth muscle cell integrin expression during closure of the ductus arteriosus: an immunohistochemical comparison of the fetal, preterm newborn, and full-term newborn rhesus monkey ductus.
Pediatr Res.1996;40:198-280.4. Alagarsamy S, Chhabra M, Gudavalli M, Nadroo AM, Sutija VG, Yugrakh D. Comparison of clinical criteria with echocardiographic findings in diagnosing PDA in preterm infants. J Perinat Med.2005;33:161-4.5. El Hajjar M, Vaksmann G, Rakza T, Kongolo G, Storme L.
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- Brooks JM, Travadi JN, Patole SK, Doherty DA, Simmer K.
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- Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed.2005;90:F235-90.7.
Dollberg S, Lusky A, Reichman B. Patent ductus arteriosus, indomethacin and necrotizing enterocolitis in very low birth weight infants: a population-based study. J Pediatr Gastroenterol Nutr.2005;40:184-8.8. D’Angio CT, Maniscalco WM. Bronchopulmonary dysplasia in preterm infants: pathophysiology and management strategies.
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- Surgical versus medical treatment with cyclooxygenase inhibitors for symptomatic patent ductus arteriosus in preterm infants (Cochrane Review).
In: The Cochrane Library, Issue 3, 2005. Chichester, UK: John Wiley & Sons, Ltd.; 2005.11. Herrera C, Holberton J, Davis P. Prolonged versus short course of indomethacin for the treatment of patent ductus arteriosus in preterm infants (Cochrane Review).
In: The Cochrane Library, Issue 3, 2005. Chichester, UK: John Wiley & Sons, Ltd.; 2005.12. Ohlsson A, Walia R, Shah S. Ibuprofen for the treatment of patent ductus arteriosus in preterm and/or low birth weight infants (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 3, 2005. Chichester, UK: John Wiley & Sons, Ltd.; 2005.13.
Fowlie PW, Davis PG. Prophylactic intravenous indomethacin for preventing mortality and morbidity in preterm infants (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 3, 2005. Chichester, UK: John Wiley & Sons, Ltd.; 2005. : Persistência do canal arterial em recém-nascidos prematuros
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Qual é a história natural de um pequeno canal arterial?
Persistência do canal arterial (PCA): o que eu tenho que saber?
- Esta publicação também está disponível em:
- O que é o canal arterial e por que tenho que saber o que é persistência do canal arterial (PCA)?
- Estrutura vascular que conecta a aorta descendente à artéria pulmonar principal próximo à origem da artéria pulmonar esquerda.
- Estrutura essencial na circulação fetal permite o desvio do débito do VD para a aorta descendente desviando o sangue da circulação pulmonar de alta resistência.
- Constrição prematura ou fechamento do canal arterial na vida fetal pode levar a insuficiência cardíaca direita e como consequência a hidropsia fetal.
- O que ocorre com o canal arterial após o nascimento?
Após o nascimento deve ocorrer o fechamento funcional do canal arterial dentro das primeiras 24 a 48 horas e o fechamento anatômico, entre 2 a 3 semanas. Sua persistência, em um coração estruturalmente normal, em criança nascida a termo, após o 3º mês de vida é anormal.
- Que dados epidemiológicos são relevantes sobre a PCA?
- Em crianças nascidas a termo a incidência de PCA é estimada em torno de 1 para cada 2000 nascimentos.
- Se os denominados canais silenciosos (detectados acidentalmente em exame ecocardiográfico realizado por uma outra indicação ), forem incluídos a incidência pode chegar a 1 para cada 500.
- Corresponde a 5% – 10% de todas as cardiopatias congênitas.
- Mais comum no sexo feminino 2:1
- Quais fatores aumentam o risco de uma criança ter PCA?
- – Genéticos: mecanismo preciso é incerto
- – Infecção: o mais reconhecido é a infecção pelo vírus da rubéola durante a gravidez, particularmente nas 4 primeiras semanas da gestação.
- – Fatores ambientais: uso de valproato na gestação (síndrome valproato fetal )
- – Prematuridade
- Por que chamamos algumas cardiopatias de dependentes do canal arterial?
