Artigo Cientifico Sobre Treinamento Funcional? - CLT Livre

Artigo Cientifico Sobre Treinamento Funcional?

Artigo Cientifico Sobre Treinamento Funcional

Quais são os autores do treinamento funcional?

O treinamento funcional (TF) tem crescido em popularidade, porém tal crescimento ainda ocorre de forma desorganizada e multifacetada. Assim, uma atualização conceitual se faz necessário, especialmente, baseado na maneira como o TF tem sido aplicado na maioria das pesquisas.

Nesse contexto, o TF tem sido compreendido como aquele que objetiva o aprimoramento sinérgico, integrado e equilibrado de diferentes capacidades físicas para garantir eficiência e segurança durante o desempenho de tarefas cotidianas, sendo baseado nos princípios do treinamento, sobretudo, no princípio da especificidade.

As sessões de TF devem focar no aprimoramento de padrões básicos de movimento, estimular adequadamente a força em diversas situações, a potência muscular e a capacidade cardiorrespiratória, ativar frequentemente músculos estabilizadores e incluir atividades complexas, respeitando critérios de segurança e eficácia.

  1. Palavras-chave Atividades diárias; Qualidade de vida; Sedentarismo; Treinamento resistido Functional training (FT) has grown in popularity; however, such growth is still disorganized and multifaceted.
  2. Thus, a conceptual “update” is necessary, especially based on how FT has been applied in most research.

In this context, FT has been understood as the synergistic, integrated and balanced improvement of different physical capacities to ensure efficiency and safety during the daily tasks performance, based on the principles of training, and above all, on the principle of specificity.
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Quais são os benefícios do treinamento funcional?

As informações encontradas permitem concluir que a maioria dos autores tem ideias convergentes e que se complementam, acerca do conceito e das características do treinamento funcional. Sobre os benefícios, todos apontam para melhoras em nível de bem-estar, saúde, performance e eficiência nas atividades diárias.
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Qual a importância do treino funcional?

2.1 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS DO TREINAMENTO FUNCIONAL – Como toda novidade, o treinamento funcional despertou o interesse de profissionais da área e passou a ser incluído nas academias de ginástica. Assim como, ganhou vários conceitos diferentes sobre o que de fato é, conceitos esses que às vezes são criticados por alguns autores e reformulados por outros.

O dicionário de língua portuguesa mostra que treinamento é definido como a ação de treinar, e funcional refere-se às funções vitais. Então, ao fazer a associação de palavras, treinamento funcional é a ação de treinar para aprimorar as funções vitais. (TEIXEIRA e EVANGELISTA, 2014). De acordo com Teixeira e Guedes Júnior (2010) o termo “funcional” só era utilizado antigamente para fins de reabilitação, mas com o tempo passou a ser incluído nas práticas de exercícios de muitos alunos.

Como todo treinamento, o funcional vem para somar às demais estratégias de treinamento e possibilitar um desenvolvimento corporal mais homogêneo. Segundo Novaes, Gil e Rodrigues (2014) o termo treinamento funcional originou-se com profissionais da fisioterapia e reabilitação que trabalhavam com a finalidade de devolver a funcionalidade de suas atividades habituais a seus pacientes lesionados.

Nos últimos anos os profissionais da área de educação física têm inserido esse tipo de treino para agregar benefícios ao praticante, e o definem como um treino cuja finalidade é refinar a capacidade funcional do corpo, sendo para isso necessário o treinamento da região central do corpo, definida como “core”.

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Staley (2005) define o treinamento funcional como exercícios realizados em vários aparatos elaborados para criar um ambiente desafiador para envolver o sistema neuromuscular. Ainda diz que aqueles que propõem esse tipo de treino insistem em afirmar que esse tipo de exercício trabalha mais os músculos estabilizadores menores e mais profundamente localizados, argumento que ele não concorda.

  1. Boyle (2015) afirma que treinamento funcional e treinamento em superfície instável não são sinônimos.
  2. Para o autor, função significa propósito, logo, pode ser descrito como um treinamento com um propósito.
  3. O que de fato o treinamento funcional faz é desviar o foco do exercício para incorporar os músculos estabilizadores, pois neles encontram-se a fonte das lesões, segundo os fisioterapeutas.

Liebenson (2017) considera que o treinamento funcional se torna mais funcional na medida em que o foco passa a ser desenvolver padrões de movimentos estereotípicos que um atleta usa em todos os esportes, em vez de movimentos isolados. Então, se o objetivo for melhorar a qualidade para tarefas funcionais, o movimento integrado deve ser o foco.

  • Bossi (2013) diz que o treinamento funcional deve ser parte de um treinamento envolvendo trabalho de força, hipertrofia e resistência muscular localizada, como preparação para o treino funcional.
  • Considera como um problema atual a busca pela funcionalidade e equilíbrio que ocasiona uma redução expressiva da carga envolvida no treino, a fim de trabalhar a musculatura estabilizadora, e, por fim, causando um destreinamento na musculatura agonista.

