Artigo De Opinião Sobre Intolerância?
A sociedade parece estar se esquecendo do quanto é importante, para a convivência social, aceitar, suportar, ser indulgente e clemente com os outros Vivemos tempos de intolerância no Brasil e no mundo. E a intolerância, seja qual for, por princípio jurídico universal fere o artigo 7º da Declaração Universal dos Direitos Humanos e se caracteriza pela falta de informação e vontade em se conhecer e respeitar as diferenças em crenças, opções sexuais e opiniões.
A sociedade parece estar se esquecendo do quanto é importante, para a convivência social, aceitar, suportar, ser indulgente e clemente com os outros, as definições da palavra tolerar. Somos um país preconceituoso sim, infelizmente. No Brasil, crescem os registros de violência relacionados ao preconceito e à discriminação.
Apenas para lembrarmos de alguns casos: o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, suspeita de execução política por sua defesa dos direitos humanos e suas denúncias contra a atuação das milícias; os ataques a terreiros de candomblé e umbanda, o aumento de crimes contra a comunidade LGBT, as reações violentas contra a inserção de deficientes na sociedade, as diversas formas de bullying nas escolas e nos ambientes de trabalho.
- Nossa sociedade está cada vez mais intolerante com as causas diferentes do comum.
- Para se ter uma ideia, dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por exemplo, mostram que a cada três dias há uma denúncia de intolerância religiosa.
- E a própria secretaria reconhece que este dado, baseado no canal de denúncias de violações dos Direitos Humanos, o Disque 100, tende a ser bem mais numeroso.
Os índices de homofobia não ficam atrás. Relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2017, indica que 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais foram assassinados. Uma vítima a cada 19 horas. Um recorde histórico desde que o grupo existe, há 38 anos.
Homens, jovens, negros e de baixa escolaridade são as maiores vítimas de mortes violentas no país. A população negra corresponde à maioria (78,9%) dos 10% dos moradores com mais chances de serem vítimas de homicídios, de acordo com o Atlas da Violência 2017, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. As mulheres são as vítimas cotidianas da intolerância. Doze delas foram assassinadas diariamente em média no Brasil no ano passado, com base em dados oficiais dos estados. Foram 4.473 homicídios dolosos, dos quais 946 eram feminicídios, mulheres mortas em crimes de ódios motivados pela condição de gênero.
- Isso para não falarmos nos crimes de violência sexual, como estupros, assédios e exploração sexual.
- A cada dia as denúncias aumentam, como nos casos de agressores que agem no transporte público, mas a maioria ainda não é contabilizada.
- A intolerância encontrou um terreno sólido nas redes sociais.
- Pesquisa feita pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil, em 2016, revelou que, de três jovens e crianças com acesso à internet, pelo menos um já havia tido conhecimento de alguém que sofrera discriminação.
O estudo mostra também que 41% dos pesquisados afirmaram já ter visto uma vítima de preconceito na internet. Desse número, 24% referem-se à cor ou raça, 16% à aparência e 13% à homossexualidade. E outro estudo, da Safernet, ONG que atua na promoção e defesa dos direitos humanos na internet no país, revela que 39 mil páginas foram denunciadas por violações de direitos humanos, em conteúdos racistas e de incitação à violência em 2016.
- Os crimes de ódio, de intolerância, ficam cada vez mais expostos e ampliam as vítimas de racismo, homofobia, xenofobia, etnocentrismo, preconceito religioso e contra portadores de deficiência, para citarmos alguns.
- São crimes que ferem a dignidade humana e prejudicam a sociedade como um todo.
- Não apenas atentam contra a Declaração Universal dos Direitos Humanos e contra a Constituição Federal, mas também contra a essência do estado democrático de direito, em que as opiniões divergentes são dignas de igual respeito.
Vivemos em um momento histórico, no qual a intolerância e o discurso do ódio conquistam cada vez mais adeptos. Contra eles, temos como porto e farol a Constituição, sempre a nos amparar. E o bem comum, que tanto precisamos resgatar. Fábio Nogueira é procurador-geral da OAB-RJ
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Contents
Qual a importância da intolerância?