Em algumas cardiopatias congênitas o canal arterial é a única fonte pela qual o sangue pode alcançar o leito vascular pulmonar para ser oxigenado, sendo a sua patência essencial para a sobrevida da criança. Nestes casos o uso de prostaglandina é necessário para manter o canal aberto até uma conduta mais definitiva ser instituída. Imagine, por exemplo, uma criança com atresia pulmonar. Isso significa que não existe valva pulmonar. Ou seja, o sangue não passa do ventrículo direito para a artéria pulmonar. – E como é que o sangue vai chegar no lado esquerdo do coração? Nesses casos há a necessidade de haver alguma comunicação entre as câmaras direitas e esquerdas (ex: uma comunicação interatrial ou interventricular).
– OK. Faz sentido. O sangue consegue chegar no coração esquerdo dessa forma. Mas como esse sangue vai ser oxigenado? Aí é que que entra a história do canal arterial. Ele existindo o que vai acontecer é que o sangue que passa do coração direito para o coração esquerdo (ex: através de uma CIA) vai chegar dessaturado.
Ele então será ejetado dessaturado para a aorta. Uma parte desse sangue dessaturado que chega na aorta vai pegar o caminho do canal arterial e cair na artéria pulmonar, sendo oxigenado nos pulmões na sequência. Esse sangue oxigenado chega ao átrio esquerdo depois e se mistura com o sangue que vem direto das câmaras direitas paras as câmaras esquerdas.
- Qual a história natural da PCA?
- História natural e manifestação clínica estão intimamente relacionadas com a quantidade de sangue desviado através do defeito para circulação pulmonar e sua consequência no leito vascular pulmonar e no lado esquerdo do coração.
- A história natural de um pequeno canal arterial, via de regra, é benigna salvo se ocorre uma endarterite que pode evoluir com complicações decorrentes da infecção.
- Moderados e grandes canais arteriais podem evoluir com quadros de infecções respiratórias de repetição, baixo peso, insuficiência cardíaca e hipertensão arterial pulmonar.
- Se não corrigidos a sobrecarga de volume e pressão no leito vascular pulmonar pode culminar com elevação da resistência vascular pulmonar acima da resistência vascular sistêmica, inversão do shunt que se torna direita – esquerda sendo esta situação denominada de Síndrome de Eisenmenger
- Qual o quadro clínico da PCA?
- Depende do calibre do canal arterial e do comportamento do leito vascular pulmonar.
- Crianças portadoras de amplo canal arterial podem evoluir com quadro de cansaço, largada às mamadas, infecções respiratórias de repetição, baixo peso e quadro de insuficiência cardiaca.
- Canais pequenos a moderados podem evoluir assintomáticos.
- O que vou achar no exame físico desses pacientes?
- Achados do exame físico vão estar na dependência do grau de repercussão hemodinâmica.
- Taquicardia, dispnéia, taquipneia são achados gerais nos casos de canais moderados/ amplos.
Canais pequenos apresentam B1 e B2 normais. Presença de sopro contínuo em 2º EIE e região infraclavicular E. O sopro usualmente inicia após B1 ultrapassa B2 e tende a terminar na mesodiástole. Pulsos tendem a ter amplitude normal. Canais moderados a amplos apresentam pulsos arteriais amplos. B3 e usualmente um sopro curto mesodiastólico de baixa frequência (corresponde a um aumento de fluxo através da valva mitral ) são audiveis no apex. Hepatomegalia é associação frequente Nos casos que evoluem com hipertensão arterial pulmonar a medida que a resistência pulmonar progride os sintomas de insuficiência cardiaca esquerda vão ficando progressivamente menos evidentes.
- Nos estágios tardios da vasculopatia pulmonar pode aparecer um sopro diastólico de insuficiência pulmonar, audivel em 2º EIE logo após a B2 (sopro de Graham Still).
- Cianose inicialmente aos esforços pode aparecer e caracteristicamente é mais evidente em MMII ( cianose diferencial ).
- O que mostra o ECG nos casos de PCA?
- Pode ser normal nos canais pequenos.