Segundo Silva-Grigoletto et al. (2014) para um treinamento ser considerado funcional deve contemplar exercícios selecionados tendo como critério a sua funcionalidade e para isto deve-se atender às cinco variáveis distintas da funcionalidade, que são: frequência dos estímulos, volume de cada sessão, intensidade adequada, densidade e organização metodológica das tarefas.

Resende-Neto et al. (2016) afirmam que atualmente o conceito de treinamento funcional é definido pela estruturação de programas de treinamento para o sistema neuromuscular com o uso de exercícios e movimentos considerados funcionais para as necessidades específicas da vida diária. Clark (2001 apud MONTEIRO e EVANGELISTA, 2015) aponta que movimentos funcionais são movimentos integrados, multiplanares, que envolvem redução, estabilização e produção de força, buscando a melhora dos componentes necessários que permitem ao praticante adquirir um nível ótimo de função.

Além disso, flexível e ilimitado, já que é possível realizar movimentos em amplitudes diversas, com infinitas variações D’Elia (2017) considera o conceito de treinamento funcional como formar uma base de exercícios mais amplos, com o intuito de gerar especificidades para demandas neurais, mecânicas e metabólicas em conjunto, para a melhora da performance.

  1. De acordo com Teixeira et al.
  2. 2016) a principal característica do treinamento funcional é o objetivo, pois enquanto que no treino tradicional há uma tendência de se objetivar a estética, no funcional objetiva-se a função, tendo como norteador o princípio da especificidade, assumindo as características das atividades cotidianas, sendo integrado, assimétrico, acíclico e multiplanar.

Outra característica é a estimulação da adaptação do sistema de controle e coordenação do movimento humano. Cress et al. (1996) são bem objetivos ao falar sobre a importância da especificidade do treinamento citando exemplos como: nadadores devem treinar nadando, levantadores de peso devem levantar pesos, jogadores de futebol americano devem correr e arremessar.

  1. Questionam que apesar dessa estratégia funcionar para atletas, não é usada nos treinamentos diários de um adulto, em que a intenção seria justamente desenvolver as funções utilizadas nas atividades diárias.
  2. Para isso, é necessário um treino que promova a integração de múltiplas articulações e vários grupos musculares, já que nos nossos movimentos do dia a dia realizamos sempre ações coordenadas.
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Liu et al. (2014) também citam que a base do treinamento funcional é a especificidade do treinamento, o que significa que treinar especificamente para aquilo que se quer melhorar é a melhor maneira de consegui-lo. Sobre as características do treino funcional, destacam a necessidade de trabalhar a musculatura de forma integrada, em movimentos multiplanares e dinâmicos.

O treinamento funcional vem aparecendo como um método inovador, que prioriza a capacidade funcional do indivíduo, com uma abordagem dinâmica, motivante, desafiadora e complexa. O treino tem como base movimentos do cotidiano, com o intuito de treinar o indivíduo para desempenhar, com eficiência, suas tarefas diárias.

É caracterizado como um exercício contínuo que envolve equilíbrio e propriocepção através da estabilização do core. (ANDRADES e SALDANHA, 2012) Moreira et al. (2011) acreditam que um aspecto de vital importância nesse tipo de treino é a utilização de exercícios que estimulem a propriocepção, em materiais que oferecem superfícies instáveis com movimentos realizados em vários planos e eixos.

  1. Através de exercícios que desafiam os diversos componentes do sistema nervoso, o treinamento funcional visa a melhoria dos aspectos neurológicos que afetam a funcionalidade do corpo humano.
  2. D´Elia e D´Elia (2005) consideram que o treinamento funcional representa uma nova forma de condicionamento, e afirmam que o aparecimento do treinamento funcional se deu em função de três pontos fundamentais, sendo eles o maior volume de informação que o praticante de atividade física recebe hoje em dia; a mudança do padrão estético vigente, aliando agora boa forma física e performance; a estagnação do modelo de atividade física que academias, clubes e escolas apresentam.

O treinamento funcional tem como objetivo melhorar a capacidade funcional, através de exercícios que estimulam os receptores proprioceptivos. Com isso é proporcionado o desenvolvimento da consciência sinestésica e do controle corporal, do equilíbrio muscular estático e dinâmico, além de diminuir a incidência de lesão e aumentar a eficiência dos movimentos.
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Qual é a diferença entre treinamento físico e adaptação funcional?

TREINAMENTO FUNCIONAL: REVENDO O CONCEITO – Desde a publicação do posto de vista “Treinamento funcional: para que e para quem?” 1 1 Da Silva-Grigoletto ME, Brito CJ, Heredia JR. Treinamento funcional: funcional para que e para quem? Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2014;16(6):714-19.