A Intolerância na Sociedade Atual – Brasil Escola A intolerância, seja de qualquer espécie – raça, religião, opção sexual, política ou cor – fere a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Por isso, todo tipo de preconceito deve ser combatido para, no futuro, haver uma sociedade mais igualitária e livre.
- Há intolerância no mundo todo, contudo o Brasil merece certo destaque nesse contexto, pois é um país plural, com diversas crenças, raças e etnias que mantém tratamento degradante a tantos grupos.
- No caso do preconceito racial, este está vinculado à submissão do negro ao branco desde a epóca do Brasil Colônia e perdura até os dias atuais, visto que os negros ainda buscam seu lugar na sociedade.
Esta intolerância prejudica a todos, pois provoca atraso no desenvolvimento do país na medida em que esses indivíduos são humilhados e excluídos com frequência. Além disso, as religões Candomblé e Umbanda, trazidas pelos africanos escravizados ao Brasil, também são motivo de intolerância.
- Isso ocorre, pois seus praticantes são tratados, pejorativamente, como “macumbeiros” e sofrem constantes agressões físicas e morais por parte de outras crenças que impõem sua religião como a única e verdadeira salvadora da humanidade.
- Tal fato impede a liberdade de manifestação prevista em lei.
- Para combater a intolerância, a comunidade, através de aulas, palestras e campanhas, deve passar valores de igualdade entre todos, porém respeitando as características e opções de cada indivíduo, sem haver discriminação.
Ainda, os preconceituosos ou intolerantes devem ser punidos com leis mais severas. Com essas ações, a intolerância poderá ser erradicada e os países poderão se tornar melhores e mais desenvolvidos. : A Intolerância na Sociedade Atual – Brasil Escola
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Como escrever um artigo sobre intolerância religiosa?
O que falar sobre o tema “intolerância religiosa e preconceito religioso” – Fonte: Um artigo de opinião sobre intolerância religiosa precisa primeiro explicar as diferenças religiosas existentes no país. Com alguma pesquisa e leitura sobre o assunto, não é difícil identificar um etnocentrismo religioso e a força das ideologias religiosas, muitas vezes motivadas pela forma já estabelecida da casa grande e senzala (ou casa colonial) que ainda sobrevive na sociedade brasileira atual.
Também é necessário relacionar o poder do estado, como o sistema jurídico – com base na Constituição Federal – deveria, através do ministério público, trabalhar pelo estado laico. Em vez disso, permite a formação de grupos com atitudes que ultrapassam a violência verbal, indo para a falta de respeito e, muitas vezes, por ideologias e atitudes ofensivas, se comparando com a perseguição existente em lugares como o oriente médio.
Exemplos de intolerância religiosa que ocorrem pelo país mostram que ainda há perseguição acontecendo para com determinados grupos. As causas da intolerância religiosa estão relacionadas com a defesa de que uma religião pode ser superior à outra, por qualquer razão que seja e – que, naturalmente, é falsa, e os argumentos são sempre sobre fatos distorcidos.
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Como Combater a intolerância?
A Intolerância na Sociedade Atual – Brasil Escola A intolerância, seja de qualquer espécie – raça, religião, opção sexual, política ou cor – fere a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Por isso, todo tipo de preconceito deve ser combatido para, no futuro, haver uma sociedade mais igualitária e livre.
- Há intolerância no mundo todo, contudo o Brasil merece certo destaque nesse contexto, pois é um país plural, com diversas crenças, raças e etnias que mantém tratamento degradante a tantos grupos.
- No caso do preconceito racial, este está vinculado à submissão do negro ao branco desde a epóca do Brasil Colônia e perdura até os dias atuais, visto que os negros ainda buscam seu lugar na sociedade.
Esta intolerância prejudica a todos, pois provoca atraso no desenvolvimento do país na medida em que esses indivíduos são humilhados e excluídos com frequência. Além disso, as religões Candomblé e Umbanda, trazidas pelos africanos escravizados ao Brasil, também são motivo de intolerância.
