Artigo Sobre Doença De Chagas? - [Assessoria jurídica] 2024: CLT Livre

Artigo Sobre Doença De Chagas?

Artigo Sobre Doença De Chagas
A doença de Chagas é uma condição crônica negligenciada com elevada carga de morbimortalidade e impacto dos pontos de vista psicológico, social e econômico. Representa um importante problema de saúde pública no Brasil, com diferentes cenários regionais.
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A doença de Chagas é uma condição crônica negligenciada com elevada carga de morbimortalidade e impacto dos pontos de vista psicológico, social e econômico. Representa um importante problema de saúde pública no Brasil, com diferentes cenários regionais.
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Qual o tratamento para doença de Chagas?

Benznidazol (Classe 1, nível de evidência b): comprimidos de 100mg e 50mg (adultos) e de 12,5mg e 50mg (crianças).20,42,104,109,122,291,296,299,302,312,313 No Brasil, somente as apresentações de 100mg e 12,5mg estão disponíveis na rede do SUS. Adultos: 5mg/kg/dia, por via oral, em duas ou três tomadas diárias, durante 60 dias.
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Como detectar a doença de Chagas crônica?

Crônica com envolvimento cardíaco ou do trato intestinal – A doença de Chagas crônica se desenvolve em 20 a 30% dos pacientes depois da fase crônica indeterminada, que pode perdurar por anos ou décadas. Os parasitas provavelmente estão presentes na doença crônica; uma reação autoimune também pode contribuir para danos aos órgãos. Os principais efeitos são

Microscopia óptica de esfregaços de sangue (finos ou espessa) ou de tecido (doença de Chagas aguda) Sorologia confirmada por um segundo teste Testes baseados na reação em cadeia da polimerase

O número de tripanossomas no sangue periférico é alto durante a fase aguda da doença de Chagas podendo ser prontamente detectado pelo exame das lâminas com amostras de sangue finas ou espessas. Em contraste, poucos parasitas estão presentes no sangue durante infecção latente ou doença crônica.

  • O diganóstico definitivo da doença de Chagas também pode ser feito no estágio agudo pelo exame de tecido de linfonodos ou cardíaco.
  • Nos pacientes imunocompetentes com doença de Chagas crônica, a sorologia, como coloração de anticorpos por fluorescência indireta (IFA), os imunoensaios enzimáticos (EIA) ou os ensaios de imunoadsorção enzimática (ELISA), costumam ser feitos para detectar os anticorpos contra o T.

cruzi, As sorologias são sensíveis, mas podem gerar resultados falso-positivos nos pacientes com leishmaniose ou outras doenças. Assim, um teste positivo inicial é seguido por um ou mais testes diferentes ou, às vezes, microscopia óptica das amostras de sangue ou de tecido para confirmar o diagnóstico.

  1. As sorologias também são usadas para a triagem de T.
  2. Cruzi nos doadores de sangue nas regiões endêmicas e nos EUA.
  3. Utilizar PCR (polymerase chain reaction) quando a parasitemia for provavelmente alta, como ocorre na doença de Chagas aguda, na doença de Chagas transplacentária (congênita) ou após a transmissão via transfusão de sangue, transplante ou exposição laboratorial.
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Nas regiões endêmicas, o xenodiagnóstico tem sido utilizado; é feito pelo examine do conteúdo intestinal de triatomíneos criados em laboratório depois de picarem uma pessoa com doença de Chagas. Depois que a doença de Chagas é diagnosticada, deve-se fazer os seguintes exames, dependendo dos achados:

Ausência de sintomas, porém infecção por T. cruzi confirmada: ECG de triagem com traçado do ritmo e radiografia de tórax Potenciais alterações cardíacas nos exames de triagem ou sinais e/ou sintomas sugestivos de doença cardíaca: ecocardiografia Disfagia ou outros sintomas ou achados gastrointestinais: exames com contraste e/ou endoscopia.

Benznidazol ou nifurtimox Cuidados de suporte

O tratamento da doença de Chagas em estágio agudo com antiparasitários promove:

Redução rápida da parasitemia Encurtamento da doença clínica Redução do risco de mortalidade Diminuição da probabilidade de doença crônica

Indica-se o tratamento antiparasítico para todos os casos de doença de Chagas aguda, congênita ou reativada e para infecção crônica indeterminada em crianças com até 18 anos de idade. Quanto mais jovem for o paciente e mais precoce o início do tratamento, maior a probabilidade do tratamento levar à cura parasitológica. A eficácia do tratamento diminui à medida que a duração da infecção se prolonga, e os efeitos colaterais são mais prováveis em adultos. Indica-se tratamento para crianças de até 18 anos infectadas por T. cruzi, Recomenda-se para aqueles com 18 a 50 anos, a menos que haja evidências de doença cardíaca ou gastrintestinal (GI) avançada. Para os pacientes > 50 anos, o tratamento é individualizado de acordo com os potenciais riscos e benefícios. Depois da manifestação avançada de sinais gastrintestinal ou cardíacos, não se recomenda antiparasitários. Os únicos antiparasitários eficazes são

Benznidazol: para adultos e crianças > 12 anos de idade, 2,5 a 3,5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia durante 60 dias. Para crianças ≤ 12 anos de idade, 2,5 a 3,75 mg/kg duas vezes ao dia, durante 60 dias Nifurtimox: para pacientes ≥ 17 anos, 2 a 2,5 mg/kg, por via oral, 4 vezes ao dia, durante 90 dias Para crianças de 11 a 16 anos de idade, 3 a 3,75 mg/kg, 4 vezes ao dia, durante 90 dias Para crianças de 1 a 10 anos de idade, 4 a 5 mg/kg, 4 vezes ao dia, durante 90 dias

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Em geral, o benznidazol é mais bem tolerado, e a duração do tratamento é mais curta. Nifurtimox está disponível apenas junto ao Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Tanto o benznidazol como o nifurtimox têm toxicidade substancial, que aumenta com a idade.