, muitos avanços foram demonstrados em pesquisas envolvendo o treinamento funcional (TF) e novos conceitos foram se solidificando. Definido no referido ponto de vista como a aplicação de exercícios que se assemelham a movimentos realizados no dia-a-dia e que visam o aprimoramento integrado de valências físicas, a fim de garantir autonomia durante o desempenho das funções cotidianas, o TF vem se popularizando, porém de uma maneira ainda bastante multifacetada.

Considerando esse crescimento desordenado na popularização e aplicação do TF, tanto nas pesquisas, como na atuação prática de profissionais de Educação Física e Fisioterapeutas, nosso grupo tem investido esforços na construção de estudos de revisão e opinião que compilem informações relativas ao real conceito do TF, da forma como tem sido abordado na maioria das publicações científicas.

  1. Sob essa perspectiva, em publicações mais recentes 2 2 La Scala Teixeira CV, Evangelista AL, Pereira CA, Da Silva-Grigoletto ME.
  2. Short roundtable RBCM: treinamento funcional.
  3. Rev Bras Cienc Mov 2016;24(1):200-06.3 La Scala Teixeira CV, Evangelista AL, Novaes JS, Da Silva Grigoletto ME, Behm DG.
  4. You’re only as Strong as Your Weakest Link”: A Current Opinion about the Concepts and Characteristics of Functional Training.
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Front Physiol 2017;8:643. – 4 4 LaScalaTeixeira CV, Evangelista AL, Pereira PEA, DaSilva-Grigoletto ME, Bocalini DS, Behm DG. Complexity: A Novel Load Progression Strategy in Strength Training. Front Physiol 2019;(10):839., definimos o TF como aquele que objetiva o aprimoramento sinérgico, integrado e equilibrado de diferentes capacidades físicas no intuito de garantir eficiência e segurança durante o desempenho de tarefas cotidianas, laborais e/ou esportivas, sendo baseado nos princípios biológicos e metodológicos do treinamento, especialmente, no princípio da especificidade.

  • Para esse objetivo, diferentes ferramentas têm sido utilizadas, mas a literatura destaca o treinamento de força (e técnicas associadas) como ferramenta base 5 5 Thompson WR.
  • Worldwide survey of fitness trends for 2020.
  • ACSMs Health Fit J 2019;23(6):10-18.
  • Porém com uma abordagem que enfatiza adaptações multissistêmicas (aprimoramento integrado da força, equilíbrio, coordenação, potência, entre outras) através do uso da complexidade como estratégia primária de progressão 4 4 LaScalaTeixeira CV, Evangelista AL, Pereira PEA, DaSilva-Grigoletto ME, Bocalini DS, Behm DG.

Complexity: A Novel Load Progression Strategy in Strength Training. Front Physiol 2019;(10):839. Assim, apesar da literatura mostrar claramente que todo tipo de treinamento físico gera adaptações funcionais, nem todo programa de treinamento físico pode ser classificado como “treinamento funcional”, uma vez que TF é um conceito de treino mais amplo (vide parágrafo anterior) e que não se limita, simplesmente, à promoção de adaptação funcional.

Sob nossa ótica, esse tipo de “reforço” conceitual se faz necessário, pois, paralelamente ao crescimento do TF nas pesquisas, cresce também o número de trabalhos que exploram outros tipos de treinamento que podem, em algum momento, ser confundidos com o TF, como o treinamento multicomponente (TMC) e o treinamento multimodal (TMM).

Ambos, TMC e TMM, são tipos de treinamento que objetivam o aprimoramento do condicionamento físico geral através de sessões de treino que combinam estímulos direcionados a diferentes capacidades físicas 6 6 Lopez P, Izquierdo M, Radaelli R, Sbruzzi G, Grazioli R, Pinto RS, Cadore EL.

Effectiveness of Multimodal Training on Functional Capacity in Frail Older People: A Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials. J Aging Phys Act 2018;26(3):407-418.7 Cadore EL, Sáez de Asteasu ML, Izquierdo M. Multicomponent exercise and the hallmarks of frailty: Considerations on cognitive impairment and acute hospitalization.

Exp Gerontol 2019;15;122:10-14. – 8 8 Daly RM, Gianoudis J, Kersh ME, Bailey CA, Ebeling PR, Krug R, et al. Effects of a 12-Month Supervised, Community-Based, Multimodal Exercise Program Followed by a 6-Month Research-to-Practice Transition on Bone Mineral Density, Trabecular Microarchitecture, and Physical Function in Older Adults: A Randomized Controlled Trial.

  • J Bone Miner Res 2020;35(3):419-429.
  • No entanto, diferente do TF, na maior parte dos estudos que envolvem TMC e TMM, modelos mais tradicionais de treino, especialmente, de força (uso de máquinas; exercícios uniplanares, uniarticulares, cíclicos, cadenciados, estáveis) são aplicados, o que confere pouca especificidade.

Já no TF, o treinamento de força é aplicado considerando as características das tarefas cotidianas (peso do corpo e pesos livres; exercícios multiplanares, multiarticulares, acíclicos, em alta velocidade, instáveis), ou seja, com elevada especificidade.
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