Isso ocorre, pois seus praticantes são tratados, pejorativamente, como “macumbeiros” e sofrem constantes agressões físicas e morais por parte de outras crenças que impõem sua religião como a única e verdadeira salvadora da humanidade. Tal fato impede a liberdade de manifestação prevista em lei. Para combater a intolerância, a comunidade, através de aulas, palestras e campanhas, deve passar valores de igualdade entre todos, porém respeitando as características e opções de cada indivíduo, sem haver discriminação.
Ainda, os preconceituosos ou intolerantes devem ser punidos com leis mais severas. Com essas ações, a intolerância poderá ser erradicada e os países poderão se tornar melhores e mais desenvolvidos. : A Intolerância na Sociedade Atual – Brasil Escola
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Quais são os problemas sociais do intolerante?
UNIARA Ana Maria Logatti Tositto Vivemos tempos de transição e avanço tecnológico em que presenciamos grandes mudanças de valores. Como consequência, observamos uma série de problemas nas relações interpessoais. Você já presenciou uma situação em que alguém foi agressivo com outro por causa de uma opinião diferente? Ou já se sentiu hostilizado por pensar ou por agir diferente? Esses são exemplos de casos de intolerância,
- E, em uma sociedade tão polarizada, falar sobre isso é importantíssimo.
- Tendo em vista isso, neste artigo, iremos falar sobre a definição de intolerância e discutir como lidar com alguém intolerante.
- Pessoas intolerantes apresentam dificuldades em aceitar pensamento, sentimento e comportamento diferentes.
Dessa forma, eles têm dificuldade em aceitar que outras pessoas tenham diferentes visões e filosofias. Com isso, eles se afastam do diferente. As atitudes de intolerância mais comuns de uma pessoa são:
Fanatismo – pessoas intolerantes defendem suas crenças e posturas, seja na questão política, religiosa, espiritual ou no tocante às suas convicções particulares. Alguém assim é incapaz de falar sem adotar pensamentos extremistas. Rigidez psicológica – pessoas intolerantes rejeitam o que é diferente, ou seja, elas são rígidas em sua psicologia e pensamentos. Dessa forma, elas têm dificuldade em aceitar que outras pessoas tenham diferentes visões e filosofias. Com isso, eles se afastam do diferente. Seguem rotina rígidas – pessoas intolerantes não gostam de nada inesperado ou espontâneo. Elas se agarram aos hábitos, sendo que apenas o que já seja conhecido lhes oferece segurança e tranquilidade. Caso contrário, essas pessoas se desequilibram e se estressam facilmente. Relações sociais difíceis – como resultado da falta de empatia, o intolerante pode ter muitos problemas sociais. Afinal, ele se sente obrigado a dominar, corrigir e impor seu ponto de vista. Com isso, as relações se tornam difíceis e penosas. Ciúmes e inveja – o sentimento de intolerância não deixa espaço para a aceitação e felicidade pelo sucesso do outro. Ainda mais se esse outro apresentar divergência de opiniões. Afinal, como falamos, o intolerante vê o outro como alguém inferior, indigno. Além disso, as conquistas do outro parecem causar mal-estar e ansiedade. A pessoa chega a considerar o mundo um lugar injusto.
Dicas para lidar com pessoas intolerantes: Durante toda a nossa vida nós teremos de lidar com pessoas intolerantes. Por esse motivo, é indispensável aprender a lidar com elas. Pensando nisso, listamos quatro dicas que podem te ajudar nessa situação.
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Por que a intolerância faz parte da nossa sociedade?
Do mesmo modo, não é de hoje que a intolerância faz parte da nossa sociedade, fruto da nossa – quase – incapacidade de lidar com as divergências. Não é menos verdade que a intolerância já existente se acentuou com a virada do século e com o advento do World ‘Wild’ Web.
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Qual é o lado positivo da intolerância?
Intolerância polÃtica: o desafio de conviver com opiniões divergentes reportagem | GABRIELA DA SILVA e KELLY BETINA Até a intolerância tem o seu lado positivo. Não tolerar a corrupção, mentiras, injustiça, desigualdade, faz parte de um movimento em favor da sociedade.
- A falta de tolerância encontra o lado negro da força quando se fixa na negação da existência do outro, quando falta a capacidade de lidar com diferentes modos de pensar.