Canais moderados/amplos apresentam sobrecarga atrial e ventricular esquerda. À medida que a pressão arterial pulmonar aumenta podem apresentar sobrecarga biventricular. Com a instalação e progressão da vasculopatia pulmonar os achados predominantes podem ser de sobrecarga do VD No paciente adulto, fibrilação atrial pode ser observada. E a radiografia de tórax? O que mostra?
- Pode ser normal nos casos de canal arterial pequeno.
- Cardiomegalia e hiperfluxo pulmonar são achados nos casos de canal moderado/amplo.
- Aorta e artéria pulmonar são proeminentes.
- O ecocardiograma ajuda nestes casos?
- Procedimento de escolha para confirmar o diagnóstico clínico.
- Através do exame é possível visualizar o canal arterial e avaliar o grau de repercussão.
- Nos defeitos com repercussão hemodinâmica observa-se aumento das cavidades esquerdas.
- O Doppler colorido permite avaliar o grau do “shunt” através do canal.
- Pressões nas cavidades direitas e artéria pulmonar podem ser estimadas pelo refluxo tricúspide ou pulmonar, se presentes.
- Que outros exames de imagem podem ajudar na suspeita de PCA?
- Tomografia e Ressonância Magnética podem auxiliar em determinadas situações como:
- Avaliação de calcificação do canal que pode ser detectada pela tomografia.
- Definição de um canal com geometria não habitual.
- Anomalias associadas do arco aórtico.
- Aneurisma do canal arterial.
- Associação com anel vascular, arco aórtico à direita e arco cervical.
- Quando pedir cateterismo cardíaco nestes casos?
- Reservado para pacientes que apresentam associação com hipertensão arterial pulmonar para avaliação de cálculo de fluxos e resistências com objetivo de decidir ou não pelo fechamento do canal arterial.
- Outra indicação seria para fim terapêutico com objetivo de fechamento do canal por via percutânea.
- Quais os principais diagnósticos diferenciais que temos que considerar?
- Algumas cardiopatias congênitas podem simular um calibroso canal arterial.
- -Janela aorto-pulmonar
- – Truncus arteriosus
- – Fístula arteriovenosa sistêmica
- -Túnel VE-Ao
- – CIV + IAo
- – Fístula coronaria-cavitária
- Quais as complicações que podem surgir?
- -Insuficiência cardíaca
- – Doença vascular pulmonar
- – Endarterite
- – Aneurisma do canal arterial
- Quais as opções de tratamento clínico?
- Pacientes sintomáticos podem melhorar com introdução de digital e diurético, assim como de IECA enquanto aguardam tratamento definitivo seja cirúrgico ou fechamento por via percutânea.
- Quando indicar intervenção para fechamento do canal arterial?
- Paciente sintomático ou assintomático de qualquer idade com shunt significativo esquerda – direita através de um canal arterial persistente.
- No canal arterial “silencioso” via de regra a conduta é não intervir.
- Cirurgia no canal arteiral
- Procedimento seguro e de baixa mortalidade ( ‹ 1% )
- Pode ser feita ligadura ou secção do canal arterial.
- Complicações relacionadas à cirurgia são: lesão do nervo frênico, quilotórax, lesão do nervo laríngeo recorrente, desenvolvimento de falso aneurisma
- E o tratamento percutâneo?
- Tem se tornado o tratamento de escolha para maioria das crianças e adultos com PCA.
- Procedimento de escolha nos casos de canal com calcificação das paredes.
- Resultados são excelentes.
- Complicações importantes são raras, sendo descritas: embolização do dispositivo, distúrbio do fluxo na artéria pulmonar esquerda ou aorta descendente devido a protusão do dispositivo, trombose arterial ou venosa, hemólise por fluxo residual de alta velocidade e infecção.
Quer saber mais sobre cardiopatias congênitas?,
Quanto tempo dura o canal arterial no recém-nascido?
O fechamento funcional do canal arterial no recém-nascido a termo ocorre com 12 a 15 horas de vida, e o permanente, com 5 a 7 dias, alcançando, em alguns casos, até o 21º dia.
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