Contraindicações para o tratamento são a doença hepática ou renal grave. Crianças pequenas costumam tolerar o tratamento melhor do que adultos. Quando as mulheres são diagnosticadas com doença de Chagas durante a gestação, o tratamento costuma ser adiado até o parto, e o lactante é então tratado se infectado.

Os efeitos adversos comuns do benznidazol são dermatite alérgica, anorexia, perda ponderal, neuropatia periférica e insônia. Os efeitos adversos comuns do nifurtimox são anorexia, náuseas, vômitos, perda ponderal, polineuropatia, cefaleia, tontura e vertigem.

A recomendação é esses fármacos não sejam administrados para gestantes ou nutrizes. Para controlar insetos Triatominae, devem-se rebocar paredes e substituir telhados colmados, ou borrifar as casas repetidas vezes com inseticidas residuais (de ação prolongada). A infecção em viajantes é rara e pode ser evitada não dormindo em moradias de barro ou, se isso for inevitável, usar mosquiteiros.

Outra medida preventiva é evitar suco de cana-de-açúcar fresco ou outros alimentos que possam estar contaminados. O rastreamento de mulheres em idade fértil em risco e o tratamento antes da gestação reduzem a probabilidade de infecção congênita. Muitas áreas endêmicas fazem a triagem dos doadores de sangue e órgãos e, desde 2006, os EUA também, para evitar a doença de Chagas relacionada com a transfusão e o transplante de órgãos contaminados com o tripanossoma.

A doença de Chagas é causada por Trypanosoma cruzi, que é transmitido por insetos barbeiros da família Triatominae (reduviídeos). A infecção é endêmica nas Américas Central e do Sul e no México; estima-se que 8 milhões de pessoas estejam infectadas em todo o mundo, incluindo 300.000 pessoas nos EUA (principalmente imigrantes). A infecção aguda é seguida por um período crônico indeterminado, em que pode permanecer assintomática, mas em 20 a 30% dos pacientes, progride para doença crônica, que afeta especialmente o coração e/ou trato gastrintestinal (GI). O diagnóstico da doença de Chagas aguda é por microscopia óptica de esfregaços de sangue (finos ou espessos) ou testes baseados em PCR. O diagnóstico da infecção crônica pelo T. cruzi é feito por triagem com ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA) no sangue e ensaio de radioimunoprecipitação (RIPA) confirmatório ou outros ensaios para anticorpos. Usar PCR para avaliar os casos potencialmente transmitidos por via transplacentária ou por hemotransfusão, transplante de órgãos ou exposição laboratorial. Para detectar a doença de Chagas crônica, fazer ecocardiografia se os pacientes tiverem sintomas sugestivos de doença cardíaca ou potenciais alterações cardíacas por radiografia de tórax ou traçado do ritmo pelo ECG; fazer exames com contraste ou endoscopia gastrintestinal se os pacientes tiverem disfagia ou algum outro sintoma gastrintestinal. Utilizam-se os antiparasitários benzonidazol ou nifurtimox para tratar a doença de Chagas aguda, congênita ou reativada. Também são usados para infecção crônica em crianças de até 18 anos. São fortemente recomendados para adultos de 18 a 50 anos que não têm doença cardíaca avançada ou evidências de doença gastrointestinal. Para pacientes > 50 anos com infecção crônica, o tratamento é individualizado com base no equilíbrio entre os riscos e os benefícios. Antiparasitários não são eficazes em pacientes com doença de Chagas avançada que afeta o coração e o trato gastrintestinal, mas medidas de suporte (p. ex., tratamento da insuficiência cardíaca, marca-passo para bloqueio cardíaco, fármacos antiarrítmicos, transplante de coração, dilatação esofágica, injeção de toxina botulínica no esfíncter esofágico inferior e cirurgia do trato GI) costumam ser úteis.

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Quem tem doença de Chagas pode ser doador de órgãos?

Desde 2009, a possibilidade de pacientes com a doença de Chagas serem aceitos como doadores de órgãos no Brasil ficou restrita pela legislação vigente em transplantes de órgãos.183
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Posso tratar a doença de Chagas durante a gravidez?

Tratamento durante a gravidez – Por existir risco de toxicidade para a gestação, o tratamento da doença de Chagas não está recomendado durante a gravidez, sendo apenas feito após o parto. No entanto, nos casos mais graves em que há risco para a mulher ou para o bebê, pode ser recomendado o tratamento na gestação.
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