- Fã de História e política, o microempresário José Moacir Linhar, 60 anos, gosta de expor seu ponto de vista quando se trata de falar sobre o momento que o Brasil vive atualmente.
“A política tem que ser discutida. Se a gente deixar que outras pessoas a discutam pela gente, vamos estar às margens (.) Muitas pessoas não discutem política e elas ficam reproduzindo frases de outras pessoas sem buscar conhecimento”, observa. Defender sua opinião, porém, nem sempre significa conquistar novos amigos.
Pelo contrário. Por conta de divergências de pensamento político, Linhar conta que um conhecido chegou a ofendê-lo dentro de um supermercado e hoje desvia na rua para evitar conversa. “Ele se achava no direito de dizer as coisas, virar as costas e não ouvir minha resposta. Tanto que na última vez, na nossa discussão, ele disse um monte de coisas, falou mal, me ofendeu, e eu disse para ele que jamais deveria dirigir a palavra a mim se não pudesse me ouvir”, recorda.
Na Internet, o microempresário também já foi “excluído” por expressar suas ideias ou responder a postagens de outros usuários nas redes sociais. “Tem pessoas que agradecem, mas tem pessoas que ficam brabas. E eu já disse: se não gostar da minha opinião, se não compartilhar, se não quiser ter uma discussão limpa, então pode me excluir. Brasil dividido em dois De um lado, verde-amarelo, do outro, vermelho. Ou isso ou aquilo. Não há espaço “em cima do muro” ou para a ponderação entre argumentos. O cenário político se converteu em um Gre-Nal de opiniões. Para a auxiliar de engenharia de modelagem Salete Glaci Müller, 46 anos, um comentário em uma postagem sobre política em um perfil em uma rede social na Internet levou ao fim de uma amizade de longa data.
- Ela conta que uma amiga rompeu os laços que haviam entre as duas por não concordar com sua opinião.
- Eu fiquei triste por ela e por mim”, lamenta, reforçando que havia apenas escrito o que pensava, sem ter usado qualquer xingamento.
- Ofensa foi o que ela fez comigo (.) Se uma pessoa tem alguma coisa que não concorda comigo, acho que tem que vir conversar, não é humilhando, nem pisando”, reflete.
Para o professor Alfredo Culleton, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), este acirramento de ânimo presente no dia a dia dos brasileiros só mostra o quão profunda é a autocrítica que cada uma das partes envolvidas têm para fazer.
- Mais cedo ou mais tarde, os partidos mais importantes desse País vão ter que sentar para encontrar solução, reconhecer o que faz de errado.
- Se não há garantias de que não vai perder autonomia, tem condições de fazer uma autocrítica”, acredita.
- O cientista político Bruno Lima Rocha, professor dos cursos de Relações Internacionais da Unisinos e ESPM-Sul, argumenta que parte do problema que acontece no Brasil atualmente vem da dificuldade em reconhecer o outro.
“A gente tem no Brasil tímidas políticas de reconhecimento, da mulher, do afrodescendente, dos grupos LGBT, dos territórios quilombolas, territórios indígenas. São tímidas, mas elas existem. Então, contrapor este mínimo de ajuste histórico, de reforço das identidades que são oprimidas, levou a um reforço por direito, se posicionando à direita do pacto de classes que representou o lulismo.
É uma estupidez a direita brasileira, por exemplo, querer derrubar o governo Lula antes, agora o governo Dilma, porque são governos de direita que favorecem o empresariado, mas esse ponto de inflexão é o seguinte: esses governos reconheceram o outro e o outro não merece ser reconhecido. O outro existe desde que se subordine ao nosso padrão”, destaca.
Rocha também avalia o atual clima de tensão como consequência de um esgotamento positivo do sistema político. “A maioria dos grupos que estão organizados não tolera mais que um intermediário profissional fale em seu nome, então a gente precisaria ter uma reforma política.
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Quais são as vítimas da intolerância no Brasil?
A sociedade parece estar se esquecendo do quanto é importante, para a convivência social, aceitar, suportar, ser indulgente e clemente com os outros Vivemos tempos de intolerância no Brasil e no mundo. E a intolerância, seja qual for, por princípio jurídico universal fere o artigo 7º da Declaração Universal dos Direitos Humanos e se caracteriza pela falta de informação e vontade em se conhecer e respeitar as diferenças em crenças, opções sexuais e opiniões.
- A sociedade parece estar se esquecendo do quanto é importante, para a convivência social, aceitar, suportar, ser indulgente e clemente com os outros, as definições da palavra tolerar.
- Somos um país preconceituoso sim, infelizmente.
- No Brasil, crescem os registros de violência relacionados ao preconceito e à discriminação.
Apenas para lembrarmos de alguns casos: o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, suspeita de execução política por sua defesa dos direitos humanos e suas denúncias contra a atuação das milícias; os ataques a terreiros de candomblé e umbanda, o aumento de crimes contra a comunidade LGBT, as reações violentas contra a inserção de deficientes na sociedade, as diversas formas de bullying nas escolas e nos ambientes de trabalho.
Nossa sociedade está cada vez mais intolerante com as causas diferentes do comum. Para se ter uma ideia, dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por exemplo, mostram que a cada três dias há uma denúncia de intolerância religiosa. E a própria secretaria reconhece que este dado, baseado no canal de denúncias de violações dos Direitos Humanos, o Disque 100, tende a ser bem mais numeroso.
Os índices de homofobia não ficam atrás. Relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2017, indica que 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais foram assassinados. Uma vítima a cada 19 horas. Um recorde histórico desde que o grupo existe, há 38 anos.
- Homens, jovens, negros e de baixa escolaridade são as maiores vítimas de mortes violentas no país.
- A população negra corresponde à maioria (78,9%) dos 10% dos moradores com mais chances de serem vítimas de homicídios, de acordo com o Atlas da Violência 2017, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. As mulheres são as vítimas cotidianas da intolerância. Doze delas foram assassinadas diariamente em média no Brasil no ano passado, com base em dados oficiais dos estados. Foram 4.473 homicídios dolosos, dos quais 946 eram feminicídios, mulheres mortas em crimes de ódios motivados pela condição de gênero.
- Isso para não falarmos nos crimes de violência sexual, como estupros, assédios e exploração sexual.
- A cada dia as denúncias aumentam, como nos casos de agressores que agem no transporte público, mas a maioria ainda não é contabilizada.
- A intolerância encontrou um terreno sólido nas redes sociais.
- Pesquisa feita pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil, em 2016, revelou que, de três jovens e crianças com acesso à internet, pelo menos um já havia tido conhecimento de alguém que sofrera discriminação.
O estudo mostra também que 41% dos pesquisados afirmaram já ter visto uma vítima de preconceito na internet. Desse número, 24% referem-se à cor ou raça, 16% à aparência e 13% à homossexualidade. E outro estudo, da Safernet, ONG que atua na promoção e defesa dos direitos humanos na internet no país, revela que 39 mil páginas foram denunciadas por violações de direitos humanos, em conteúdos racistas e de incitação à violência em 2016.
Os crimes de ódio, de intolerância, ficam cada vez mais expostos e ampliam as vítimas de racismo, homofobia, xenofobia, etnocentrismo, preconceito religioso e contra portadores de deficiência, para citarmos alguns. São crimes que ferem a dignidade humana e prejudicam a sociedade como um todo. Não apenas atentam contra a Declaração Universal dos Direitos Humanos e contra a Constituição Federal, mas também contra a essência do estado democrático de direito, em que as opiniões divergentes são dignas de igual respeito.
Vivemos em um momento histórico, no qual a intolerância e o discurso do ódio conquistam cada vez mais adeptos. Contra eles, temos como porto e farol a Constituição, sempre a nos amparar. E o bem comum, que tanto precisamos resgatar. Fábio Nogueira é procurador-geral da OAB-RJ
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O que é intolerância religiosa?
Intolerância religiosa é uma arma assustadora, sempre disposta a disparar contra os que pensam de modo diverso. Drauzio Varella é médico cancerologista e escritor. Foi um dos pioneiros no tratamento da aids no Brasil. Entre seus livros de maior sucesso estão Estação Carandiru, Por um Fio e O Médico Doente.
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